sexta-feira, 22 de junho de 2018

Morre Waldir Pires, ex-governador da Bahia

Do Blog do Magno Martins

O ex-ministro da Defesa, da Previdência Social, da Controladoria Geral da União (CGU) e ex-governador da Bahia Waldir Pires morreu, na manhã de hoje, em Salvador, aos 91 anos. A morte de um dos mais longevos e influentes políticos baianos ocorreu um dia após o ex-governador dar entrada no Hospital da Bahia com quadro de pneumonia.

De acordo com nota da unidade de saúde, ele teve uma parada cardiorrespiratória por volta de 10h e não respondeu às manobras de reanimação. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), decretou luto oficial de cinco dias no Estado.
Waldir Pires foi consultor-geral da República no governo de João Goulart e, após o golpe militar de 1964, acabou exilado no Uruguai e na França, voltando ao Brasil em 1970. Primeiro governador da Bahia eleito após o regime militar, ocupou o cargo entre 1987 e 1989.

Datafolha: Lula é o mais preparado, diz eleitor

Lula é o mais preparado para acelerar o crescimento da economia, diz eleitor
Segundo pesquisa Datafolha, 32% dos entrevistados citaram o ex-presidente
Folha da S.Paulo
O ex-presidente Lula é o pré-candidato ao Planalto mais preparado para acelerar o crescimento da economia do país, avalia o eleitor brasileiro. Segundo pesquisa Datafolha, 32% dos entrevistados citaram o petista como o melhor nome para desempenhar essa missão. 

O resultado da pesquisa é bastante similar ao quadro geral de intençãode voto do eleitor, com o ex-presidente sendo seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 15%, e Marina Silva (Rede), 8%.    
Lula encerrou seu segundo mandato na Presidência, em 2010, com alta aprovação popular e uma taxa de crescimento do PIB de 7,6%, o maior índice desde 1985. Mas o PT depois levaria o país, no governo de Dilma Rousseff, a uma de suas mais graves recessões.
De 2014 a 2016, a produção e a renda do país encolheram 8,2%. Neste ano, o mercado estima um crescimento em torno de 1,7%. 
Para reverter esse quadro de estagnação, Lula é o favorito de eleitores de todas as faixas etárias e regiões do país. No Nordeste, onde tradicionalmente tem maior aprovação, o petista é visto como o  melhor remédio para a economia por 51% dos entrevistados, contra apenas 8% do segundo colocado, Bolsonaro. 
A vantagem do ex-presidente, porém, diminui conforme aumentam a escolaridade e a renda dos eleitores. 
No grupo que possui apenas o ensino fundamental, ele atinge 37%, contra 9% de Bolsonaro. Entre os entrevistados com nível de ensino superior, ambos estão empatados, com 20%. 

Maia janta com Temer e Aécio no escurinho de Brasília

POR FERNANDO BRITO · no TIJOLAÇO



Fora da agenda presidencial, como o encontro com Joesley Batista, um jantar reservado reuniu ontem à noite os senhores Michel Temer, Aécio Neves e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Fica-se sabendo pela reportagem de Marcelo Ribeiro, do Valor, que “os três discutiram o cenário eleitoral e avaliaram as possibilidades de suas legendas, DEM, MDB e PSDB, se unirem em torno de uma candidatura única à Presidência da República”.

“Aécio teria destacado a importância de os partidos do chamado centro político estarem unidos em torno de um postulante ao comando do Palácio do Planalto para garantir uma vaga no segundo turno”.

Como Geraldo Alckmin, mesmo na UTI, é o único que ainda não tem o atestado de óbito eleitoral passado em cartório, o repórter supõe que os três poderiam raspar ou poucos grãos de seus pratos para dar de comer ao tucano.

É tão pouco que menor serventia ainda terá.

Ocorre que Alckmin não vai bem ao fígado de nenhum dos três e não parece ser palatável, ainda mais com suas parcas chances.

Meirelles, nem há que dizer, nem para tira-gosto serve.

Ciro, então, é intragável mesmo ao estômago de avestruz de Michel Temer, “um bandido”, nas palavras do candidato neopedetista.

O encontro tem todos os ares de conspiração.

Como se dizia no tempo dos nossos avós, boa coisa não foi.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Paulo Câmara entrega PE-414 ao distrito de Bernardo Vieira, em Serra Talhada


Governador inaugurou, nesta quarta-feira, a obra, que recebeu um investimento de R$ 26 milhões e tem 26 quilômetros de extensão



Em seu último compromisso desta quarta-feira (20.06), o governador Paulo Câmara foi até o distrito de Bernardo Vieira, neste município, no Sertão do Pajeú, para inaugurar a PE-414, denominada Rodovia Argemiro Pereira, no trecho do entroncamento da BR-232 e a entrada da localidade, totalizando 26 quilômetros de extensão. Na ocasião, Paulo - primeiro governador a ter visitado o distrito - ressaltou o compromisso do Governo de Pernambuco de criar as condições necessárias para a garantia do desenvolvimento de todas as regiões do Estado. A intervenção contou com um investimento de R$ 26 milhões e vai permitir o ir e vir da população com mais segurança e rapidez. 

“É muito bom vir até Serra Talhada, principalmente porque é estando junto da população que conseguimos ver de perto os desafios e buscar soluções para a vida do povo. Buscamos, desde o início, alternativas para que essa obra simbolizasse o que queremos para todo o Estado de Pernambuco: levar pavimentação para todas as estradas. E esse é um dos nossos grandes desafios: manter toda a malha rodoviária adequada para uso. Os distritos precisam ter um olhar diferenciado para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ainda temos muito o que fazer, mas fica mais fácil quando se tem unidade e se busca, juntos, soluções que possam beneficiar toda a população. Venho aqui hoje e saio muito feliz por saber que o Governo do Estado pôde contribuir para o desenvolvimento do distrito de Bernardo Vieira”, afirmou o governador Paulo Câmara.

O prefeito Luciano Duque registrou a alegria e a satisfação de ter uma obra dessa importância entregue pelo governador Paulo Câmara à população. “Hoje, Bernardo Vieira pode comemorar uma grande vitória: uma obra que vai encurtar distâncias e trazer desenvolvimento. Estradas são importantes para o desenvolvimento local, para o transporte de produção e das pessoas. Obrigado, governador, por mais esse gesto pela nossa cidade. Parabéns por mais essa obra. Serra Talhada e Bernardo Vieira lhe são muito gratos por isso”, destacou o gestor municipal.

PSB emite nota oficial sobre rompimento da Família Ferreira







                                                           NOTA DO PSB-PE

Nos últimos anos não faltou ao governador Paulo Câmara capacidade de dialogar com todas as forças políticas de Pernambuco. Nosso Estado se firma na Federação como um dos poucos que consegue atravessar a grave crise econômica causada pelos problemas vindos de Brasília, sem descuidar de importantes investimentos na segurança pública, na saúde e sobretudo na educação.

No processo eleitoral que se avizinha, o grupo familiar dos Ferreira enxerga apenas sua participação ocupando uma das vagas que disputará o Senado da República.

Diante disso, entendemos que o atual afastamento, depois de quarenta e dois meses de presença no Governo do Estado e na Prefeitura do Recife, se dá unicamente no fato de termos demonstrado que não haverá espaço na futura chapa majoritária da Frente Popular para o referido grupo familiar, uma vez que não faz parte da história do nosso conjunto aceitar esse tipo de imposição.



Sileno Guedes

Presidente Estadual do PSB-PE

Familia Ferreira rompe com Paulo Câmara

Nota oficial 
Há alguns meses o nosso grupo vem dialogando com vários segmentos da sociedade sobre a necessidade do Estado de Pernambuco iniciar um novo ciclo de mudança. A este Governo falta diálogo, capacidade administrativa e, principalmente, liderança.
Hoje a sociedade cobra coragem nas posições políticas. Nós temos essa coragem e fazemos política por convicção. Não concordamos com a prática do poder pelo poder e nem aceitamos um governo que seja refém da barganha.
Que se submete a trocar cargos por apoio eleitoral e ainda interfere na vida orgânica de alguns partidos.
O nosso grupo faz parte de uma geração de políticos que tem compromisso com a verdadeira mudança. Sabemos o exato tamanho que temos e como podemos contribuir para um novo Pernambuco.
Queremos um Estado em que as pessoas se sintam protegidas e amparadas. Por vezes, fomos a público alertar sobre os problemas que vêm se acumulando e que este Governo não demonstra mais qualquer capacidade para resolvê-los.
Nos últimos três anos e meio procuramos colaborar da melhor forma possível com o Governo do Estado, mas, diante do que foi exposto, o nosso grupo político optou por tomar um novo caminho nas eleições deste ano em Pernambuco.
Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão dos Guararapes
André Ferreira, deputado estadualiza e presidente regional do PSC

2025: metade das estradas brasileiras intransitáveis


A partir de 2025, mais de 50% das estradas brasileiras vão estar em péssimas ou inaceitáveis condições de conforto e conveniência

É o que  afirma um estudo da Plataforma de Infraestrutura em Logística de Transportes da escola de negócios Fundação Dom Cabral. 
Segundo Paulo Resende, professor de logística da fundação, “continuaremos um país sobre rodas se não houver um plano ousado para não só ampliar as qualidades das rodovias, como o potencial das ferrovias, portos e dutos”.
O estudo será lançado nesta quinta (21).  (Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo)

Sem candidato, bloco do centro pode romper


Coluna do Estadão - Andreza Matais
As dificuldades em encontrar um presidenciável que agrade a todos podem descolar o bloco formado hoje por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade. Como grupo, esses partidos impulsionam qualquer candidatura, garantindo tempo de TV e base congressual. Por isso, são cobiçados por todos os candidatos. Ocorre que o PR resiste a apoiar Ciro Gomes (PDT), nome hoje preferido do DEM e do PP. Outro cotado por integrantes do grupo é Geraldo Alckmin (PSDB). O DEM gosta do tucano, mas acha que ele não vence. Alvaro Dias (Podemos) também não é unanimidade.
Os três presidenciáveis já foram procurados por integrantes desses partidos, que apresentaram suas faturas. O PRB trabalha para emplacar o empresário Flávio Rocha, hoje seu candidato ao Planalto, de vice.
O DEM quer apoio para reeleger Rodrigo Maia presidente da Câmara. PR e PP, cargos. O PR, de Valdemar Costa Neto, pode ser o primeiro a sair do grupo. Já avisou que só fica se o escolhido for do seu gosto. A sigla tem Josué Gomes como trunfo.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Em São Paulo, rejeição a Temer cresce e bate 90%


O presidente Michel Temer (MDB) deve mesmo deixar o governo com recordes de rejeição. Em São Paulo, um levantamento do Instituto Paraná mostra que o presidente é desaprovado por 90% da população. Segundona Radar Online, em fevereiro, a parcela que não chancelava sua administração era de “apenas” 81,7%.

Sua aprovação é de apenas 7,1% entre os paulistas. No começo do ano, patamar era mais que o dobro: 15,3%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º BR- 09235/2018

Empresários e banqueiros pressionam Meirelles a desistir de candidatura presidencial

Reportagem de Marina Dias na Folha de S.Paulo afirma que a resistência à candidatura de Henrique Meirelles do MDB ao Planalto ultrapassou as fileiras de seu partido e chegou ao terreno em que o ex-ministro da Fazenda costumava circular com mais destreza: o mercado. Segundo a Folha, empresários e investidores, antes entusiastas de uma eleição com o nome de Meirelles nas urnas, agora pressionam para que ele desista de concorrer à Presidência.

A reportagem ainda informa que, nas últimas semanas, três dos principais banqueiros do país, Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco), Roberto Setúbal (Itaú) e André Esteves (BTG), conversaram com aliados do ex-ministro e manifestaram preocupação com os rumos da economia desde que ele deixou a Fazenda, em abril.

Desde sua saída do governo Temer, o dólar disparou, a previsão do PIB caiu (de 2,5% para 2%) e houve redução significativa dos investimentos privados. A economia sob Meirelles segue bagunçada.

A Copa já começou? Por Adnael


Governo leva Caravana da Educação ao Sertão

Hoje, o governador Paulo Câmara estará no Sertão do Estado participando de uma série de ações. A programação tem início em Arcoverde onde, no período da manhã, ele comanda a Caravana da Educação, que inclui Pactuação de Metas 2018 e visitas aos polos Central, Cultural e Esportivo da cidade. As ações, que vão contemplar todas as escolas da Gerência Regional de Educação (GRE) Sertão Moxotó-Ipanema, contemplam um momento de discussão de metas para o ano corrente e um circuito de atividades pedagógicas, culturais, esportivas e de orientações aos estudantes.

Ainda em Arcoverde, Paulo inaugura a Unidade Regional da Polícia Científica do Sertão do Moxotó, que beneficiará mais de 350 mil moradores de dez municípios da Região, levando atendimento especializado para mulheres e crianças vítimas de crime sexuais, além de perícias criminais e médicos legais. O governador assina, ainda, ordens de serviços para o início de obras na área de saneamento, de pavimentação e de reforma do estádio municipal; além de licitação para elaboração de projeto do COMPAZ.
À tarde, o governador Paulo Câmara estará em Sertânia, onde autoriza a licitação do Sistema de Abastecimento de Água do município, cujo investimento é estimado em R$ 700 mil e contemplará 25 mil habitantes. Ainda em Sertânia, Paulo assina a autorização de contratação do Sistema de Abastecimento de Água Rio da Barra, que, com um aporte de R$ 6 milhões, beneficiará 4 mil pessoas. Finalizando os compromissos do dia, o governador segue para o município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, para inaugurar a PE-414, no trecho do entroncamento da BR-232 com a Bernardo Vieira, no distrito de mesmo nome. Com 26 quilômetros de extensão, a via recebeu um investimento de R$ 25 milhões.

Contra impopularidade, Temer usa empulhação

Josias de Souza
Rejeitado por 8 em cada 10 brasileiros, o governo de Michel Temer decidiu promover uma campanha publicitária na internet. Foi ao ar a primeira peça. Mostra uma atriz, num ambiente doméstico, conversando com a câmera, como se gravasse um vídeo espontâneo para as redes sociais. Sem citar Temer nem Dilma, ela diz que o atual governo herdou um “pepino”, um país “no caos”. Mudou o rumo. Mas como “em economia não existe solução mágica”, diz ela, os resultados demoram a aparecer.

Diz a atriz no vídeo a certa altura: ''Esse governo sempre se colocou como uma ponte, já sabia que era uma tarefa inglória, que ia levar pedrada de todo o canto, que seria impopular mesmo, porque uma ponte é uma coisa que te tira da lama e te leva para um lugar legal. Ela não é um lugar legal em si, mas sem ela não dá para chegar do outro lado. O problema é que a gente só enxerga isso depois que atravessou.'' Ai, ai, ai…
Dilma produziu ruína econômica. Mas o fiasco de Temer é dele, não da antecessora. É a voz de Temer que soa na conversa vadia do grampo do Jaburu. Foi por opção de Temer que o Planalto trocou a reforma da Previdência pelo sepultamento de duas denúncias criminais na Câmara. Foi a caneta de Temer que nomeou cleptoministros. É Temer quem protagoniza dois inquéritos por corrupção no STF. A propaganda de Temer e o governo de Temer são feitos da mesma matéria-prima: empulhação.

A xenofobia bate à porta

Bernardo Mello Franco - O Globo

Nunca houve tantas famílias obrigadas a deixar a sua terra natal. A ONU informou ontem que o número de pessoas deslocadas à força chegou a 68,5 milhões em 2017. A crise humanitária pôs o tema dos refugiados no centro do debate político dos países desenvolvidos.

Na Europa e nos EUA, a xenofobia voltou a ser uma poderosa arma de campanha. Donald Trump chegou à Casa Branca com a promessa de construir um muro para barrar a entrada de mexicanos. No Reino Unido, o discurso anti-imigração levou a população a aprovar o Brexit, o rompimento com a União Europeia.
Agora a onda cresce em outros países europeus. Na Alemanha, a reação aos refugiados ameaça o longo reinado de Angela Merkel. Na Itália, os ultranacionalistas da Liga Norte acabam de se instalar no poder. Na segunda-feira, o vice-premiê anunciou um plano para expulsar ciganos.
Se o leitor já está cansado de más notícias, aí vai mais uma: a xenofobia tem tudo para desembarcar na eleição brasileira. É o que indicam a atuação de grupos radicais na internet e o discurso do candidato que lidera as pesquisas.
No ano passado, militantes de ultradireita fizeram barulho contra a nova Lei de Migração, que assegurou direitos básicos aos imigrantes. O texto teve apoio suprapartidário: foi apresentado por um senador do PSDB e relatado por um deputado do PCdoB. Isso não conteve os protestos. Uma marcha na Avenida Paulista terminou com quatro menifestantes detidos.
O presidenciável Jair Bolsonaro tenta surfar a onda da intolerância. Ele já chamou de “escória do mundo” imigrantes de países como Haiti e Síria. Depois defendeu a construção de campos de refugiados para isolar venezuelanos em Roraima, sob a alegação de que “já temos problemas demais aqui”.
Quem estuda o tema a sério garante que a imigração está longe de ser um risco para o Brasil. O pesquisador Leonardo Monasterio, do Ipea, lembra que o país tem apenas 0,9% de estrangeiros — nos EUA, são 14%. Ele elogia a nova lei e afirma que a economia se beneficiou da última grande onda imigratória, encerrada em 1920.
“Se o Brasil não tivesse recebido tantos italianos, japoneses e alemães, nossa renda per capita seria 18% menor”, diz Monasterio, com base num estudo que pretende apresentar em agosto, no Insper. “E esses imigrantes sofreram o mesmo preconceito que nós vemos hoje”, observa.

Gleisi é inocente. E quem paga pelo que se fez a ela?

POR FERNANDO BRITO no TIOLAÇO


Foi absolvida, por unanimidade, das acusações de corrupção e de lavagem de dinheiro, embora Edson Fachin, acompanhado por Celso de Mello, tenha tentado fazer um arranjo para incriminá-la por “caixa-dois” eleitoral.

E, por isso, a mídia vá dizer que ela foi absolvida por 3 a 2, quando todos os 5 ministros reconheceram (dois a contragosto) que não havia nenhum dos dos crimes que lhe foram imputados.

Infelizmente, não se pode chamar a isso uma vitória da Justiça.

É, antes, uma condenação de um sistema policial-judicial que, impunemente e por mais de três anos, enxovalhou a reputação de uma pessoa contra a qual nada se tinha além dos depoimentos dos dedo-duros de Sérgio Moro, que falam e acusam, como todos sabem, de acordo com a vontade dos lavajateiros.

Quem é que irá restituir o que essa mulher e sua família passaram? Quem vai devolver os sobressaltos e humilhações a que a histeria udenista os infernizaram?

A máquina de moer reputações engasgou na hora de devorar Gleisi, mas continua funcionando a todo o vapor.

Mesmo quando ocorre, como se passou com ela, a demonstração de que não há provas, chegamos ao ponto de que dois ministros fazem um malabarismo antijurídico para que, afinal, a alguma coisa se possa condená-la, apenas porque “o Direito da Lava Jato” não admite que possa estar investindo contra inocentes, porque são todos “ideologicamente culpados”.

Vai custar até que se desmonte esta máquina perversa e, com toda a sinceridade, não de deve ser muito otimista quanto ao julgamento dos recursos pela mesma Segunda Turma do STF, marcado para terça-feira.

Fez-se um pingo de Justiça a Gleisi, verdade que depois de muitas injustiças. Mas contra Lula ainda há um oceano do mal a cruzar-se até que se restabeleça a verdade.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Moro vira lebre e o TRF-4, tartaruga

POR FERNANDO BRITO · no TIJOLAÇO




Para o juiz Sérgio Moro e sua corte lavajatista, o processo judicial e o julgamento são formalidades enfadonhas, apenas ritos necessários a revestir a consumação daquilo que têm como convicção pré-formulada.

Assim, não há razão para que Moro atenda ao que, corretamente, diz-lhe hoje Bernardo de Mello Franco, em sua coluna em O Globo: “Deixe as testemunhas falarem, doutor Moro“, que reproduzo ao final do post, reclamando do sistemático cerceamento da expressão de todos os que são chamados a depor em defesa do ex-presidente Lula.

Faz tempo que o juiz de Curitiba, como os promotores da tal da Força Tarefa deixaram de lado qualquer dever de uma ponderação ampla dos casos entregues à sua função profissional, se é que algum dia a tiveram.

Agora, menos ainda. O que os move é a pressa em terminar logo o julgamento do caso do sítio em Atibaia e produzir uma segunda condenação de Lula, que reforce (ao menos politicamente) sua exclusão do processo político, dada a fragilidade do caso Guarujá, que os leva a temer que, apesar de toda a blindagem que lhes dá a mídia, seja insustentável a execução da sentença que o mantém preso e distante das urnas de 2018.

Pressa de um lado, lentidão de outro, pois o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, pela mesma razão, desliga o modo “rapidinho” com que julgou o caso e se arrasta no exame – este sim, uma mera formalidade, da admissibilidade dos recursos ao STJ e ao STF. Estes, por ainda não estarem em tramitação – a admissibilidade é que inicia seu processamento nas cortes superiores -, diminuem as chances de que aqueles tribunais concedam qualquer efeito suspensivo, sob o argumento de que não cabe julgar recursos que ainda não tramitam ali.

Tudo é viciado nestes processos porque, tanto num quanto noutro, não é possível identificar o pedido ou o recebimento de vantagem indevida ou o ato de ofício que tenha gerado tal benemerência. Mas, neste caso, o que poderia defini-los é que um virou lebre e o outro, tartaruga.

Deixe as testemunhas falarem, doutor Moro


Bernardo Mello Franco, em O Globo

Uma testemunha de defesa existe para defender o réu. É direito do acusado indicá-la para reforçar sua versão dos fatos. A testemunha tem o dever de dizer a verdade. Se mentir, pode virar alvo de outro processo. Dentro dessas regras, quem é convocado deve ter liberdade para falar. Se vai convencer o juiz, são outros quinhentos.

Ontem Sergio Moro voltou a interromper um depoimento a favor de Lula no processo sobre o sítio de Atibaia. O juiz cassou a palavra de Rui Falcão, ex-presidente do PT. Ele sustentava a tese de que o aliado seria perseguido pela Lava-Jato.

Falcão respondia a uma pergunta do advogado Cristiano Zanin. “O senhor conhece o ex-presidente Lula, tem relação pessoal e política com ele?”, perguntou o defensor. “Principalmente relação política. E estou muito preocupado com o processo de perseguição que vem sendo movido contra ele”, disse o petista.

Neste momento, o procurador interrompeu o depoimento. Falcão tentou prosseguir: “Cujo único objetivo é impedir que ele seja candidato a presidente da República”… Foi a senha para Moro cassar sua palavra: “Não é propaganda política aqui, viu, ô senhor Rui?”.

Na semana passada, o juiz já havia se irritado com Fernando Morais. Ele repreendeu o escritor por descrever um encontro de Lula com o cantor Bono. A defesa queria provar que o ex-presidente fez as palestras pelas quais recebeu. Para Moro, a pergunta não teria “nenhuma relevância”. “O processo não deve ser usado para esse tipo de propaganda”, disse.

O autor de “Chatô” se incomodou com o cala-boca. “Posso fazer uso da palavra, excelência?”, perguntou. “Não. O senhor responde às perguntas que forem feitas”, cortou Moro, recusando-se a ouvi-lo.

O processo do sítio tem provas mais fortes que o do tríplex, que rendeu a primeira condenação de Lula. É difícil que a defesa explique por que duas empreiteiras fizeram obras de graça na propriedade frequentada pelo ex-presidente.

Mesmo assim, Moro deveria ouvir o que as testemunhas têm a dizer. Ontem ele voltou a demonstrar pouco interesse pelo contraditório. Cruzou os braços, deu sinais de impaciência e não quis fazer perguntas. O procurador imitou o juiz, e o depoimento terminou em apenas sete minutos

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Economia desce o vale eleitoral e aprofunda crise

POR FERNANDO BRITO · no TIJOLAÇO


Ninguém comemorou o jogo de futebol de domingo e ninguém pode aplaudir os primeiros lances do jogo econômico do início da semana.

A Bolsa, depois de “ameaçar” por alguns dias, perdeu a marca dos 70 mil pontos, ultrapassados em agosto do ano passado com a valorização provocada pelo anúncio da privatização da Eletrobras.

As previsões de final de ano dos bancos, expressa no Boletim Focus do Banco Central e, nos últimos tempos, sempre otimista, vão se ajustando lentamente ao que todos ele já sabem que será o cenário ao fim de 2018: crescimento do PIB perto de 1% (contra os 3% previstos no início do ano), inflação acima de 4% (o dobro dos festejados 2%) e o dólar valendo mais de R$ 3,60 em dezembro, o que hoje parece ser um cenário de sonho.

Isso se ficar por aí, porque o Valor publica hoje um apanhado sobre o desempenho da indústria e dos serviços em São Paulo depois do movimento dos caminhoneiros:

Levantamento da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, obtido com exclusividade pelo Valor, mostra que as vendas da indústria paulista caíram 13%, ou R$ 635,5 milhões, nas duas semanas seguintes ao fim da greve. O estudo usa as notas fiscais eletrônicas e compara o faturamento das empresas com os mesmos dias úteis do ano anterior.A perda de fôlego também é sentida no varejo paulista, cujo ritmo de compra de bens, um indicador da atividade esperada para o setor, está 4,4% abaixo ante igual período de 2017.

Todos os sinais são de uma piora progressiva até as eleições, pelo menos.

País vive uma crise de credibilidade que vai cobrar um preço salgado ao sacrificado povo brasileiro.

Governador entrega posto do Detran em Lagoa Grande


Com o objetivo de expandir o atendimento para garantir um maior conforto e melhor serviço aos cidadãos do interior do Estado, o governador Paulo Câmara, acompanhado do diretor presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro, do prefeito e vice-prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Cappellaro e Ítalo Ferreira, respectivamente, e do coordenador de Articulação Municipal do Órgão, Lázaro Medeiros, entregou um Posto Avançado do Detran em Lagoa Grande, Sertão do São Francisco.

A ação é uma parceria da Secretaria Estadual das Cidades, por meio do Detran e a Prefeitura local, onde os servidores foram capacitados pela Gerência de Recursos Humanos do Órgão sobre habilitação de condutores, serviços para veículos, psicomédica, recurso de infração, ética profissional, protocolo e Detran na internet.
Segundo o diretor presidente do Detran, Charles Ribeiro, Lagoa Grande, considerada Capital da Uva e do Vinho do Nordeste, é uma das mais novas cidades do Vale do São Francisco. O município conta com uma frota de 4.211 veículos, desses, 2.178 são motos. A cidade recebeu um posto avançado devido à grande demanda.