FOTO: PAULO MACIEL |
Devido aos
altos índices de acidentes com condutores de motos e ciclomotores, onde
muitas vezes provocam mutilações dos membros inferiores atingindo com
mais frequência os pés, conforme constatação do Comitê Estadual de
Prevenção aos Acidentes de Moto (CEPAM), o diretor presidente do
Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco – DETRAN-PE, Charles
Ribeiro, assinou portaria que começa a valer hoje, 21, estabelecendo a
obrigatoriedade do uso de calçados fechados para realização das aulas
práticas e dos Exames Práticos de Direção Veicular para obtenção da
Autorização para Conduzir Ciclomotor “ACC” e da categoria “A”.
A medida,
que foi publicada no Diário Oficial do Estado em 21 de outubro, passou a
valer após um prazo de 30 dias, onde foi possível realizar ações
educativas e dar conhecimento aos envolvidos diretamente com essa norma,
como os Centros de Formação de Condutores – CFCs, instrutores e
examinadores.
De acordo
com Ribeiro, o Núcleo de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da
Universidade de Pernambuco – UPE também apresentou estudo técnico de
acidentes envolvendo motocicletas e ciclomotores, que inclusive, é
destacado em palestras realizadas pela Coordenadoria de Educação de
Trânsito. “Considerando esses fatores, nosso objetivo é proporcionar
ainda mais segurança aos nossos candidatos à obtenção da “ACC” e da
categoria “A” e dessa forma, ainda educar esses condutores para o uso
contínuo desses calçados”, defendeu.
Além dessa
nova resolução, o DETRAN-PE, como medida preventiva de acidentes tem
investido em várias ações educativas em todo estado, além de
disponibilizar Curso de Direção Defensiva voltado aos condutores desses
veículos. Atualmente a frota pernambucana é de 957.895 motos e
ciclomotores, que nos anos de 2014 e 2015 geraram um custo de
acidentados ao Estado de 1,2 bilhões e 917 milhões, respectivamente.
Em 2015, o
número de acidentes envolvendo esses veículos chegou a 32.881, sendo
5,5% menor que 2014 quando aconteceram 34.794. Já o número de óbitos
teve uma redução de 12%, entre 2014 e 2015, saindo de 820 para 719.
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