sábado, 31 de março de 2018

Apac emite alerta de chuva forte para a Zona da Mata Sul neste sábado



Segundo o monitoramento pluviométrico da Apac, Rio Formoso é o município com maior acúmulo de chuvas nas últimas 24h

Chuvas na estrada de Tamandaré
Foto: Cortesia

Do JC Online

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu na madrugada deste sábado (31) um alerta de chuvas fortes para os municípios da Zona da Mata Sul. Segundo a previsão, a região pernambucana pode ter níveis pluviométricos de intensidade moderada a forte ao longo do dia.


De acordo com o monitoramento da Apac, as regiões com maior acúmulo de chuvas nas últimas 24 horas são de municípios da Mata Sul do estado: Rio Formoso acumula 65,11mm no Centro e 57,68mm no Assentamento Minguito; Tamandaré acumula 58,16mm; Sirinhaém, 55,11mm na região da Compesa e 48,04mm no Centro; e em São José da Coroa Grande houve um acúmulo de 48,81mm.

RMR

No Grande Recife, a região com maior acúmulo de chuvas é no bairro de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, com 30,80mm.

Previsão

Segundo a previsão do tempo da Apac para este sábado, chuvas de intensidade fraca irão cair no período da manhã e da noite na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata Norte, enquanto a Mata Sul segue em alerta de chuvas fortes.

No Agreste a previsão é de céu nublado, mas sem chuvas ao longo do dia e no Sertão é de pancadas de chuvas com intensidade fraca no período da noite

Novo gerador garante conservação de vacinas para municípios do Agreste

A Gerência Regional de Saúde ( V GERES), sediada em Garanhuns, foi contemplada pela Secretaria Estadual de Saúde com um novo gerador para o setor de vacinas, do Programa Nacional de Imunização, que atende 21 municípios do Agreste Meridional.

Segundo a gestora regional de saúde, Catarina Tenório, o gerador é fundamental para garantir o suprimento emergencial de energia elétrica. "Não podemos prescindir de energia elétrica para o funcionamento dos equipamentos de maneira contínua. Com este novo gerador, investimento do Governo do Estado, estamos garantindo a conservação dos Imunobiológicos entre 2° C a 8° C positivos, sem preocupação de queda da rede de energia elétrica", explica a gestora.

O investimento é do Fundo Estadual de Saúde de Pernambuco. O motor do gerador tem potência de 71cv, movido à diesel, com capacidade para 200L, que gera 55KVA, em frequência de 60hz, e já está em funcionamento.

Mamar em onça


Por Luis Jorge Natal no Blog Os Divergentes

Jair Bolsonaro com militares no Congresso. Foto Orlando Brito

Não, o Jair Bolsonaro não é candidato a presidente da República porque é das Forças Armadas. Existe uma parcela minoritária do eleitorado que tem saudades da ditadura militar; outra não viveu essa época, mas acredita em relatos edulcorados de quem louva o regime autoritário. Soma-se a essa saudade, misturada com ignorância, a raiva que a população hoje devota à classe política. O sentimento é este, mais do que desprezo. E é muito perigoso, já que provoca a total cegueira política. Os jovens e desinformados devem aprender que, na ditadura, também houve corrupção, contrabando, tráfico de drogas, má gestão e políticas públicas danosas aos cofres públicos. E devem saber também que havia tortura, assassinatos, desaparecimentos e uma censura total aos meios de comunicação.
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Os saudosistas que apoiam esta candidatura maluca omitem um fato importante: ele só é candidato porque vivemos numa democracia. No regime militar, as escolhas eram feitas pelos comandantes – generais, almirantes e brigadeiros. Nenhum subalterno era ouvido. Ora, um capitão, como é o caso, seria, no máximo, um ajudante de ordens, um carregador de pasta, um abridor de portas. General nenhum daria cabimento a um capitão; é assim na hierarquizada rotina da caserna.

Então, está claro que a candidatura só é possível por causa da democracia. Ele não está disputando por ser militar, mas por ser deputado. É assim que é. Deputado há 28 anos, isso mesmo: 28 anos. Sempre eleito com o discurso belicista de extermínio da bandidagem. Ora, ele é representante de um Estado, o Rio de Janeiro, onde a marginalidade é mais ostensiva, ocupa o vácuo deixado por governos corruptos e ineptos. Apurem, vejam quantos desses governantes, alguns presos, contaram com o apoio do deputado. O sujeito não sabe cuidar da sujeira no próprio quintal e quer ensinar a limpar a casa inteira. Onde ele estava enquanto o Estado era saqueado? Nada sabe, nada viu? É, no mínimo, incompetência. Não há, nas propostas do candidato, nada parecido com o humanismo ou a preocupação com o próximo. Tudo nele representa atentados aos marcos civilizatórios.

Como cidadão, em pleno exercício dos direitos políticos, pode ser candidato. Mas só o é porque vivemos numa democracia, que não pode correr riscos por parte de quem não a defende. E saibam: ele não é o candidato das Forças Armadas. Representa a si e a minoritárias forças reacionárias, retrógradas e protofascistas. É candidato porque tem verba de gabinete, auxílio-moradia e passagens pagas. É candidato porque deixou a carreira militar pela metade para ser deputado, repita-se, há 28 anos. Exerce o mandato num ambiente que permite divergências, o contraditório, para louvar a barbárie, a tortura.

Por mais críticas que a política mereça, não há solução pacífica fora dela. E é por isso que o deputado tem que ser derrotado. A transparência política tem que servir como luz do sol para mostrar quem ele é o que e representa. É importante também destacar que essa candidatura não pode ser o escoadouro das insatisfações, frustrações, decepções e raiva dedicadas ao ex-presidente Lula e ao PT. Derrotar o deputado é preservar a democracia. Só o voto pode evitar a eclosão dos ovos da serpente.

Bolsonaro perde para Lula 1º e 2º confrontos de 2018



Do Blog da Cidadania

Nas eleições deste ano, o líder da verdadeira social-democracia brasileira, Lula, irá se confrontar eleitoralmente com o líder da extrema-direita, Jair Bolsonaro. Direta ou indiretamente. Ou seja: se Lula não for candidato, o confronto do candidato conservador será com o candidato escolhido pelo petista. Serão várias batalhas durante a guerra eleitoral deste ano. E Bolsonaro perdeu as duas primeiras…

A primeira batalha que Bolsonaro perdeu para Lula foi no âmbito das milícias fascistas organizadas por seu campo político para atacar o ex-presidente durante a caravana que empreendeu no Sul do país.

Enquanto os milicianos bolsonaristas atacavam o comboio de Lula com ovos e até com pedras, o prejuízo de imagem para o candidato da extrema-direita nem era tão grande. O Problema foi quando a caravana petista foi atacada a tiros pelos mesmos partidários de Bolsonaro e este, em vez de ficar no seu canto, achando que está abafando desandou a caluniar a vítima do atentado acusando-a de ter mandado atirarem contra si.


Aí a mídia caiu de pau.


A própria mídia antipetista reconheceu que os ataques violentos e o atentado a bala promovido pelos bolsonaristas reforçava a denúncia dos petistas de que há uma guerra antidemocrática contra Lula movida pela extrema-direita brasileira e pelo Estado, já que enquanto o ex-presidente é alvo de turbas fascistas, querem jogá-lo na cadeia.


Outro pré-candidato de direita que havia culpado Lula por ter sido atacado a tiros, o governador Geraldo Alckmin, recuaram e inventaram historietas para negar que tinham dito semelhante besteira. Pelo Twitter, Alckmin disse que quando proferiu a cretinice “não sabia” que Lula tinha sido atacado a tiros…

A grande derrota de Bolsonaro ocorreu e ele nem sabe. Continua dizendo besteira, fazendo acusações falsas, sem provas. Mas essa foi só a primeira derrota. Houve outra ainda mais acachapante. E logo em seguida à primeira.

No começo da semana em que ocorreram tais fatos, o deputado de ultradireita fez um desafio público a Lula – talvez o maior erro político que cometeu até agora. Desafiou o ex-presidente para uma disputa de manifestantes, pois iria a Curitiba no mesmo dia em que Lula e também faria uma manifestação.


O resultado foi francamente desfavorável a Bolsonaro. Apesar de que Cerca de 500 partidários do deputado ultraconservador se concentraram no aeroporto para esperar o candidato que elogia a ditadura militar (1964-85) e seus métodos de tortura, quem conhece a Praça Santos Andrade e a via diante da área de desembarque do aeroporto de Curitiba (Afonso Pena), onde Bolsonaro foi recebido, sabe que não há como comparar a quantidade de público da manifestação por lá com a manifestação no centro da capital paranaense.

Basta olhar as fotos



Mas não foi aí que Bolsonaro teve o maior prejuízo diante de Lula. Foi na mesma praça em que Lula fez sua megamanifestação. Bolsonaro prometia lavar as escadarias da UFPR: “A ideia é esta mesmo, lavar a praça que foi usada por Lula, que deveria estar na cadeia e não fazendo caravanas pelo país. Vamos lavar esta sujeira que o PT fez e deixou no Brasil”, disse o político.

Alckmin corrige erro; Bolsonaro incita ódio

Presidência da República exige equilíbrio e preparo

Blog do Kennedy

Dois pré-candidatos à Presidência tiveram ontem reações diferentes aos tiros dados em dois ônibus da caravana do ex-presidente Lula. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mudou o tom. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) voltou a incitar o ódio.
Alckmin havia dito anteontem que os petistas estavam “colhendo o que plantaram”. Foi um erro culpar a vítima. Ontem, o tucano recuou. Afirmou que era “papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT”.
Bolsonaro sugeriu que os tiros teriam partido do próprio PT, numa armação política. Falou ainda que “Lula quis transformar o Brasil num galinheiro, agora está por aí colhendo ovos por onde passa”
O governador de São Paulo teve a humildade de corrigir um erro. Alckmin agiu com responsabilidade. O deputado federal foi leviano, sugerindo uma autoria que ainda está em apuração e que é implausível com os relatos das pessoas que estavam nos ônibus e ouviram estampidos e pensaram que fossem mais pedras atingindo a lataria do veículo.
Bolsonaro agiu com irresponsabilidade. Mostrou despreparo para comandar o país.
Quem é candidato à Presidência da República precisa ter equilíbrio e moderação. É um trabalho difícil, sujeito a enormes pressões, exige reflexão para decisões complexas. Se o presidente erra, tem de saber recuar e corrigir rumos.
Alckmin mudou o tom. Condenou a violência e pediu que as autoridades tomassem providências. Corrigiu um erro e manteve suas diferenças políticas, alfinetando o PT. Alckmin afirmou que “o país está cansado de divisão e da convocação ao conflito”, voltando à linha tucana de atribuir ao PT a responsabilidade por essa divisão, o que é errado, mas é um direito dele. O crescimento da intolerância no debate público é obra do conjunto da sociedade brasileira.
Bolsonaro deu declarações que jogam lenha na fogueira. Para piorar, há uma foto de um comício dele ontem em Curitiba que mostra o pré-candidato simulando com o dedão e o indicador estar dando tiro na cabeça de um boneco do ex-presidente Lula.
Isso é incitação ao ódio. É irresponsável, porque transmite um sinal verde para apoiadores radicais. Não é democrático, porque sugere a exterminação do adversário pela violência. Um candidato com esse tipo de atitude não está à altura da Presidência da República.
O Brasil vive uma crise grave. As eleições podem ser a oportunidade para superarmos essa crise ou pode aprofundar nossas mazelas. Não podemos subestimar o risco de piora.
A morte de Marielle e uma série de fatos recentes indicam que é alta a possibilidade de pular no abismo. Isso aumenta a responsabilidade da classe política, mas também de todos os cidadãos, inclusive dos jornalistas.

Auxílio-moradia e outros penduricalhos

Ricardo Boechat – ISTOÉ

Apesar de muito criticado o pagamento de auxílio-moradia a todos os magistrados do País, seguem os penduricalhos no Judiciário. Em decisão surreal, o CNJ deu “ok” para juízes do TJ do RJ receberem por atuação em audiências de custódia – sessões de julgamento realizadas para decidir sobre a prisão de pessoas detidas em flagrante.

Ou seja, paga-se por algo que é da natureza do trabalho do magistrado. No caso, o benefício equivale a um terço do salário – uns R$ 8,6 mil. Válido imaginar que o aval do conselho deverá levar outros tribunais a adotarem tal medida.
Enquanto isso, vinculadas ao Ministério da Fazenda, as duas estatais de tecnologia da informação do governo não foram bem avaliadas em auditoria do TCU. A Dataprev e o Serpro têm baixos índices de eficiência e produtividade no desenvolvimento de sistemas, quando comparadas às empresas privadas. E entre elas, uma é ainda pior: o custo médio por chamado na Central de Serviços da Dataprev é 66% maior do que no Serpro, no período analisado.
O tribunal mandou adotarem ações urgentes para melhorar os resultados, no prazo de seis meses. E em 90 dias apresentarem aos insatisfeitos clientes demonstrativos de formação de preço de cada serviço.

Um Riocentro no Paraná? Por Ricardo Amaral



POR FERNANDO BRITO no Tijolaço


Do jornalista Ricardo Amaral, no GGN, um relato aterrador sobre as manipulações da polícia paranaense, que nos deixa à beira de uma farsa monstruosa, como aquela em que a “esquerda” ficou sendo a “culpada” pela explosão de uma bomba com que os radicais da ditadura queriam provocar o terror no Riocentro, em 1981:

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não tem a menor condição de conduzir um inquérito isento sobre o atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula na rodovia entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, na noite da terça-feira, 27. Há fortes indícios de que se caminha para a construção de uma farsa semelhante ao inquérito do Ricocentro.

A primeira reação da Secretaria, tão logo o atentado foi denunciado à imprensa e pelas redes sociais, foi divulgar uma nota oficial escandalosamente mentirosa. Afirmava que Lula teria feito o percurso de helicóptero e que o PT não havia solicitado escolta para caravana.

A primeira mentira foi prontamente derrubada pelo testemunho dos jornalistas (inclusive os da imprensa empresarial) que viram Lula embarcar em um dos ônibus da comitiva em Quedas do Iguaçu e desembarcar no campus da UFFS em Laranjeiras do Sul. E no dia seguinte, pela divulgação do vídeo do desembarque, mostrando Lula sendo recebido, na porta do ônibus, pelo reitor Jaime Giollo.
A segunda mentira foi desmentida pela divulgação do ofício do PT do Paraná, com data de 28 de fevereiro, solicitando segurança para a caravana e informando detalhadamente ao comando da Polícia Militar do Paraná todo o trajeto da caravana no estado, rodovia por rodovia.

Depois que um perito confirmou que as marcas nas laterais e vidros dos ônibus eram de balas, redes sociais da direita e da polícia do Paraná espalharam a versão de que os tiros teriam sido disparados quando os ônibus estavam parados, o que contradiz todos os depoimentos, inclusive o relatório da Polícia Rodoviária Federal.

E numa quarta mentira, a Secretaria de Segurança divulgou que a caravana teria mudado o percurso sem avisar as autoridades, o que se desmente pelos testemunhos e pelos vídeos. O deslocamento do ex-presidente no comboio ocorreu conforme o que foi informado em ofício ao comando da Polícia Militar do Paraná, em duas rodovias, uma delas estadual.

O fato é que, em 15 estados percorridos pela caravana Lula Pelo Brasil, desde agosto passado, a Secretaria de Segurança do Paraná foi a única que não forneceu escolta policial nas rodovias desde a entrada da caravana no estado. Foi negligente e omissa diante das agressões à caravana. A única exceção foi a contenção de milícias que atacaram a comitiva em Foz do Iguaçu, no dia 26.

Na manhã do atentado, quando se planejava um deslocamento de Lula em helicóptero, desde Foz do Iguaçu até Quedas do Iguaçu, o coronel Washington Lee Abe proibiu o pouso no Quartel da PM, local normalmente utilizado para este fim. Lula teve de se deslocar de avião até o aeroporto de uma cidade próxima, ficando mais uma vez exposto a emboscadas nas rodovias. O coronel Lee é o mesmo que postou ataques a Marielle Franco nas redes.

Agora, a Secretaria do Segurança do Paraná está se valendo do submundo da imprensa (IstoÉ, Augusto Nunes, Cláudio Humberto etc.) e das redes sociais de direita para plantar a mentira de um auto-atentado. Reforça os incentivadores da violência política, como Jair Bolsonaro (que posou para fotos com PMs no aeroporto de São José dos Pinhais) e Geraldo Alckmin, que deu uma declaração desastrada em busca dos votos da extrema direita ensandecida.

Desmoralizada pelas imagens e testemunhos isentos, inclusive dos jornalistas que cobriam o deslocamento da caravana, a Secretaria de Segurança do Paraná afastou da condução do inquérito o delegado natural, Fabiano Oliveira. Após uma entrevista em que declarou que o inquérito investigaria tentativa de homicídio contra os membros da caravana, Fabiano foi substituído pelo delegado Hélder Lauria, que decidiu investigar apenas “tiros com danos materiais”.

Manipulado politicamente pelo governador Beto Richa e pelo ex-secretário bolsonarista Fernando Francischini, o inquérito sobre o atentado caminha para repetir a farsa do inquérito do Riocentro, em 1981.

No caso Riocentro, as provas e testemunhos indicavam que o sargento Rosário morreu e o capitão Machado foi gravemente ferido quando tentavam explodir uma bomba contra o público do show do Primeiro de Maio.

Assim como fez a Secretaria de Segurança do Paraná, a ditadura substituiu o comandante natural do Inquérito Policial Militar por um preposto. E o relatório do coronel Job Lorena de Santana concluiu que os agentes do DOI-Codi foram vítimas da esquerda.

Não será surpresa, portanto, se o governo Beto Richa e a secretaria de Segurança controlada por Francischini apresentarem, daqui a alguns dias, um relatório apontando algum petista ou sem-terra como supostos autores dos disparos. E a farsa se repetirá.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Ex-ministro de FH: intervenção é eleitoreira e inócua


POR FERNANDO BRITO no Tijolaço


Do ex-ministro dos Direitos Humanos do Governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro, no UOL:

Essa intervenção federal-militar não podia ser mais desastrada, ineficiente e autoritária. Por que desastrada? Porque este é um ano tampão desse governo. E o Rio de Janeiro está longe de ser o estado com maior número de homicídios ou, por exemplo, de mortes pela PM [Polícia Militar], comparativamente em relação à população. É que o Rio é a antiga capital [federal], tem certo mito, então o governo escolheu para fazer essa intervenção federal ali.

É inócua porque não vai ter nenhuma condição de lidar com o crime organizado. Eu vi outras intervenções no Rio com tanque na rua. Não adianta pôr tanque na rua. É para a galera, para fazer de conta que estão fazendo alguma coisa. As Forças Armadas não têm nenhuma competência para lidar com a criminalidade ou a criminalidade organizada.

Por que autoritária? Porque se dá nas comunidades de favela, onde moram os brasileiros de menor renda e quase a maioria afrodescendentes. Então, é um lugar onde estão, segundo as categorias do censo, os pretos e os pardos. E ali 95% dos moradores são gente respeitadora da lei, são cidadãos. Por isso, essa intervenção se articula com o apartheid [segregação social institucionalizada], que é centenário em relação aos morros do Rio, as comunidades, desde que elas foram instaladas.

E você evidentemente não vai fazer [nos bairros ricos] como o Exército começou a fazer [nas comunidades]: fotografia dos consumidores da [avenida] Vieira Souto, do Leblon e da avenida Atlântica [localidades ricas da zona sul carioca]. Ninguém pensa.
Então, a intervenção tem essas características e está fadada ao insucesso. Não vai absolutamente trazer nenhuma melhoria para a segurança pública no Rio e é medida marqueteira até as eleições por um governo que mal tem 6% de aprovação [segundo pesquisa do Datafolha]. E é esperança para a população das comunidades, que vive entre o terror da polícia e do crime mais ou menos organizado.

Porque, quando falam em crime organizado na favela, é uma piada, porque os organizadores não estão [ali]. Aqueles são pés de chinelo intermediários, os traficantes moram na Barra [da Tijuca, bairro rico da zona oeste do Rio] ou em Miami [EUA]. Sim, são quadrilhas armadíssimas agora, mas chamar aquilo de crime organizado é um exagero. Na verdade, têm um nível de organização muito limitado e impondo pelas armas o terror às populações. 

O que ocorre, e eu li pesquisas, é que 75% da população do Rio aprova. Bom, aprova porque há desespero grande em relação à criminalidade, ao estado dos homicídios, e é natural que a população espere que uma intervenção com esse teor possa ter efeito positivo. Mas não vai ter. É uma intervenção oportunista, marqueteira e eleitoreira.

Nenhum choque ou guerra funciona. O que funciona: infiltração dentro da lei. Você tem que se infiltrar nessas organizações. E não é muito difícil de se infiltrar nessas organizaçõezinhas de pés de chinelo. É preciso tempo, dedicação. Em segundo lugar, para onde vai esse dinheiro [do tráfico de drogas e de armas]? Onde é lavado? É lavado nas praças do Rio e de São Paulo. Com Miami [EUA], são os maiores centros lavadores de dinheiro nas Américas. Há utilização de empresas de ônibus, lavanderias. Tudo isso dá para lavar. Mas o combate a isso não se faz.

quinta-feira, 29 de março de 2018

A retomada do desemprego




POR FERNANDO BRITO no Tijolaço


Não houve nenhuma adivinhação por parte dos economistas e analistas econômicos que diziam não haver consistência no foguetório que se soltava pela retomada econômica.

Claro que houve avanços pontuais, sobretudo pela queda da taxa de juros atuando sobre o consumo, mas isso, sabe-se faz tempo, não é suficiente para alavancar a atividade econômica de maneira sólida.

Os dados divulgado pelo IBGE, hoje, mostrando uma nova elevação do desemprego e, sobretudo, que as carteiras assinadas minguaram ao menor nível nos últimos seis anos é a prova disso.

Mesmo com a redução dos direitos trabalhistas, o mercado não contrata e não contrata porque sabe que o país não tem uma política econômica de incremento da atividade da economia.

Sem investimento público – uma expressão que provoca horror na turma do Henrique Meirelles – não haverá retomada para o pais.

E a tirma do Judiciário, firme e forte nos seus penduricalhos, está cuidando de por uma pedra diante de quem poderia fazer o Brasil recuperar-se.

Auler: já há 31 suspeitos de incitação à violência contra Lula

POR FERNANDO BRITO no Tijolaço


Marcelo Auler, no seu blog, publica a representação do Coletivo de Advogados e Advogadas Pela Democracia ao Ministério Público apontando um total de 31 pessoas que incitaram a atos de violência contra a Caravana de Lula ao Sul do país, dez deles com possibilidade de terem relação com o atentato terrorista, a tiros, contra os ônibus da Caravana lulista;

O atentado à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de terça-feira (27/03) nas proximidades da cidade de Sete Quedas (PR) pode ter sido devidamente planejado em um grupo de WhatsApp – “Caravana Contra Lula, 26/03” – por, pelo menos, dez pessoas, incluindo M.B., moradora de Foz do Iguaçu (PR).

Nos diálogos na noite de segunda-feira, ela questiona: “Onde arruma esse miguelitos” (os pregos de várias pontas que realmente foram usados para furar pneus dos ônibus).

Nas postagens feitas neste grupo do WhatsApp, H.C., de uma cidade no interior do Paraná com DDD 45, fala em ir ao Paraguai comprar um fuzil. Nisso recebe a recomendação de A.S., também do interior paranaense (região com DDD 43): “vai na loja de armas compra uma puma 38 ou 44 é mais fácil do que vc imagina“.

Em seguida, M. da região com DDD 45, palpita: “Aí só se posicionar do outro lado do rio e manda uma bala certeira”.

O mesmo M. aparece em seguida recomendando “Atirem só nós pneus. Não vão acertar alguma besta daqueles que seguem a caravana”. 

Outro participante – M.K. –, porém, sugere que a culpa seja atribuída aos “próprios capangas do Lula. Dentro do assentamento do MST, e com o ônibus parado, como indica os buracos das balas“.

Não se tem notícias de que as investigações oficiais tenham produzido nada, até agora, apesar da reação do delegado de Laranjeiras do Sulem sugerir que afastado do caso por ter dito que havia nele uma tentativa de homicídio.

“Se há disparo de arma de fogo em direção a diversas pessoas em um ônibus, isso será considerado, em um primeiro momento, tentativa de homicídio, aqui e em qualquer lugar do mundo, embora se respeite opiniões diversas, desde que juridicamente fundamentadas”, disse em nota divulgada à noite.

Ao que parece, há gente na hierarquia da Segurança do Estado do Paraná que prefere considerar dar tiros uma forma de protesto.

Leia a apuração detalhada que advogados, com mil vezes menos recursos que a polícia, já fizeram até agora. até agora no blog do repórter.

Strike: Coronel Lima, tesoureiro informal de Temer, também é preso

247 - O coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Batista Lima Filho, amigo e apontado como laranja de Michel Temer, foi preso por agentes da Polícia Federal no âmbito da Operação Skala, que apura o pagamento de propinas ao emedebista por meio da edição do chamado decreto dos portos que teria beneficiado empresas do setor portuário. Lima teve sua prisão temporária de cinco dias determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Roberto Barroso. Além de Lima, também foram presos José Yunes, advogado e amigo de Temer, e o ex-ministro Wagner Rossi.

Barroso já havia determinado a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Michel Temer, do coronel Lima, além do empresário José Yunes e do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, no âmbito do inquérito que investiga suposto pagamento de propina na MP dos portos.

A empresa Argeplan, do Coronel Lima, é a proprietária oficial da Fazenda Esmeralda, entre Lucianópolis e Duartina-SP, que foi citada nas delações de Ricardo Saud e Joesley Batista, no inquérito da MP dos Portos. Saud e Joesley relataram conversas com o Deputado Paulinho da Força (SD), onde este afirma que a Fazenda Esmeralda é de propriedade do presidente Michel Temer.

Os que sacaram armas contra caravana são policiais


Pelo menos dois soldados da Brigada Militar no município de Bagé (RS), no último dia 19 de março, sacaram suas armas e apontaram para integrantes da caravana Lula pelo Brasil. O homem armado que aparece em destaque na imagem acima é conhecido como Soldado Corrêa e faria parte de uma equipe de inteligência da brigada, que se mistura em manifestações vestindo trajes civis, teoricamente em busca de identificar e impedir atitudes violentas e contrárias à lei realizadas durante protestos populares.

Testemunhas que estavam no local, no entanto, afirmam que os policiais em questão em nenhum momento tentaram impedir a violência de manifestantes pró-Jair Bolsonaro e apenas sacaram suas pistolas quando integrantes da Caravana Lula pelo Brasil se aproximaram de um grupo da direita que agrediam um participante da caravana.
A jornalista Rochele Barbosa, do jornal O Minuano, de Bagé, cobre segurança pública no município e de pronto reconheceu os militares nas fotos. "Os dois que aparecem na foto são da brigada militar sim, o que aparece mais à frente é o soldado Corrêa. Eu estava no local no momento desta foto. Inclusive tinham mais policiais junto com eles, são do grupo que a polícia chama de P2, agentes infiltrados em manifestações, pessoal da inteligência da Brigada Militar", narra a jornalista.
Um integrante da marcha que teve uma das armas apontada para o seu peito, e que pediu para não ser identificado por temer represálias, descreveu: "Eram pelo menos quatro homens armados. Nossos companheiros estavam sendo agredidos do lado deles, e não fizeram nada. Quando chegamos para ajuda-los, então os homens sacaram as armas, apontaram para nós mandando que a gente ficasse longe. Em nenhum momento se identificaram como policiais. em nenhum momento pareceu que estavam ali para manter a lei e a ordem", descreve o membro da caravana.
Já a Brigada Militar não confirma nem nega que os homens da foto são policiais. A reportagem da Fórum conversou com o major Euclides Maria da Silva Neto, chefe da comunicação da Brigada Militar, e mostrou a ele as imagens. Ele disse não identificar de pronto o rosto dos agentes, mas disse que a brigada mantém agentes infiltrados em manifestações e concluiu afirmando que "a Brigada Militar está apurando as circunstâncias que envolvem o fato".  (Revista Fórum - Por Vinicius Segalla)

PE: decretado estado de emergência em 52 cidades

Decreto, que foi publicado nesta quarta-feira (28), é válido por 180 dias após a data de publicação.

Por G1 PE

O governo de Pernambuco decretou, nesta quarta-feira (28), situação de emergência em 52 cidades do Sertão do estado devido à estiagem. A determinação, publicada no Diário Oficial do Estado, é válida por 180 dias a partir da data de publicação.
Segundo a administração estadual, o decreto considera que os habitantes dos municípios contemplados "não têm condições satisfatórias de superar os danos e prejuízos provocados pelo evento adverso, haja vista a situação socioeconômica desfavorável da região".
As perdas na agropecuária também foram levadas em consideração, segundo o decreto.
Ainda no texto, as medidas necessárias para combater a situação de emergência nesse grupo de municípios serão adotadas por órgãos estaduais competentes para atuação específica nesses casos.

Para Lula, “imprensa foi conivente” com agressão ao PT


Ex-presidente discursou durante ato em Curitiba
O Globo – Sergio Roxo – Enviado especial

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, em Curitiba, que a imprensa foi "conivente" com os ataques sofridos pelos petistas na visita aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Por causa do atentado contra os ônibus da caravana, o PT decidiu ampliar o ato programado para encerrar o giro pelo Sul. Lideranças nacionais e parlamentares do partido e de legendas aliadas foram chamados a Curitiba. Com o objetivo de tornar o evento suprapartidário, os pré-candidatos a presidente do PSOL, Guilherme Boulos, e do PCdoB, Manuela D'Ávila, também compareceram.
Apesar disso, Lula não teve constrangimento em falar de sua campanha. Citou os convidados apenas rapidamente.
O líder petista listou todos os ataques sofridos pela caravana. Falou das pedras e ovos disparados contra ônibus e palanques, de agressões físicas a integrantes da equipe e dos três tiros disparados na terça-feira contra dois dos três ônibus. Em seguida, se virou para os repórteres que cobriam o ato e disse:
- A imprensa foi conivente com isso o tempo inteiro.
Lula ainda disse que nunca se viu "um ato de violência" da sua parte.
Ao falar sobre a ação do Ministério Público para impedir a sua visita à Unipampa, em Bagé (RS) no início da caravana, o ex-presidente citou o juiz Sergio Moro.
- Não vou acusar que é (uma atuação) do Moro, do MBL, que é usineiro e arrozeiro.
Lula também criticou a série "O Mecanismo", do Netflix. Vamos processar a Netflix. Eles colocam na minha boca coisa da boca de outros.
O ex-presidente contou que sofreu para chegar a Curitiba, na noite de terça-feira, por causa dos manifestantes que tentavam fechar estradas.
Também provocou os manifestantes que faziam um ato a 800 metros da praça em que discursava. No momento em que o grupo soltou fogos, ele disse:
- São eles. Guardem esses rojões para minha posse.
Antes da chegada de Lula, plateia, que se dividia entre a Praça Santos Andrade e a escadaria da Universidade Federal do Paraná, pedia pelo ex-presidente e atacava o juiz Sergio Moro. "Fora Sergio Moro", gritavam os simpatizantes do PT. Numa faixa, estava escrito "Moro, juiz imoral, porco imperialista

Bolsonaro, o incitador, simula “tiro” na cabeça de Lula


Os jornais não deram, mas recebi a foto (e verifiquei cuidadosamente a sincronia com o vídeo gravado de cima do palanque, num ângulo que não permite ver a cena inteira)onde hoje, na frente do Aeroporto de Curitiba, Jair Bolsonaro simula estar dando um tiro da cabeça de um “Lula” representado por um boneco, como você pode ver acima.

Menos de um dia depois de terem disparado quatro tiros contra os ônibus da caravana do ex-presidente ao Paraná, o gesto não merece outro nome senão o de incitação ao crime.

Tratando-se de alguém que disputa o cargo de Presidente e de alguém que sugere a liberação geral das armas, a cena tem uma simbologia que autoriza a quem quiser achar que aqueles ou novos tiros contra Lula são o resultado da provocação explícita.

A cena se deu diante de ao menos uma centena de seus partidários, que gritavam “República de Curitiba”, expressão que se tornou símbolo da perseguição político-judicial a Lula, mas os jornais – todos presente ao local, não registram nem em imagens, nem no texto.

Ainda que abjeta, a imagem adverte sobre com quem se está lidando: um incitador ao crime.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Morre em Fortaleza o autor de “Pra tirar coco”



Morreu nesta segunda-feira (26), em Fortaleza, aos 76 anos de idade, o cantor e compositor Messias Holanda, autor de “Pra tirar coco” que foi muito cantada no carnaval de Pernambuco, este ano, por Almir Rouche.

Cearense de Missão Velha, cidade próxima a Juazeiro do padre Cícero, Holanda sofreu uma queda em casa em 2016 e morreu em consequência dela.

O corpo foi velado no imponente Teatro José de Alencar, no centro de Fortaleza, que está para a capital cearense assim como o Teatro de Santa Isabel está para o Recife.

Messias Holanda compôs mais de uma centena de músicas, gravou 16 LPs e 18 CDs.

Temer-Meirelles: a chapa do “presidente decorativo”


POR FERNANDO BRITO no Tijolaço
O anúncio da filiação de Henrique Meirelles ao (P)MDB, combinado à entrevista de Michel Temer assumindo sua candidatura a Presidente coloca com provável uma dobradinha entre ambos, embora em matéria de recuos, o ocupante do Planalto seja pródigo, em seus jogos de dissimulação.

E, se isso ocorrer, não é difícil antever algumas consequências.

A mais ampla é que o “mercado” vai ter, ao menos, três candidatos pelos quais se dividirá: Jair Bolsonaro, Michel Temer e Geraldo Alckmin, penso eu que nesta ordem, sem contar o insólito dono da Riachuelo, Flávio Rocha.

Com Meirelles, Temer pode assumir seus ares decorativos (decoração kitsch, claro).

Os espaços para a candidatura Rodrigo Maia, que existiam mais em sua imaginação do que em qualquer outro lugar devem ceder lugar a uma tardia articulação por apoio no Rio de Janeiro e na Bahia e em uma ou outra coligação.

Ele não tem – ao contrário de ACM e de Álvaro Dias, sequer alguma expressão regional.

Já o MDB vai ter em muito sua vida dificultada. No Sul e no Centro-Oeste, é certo que parte migrará para Jair Bolsonaro, como no Nordeste irá para Lula ou para o candidato por ele apoiado. No Sudeste, variedade: no Espírito Santo, agarrar-se a Paulo Hartung; no Rio, desaparecer, praticamente, a depender do destino de Eduardo Paes, dividir-se em São Paulo entre Alckmin e Temer e, em Minas, entre este e o PT ou seu candidato.

Apesar de provavelmente beneficiado pelas defecções peemedebistas, Bolsonaro ganha mais um bloqueio para crescer: Temer, com ou sem Meirelles de vice, não vai deixar de ter algo perto de 10% dos votos, tal como Geraldo Alckmin terá isso, também. 5% mais dos outros mosquitos de direita, e seus 20% ou pouco mais, tem-se metade do eleitorado, quase.

O que deixa a outra metade (ou pouco mais da metade) pronta a levar um candidato progressista ao segundo turno.

Por enquanto, a direita continua num mato sem cachorro

Ou melhor, no mato apenas com um mastim feroz.

Petrobras aumenta preços do diesel e da gasolina nas refinarias


Agência Brasil
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

© Fernando Frazão/Agência Brasil Edifício-sede da Petrobras na Avenida Chile, centro do Rio

A Petrobras anunciou hoje (26), no Rio de Janeiro, aumento para o preço praticado nas refinarias para o diesel A e para a gasolina A. Os valores entrarão em vigor amanhã.

Para o diesel, o reajuste foi 1,213%, passando de R$1,8475 na sexta-feira para R$1,8702. Nos reajustes anteriores, o diesel tinha diminuído 0,487%, depois de aumento de 2,068% na quinta-feira.

A gasolina subiu 0,761% em uma sequência de cinco aumentos. Na quinta-feira foi anunciada majoração de 0,92%, no valor de R$1,6404. No anúncio de sexta-feira a tarifa passou para R$1,6431, com aumento de 0,164%.

Segundo a Petrobras, o preço cobrado pela estatal corresponde a 46% da composição do preço ao consumidor do diesel. Na gasolina, o percentual da empresa é 27%.

Governador entrega equipamentos e veículos para fortalecer a agricultura em Pernambuco

O governador Paulo Câmara entrega, nesta segunda-feira (26.03), equipamentos e veículos que irão promover o fortalecimento das políticas públicas de apoio aos agricultores e agricultoras do Estado. A ação, realizada por meio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA), contemplará cerca de 100 municípios. Entre os itens estão: 1 mil caixas plásticas; 25 motos, 8 veículos leves, 12 caminhões, 150 barracas de feira, 75 ensiladeiras, 3 caminhonetes, 11 kits de inseminação artificial, 16 freezers e 150 balanças eletrônicas. O investimento é de cerca de R$ 4 milhões, uma parceria da SEAD, do Governo Federal, e SARA/Secretaria Executiva de Agricultura Familiar (SEAF).

Paulo Câmara destaca o papel da mão de obra pernambucana no sucesso da fábrica da Jeep

O polo automotivo pernambucano recebeu, nesta sexta-feira (23.03), uma boa notícia para a continuidade do desenvolvimento do setor. Durante visita do governador Paulo Câmara e do presidente da República, Michel Temer, às instalações da fábrica da Fiat Chrysler Automobiles (FCA)/Jeep, neste município, foi celebrado o início do 3º turno da linha de produção da planta, gerando mais 1,5 mil novos empregos no Estado. Além disso, a capacidade de produção de veículos no local passará de 179 mil, por ano, para 250 mil no mesmo período.

“É sempre motivo de orgulho voltar à fábrica da Jeep e ver como ela está viva, fazendo automóveis de qualidade. Mas, acima de tudo, como ela está transformando a vida de muitas pessoas. Como governador do Estado tive a honra de inaugurar, há pouco menos de três anos, essa fábrica que hoje é uma referencia para o mundo da indústria automobilística, fazendo produtos de qualidade”, pontuou Paulo. 


O governador aproveitou a ocasião para destacar que o sucesso do projeto está atrelado à qualidade da mão de obra local. “O que mais surpreende a todos que chegam a Pernambuco é a mão de obra encontrada aqui. Na Fiat, temos 85% dos postos empregados por pernambucanos e 95% de nordestinos. E tudo isso é fruto da determinação, do olhar e da certeza de que planejando é possível alcançar os objetivos que se quer”, frisou Paulo. 


Para o presidente Michel Temer, os empregos gerados em Pernambuco podem ser espelho para o Brasil. “Enquanto eu percorria essas instalações, escutei depoimentos otimistas e vi que estava percorrendo um Brasil que gera inovação, que gera riquezas, que gera empregos”, disse. 


O presidente da FCA para a América Latina, Stefan Ketter, pontuou as conquistas do complexo desde sua construção, e agradeceu também o apoio do Governo de Pernambuco nessa empreitada. "O governador Paulo Câmara foi um parceiro importante da Fiat. E foi com essa parceria com o Governo do Estado que nós conseguimos levar esse projeto pra frente", disse, completando: "Isso que nós temos aqui não é só uma fábrica de boa qualidade, mas uma fábrica que produz três carros de sucesso (Renegade, Toro e Compass) e, o mais importante, um complexo industrial que emprega tantas pessoas", afirmou.

Temer quer convencer Meirelles a ser seu vice


O presidente Michel Temer conversou nos últimos dias com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre a possibilidade de uma composição de chapa eleitoral tendo o ministro como vice.

Segundo o blog da Andréia Sadi, Temer quer sair na cabeça de chapa, ou seja, candidato à Presidência da República. No Palácio do Planalto, interlocutores de Temer afirmam que as tratativas estão "otimistas". Alegam que será uma "ajuda mútua".
Já entre auxiliares de Meirelles a avaliação é mais cética em relação à aceitar a proposta. Acreditam que é Temer quem vai se dar conta de que não tem chances na corrida eleitoral e apoiar o ministro para a Presidência.
Meirelles também já discutiu com Temer substitutos para sua vaga. Defende que seja Eduardo Guardia ou Mansueto Almeida e não Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento.
Em tempo: Temer interromperá as tratativas eleitorais e ministeriais, hoje, para cuidar do inquérito dos Portos. Em São Paulo para compromisso oficial, o presidente quer encontrar conselheiros para discutir a investigação.
Entre eles, o advogado Antonio Claudio Mariz e o ex-assessor José Yunes.

Advogados a serviço do crime, novo alvo da intervenção


Ação de advogados em cadeias está na mira de intervenção federal
Chico Otávio e Daniel Biasetto – O Globo

Com base em investigações da Polícia Civil, que tiveram interceptação de ligações telefônicas dentro de celas e revelaram que chefões do narcotráfico usam advogados para se comunicar com as ruas, o sistema prisional do estado passará por um pente fino. O entra e sai de representantes legais dos detentos está no foco da intervenção. O caso mais conhecido e recente foi o da advogada Beatriz da Silva Costa de Souza, presa em outubro de 2017, acusada de usar as prerrogativas profissionais para transmitir informações dos clientes, como os traficantes Marcinho VP e My Thor, que estão em presídios federais, a criminosos que ainda dominam favelas do estado.
Como O GLOBO revelou em reportagem publicada domingo, uma rede criminosa com autoridades, agentes penitenciários, advogados e presos controla o pagamento de propina dentro do sistema penitenciário com o objetivo de criar facilidades na cadeia. Em entrevista para o jornal, o novo secretário de Administração Penitenciária, o delegado da Polícia Civil David Anthony, que chegou ao cargo já na gestão do interventor federal, general Walter Braga Netto, disse ter carta branca e que dará início a uma série de vistorias nas quase 50 unidades prisionais do Rio.
— Nós vamos continuar a dizer a que viemos, vamos continuar dando o recado. Não haverá um lugar aqui no estado em que deixaremos de entrar. Vamos entrar pesado e surpreender muita gente — afirmou o secretário.
A repressão aos “pombos-correio” é considerada fundamental para desarticular a ligação entre os criminosos presos e suas respectivas quadrilhas de tráfico que atuam no estado. Para mandar recados ou repassar recursos, os detentos evitam usar parentes para não expor a família, preferindo recorrer a advogados. Uma das linhas de investigação, a cargo do Ministério Público estadual, onde correm outros inquéritos sobre irregularidades nos presídios estaduais, cujo conteúdo foi revelado pelo jornal, apura o envolvimento destes profissionais com a rede de influência de traficantes.
— A sociedade respeita e deve respeitar o profissional do direito, mas há defensores de bandidos que deixam de lado seus princípios morais e éticos e agem como elo entre os membros da quadrilha encarcerada e o mundo externo — reconhece o inspetor penitenciário Wilson Camilo, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciário do Estado do Rio. — Tanto em Bangu 3-B quanto em Bangu 4, há casos de presos com três a quatro visitas de advogados no mesmo dia. Isso não é normal. Quando Beira-Mar estava preso no Rio, em Bangu 1, ele recebia em média cinco visitas de advogados.

Meirelles será candidato garantem governistas


Após reunião com Temer, governistas garantem que Meirelles será candidato
Letícia Fernandes - O Globo

A duas semanas do fim do prazo para liquidar a reforma ministerial, pessoas próximas ao presidente Michel Temergarantiram, após reunião neste domingo no Palácio do Jaburu, em Brasília, que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sairá do cargo para ser candidato a presidente. O ministro se encontrou com Temer duas vezes neste fim de semana e estaria decidido a sair.
Meirelles ainda precisa definir se irá mesmo para o PMDB, partido do presidente, e que espaço terá na legenda, já que Temer admitiu à revista "Istoé", na última sexta-feira, que seria "covardia" ele não ser candidato em outubro. Uma das possibilidades é que os dois integrem a mesma chapa, com o ministro sendo vice de Temer. O  sucessor de Meirelles na Fazenda ainda não está definido
'PONTE PARA O FUTURO 2'
Enquanto o presidente Michel Temer tenta diminuir a rejeição nas pesquisas para de fato viabilizar uma candidatura à Presidência, seus aliados já preparam um novo documento, com diretrizes econômicas e sociais, chamado de "Ponte para o Futuro 2".

Que tal votos, em lugar de pedras?

POR Fernando Brito no Tijolaço

Tenho evitado comentar os ataques que grupos de extrema-direita à caravana de Lula ao Sul do País, exatamente porque o objetivo destes grupos se tornou claro: inexpressivas nas grandes cidades, duas dúzias de provocadores se transformam em quantidade nas pequenas e médias cidades e, com ovos, pedras, tratores e caminhões, criam o que querem criar: uma impressão de que há uma “revolta” contra o ex-presidente.

Para isso, contam com a indisfarçada simpatia das polícias locais, porque ficou evidente que “lavam as mãos” diante de atitudes hostis que passam em muito do direito de protestar e levam à possibilidade real de que, disto, acabe resultando uma tragédia.

Nada disso, claro, funcionaria sem seu requisito essencial: ter mídia para amplificar os fatos, multiplicando o que é minúsculo. Hoje – mas apenas no final do texto, a Folha deixa claro que é uma ação com planejamento e comando, não uma reação espontânea:

Nas cidades por onde Lula passou, os manifestantes repetem padrões. Sempre um pequeno grupo é escalado para esperar passagem do ex-presidente, informando os que estão poucos metros adiante. Eles são orientados, por exemplo, a se dispersar no momento de aproximação de policiais para desbaratá-los e escondem pneus no mato para queimá-los impedindo a passagem do ex-presidente.

Nada disso é novo. Há um século esta sempre foi a estratégia do facismo: atacar, provocar o confronto e amedrontar a esquerda. Desde as milícias hitleristas das SA – os camisas pardas – aos blackblocs mascarados, a ação é sempre igual: provocar, agredir, criar um clima de guerra e medo.

É preciso muito cuidado para não reagir no mesmo diapasão a algo que se desmonta com um peteleco de argumentação: se Lula é tão rejeitado assim, porque tanto esforço para impedi-lo de disputar a eleição?

É a pergunta que pedras e ovos não podem responder, porque é com elas que algumas dezenas podem parecer maiores que milhares.