Paulo Emílio_PE247 - “Com o discurso de acabar
com o "chavismo" do PT, marina vira caricatura tucana, e reforça sim o
"lulismo" no povo brasileiro.!!!”. A postagem no Twitter do deputado
federal Fernando Ferro (PT-PE), rebatendo a declaração da ex-ministra
Marina Silva de que a sua aliança com o PSB do presidenciável e
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, visa acabar com o "chavismo"
do PT, traduz como a nova realidade do quadro político nacional foi
recebida internamente pelo PT. De acordo com o parlamentar, a formação
da chapa Campos/Marina fará com que o discurso da campanha majoritária
de 2014 caminhe à esquerda, “desidratando a candidatura Demo-Tucana
(DEM-PSDB) do senador Aécio Neves. Marina vai resgatar os piores
momentos tucanos com essa coisa do chavismo. Este discurso já foi usado
por Serra e por outros tucanos. Eles esquecem que Lula não é Chávez
(Hugo, presidente da Venezuela já falecido)”, afirmou Ferro.
Segundo o parlamentar, a união entre Campos e Marina afeta, além da
candidatura do senador mineiro Aécio Neves, as chances do próprio Campos
e do PSB na corrida presidencial do próximo ano. “Esta é uma das razões
da frustração do PPS, do deputado federal Roberto Freire (SP). Ele sabe
que com isso as chances de levar a disputa para um segundo turno acabam
diminuídas. Isso desidrata a candidatura Demo-Tucana, deixando o
segundo turno mais distante”, analisou. Ferro observa que os discursos
ideológicos entre Campos e Marina logo deverão entrar em conflito, o que
justificaria a irritação de Roberto Freire. “O discursos ambientalista
conservador de Marina logo vai se chocar com o discurso
desenvolvimentista de Campos. Este choque vai acontecer um pouco mais à
frente”, disse.
Sobre a relação entre PT e PSB, Ferro avalia que o nível de tensão
entre as legendas deverá crescer rapidamente, apesar das declarações de
membros da Executiva nacional do PSB assegurarem que os socialistas
permanecerão na base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “É
claro que vai haver um aumento no nível de tensão. É proposta deles
disputarem a Presidência, então vamos em frente. Mas eles não devem
pensar que o jogo está ganho. Dilma está se recuperando em todas as
pesquisas e isso vale para qualquer jogo. Temos time e temos banco, com o
ex-presidente Lula. O jogo não está definido”, observou.