segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Portaria exige uso de calçados para aulas e exames práticos de “ACC” e categoria “A”

FOTO: PAULO MACIEL

Devido aos altos índices de acidentes com condutores de motos e ciclomotores, onde muitas vezes provocam mutilações dos membros inferiores atingindo com mais frequência os pés, conforme constatação do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (CEPAM), o diretor presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco – DETRAN-PE, Charles Ribeiro, assinou portaria que começa a valer hoje, 21, estabelecendo a obrigatoriedade do uso de calçados fechados para realização das aulas práticas e dos Exames Práticos de Direção Veicular para obtenção da Autorização para Conduzir Ciclomotor “ACC” e da categoria “A”.  

A medida, que foi publicada no Diário Oficial do Estado em 21 de outubro, passou a valer após um prazo de 30 dias, onde foi possível realizar ações educativas e dar conhecimento aos envolvidos diretamente com essa norma, como os Centros de Formação de Condutores – CFCs, instrutores e examinadores.  

De acordo com Ribeiro, o Núcleo de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade de Pernambuco – UPE também apresentou estudo técnico de acidentes envolvendo motocicletas e ciclomotores, que inclusive, é destacado em palestras realizadas pela Coordenadoria de Educação de Trânsito. “Considerando esses fatores, nosso objetivo é proporcionar ainda mais segurança aos nossos candidatos à obtenção da “ACC” e da categoria “A” e dessa forma, ainda educar esses condutores para o uso contínuo desses calçados”, defendeu.  

Além dessa nova resolução, o DETRAN-PE, como medida preventiva de acidentes tem investido em várias ações educativas em todo estado, além de disponibilizar Curso de Direção Defensiva voltado aos condutores desses veículos. Atualmente a frota pernambucana é de 957.895 motos e ciclomotores, que nos anos de 2014 e 2015 geraram um custo de acidentados ao Estado de 1,2 bilhões e 917 milhões, respectivamente. 

Em 2015, o número de acidentes envolvendo esses veículos chegou a 32.881, sendo 5,5% menor que 2014 quando aconteceram 34.794. Já o número de óbitos teve uma redução de 12%, entre 2014 e 2015, saindo de 820 para 719.

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