quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

“Não é racismo, só não sou obrigada a ser atendida por um negro”, diz mulher em lanchonete na Paraíba



(Foto: Reprodução/ Facebook)


247 - Na última terça-feira (8), uma cliente resolveu "reclamar" por meio de mensagem através do aplicativo Whatsapp de uma lanchonete em Campina Grande, na Paraíba, por ter sido atendida por um negro.

De acordo com reportagem do site T5, o texto, que aparentemente foi escrito por uma mulher, diz que o jovem foi educado, mas a "pele escura" do rapaz "mancha a imagem" do estabelecimento.

"Então, fui atendida por um rapaz de pele escura hoje, com minha família. Eu acho que uma lanchonete do seu porte não deveria admitir isso. Isso é ruim, mancha a imagem da sua lanchonete. Não é questão de racismo, é só que não sou obrigada a ser atendida por um negro. Foi até um rapaz educado conosco, mas a cor dele não se nega, entende? O que incomoda é a questão de ser atendida por ele mesmo, isso desrespeita meu lugar e da minha família. Acho que cada um tem que se por no devido lugar, o atendente no dele", escreveu.

A proprietária do estabelecimento decidiu denunciar o caso e registrou um Boletim de Ocorrência para abertura de investigação na 6ª Delegacia Distrital da cidade. .

A dona do estabelecimento chegou a rebater a mulher, mas resolveu procurar a delegacia para denunciar o crime de racismo. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a delegada da 6ª Delegacia Distrital, Mairam Moura, deve ter acesso ao B.O nesta quinta-feira (10) e iniciará a investigação.


O rapaz alvo de racismo é Gabriel Akhenaton. Ele disse que no decorrer de sua vida já passou por vários episódios de injúria racial, mas esse foi o pior. "De perseguições relacionadas a racismo eu sempre fui alvo, mas foi a primeira vez que fui atingido de uma forma tão brusca", disse Gabriel.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Leia a íntegra da mensagem que derrubou Marcelo Álvaro Antônio do Turismo



O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, participa do lançamento da retomada do turismo no Palácio do Planalto 
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênci)



247 - Jair Bolsonaro demitiu nesta quarta-feira (9) o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O presidente da Embratur, Gilson Machado, é o nome mais cotado para assumir a pasta


Bolsonaro ficou irritado com mensagem que Álvaro Antonio mandou no grupo de ministros atacando o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Leia a íntegra da mensagem enviada por Marcelo Álvaro Antônio:


Caros colegas, de antemão peço desculpas por utilizar este espaço com objetivo que não seja a construção de um Brasil melhor.

Ministro Ramos, sinceramente não sei onde o Sr estava nos anos 2016, 2017, 2018…

Mas eu, junto ao Ministro Onix e outros membros do governo, já estava na Câmara do Deputados articulando em favor da então candidatura do Presidente JB (em um momento que quase ninguém acreditava na eleição dele). Na ocasião da campanha, percorri TODAS as regiões do estado de MG de carro para organizar as ações da campanha, dormindo na maioria das vezes 4 / 5 horas por noite, levando as pessoas a minoria a acreditar que precisávamos dele para mudar o Brasil (a maioria naquele momento já acreditava).


Quem estava na campanha eram os conservadores que hoje o senhor ataca sem parar, de forma covarde.

Quando indicado ao Presidente pelo ministro Onix, procurei incansavelmente honrar nosso Capitão à frente do Ministério do Turismo. O trabalho me parece que surtiu efeito… Em 2019 vivemos o melhor momento da história do ministério:

– Enquanto a própria economia (PIB) cresceu 1,1% a economia do Turismo cresceu 2,6 (mais que o dobro);


– Geramos 163% a mais de empregos que o mesmo período do ano anterior;

– Com a ajuda do Itamaraty e da Assessoria Internacional do Presidente, isentamos de vistos quatro países estratégicos EUA, Japão, Canadá e Austrália, isso nos permitiu bater alguns recordes, pela primeira vez na história Cataratas do Iguaçu ultrapassou a barreira de 2 milhões de visitantes em 2019;

– A transformação da EMBRATUR em uma agência de promoção internacional (um pleito de mais de 10 anos) vai sem dúvida em médio prazo trazer grandes resultados;

– Fui a Madri em bate e volta, fiz três reuniões, resultado: Conseguimos atrair o Wakalua, o maior hub de inovação e tecnologia em soluções para o turismo do mundo, o escritório será aberto no próximo semestre (vai nos trazer GRANDES avanços);

Conseguimos atrair a Air Europa para operar no Brasil (Já homologada pela ANAC); Conseguimos atrair o Escritório da Organização Mundial do Turismo (OMT), será instalado no RJ, ação que vai colocar o Brasil na vitrine dos investimentos do turismo no mundo.

– Na pandemia as ações do Ministério do Turismo (junto ao ME) foram alvo de gratidão e reconhecimento desde os maiores empresários do Trade turístico até os mais simples Guias de Turismo.

Enfim, dito isso, não me admira o Sr Ministro Ramos ir ao PR pedir minha cabeça, a entrega do Ministério do Turismo ao Centrão para obter êxito na eleição da Câmara dos Deputados.

Ministro Ramos, o Sr entra na sala do PR comemorando algumas aprovações insignificantes no Congresso, mas não diz o ALTÍSSIMO PREÇO que tem custado, conheço de parlamento, o nosso governo paga um preço de aprovações de matérias NUNCA VISTO ANTES NA HISTÓRIA, e ainda assim (na minha avaliação), não temos uma base sólida no Congresso Nacional, (tanto que o Sr pede minha cabeça pra tentar resolver as eleições do parlamento, ironia, pede minha cabeça pra suprir sua própria deficiência)…

Nem por isso Ministro Ramos, fui ao PR pra dizer que o Sr não capacidade pra atuar em tal função, AO CONTRÁRIO, várias vezes ofereci ajuda pra que o Sr tivesse êxito em suas atribuições (ex: Contratação do Carlos Henrique, abrindo espaços no MTur).

SOMOS UM TIME PELO BRASIL, o Sr deveria ter aprendido na sua própria formação militar que não se joga um companheiro de guerra aos inimigos, não se pode atirar na cabeça de um aliado…

Ministro Ramos, o Sr é exemplo de tudo que não quero me tornar na vida, quero chegar ao fim da minha jornada EXATAMENTE como meus pais me ensinaram, LEAL aos meus companheiros e não um traíra como o senhor.

Tenha um Bom dia!

Bolsonaro demite ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio



Marcelo Álvaro Antonio (Foto: Anderson Riedel/PR)

247 - O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi demitido por Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (9). Ele foi avisado pelo presidente no Palácio do Planalto, informaram a CNN e o site O Antagonista.

Segundo o repórter Igor Gadelha, da CNN, o presidente da Embratur, Gilson Machado, é o nome mais cotado para assumir a pasta. 

Sobre as razões da demissão, o jornalista informa que Bolsonaro ficou irritado com mensagem que Álvaro mandou no grupo de ministros atacando Luiz Eduardo Ramos. 

Segundo informou a Coluna Radar, nesta terça-feira, Antônio foi “para cima do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, num grupo de WhatsApp dos auxiliares do governo”.

Antônio acusava Ramos de negociar seu cargo com os partidos do centrão no Congresso, os dois começaram a discutir, a briga evoluiu para os berros e os dois quase brigaram fisicamente, segundo testemunhas.


O agora ex-ministro do Turismo foi envolvido no laranjal do PSL em Minas Gerais nas eleições de 2018, se tornando alvo de um grande escândalo, mas mesmo assim se manteve no governo até agora.

Teles alertam: se Bolsonaro vetar Huawei no 5G, internet dos brasileiros será mais cara



Bolsonaro e 5G (Foto: Marcos Correa/PR | Reuters)



247 - Em reunião com o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), nessa terça-feira (8), membros de operadoras de telefonia defenderam o fornecimento da 5G pela Huawei das redes de telecomunicações do País. Eles argumentaram que haverá atrasos e repasse de custos para os consumidores caso o governo Jair Bolsonaro baixe um decreto para barrar a prestação do serviço pela fabricante chinesa. Segundo estimativa das empresas, o veto à 5G terá como consequência a necessidade de trocar o aparato 3G e 4G em funcionamento no Brasil, o que poderá custar até R$ 100 bilhões.

Participaram da reunião os presidentes das principais operadoras - Christian Gebara (Vivo), Pietro Labriola (Tim), Rodrigo Abreu (Oi), José Félix (Claro) e Jean Borges (Algar). Também esteve presente no encontro Marcos Ferrari, presidente da Conéxis, associação que representa o setor.

Na conversa, as empresas de telefonia disseram que, desde 2007, já investiram mais de R$ 150 bilhões na construção de redes 3G e 4G. Em alguns casos, mais da metade dessa infraestrutura possui equipamentos da Huawei, pontuaram, de acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Brasil ainda não definiu compra de seringas e agulhas para vacinação contra Covid-19



Bolsonaro e vacina (Foto: Reuters)


247 - Enquanto países como a Inglaterra já começaram a vacinar sua população contra a Covid-19, o governo Jair Bolsonaro ainda não iniciou a compra de insumos necessários à campanha de imunização, como seringas e agulhas. Os fabricantes alertam que a falta de planejamento poderá resultar em atrasos no cronograma planejado uma vez que as encomendas podem levar até 90 dias para serem finalizadas e disponibilizadas. 

“Esta é uma campanha de vacinação que nunca ocorreu antes, numa dimensão nacional e simultânea, se imaginarmos que existe aprovação de até quatro vacinas, vai ter um período muito concentrado. Isso faz com que a indústria necessite de uma programação diferenciada daquela para o atendimento regular de abastecimento”, disse o o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), Fernando Silveira, em entrevista ao jornal O Globo.

Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que estava adquirindo 300 milhões de seringas e agulhas de fabricantes nacionais, além de outras 40 milhões junto ao mercado internacional. A pasta, porém, não forneceu detalhes sobre prazos, preços ou se quantidade que será adquirida será suficiente para atender a necessidade de todas as regiões do país. 

Nesta linha, o líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim (SP), irá protocolar um requerimento solicitando que o Ministério da Saúde preste esclarecimentos sobre os estoques de seringas, luvas e equipamentos de refrigeração, além de informações sobre o plano nacional de imunização contra a Covid-19.

Britânica de 90 anos é a primeira paciente do mundo a ser vacinada contra a covid-19



Margaret Keenan, 90 anos, foi primeira a receber imunizante (Jacob King/AFP)

NE10 INTERIOR

Uma idosa de 90 anos foi a primeira a receber a vacina contra a covid-19 no Reino Unido, nesta terça-feira (8). O imunizante foi desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer (EUA) e Biontech (Alemanha).

Margaret Keenan recebeu a primeira dose em um hospital em Coventry, região central da Inglaterra. A segunda dose é aplicada em 21 dias.

"Sinto-me muito privilegiada por ser a primeira pessoa vacinada contra a covid-19. É o melhor presente de aniversário antecipado que eu poderia desejar, porque significa que posso finalmente esperar passar um tempo com minha família e amigos no Ano Novo, depois de estar sozinha na maior parte do ano", declarou.

A campanha de vacinação do Reino Unido tem como prioridade imunizar maiores de 80 anos, profissionais de saúde que atuam na linha de frente e funcionários e moradores de casas de repouso. A vacinação de britânicos com mais de 50 anos e de adultos com doenças pré-existentes deve ocorrer em 2021.
Aprovação e aplicação

O Reino Unido adquiriu 40 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech. No total, 20 milhões de pessoas serão imunizadas, já que cada um precisa de duas doses.

A agência reguladora britânica aprovou a vacina na última quarta-feira (2). Apesar da rapidez, a diretora executiva do organismo, June Raine, reiterou que "os mais elevados padrões” internacionais foram aplicados.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse que se trata de um "momento histórico", referindo-se à data como o "Dia V" [uma referência ao Dia da Vitória da II Guerra Mundial].

O Reino Unido foi o país europeu mais afetado pela pandemia da covid-19. Foram mais de 61 mil mortos e mais de 1,7 milhão de casos.

Flávio Dino vai ao STF para que governadores comprem vacinas sem autorização da Anvisa





247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), anunciou na manhã desta terça-feira (8), em suas redes sociais, que ingressou com ação judicial no Supremo Tribunal Federal (STF) para que os governadores adquirem vacinas de imunização contra a Covid-19 sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ansisa). Segundo o governador, a medida viabiliza a atuação dos Estados “se governo federal não quiser”, referindo-se à lentidão do Ministério da Saúde em promover a imediata vacinação da população, no momento que o país atinge 177 mil mortes decorrentes do vírus.

“Ingressei ontem com ação judicial no Supremo. Objetivo é que estados possam adquirir diretamente vacinas contra o coronavírus autorizadas por Agências sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. Com isso, estados poderão atuar, se governo federal não quiser.”, declarou Dino. 


O Ministério da Saúde apresentou, no dia primeiro de dezembro, um plano de vacinação sem informar questões importantes para que ele ocorra, como alternativas para armazenamento das vacinas, como a logística será feita, se e quantas pessoas do Exército participarão da vacinação e assim por diante. 

O plano também gerou diversas críticas pela data que será colocado em prática. Apenas no mês de março de 2021.

Governadores se reúnem com ministro da Saúde


O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e outros governadores do País se reúnem com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, hoje, às 11h, para tratar da vacinação contra a Covid-19. As informações são do JC On-line.

O encontro, no Palácio do Planalto, em Brasília, foi solicitado pelo presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

A expectativa dos governadores é de que o governo federal se comprometa a incluir múltiplas vacinas contra a doença no Programa Nacional de Imunizações (PNI). O ministro tem dito, porém, que só comprará mais vacinas após o registro dos produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Nessa reunião com o ministro Pazuello, desejamos ter uma proposta concreta de múltiplas vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunizações e queremos ter um plano estratégico eficiente para, quem sabe, até abril ou no máximo, o mês de junho, sairmos dessa crise", explica Dias.

O presidente do Consórcio Nordeste destacou ainda que os gestores colocam o objetivo de salvar vidas acima de qualquer questão partidária. "Se uma vacina é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é segura, é eficiente, evita a covid-19, essa é a boa vacina para os brasileiros", afirma.

Até o momento, o Brasil possui garantidas, segundo o Ministério da Saúde, 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões), iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cronograma de vacinação prevê o início das aplicações em março.

Além de Paulo Câmara e Wellington Dias, participarão presencialmente da reunião os governadores do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e do Pará, Helder Barbalho (MDB). Os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Ceará, Camilo Santana (PT), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), do Amapá, Waldez Góes (PDT), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), do Amazonas, Wilson Lima (PSC), da Paraíba, João Azevedo (Cidadania), do Paraná, Ratinho Junior (PSD) e do vice-governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC), que assumiu o governo após o afastamento de Wilson Witzel (PSC).

No mês de outubro, durante reunião com governadores, Pazuello anunciou que compraria doses da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantã, órgão ligado ao governo paulista de João Doria (PSDB). Após ser desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro, porém, o ministério recuou e negou a compra do imunizante. 

A Saúde não deu explicações sobre o porquê de a reunião, desta vez, ser feita no Palácio do Planalto. A Presidência não informou se Bolsonaro e ministros palacianos participam da conversa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

PGR bloqueia ‘caixa-preta’ da Lava Jato no valor de R$ 270 milhões

Do Blog de Esmael


O PT classificou como “escândalo” a descoberta do procurador-geral da República, Augusto Aras, que bloqueou o repasse de R$ 270 milhões para clone de fundação da força-tarefa do MPF.

Segundo o PP, depósito da milionária quantia foi realizado pela JBS e mostra mais uma vez métodos “heterodoxos” dos procuradores da República de Curitiba.



Petistas denunciam a cara-de-pauta dos lavajatistas. “Virou moda desviar recursos públicos das empresas para a militância política de alguns procuradores”, acusa Paulo Teixeira (PT-SP). “É tentativa de roubar dinheiro público”, diz do deputado Paulo Pimenta (PT-RS).


Horrorizado, os petistas dizem que essa ‘caixa-preta’ da Lava Jato é mais uma nova picaretagem descoberta com fundo milionário para ONG “parceira” (Transparência Internacional).

O procurador-geral da República, Augusto Aras, barrou a tentativa de transferência de R$ 270 milhões da J&F – holding dona da JBS – a uma fundação “sem fins lucrativos”. A manobra desmascarou mais uma organização criada pela força-tarefa de Lava Jato. Dessa vez, a ideia era criar uma fundação com a ajuda da ONG Transparência Internacional. A J&F estava prestes a depositar o dinheiro à fundação que teria o mesmo objetivo da outra, criada sob a supervisão de Deltan Dallagnol, bombardeada pelo Supremo Tribunal Federal.


O escândalo levou deputados federais do PT, como o secretário-geral da legenda, Paulo Teixeira (SP), e Paulo Pimenta (RS) a criticarem duramente a estratégia do MPF, derrubada por Aras. “Virou moda desviar recursos públicos das empresas para a militância política de alguns procuradores”, acusa Paulo Teixeira. “É tentativa de roubar dinheiro público”, diz o gaúcho Paulo Pimenta.

Desvio de finalidade

Aras classificou o repasse como “desvio de finalidade” e impediu a transferência dos recursos. Não é a primeira vez que procuradores da Lava Jato tomam iniciativa ilegal e fora dos procedimentos estabelecidos pelo MPF. A exemplo do que haviam tentado fazer os colegas de Curitiba, o ramo brasiliense do MPF planejou montar uma fundação para administrar os recursos. A manobra contava com o beneplácito da ONG Transparência Internacional. De acordo com o Conjur, o arquiteto da operação seria o advogado Joaquim Falcão, que atua como conselheiro da ONG e assessora informalmente a Lava Jato.

O depósito relacionado ao acordo de leniência da holding da JBS foi feito na quinta-feira (3/12). Aras alertou a subprocuradora-geral da República Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, coordenadora da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, informando-a de que a destinação correta do dinheiro seria o Fundo de Direitos Difusos ou revertidos em favor da União. O ofício, acompanhado de documentos, foi entregue na sexta-feira (4/12), ao órgão incumbido dos acordos de leniência.


Aras associa a manobra à que foi bloqueada por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no caso da fundação criada por Deltan Dallagnol e os colegas de Curitiba. Na época, o ministro suspendeu acordo da Lava Jato, que de maneira ousada queria criar uma fundação com R$ 2,5 bilhões oriundos do acordo da Petrobras com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.


O escândalo que sucedeu à revelação acabou minando a iniciativa de Dallagnol, que previa o repasse do dinheiro para a fundação que seria gerida por personalidades da vida pública brasileira indicados pela própria Lava Jato. Tudo sob a fachada de que o dinheiro seria usado para “combater a corrupção” e destinada às “melhores práticas” de gestão. O dinheiro seria usado pelo órgão que, pretensamente, não tinha fins lucrativos.
Picaretagem da Lava Jato

Em parceria com a Transparência Internacional, procuradores do Distrito Federal assinaram em 2017 um memorando que integravam as autodenominadas operações Greenfield, Sepsis, Cui bono e Carne fraca — que atingiram a holding J&F e levaram os executivos do grupo a fazer um acordo de delação e a leniência para a empresa. Havia a pretensão de destinar parte dos recursos desse acordo, no valor total de R$ 10,3 bilhões, para um projeto de investimento na prevenção e no “controle social da corrupção”. O custo da “campanha educativa” era nababesco: R$ 2,3 bilhões.


O acordo firmado pelos procuradores do consórcio da capital federal previa que a Transparência Internacional iria colaborar com o desenho e a estruturação do sistema de governança e fundação de uma entidade “para atender a imposição de investimentos sociais” das obrigações impostas à J&F. A parceria é uma espécie de “clone” da fundação – “sem fins lucrativos” – criada por Deltan Dallagnol que seria administrada com recursos Petrobrás.

Vaza Jato desmascarou relações suspeitas

A parceria entre os procuradores da Lava Jato e a Transparência Internacional é antiga. Reportagem da Agência Pública, publicada em setembro, apresentou mensagens trocadas entre Dallagnol e o diretor-executivo da filial brasileira da Transparência Internacional, Bruno Brandão. Os arquivos com os diálogos foram entregues ao site The Intercept e provocaram uma série de reportagens publicadas pelo site e veículos parceiros sobre os padrões de atuação do consórcio de Curitiba, no que se convencionou chamar de Vaza Jato.

As conversas mostram a proximidade entre o procurador e o diretor-executivo da ONG que, por vezes, defendeu os métodos da autodenominada força-tarefa em veículos de imprensa. Muitas dessas manifestações de apoio à “lava jato” foram diretamente pedidas por Deltan Dallagnol. Além da blindagem midiática, o executivo da ONG chegou a opinar sobre o controverso projeto de uma fundação que seria criada com parte dos fundos recuperados da Petrobras e que teria os tarefeiros em seu conselho.


“Bruno, será que a Transparência Internacional conseguiria soltar algo (equilibrado, como sempre) sobre liberdade de expressão até a próxima segunda?”, questionou Deltan em um dos trechos revelados pela Agência Pública. Na época, a ONG afirmou que esse tipo de relacionamento entre agentes públicos e organizações da sociedade civil faziam parte da natureza de seu trabalho e missão e atacou o trabalho da Vaza Jato. Procurado, o MPF alegou que Deltan e Bruno Brandão “sempre se deram de modo republicano”.


A primeira tentativa de criar uma fundação que possibilitasse que os procuradores se tornassem gestores de fundos bilionários foi em 2016. O Ministério Público Federal queria pegar os valores recuperados com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e, em vez de devolver para empresa, criar um fundo para combater a corrupção. O fundo seria gerido por integrantes do consórcio, sob a liderança de Deltan.

Na época, o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, negou a ambição pecuniária dos procuradores. Ele ressaltou que a estatal é uma empresa de capital misto e que, tendo sido lesada, devia ela receber a totalidade do que for recuperado. Não haveria nenhuma razão, portanto, para o MPF ficar com esse dinheiro. O ministro morreu em 2017 num trágico acidente de avião.

Obras no trecho final da PE-193 em fase de pavimentação



Com investimento de R$ 5,6 milhões, as obras de implantação e pavimentação do trecho final da rodovia PE-193 avançam. São 5,2 quilômetros de extensão, ligando os municípios de Capoeiras a São Bento do Una, no Agreste pernambucano. Executadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) sob a supervisão da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Seinfra), as ações incluem a execução do complemento da terraplanagem, a pavimentação e a sinalização da via, melhorando a trafegabilidade e proporcionando mais conforto e segurança para quem transita pelo local.



As intervenções devem ser concluídas em fevereiro de 2021 e, no momento, estão em andamento os serviços de pavimentação. “A iniciativa beneficiará diretamente mais de 106 mil moradores da região do Agreste Meridional e facilitará o escoamento da produção leiteira, agrícola, da pecuária e de laticínios, impactando positivamente para o crescimento da economia local.”, pontua o presidente do DER, Maurício Canuto.


Assessoria de Comunicação do DER-PE

Josiel e Furlan disputam segundo turno em Macapá

 

Do UOL

Após o adiamento das eleições em Macapá devido ao apagão que atingiu quase todo o estado do Amapá, os eleitores decidiram levar Josiel Alcolumbre (DEM) e Dr. Furlan (Cidadania) à disputa no segundo turno, que ocorre em 20 de dezembro.

Josiel Alcolumbre obteve 29,47% dos votos válidos. Dr. Furlan ficou em segundo lugar com 16,03% dos votos válidos. Votos brancos e nulos somaram 7,02%.

Josiel é irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e foi seu suplente no Congresso, não tendo concorrido a nenhum outro cargo eletivo, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Dr. Furlan é deputado estadual. Embora concorra à prefeitura pelo Cidadania, foi eleito deputado estadual pelo PTB — como suplente em 2010, e como titular em 2014 e em 2018. Trocou de partido em fevereiro de 2019.

O candidato Capi (PSB) ficou em terceiro lugar, com 14,94% dos votos.

Aliados do governo vencem eleições parlamentares na Venezuela



O presidente Nicolás Maduro fala após proclamação do resultado eleitoral (Foto: correio del orinoco)



247 - O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) deu informações preliminares sobre o resultado das eleições para a Assembleia Nacional (parlamento unicameral) do país sul-americano, realizadas em 6 de dezembro. Segundo a reitora do CNE, Indira Alfonzo, após computar os primeiros resultados, o Grande Pólo Patriótico Simón Bolívar atinge o maior número de votos.

A líder do órgão eleitoral venezuelano informou que as primeiras contagens dão ao Grande Polo Patriótico Simón Bolívar (formado pelo PSUV e mais oito organizações chavistas) 67,6 por cento dos votos. A Aliança Democrática (AD/Copei/CMC/AP/El Cambio) obteve 944.665 mil votos (17,95%). A Aliança Venezuela Unida (Voluntad Popular / Primero Venezuela/ Venezuela Unida) conquistou 20.502 mil votos (4,19%), enquanto que a Aliança Popular Revolucionária (oposição de esquerda, liderada pelo Partido Comunista e outras três organizações chavistas, ficou com 143.917 (2,73%)

Indira Alfonzo explicou que o dia transcorreu com tranquilidade e com a participação de 31 por cento dos 20.710.421 eleitores possíveis inscritos nos cadernos eleitorais.

Os eleitores do país sul-americano foram às urnas neste domingo com o objetivo de constituir a Assembleia Nacional, em um processo que registrou 14.400 candidatos de 107 organizações políticas.

Do mesmo modo, a CNE informou que funcionaram 14.221 Centros de votação distribuídos por todo o território nacional. Na Venezuela, o voto não é obrigatório e é considerado um direito humano.

Foram eleitos 277 parlamentares que constituirão a nova Assembleia Nacional pelos próximos cinco anos. Isso representa um aumento de 66% no número de deputados.


As autoridades eleitorais destacaram o cumprimento das medidas sanitárias para prevenir o contágio da Covid-19 e o clima democrático e seguro em que o dia passou. 

O presidente da República, Nicolás Maduro, afirmou que os responsáveis ​​pelo fracasso e desastre da Assembleia Nacional, que está nas mãos da oposição política do país há 5 anos, têm um rosto e um nome: Henry Ramos Allup, Julio Borges e Juan Guaidó, que orquestraram bloqueios e sanções contra o país desde os Estados Unidos.

Em relação às eleições parlamentares deste domingo, 6 de dezembro, o chefe de Estado destacou que estes personagens fizeram muito mal à Assembleia Nacional como instituição, e ao país, pois apoiaram o bloqueio estadunidense, numa ação de traição nacional.