Verde, Amarelo e Azul
Nosso verde, aquele verde
Hoje representa as florestas
devastadas
Terras desmanteladas,
covardemente exploradas
Seria o amarelo o ouro roubado,
com trabalho escravo
Desde que acharam um lugar que
deram o nome de Brasil
Minas Gerais pegou o quinto,
Serra Pelada, o formigueiro humano
Entra ano sai ano e tudo continua
tão covarde tão desumano
E o azul do céu, poluído, pobre
cinza
Pelas fábricas que exploram mão
de obra barata
Proprietários fazem fortunas,
onde homens cumprem suas penas encarceradas pela máquina.
Dizem que trabalho é algo digno,
propaganda que te faz escravo, explorado, calado e assalariado.
E essas estrelas que nunca
brilham
E o herói que nunca aparece,
nunca salva ninguém
Por isso mesmo já rasgou seu
uniforme por um mísero vintém
Sua alma foi vendida barato, seu
novo uniforme: terno e gravata
Esse maldito só aparece no
horário eleitoral, sorriso falso, decadente e banal
No final ainda leio: ordem e
progresso
E realmente isso aconteceu
Eles se organizaram e progrediram
Exploraram, roubaram, humilharam,
tomaram tudo
Tudo que a natureza deu de graça
O braço que corta a cana, a cana
que a cachaça
Eles progrediram tomaram e
acabaram com tudo
E não sobrou nada, apenas um poesia
Verdadeira, romântica, trágica,
gritante e alucinada.
Poesia escrita pelo colaborador do blog Luís Ferreira Jr., da cidade de Cachoeirinha-PE, Graduado em
História pela UPE - Garanhuns.