sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Brasil inaugura uma das 20 maiores represas do mundo



Paris, 16 dez 2016 (AFP) - A usina hidrelétrica brasileira de Jirau, entre as 20 maiores do mundo por sua capacidade de geração de energia, foi inaugurada nesta sexta-feira (16), informou em Paris o grupo francês Engie, um dos acionistas junto com empresas japonesa e brasileiras.

Erguida ao longo do Rio Madeira, no Estado de Rondônia, a barragem exigiu um investimento de US$ 5,3 bilhões ao longo de sete anos de trabalho.

Equipada com 50 turbinas, a hidrelétrica tem uma capacidade instalada de geração de 3.750 megawatts, o equivalente a um quinto do que pode gerar a represa de Itaipu, ou a capacidade de quatro usinas nucleares.
Localizada a cem quilômetros de Porto Velho, a hidrelétrica "pode garantir o crescimento industrial na região", indica um comunicado da Engie, que detém participação de 40% no projeto, entregue em concessão por 35 anos.
Outros 40% do capital são detidos por filiais da empresa estatal brasileira Eletrobras e 20% da empresa japonesa Mitsui.

Alvo de operação da PF, pastor Malafaia diz que não é bandido

O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, chegou à sede da superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, para depor, por volta das 16h de hoje (16). Ele é um dos alvos da Operação Timóteo, deflagrada hoje pela PF, que investiga irregularidades em cobranças de royalties da exploração mineral.
Malafaia foi levado coercitivamente para depor. Antes de prestar o depoimento, conversou com jornalistas na porta da superintendência e disse que se apresentou espontaneamente.
O pastor diz ser inocente. Exaltado, confirmou ter recebido um cheque no valor de R$ 100 mil de um amigo, que também é pastor, depositado diretamente em sua conta bancária. Ele disse que o valor era uma "oferta" por ter orado por uma pessoa, em 2011, que agora, descobriu fazer parte do esquema criminoso. O valor, segundo ele, foi declarado no Imposto de Renda.
"Em 2013, eu recebi em meu escritório o pastor Michael Abud, meu amigo há mais de 20 anos, sobre um membro da igreja dele, que é empresário, para me dar uma oferta pessoal. Ele me deu uma oferta de R$ 100 mil depositado na minha conta, declarado no Imposto de Renda", disse. 
Ao ser indagado sobre o depósito ter sido em sua conta pessoal, e não na da Igreja, Malafaia respondeu que "é muito fácil" fazer essa diferenciação. "Recebo oferta, como vários pastores. Eu fui na igreja desse pastor Abud, que é meu amigo, em 2011. 'Ore aqui por um empresário que está envolvido em negócios'. Eu orei por ele. Em 2013, o Michael Abud me liga e diz: 'Silas, sabe aquele empresário por quem você orou? Ele quer fazer uma oferta pessoal. Eu não recebi oferta só de R$ 100 mil não. Recebo ofertas até maiores e declaro no Imposto de Renda. Não tem nada escondido, não tem nada oculto. A diferença é que as pessoas dão oferta ou para o pastor ou para a instituição. Muito mais na instituição do que para o pastor", disse.
O pastor disse que recebe cheques de altos valores para a igreja e, também, pessoalmente. Valores, de acordo com ele, muitas vezes superior a R$ 100 mil, chegando a R$ 5 milhões.
Malafaia reclamou de ter sido convocado para prestar esclarecimentos hoje. "Não sou bandido, não estou envolvido com corrupção, não sou ladrão. Estou indignado. Que Estado de Direito é esse? Sabe o porquê disso? Porque, há dez dias atrás, eu falei que sou a favor de uma justiça independente, forte, mas não absoluta. Retaliação, é isso? Querem aparecer em cima de mim?", falou em tom alto. "Essa é uma tentativa de denegrir, e tem interesses pessoais, porque eu me posiciono, porque eu me coloco. Isso é uma safadeza, uma molecagem. Estou desafiando a provar que estou envolvido com esses canalhas. Metam eles na cadeia", disse.
Segundo ele, é impossível saber se as pessoas que depositam dinheiro ou fazem doações são criminosos. "Amanhã, um vagabundo qualquer, um bandido qualquer, um traficante qualquer, um canalha qualquer deposita um cheque na minha ou qualquer igreja. E o cara é descoberto. Quer dizer que o pastor é bandido?."

5 pontos que os sindicatos devem combater na Reforma

Gabriel Garcia
De Brasília
A Reforma da Previdência encaminhada pelo governo Michel Temer ao Congresso, que surpreendeu até aliados dada a complexidade das mudanças propostas, sofrerá forte oposição. Os sindicalistas já se organizam para derrubar várias medidas. Haverá pressões por ajustes em diversos pontos. Seguem os principais:
Idade mínima – Um dos pontos primordiais é a idade mínima de 65 anos. O governo garante que é uma premissa inegociável. Mas o sindicalismo atuará para alterá-la. A ideia é reduzir a idade para todos os trabalhadores, independente do gênero.
Regra de transição – Na visão dos sindicalistas, a linha de corte da regra é bastante injusta com quem ainda não tem 50 anos (homem) ou 45 anos (mulher), mas estaria próximo da idade.
Pensões – As pensões por morte também estarão na alça de mira do sindicalismo. A desvinculação do benefício do salário mínimo é tida como inaceitável pelas entidades que representam aposentados e pensionistas.
Integralidade e paridade – Na esfera pública, os servidores farão pressão contra a não concessão de aposentadoria com proventos integrais para quem ingressou no serviço público após 2003. Também não haverá paridade de reajustes entre servidores ativos e aposentados.
Aposentadorias especiais – Outra situação específica que será combatida é a dos policiais federais e civis. A proposta acaba com a aposentadoria especial, que permitia aos membros da categoria aposentar-se com menos tempo de trabalho que os demais trabalhadores, por se tratar de uma atividade de risco. Os professores, que também gozam de regra diferenciada, vão engrossar o coro contra tal mudança.(Do blog de magno martins)

Lula poderá dizer que foi preso por falta de provas

Três prisioneiros se encontram no pátio de um presídio na União Soviética. Eles perguntam uns aos outros porque foram parar lá.
O primeiro diz:
- Eu trabalhava numa fábrica e todo dia chegava atrasado. Daí fui preso por sabotagem da produção.
O segundo diz:
- Eu trabalhava numa fábrica e todo dia chegava adiantado. Daí fui preso por espionagem.
O terceiro diz:
- Eu trabalhava numa fábrica e todo dia chegava exatamente na hora. Daí fui preso por conformismo pequeno-burguês.
Lembrei da piada porque vejo que a Lava Jato apresentou mais uma denúncia contra Lula. Como sempre, acusações vagas: um terreno onde seria construído algo que não foi, um apartamento que ia ser mas não é.
Sobram denúncias e faltam provas, mas isso não é problema. Em outra acusação dessas um dos procuradores disse que a ausência de provas já era um indício de que Lula estava fazendo algo de errado, porque, afinal, criminosos sempre escondem as evidências contra eles.
Lula pode chegar no pátio da prisão e contar que foi preso por falta de provas.
* Publicado originalmente no Facebook de

Luis Felipe Miguel

Malafaia comprova: pimenta no dos outros é refresco

247 - A mudança de opinião do pastor Silas Malafaia em relação ao mandado de condução coercitiva tem enlouquecido a internet na manhã desta sexta-feira 16. Os termos "Silas Malafaia" e "condução coercitiva" já viraram assuntos mais comentados no Twitter hoje.
Alvo da Operação Timóteo, que investiga fraudes em royalties de mineração, e tem o líder evangélico como suspeito de ter "emprestado" contas da igreja para receber dinheiro do esquema, Malafaia foi levado forçadamente para depor e soltou o verbo em sua conta no Twitter.
"É a tentativa para me desmoralizar na opinião pública. Não poderia ter sido convidado para depor? Vergonhoso", criticou. Em março desse ano, essa foi sua crítica à condução coercitiva cumprida contra o ex-presidente Lula: "Só para lembrar: o juiz Sérgio Moro não cometeu nenhuma ilegalidade ao convocar, coercitivamente, Lula para depor. Só falácia de petistas".
"Na visão do pastor Malafaia quem é levado pela PF para depor é automaticamente bandido. Hoje foi a vez dele de prestar esclarecimentos", comentou o jornalista George Marques.
Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou a medida: "Não sou ovelha do Malafaia, mas não vou saudar tolamente condução coercitiva a margem da lei. Processar Malafaia é legítimo. Condução coercitiva sem intimação recusada é abuso de poder. Oh têmpora Oh mores!", postou.

Malafaia é alvo da PF em operação contra fraudes em royalties de mineração

Reuters - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira operação em 11 Estados e no Distrito Federal contra um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral, que, segundo uma fonte da PF, teve a Vale entre as empresas prejudicadas.
De acordo com a PF, o esquema envolvia a participação de um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties. O suspeito oferecia os serviços de escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria a municípios com créditos junto a empresas de exploração mineral para participação na fraude.
A Justiça determinou bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar 70 milhões de reais, segundo a PF.
A chamada operação Timóteo foi iniciada em 2015, depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um diretor do DNPM, que pode ter recebido valores que ultrapassam 7 milhões de reais, de acordo com a PF.
Policiais Federais cumprem 16 mandados de prisão e 29 conduções coercitivas, além de mandados de busca e apreensão em 52 endereços relacionados à suposta organização criminosa, nos Estados de Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa investigada se dividia em ao menos quatro grandes núcleos: captador, operacional, político e colaborador, este último com envolvimento de uma liderança religiosa.
Entre um dos investigados, segundo a PF, está uma liderança religiosa que teria recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. Uma fonte da PF disse que o líder religioso em questão seria o pastor evangélico Silas Malafaia, suspeito de ter usado contas correntes de uma instituição religiosa com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.
O nome Timóteo dado à operação se refere ao livro bíblico de Timóteo, segundo a PF.

Paulo Câmara: “Arraes lutou a luta do povo”

O compromisso com as causas populares e o olhar diferenciado do ex-governador Miguel Arraes para aqueles que mais precisam foram exaltados, nesta quinta-feira, (15.12), pelo governador Paulo Câmara. Durante cerimônia de entrega de medalhas comemorativas pelo Centenário do histórico político, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Paulo ressaltou a importância das lições deixadas por Arraes para a construção de uma  política que alcance cada vez mais pessoas.

"Considero que, nos dias de hoje, quando o Brasil é atravessado por uma crise sem precedentes, continua a ser a luta ao lado do povo o maior legado de Miguel Arraes de Alencar, ao lado de sua coerência, coragem, honestidade, determinação e o poder de gerar esperança”, afirmou o governador.

 Paulo exaltou ainda a força política que Miguel Arraes tinha no Estado. “Não é forçoso afirmar que, nas últimas cinco décadas, sem desapreço a qualquer outra liderança em Pernambuco, foi a voz de Miguel Arraes de Alencar , mesmo exilado na África, a que apontou os caminhos, a que manteve mais viva a esperança”, apontou.
 
Filha de Miguel Arraes, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, homenageada com a comenda, frisou a percepção do pai em relação aos mais necessitados. “Ele percebeu as grandes camadas da população pernambucana e, a partir disso, entoava como lema e dogma o compromisso na formação da nação do País. Que esses cem anos se transformem em 200 anos de avanço”, destacou.

Também agraciado com a medalha comemorativa, o presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, falou em nome de todos os homenageados. “Essa comenda tem um significado especial para mim, pois, mais do que homenagear quem a recebe, reconhece o político que foi Miguel Arraes. Nós nos orgulhamos do que Doutor Arraes realizou em Pernambuco”, pontuou.
 
Além da Ana Arraes e Carlos Siqueira, receberam a medalha, o diploma e o livro “180 Anos do Parlamento de Pernambuco” Adilson Gomes, Ciro de Andrade Lima, Pastor Edson José Machado, Geraldo Freire, Germano Coelho, Gerson Carneiro Leão, Gil Bezerra da Silva, Ivan Rodrigues da Silva, Maria Antonieta da Rocha, Maria Evangelina Campos, Ranilson Ramos, Raul Henry e o Coronel Sebastião Pereira.

O dia de homenagens ao ex-governador Miguel Arraes seguiu com a inauguração da Exposição Miguel Arraes 100 Anos, organizada pelo Governo do Estado, pelo Instituto Miguel Arraes e pelo CEPE. Também foram lançados os livros Processo de Anistia Funcional de Miguel Arraes / Operação Condor / As Brigadas Muralistas e as Campanhas de Arraes – Arte e Política na década de 80 / Pernambuco em Chamas – A intervenção americana no Brasil nos anos 1960 a 1964 / Arraes e a segunda etapa do blog Arraes Vive, com homenagem especial à Magdalena Arraes. As duas homenagens foram realizados no Museu do Estado de Pernambuco, no bairro das Graças.

Natural do Ceará, Miguel Arraes construiu sua vida pública em Pernambuco. O seu compromisso foi com a redução das desigualdades sociais, melhoria da vida no campo e a luta pela democracia brasileira. Arraes foi governador de Pernambuco por três mandatos (1963-1964; 1987-1990; 1995-1999); deputado federal por três vezes e prefeito do Recife. Ele morreu aos 88 anos, em 2005.

Sesi/PE abre 40 vagas gratuitas para Ensino Médio e Profissional no Agreste

O Serviço Social da Indústria de Pernambuco (Sesi/PE) lança, nesta quinta-feira (15), as inscrições para o processo seletivo 2017 do programa Educação Básica articulada com a Educação Profissional (Ebep). A iniciativa, destinada às pessoas de baixa renda, possibilita que o estudante realize gratuitamente o Ensino Médio e um curso técnico, no Senai/PE para facilitar o início da vida profissional. No Agreste, são 40 vagas, sendo 20 para técnico em Mecânica e 20 para Eletrotécnica, ambos em Caruaru.
As inscrições vão até 23 de dezembro, quando param devido ao recesso de final de ano, sendo retomadas em 02 a 06 de janeiro. Elas devem ser realizadas no SESI. O edital está disponível no site www.pe.sesi.org.br.
Pode concorrer apenas pessoa de baixa renda, aluno da escola pública ou de escola particular desde que possua bolsa integral e/ou cujos pais ou responsáveis sejam registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O candidato deve possuir até 17 anos completos em 31 de dezembro deste ano e apresentar documento comprobatório de conclusão do 9º ano.
“Nosso intuito é formar uma mão de obra qualificada para o setor produtivo, ao mesmo tempo que facilitamos a inserção profissional do jovem, pois ao concluir os estudos, ele já estará com o certificado de formação profissional nas mãos”, afirma o superintendente do Sesi/PE, Nilo Simões. “Além disso, acreditamos que viabilizar uma educação de qualidade para a população menos abastada é o caminho mais seguro para a ascensão social”, conclui.
Provas – O processo seletivo ocorrerá dia 15 de janeiro, das 14h às 17h. Serão aplicadas provas de língua portuguesa e matemática, com 20 questões cada. O resultado final estará disponível, a partir do dia 24, nos sites www.pe.sesi.org.br e www.pe.senai.br e na unidade do SESI/PE onde o aluno pretende estudar. Mais informações pelo telefone (87) 3873.1087 (Araripina) e (87) 3861.1369 (Petrolina), pelo e-mail relacionamento@pe.sesi.org.br ou pelo WhatsApp (81) 9.8829.3330.

Lucas Ramos defende independência do PSB em relação a Temer

No dia em que Pernambuco celebra os 100 anos de nascimento do ex-governador Miguel Arraes, o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) discursou na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco defendendo a saída dos socialistas da base de apoio do governo Michel Temer. A posição de Lucas é a mesma defendida pela ala Juventude Socialista Brasileira e pelo diretório estadual do partido no Rio Grande do Sul.
 
Em sua fala, Lucas afirmou que o presidente Michel Temer prometeu uma gestão de coalizão, mas que na realidade agravou a crise e não encontra saída para recolocar o país no caminho do desenvolvimento. “O que vemos é um governo incapaz de estancar a sangria das contas públicas e que caminha a passos largos no aprofundamento da crise política”, disse. Para o deputado, os socialistas devem fazer justiça à memória de Miguel Arraes e adotar uma postura de independência. “É urgente a saída dos socialistas da base do governo Michel Temer para que o PSB faça jus à sua história, à memória de Miguel Arraes e permaneça sintonizado com a vontade popular, contribuindo com o debate e apresentando soluções criativas para superação dos tempos de crise”, declarou.
 
Para o vice-líder da bancada governista na Alepe, as medidas impopulares adotadas pelo governo Temer (PEC do Teto dos Gastos, reforma do Ensino Médio e reforma previdenciária) foram elaboradas sem levar em conta a vontade da sociedade. “É um governo que não ouve a população e acaba gerando um nível de insatisfação mais intenso do que aquele que desembocou no impeachment de Dilma Rousseff”, lembrou. “O nosso país não pode perder mais tempo. Precisamos convocar a população para a realização de novas eleições diretas, a saída menos dolorosa para o momento que vivemos”, acrescentou Lucas.

Paulo sanciona Projeto de Lei que beneficia Polo de Confecções

O governador Paulo Câmara sanciona, nesta sexta-feira (16.12), o Projeto de Lei nº nº 1.071/2016, que torna o regime de tributação das empresas do Polo de Confecções do Estado mais simples, já a partir de 2017. A mudança faz com que os estabelecimentos comerciais e industriais de Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e cidades circunvizinhas tenham a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) antecipada para o momento da aquisição da matéria-prima. A nova forma de tributação vai permitir que a arrecadação do Estado aumente em R$ 11 milhões a mais por ano, sem que haja aumento na carga tributária. Atualmente, o Polo de Confecções arrecada R$ 480 milhões.

Sensação que se consolida: Temer não sabe o que fazer

Itamar Garcez - Blog Os divergentes
Que vivemos tempos de esgarçamento institucional não resta dúvida. Os poderes da República clássicos – Executivo, Legislativo e Judiciário – exacerbam seu papel constitucional quebrando cada vez com mais frequência a indispensável harmonia entre si.
O Ministério Público, o quarto poder, que não foi assim consagrado formalmente na Constituição de 1988, assanha-se há tempos também buscando protagonismo além dos seus limites. Do mesmo modo que o Judiciário e o Legislativo, reage corporativamente ao sistema de check and balances necessário ao equilíbrio democrático.
Porém, o mais dramático neste cenário perturbador é que o timoneiro da pinguela que nos levará até às eleições de 2018 parece perdido. Na barafunda política, fustigada pela crise econômica e pela intolerância crescente à corrupção, a sensação que se consolida é a de que o presidente Michel Temer não sabe o que fazer.

Finalmente uma boa notícia

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
Afogado em delações e planilhas de empreiteiras, o Senado produziu, enfim, uma boa notícia. Na noite de terça-feira (13), a Casa aprovou um projeto que promete acabar com a farra dos supersalários no funcionalismo.
O texto regulamenta uma norma da Constituição: nenhum servidor pode ganhar mais do que os ministros do Supremo Tribunal Federal. O teto já existe desde 1988, mas é ignorado por diversos órgãos públicos.
Pelos valores em vigor, todo contracheque deveria respeitar o limite de R$ 37.476,93. No entanto, a regra é driblada com a farta distribuição de penduricalhos, disfarçados de auxílios, gratificações e jetons.
O Judiciário lidera o campeonato dos supersalários. De cada quatro magistrados brasileiros, três ganham acima do teto, segundo levantamento publicado em outubro pelo jornal "O Globo". Dos 1.671 desembargadores que tiveram suas folhas analisadas, só 51 recebiam conforme a lei.
A distorção é estimulada pela falta de transparência e por decisões judiciais em favor dos próprios juízes. Uma liminar do ministro Luiz Fux, concedida há mais de dois anos, garante auxílio-moradia de R$ 4.377,73 a todos os magistrados federais.
Na sessão de terça, a senadora Kátia Abreu quase perdeu o fôlego ao enumerar os benefícios que engordam os supersalários. "Verbas de representação, parcelas de equivalência ou isonomia, abonos, prêmios, adicionais, inclusive anuênio, biênio, triênio, quinquênio, sexta parte, cascatinha, 25%, trientenário, quintos, décimos... eu nem sabia que existia tudo isso!", surpreendeu-se.
A associação dos juízes federais, que não se constrange em defender os penduricalhos, acusou o Senado de usar o tema para retaliar a categoria. "É de se estranhar que somente agora, quando o Judiciário está empenhado no enfrentamento da corrupção, venham iniciativas do tipo controle de salários", reclamou. Se for verdade, estamos diante de mais um efeito positivo da Lava Jato.

MP: “Fortes traços de fraude” na campanha Dilma-Temer

O Globo - Letícia Fernandes
A força-tarefa responsável por analisar as contas da campanha de 2014 de Dilma Rousseff e Michel Temer entregou à Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira, relatório em que aponta "fortes traços de fraude e desvio de recursos" durante a campanha que reelegeu a chapa da petista e do atual presidente da República.
"O Ministério Público Eleitoral, após analisar o relatório do departamento de Polícia Federal, concluiu pela existência de fortes traços de fraude e desvio de recursos repassados às empresas contratadas pela chapa presidencial eleita em 2014", diz o relatório entregue ao ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa no TSE e corregedor-eleitoral do tribunal.
Além disso, o departamento da Polícia Federal que integra a força-tarefa que analisa a quebra de sigilo bancário das empresas investigadas na ação, proposta pelo PSDB, também apontou desvios de finalidade dos recursos de campanha identificados na movimentação bancária dos investigados, informações que batem com a primeira perícia realizada pelo TSE.

É preciso resultado

De Marisa Gibson, hoje na coluna DIARIO POLÍTICO
A tensão por que passa o estado com a operação padrão da Polícia Militar e que levou o governo a solicitar ajuda das Forças Armadas para garantir a segurança da população fez o governador Paulo Câmara (PSB) bater a mão na mesa na reunião ontem do Comitê de Gestão do Programa Pacto Pela Vida:
“Vou fazer o que tiver de ser feito para restabelecer o respeito, a disciplina e a hierarquia na Polícia Militar. Não recuarei no propósito de fortalecer os comandos militares do estado.”
O tom utilizado pelo governador deixou boquiabertos participantes do encontro e, como sempre ocorre nessas ocasiões, ele foi bastante aplaudido, de acordo com relato de um dos integrantes do Comitê. Essa não é a primeira vez que policiais confrontam um governo por melhores salários e condições de trabalho, e certamente não será a última. Paulo salientou que tem feito o possível para melhorar as condições das polícias “mas precisamos apresentar resultados à sociedade”.
De fato, há um déficit de satisfação da população na área de segurança e o governador está certo quando defende os princípios da obediência e hierarquia na Polícia Militar. O difícil é manter a corporação como uma aliada, ainda que seja pelo bem comum. Logo, além de manter as rédeas, o governo precisa de programas consistentes e criativos, além de um secretário de Defesa Social que tenha também muito jogo de cintura.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Temer e tucanos são delatados pela Odebrecht, mas Lava Jato só denuncia Lula

A Lava Jato perdeu a noção do ridículo. A operação liderada pelo juiz Sérgio Moro denunciou nesta quinta (15) Luiz Inácio Lula da Silva por suposta relação com a empreiteira Odebrecht. 
Não tem uma prova concreta contra o ex-presidente, no entanto, sobram convicções dos procuradores e do magistrado da Lava Jato.
O diabo é que há nove meses a PGR e o Ministério Público Federal já sabiam que Michel Temer, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Paulo Skaf, dentre outros golpistas estavam na lista da Odebrecht cujo vazamento deixou a nação estarrecida na semana passada.
Ah, não menos importante é que a delação da Odebrecht também alcançou a cúpula do PMDB no Congresso Nacional sob a liderança de senadores (Renan Calheiros, Eunício Oliveira e Romero Jucá) e ex-deputados do partido (Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima) que atuam ou atuaram no governo golpista.
Em tempos de A-5 do Judiciário, como opinou o ministro do STF Gilmar Mendes, Lula é alvo preferencial de uma gincana promovida pela Lava Jato.
A luta é para tornar o ex-presidente Lula réu e tirá-lo da disputa de 2018.

“Força Tarefa” assume que denúncia de Lula foi resposta política

Por Fernando Brito, do Tijolaço - A tal “Força Tarefa” – não sei porque estas expressões militares sempre me fazem lembrar a famosa “Quarta Frota” – soltou uma nota explicando, na sua ótica, as razões de terem denunciado mais uma vez o ex-presidente Lula. Em matéria de fatos, não há novidade, é a mesma história do prédio de iria ser – e nunca foi – o Instituto Lula e o relevantíssimo aluguel de um apartamento ao lado daquele em que ele mora, na estonteante Saint Bernard du Champs.
Mas há um trecho final (está aqui, no finalzinho da matéria do UOL) que seria de matar de rir, não fosse a situação das ameaças à liberdade ao Direito no Brasil algo que está dando vontade de chorar.
“Esta denúncia reafirma o compromisso do Ministério Público Federal com o cumprimento de suas atribuições constitucionais e legais, independentemente das tentativas de intimidação dos acusados e de seus defensores, dos abusos do direito de defesa em desrespeito ao Poder Judiciário e do abuso do poder de legislar utilizado em franca vingança contra as Instituições.”
Então o Lula e seus advogados estão ameaçando ou intimidando os procuradores e o Juiz Moro?
Estão levando-os a algum lugar em condução coercitiva?
Gravaram seus telefonemas, inclusive os de natureza pessoal, para ver se o Dr. Moro, na intimidade, fala um ou outro palavrão, para exibir isso na Globo?
Estão entrando nas suas casas, revirando seus armários e apreendendo qualquer badulaque que possa ser exibido em triunfo, um pedalinho, um bote de lata, uma camisa do Corinthians?
Os advogados ou Lula, por acaso, estão fuçando as contas bancárias, registros, papeladas dos procuradores e do juiz?
Mas o trecho pior é o final, onde se fala do “abuso do poder de legislar utilizado em franca vingança contra as Instituições”.
Vejam como tudo é torcido: leis contra abuso de poder viram “abuso do poder de legislar”.
Torcendo as coisas assim, imagine o que não fazem nos inquéritos?
Mas, mesmo sem isso, é de perguntar: Lula e seus advogados estão legislando, e com abuso aonde?
Não, quem está fazendo política é a “Força Tarefa” quando assume  que a denúncia “reafirma o compromisso” com as posições que está, ela sim, tentando fazerem virar leis. Assume a ligação entre sua ação funcional e seus interesses políticos.
Aliás, estava e agora está de novo, depois de o ministro Luiz Fux ter tomado – diz isso é o insuspeito Gilmar Mendes – alguma coisa que puseram na água.
Como não creio que os rapazes da “Força Tarefa” estejam bebendo água “batizada”, o que lhes sai dos lábios e das penas é outro líquido: é peçonha.
Só não sei se funciona com jararaca

Moro perdeu o controle das delações

janio de freitas

"Não podemos deixar que isso paralise o país" –eis uma frase interessante de Michel Temer. Não por ser contra os "vazamentos". Ou Lava Jato, isso não ficou claro. O país só não está paralisado porque se move, veloz, para trás e para baixo.
E, nos últimos sete meses, não "por interferência" da Lava Jato ou dos "vazamentos", arrefecidos desde que cumprido o seu papel no afastamento de Dilma.
Nem se pode dizer que haja crise política, propriamente, com a Câmara e o Senado em seus estados habituais, e os novos "vazamentos" produzindo efeitos pessoais, não parlamentares ou partidários. O país desmorona porque em sete meses o governo Temer não produziu uma só medida em contrário.
Fruto da reunião de apavorados, convocada por Temer no fim de semana, o pacote anunciado para esta quinta-feira (15) é uma farsa. Sua finalidade é criar "manchetes positivas". Feito às carreiras por pressão ansiosa de Temer sobre Henrique Meirelles, repete a leviandade na divulgação do projeto da Previdência, depois de queixas paulistas no encontro de Temer com o Conselhão privado.
Na agenda de Eliseu Padilha, esse projeto estaria pronto no próximo ano. Incapaz para o governo, Temer só se ocupa do seu interesse. Não estamos distantes da simples vigarice administrativa.
Temer considerou que os novos "vazamentos", além do mais, "são ilegítimos", reclamando ao procurador-geral que acelere os processos. Por conta própria, Rodrigo Janot já informara de uma investigação a respeito.
Gilmar Mendes, claro, atacou logo de "criminosos", para fundamentar sua ideia de que as respectivas delações sejam invalidadas. Nada disso lhes ocorreu quando os ocupantes de manchetes eram outros, e não as eminências peessedebistas e peemedebistas que circundam a superestrela do "vazamento" (não é qualquer um que pode ser acusado de negociar suborno nos luxos recônditos de um palácio, e não em mesa visível de restaurante).
Na Alemanha, Sergio Moro deu ênfase às menções, nos "vazamentos", a políticos do PMDB, do PP e do PSDB como negação de seletividade facciosa da Lava Jato. Menos internacional, aqui o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, voltou ao mesmo argumento. Beiram, porém, a apropriação indébita.
Geraldo Alckmim, José Serra, Geddel Vieira Lima, José Agripino e outros do time só apareceram porque citados espontaneamente em delações preliminares do pessoal da Odebrecht. Por dois anos e meio, a Lava Jato deixava passar quando citado um daqueles nomes. Referências à corrupção na Petrobras do governo FHC estão há dois anos em vã gravação na Lava Jato.
O que se passou agora está bem perceptivo: os procuradores da Lava Jato e Sergio Moro perderam o controle das delações. Vêm daí os nomes inovadores e, ao menos em parte, o problema para a delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Também ele não cede a sugestões.
UM BRAVO
Todos os que sentimos parte essencial de nossas vidas roubada pela ditadura, temos impagável dívida de gratidão por dom Paulo.
Tive a sorte de fazer-lhe em pessoa reconhecimento da minha dívida. Em frente a Octavio Frias de Oliveira, que me chamara para descer com os dois, e já na calçada, dom Paulo apenas me disse, suave: "Coragem".

Lobby de juízes por supersalários é vergonhoso

Blog do Kennedy
Com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria um teto para o crescimento das despesas públicas, limitando-as à inflação no período de um ano, o maior desafio será discutir em detalhes as prioridades do Orçamento Geral da União. Nesse contexto, é vergonhoso o lobby de juízes e procuradores a favor dos supersalários que ultrapassam o teto constitucional (R$ 33,7 mil).
A partir de agora, haverá uma briga de foice pelo dinheiro público. A PEC do Teto terá efeito no médio e no longo prazo, mas é importante desde já defender prioridade para políticas sociais e investimentos em infraestrutura. É preciso cautela em relação aos lobbies corporativistas, como os pedidos de aumento da magistratura, do Ministério Público e das carreiras da alta burocracia estatal.
Os lobbies empresariais são outro risco. Fala-se muito no aumento dos gastos, mas sempre fica em segundo plano a enorme desoneração _reduções de tributos para setores empresariais feitas no governo Dilma e mantidas na gestão Temer.
Ou seja, as elites do funcionalismo público e da iniciativa privada sempre se apropriaram mais dos gastos públicos do que os pobres. É preciso arrumar a casa para manter políticas sociais, mas elas são as primeiras sacrificadas nas crises, o que é injusto com o conjunto da sociedade.
Ontem, o Senado aprovou projetos contra os supersalários. Havia lobby da magistratura defendendo uma ilegalidade, que é receber acima do teto constitucional. Juízes e procuradores deveriam ser os primeiros a tomar medidas para cumprir o teto, mas ontem o que se viu foi um show explícito de corporativismo.
Esse tipo de show prejudicará os pobres no contexto de uma regra orçamentária mais rígida. É vergonhoso invocar o combate à corrupção e demonizar os políticos para defender salários acima do teto.

Elite se mexe: Salvar Temer acima de qualquer coisa

Vinicius Torres Freire - Folha de S.Paulo
O movimento para salvar Michel Temer anda frenético. Não importa o que sobre do governo. É o plano, mesmo nestes dias de boatos de degola de todos os homens do presidente, que vão sendo dizimados por delações. Mesmo neste mês em que, se a revolta não está nas ruas, ruge nas redes.
Trata-se de estabilizar a ponte para o futuro até 2019. De não deixar a pinguela cair, de evitar um colapso econômico e de colocar na conta da transição temeriana o custo mais intragável de mudanças econômicas, como agora deveria ser bem sabido.
A operação inclui um contra-ataque aos avanços do Ministério Público, que não se deve confundir com as meras tentativas de solapar a Lava Jato ou de salvar procurados pela polícia no Parlamento.
A palavra é "estabilizar", "segurar os radicais" do MP, conter o tumulto. Mas há um ponto comum entre quem pretende fugir da polícia e quem quer conter o Comitê de Salvação Pública da Lava Jato: alguma lei de abuso de autoridade ou outro tipo de pressão. Em outra crise grave, um projeto de lei caiu nesta quarta (14), por liminar do Supremo. Deve reencarnar em outro corpo, no ano que vem.
Se ainda havia dúvida, o PSDB assumiu a relação com Temer como se não houvesse um amanhã de cassação no TSE ou trauma ainda maior. O movimento continua entre membros de tribunais superiores e antigos companheiros de viagem de PSDB e PMDB, como o homem dos três Poderes, Nelson Jobim, e outras eminências dos corredores da elite.
A algazarra e os escândalos abafam o som do trator no Congresso, que aprova uma esteira de leis importantes, muitas delas sérias, as quais seriam saudadas em público não fosse o vexame terminal do Congresso.
Além do mais, deve passar a lei de intervenção branca nos Estados quebrados, uma espécie de lei de falência que pode dar um destino a crise mais teratológicas, como a do Rio, embora não deva acalmar o povo.
Note-se ainda que está para passar lei que pode dar fim ao escândalo dos salários extrateto, muito comuns no Judiciário. Passou uma reforminha do ISS, que limita a guerra fiscal entre os municípios. O caso da Previdência deve voltar a entrar nos trilhos previstos pelo governo, pelo menos até o povo se revoltar.
Aécio Neves fez nesta quarta-feira outro anúncio formal de renovação de votos da união com Temer: "Continuaremos ao lado deste governo até o final desta travessia". Senadores do PSDB, José Aníbal e Tasso Jereissatti na comissão de frente, fazem uma rede de debates na elite a fim de juntar ideias econômicas.
Henrique Meirelles refez as pazes com o tucanato, ontem em almoço. Houvera estranhamento do ministro da Fazenda com o PSDB.
No momento em que bateu um certo desespero na elite, o partido pareceu avançar sobre o governo, na economia em particular, enquanto gente do próprio Planalto fritava Meirelles de leve. Não pegou bem. Ontem, pareciam todos no mesmo barco.
Meirelles está ainda mais exposto na política, dadas as baixas no Planalto, tendo até procurado pacificar o centrão, que ameaça avacalhar a reforma da Previdência. Temer, de resto, vai tentar apaziguar o centrão com cargos, numa mexida no ministério que deve vir em fevereiro.
Bateu um desespero na elite. Que tenta se mexer.

Temer reforma ministério em fevereiro para tentar salvação



Folha de S.Paulo - Valdo Cruz e Gustavo Uribe
Com o receio do agravamento da atual crise política, o presidente Michel Temer planeja uma minirreforma ministerial em fevereiro para reacomodar sua base aliada e contornar insatisfações no início do ano que vem.
Além de substituir nomes que possam deixar o governo federal até o início de 2017 por conta do conteúdo de delações premiadas de executivos da Odebrecht, a intenção é contemplar com mais espaço na Esplanada dos Ministérios partidos da base aliada.
A estratégia é evitar que siglas governistas abandonem a tropa de choque no Congresso Nacional diante de turbulências geradas na política pela revelação de novas denúncias de irregularidades, sobretudo no momento em que legendas de oposição articulam o impeachment de Temer.
Continue lendo: Temer planeja minirreforma ministerial em fevereiro

Gilmar a Fux: fechar Congresso e dar chave à Lava Jato

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou à Folha que o ministro Luiz Fux deveria "fechar o Congresso de uma vez e dar a chave ao procurador Deltan Dallagnol [da Lava Jato]".
O ministro reagiu à decisão de Fux que, por meio de uma liminar, determinou que a Câmara dos Deputados vote novamente o projeto anticorrupção que foi apresentado ao parlamento por meio de uma proposta de iniciativa popular.
A coleta de assinaturas à proposta foi liderada pelo procurador Dallagnol e apoiada pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
"Ele [Fux] decidiu decidir pelo Congresso. Anulou uma votação que teve a participação de 400 parlamentares. E quer criar um novo rito de tramitação [das propostas de iniciativa popular] sendo que todas as outras, como por exemplo a da lei da Fichal Limpa, tramitaram da mesma forma", observa Mendes.
"É mais fácil então ele substituir o Congresso pela equipe da Lava Jato" segue. "Todos sabem que o projeto foi feito pela equipe da Lava Jato e quer atende a interesses de empoderamento dessa equipe. Fux então deveria entregar a chave do parlamento a eles", finaliza o magistrado.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Douglas e Rosa foram diplomados hoje em Angelim


Douglas e Rosa e os vereadores diplomados(foto Facebook)
O prefeito eleito de Angelim Douglas Duarte (PSB) e sua vice Rosa Cavalcanti(PT) foram diplomados hoje no fórum do município, o evento a muito esperado  aconteceu às 11:00 horas e contou com a participação de muitos convidados, parentes dos diplomados e correligionários.
No evento também foram diplomados os vereadores eleitos no processo eleitoral deste ano e que irão formar a Câmara na nova legislatura que se iniciará em 1 de janeiro de 2017.
Nesta solenidade marcada pela participação de representantes de diversos segmentos da sociedade angelinense.

Depois de oito anos da gestão do prefeito do (PSD), os moradores de Angelim votaram em peso pela mudança e a expectativa com relação à nova gestão de Douglas Duarte e Rosa é a melhor possível.
A cerimônia foi bastante concorrida e muitas pessoas preencheram por completo as dependências do fórum para não perder nenhum momento do ato. Com o diploma nas mãos, Douglas e Rosa sairam sob aplausos do povo, que se aglomeravam em frente ao prédio gritando. “Ta pegado é Douglas e Rosa”. Um dos bordões da sua campanha vitoriosa.

Alepe sabatina Presidente da Adagro


Nesta terça-feira (13), a comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu a sabatina de Erivânia Camelo, indicada pelo governador Paulo Câmara para ocupar a função pública de diretora presidente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). Ao final, o nome de Erivânia foi aprovado por unanimidade para um mandato de quatro anos à frente da Agência.
O deputado Ângelo Ferreira presidiu a sessão, que contou com a presença dos deputados Aluisio Lessa, Antônio Moraes, Edilson Silva, Ricardo Costa, Rodrigo Novaes, Romário Dias, Silvio Costa Filho, Teresa Leitão, Tony Gel, Waldemar Borges e Zé Maurício.
Formada em medicina veterinária, Erivânia é fiscal agropecuária efetiva da Adagro, órgão onde ocupa a gerência geral desde 2007. Em seu discurso, a gestora relatou as principais ações realizadas pela Agência, apresentando os resultados alcançados por alguns programas. "Gostaria de destacar a quantidade de prêmios nacionais e internacionais que a Adagro conquistou nos últimos anos, em especial, o prêmio de melhor agência do País, concedido pelo Ministério da Agricultura em 2011, reconhecendo o trabalho realizado pelo órgão. Também vale ressaltar a certificação internacional de área livre de febre aftosa com vacinação pela OIE", disse Erivânia.
O deputado Antônio Moraes, que participou das discussões da lei de criação da Adagro, enalteceu o trabalho que Erivânia vem realizando a frente do órgão. "Ela tem profundo conhecimento do órgão e da agropecuária em Pernambuco", relatou. Já Silvio Costa Filho, líder da bancada de oposição, elogiou a indicação do governador, visto que o trabalho realizado pela Adagro é reconhecido e elogiado em todo o Estado.
De acordo com o líder do Governo, Waldemar Borges, a expectativa é que a Adagro fique ainda mais fortalecida, sobretudo com a atual mudança estrutural da Agência, que passou de unidade técnica a autarquia especial, dando maior autonomia e celeridade aos trabalhos realizados pelo órgão. "Pernambuco sofre com a entrada de leite e queijos clandestinos. Espero que, com a Adagro mais fortalecida, possamos aumentar essa fiscalização", lembrou Waldemar.
"Estamos melhorando as condições dos pequenos produtores, para que possamos diminuir a presença do atravessador, que acaba ficando com boa parte da renda do agricultor e trabalha muitas vezes com produtos irregulares", respondeu Erivânia. Anteriormente, a Adagro possuía 50 escritórios no Estado, hoje são 149. A meta é que até 2020 a Agência consiga atingir a sua autonomia financeira.

Financiamento para implantação do Ensino Integral será de dez anos

A Câmara dos Deputados concluiu ontem a votação da MP 746, que reformula o Ensino Médio brasileiro. O texto determina que as disciplinas serão segmentadas segundo áreas do conhecimento e a implantação do ensino integral com apoio financeiro da União para os estados. A matéria seguirá, agora, para análise do Senado. Ex-secretário de Educação de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) destaca a aprovação de emenda apresentada pelo partido que fixa o financiamento da política de fomento da implantação da jornada integral em dez anos.

O texto original da MP tinha a expressão “até dez anos”, que permitia a definição de um período menor.  Com a redação, os repasses estão assegurados por dez anos. As transferências obrigatórias dos recursos ocorrerão para as escolas que implementarem o tempo integral a partir da publicação da futura lei. “A instalação de escolas em tempo integral aumenta despesas, é preciso que o governo garanta a contrapartida. Pernambuco implantou a maior rede de escolas integrais e isso só foi possível com o aumento de investimentos”, afirmou Danilo Cabral.

O parlamentar defendia que, para a criação e manutenção do ensino integral, houvesse um complemento dos recursos do Fundo de Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).  Mas sua proposta foi derrotada. “Corremos o risco de repetir o vício do Pacto Federativo de transferir atribuições para os entes da Federação sem dar a devida contrapartida”, opinou.

Em relação às disciplinas de Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física, havia apresentado emendas para torná-las obrigatórias no currículo do Ensino Médio. O relator da MP, senador Pedro Chaves (PSC-MS) havia acatado em seu relatório a obrigatoriedade de Artes e Educação Física, mas durante a votação, o Plenário essas matérias passarão a ser obrigatórias apenas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

 A base comum não necessariamente fixará oferta dessas matérias nos três anos do Ensino Médio. Já Português e Matemática serão obrigatórios ao longo de todo o período de aulas do Ensino Médio. Entre as línguas estrangeiras, o Espanhol não será mais obrigatório, ao invés do Inglês, que continua obrigatório a partir do sexto ano do ensino fundamental. A inclusão de novas disciplinas obrigatórias na base comum dependerá da aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação do Ministério da Educação.

Danilo Cabral criticou a aprovação da autorização de profissionais de outras áreas e especialistas “com notório saber” a darem aulas nas escolas do País. Para o Governo, a medida ajudará a preencher lacunas na educação básica. O deputado, no entanto, afirma que isso poderá provocar a precarização da formação profissional do Ensino Médio. “Nós estamos propondo uma gambiarra ao invés de uma solução estruturante que garanta a valorização dos profissionais e a formação adequada que assegure o conteúdo que os jovens do ensino médio brasileiro têm direito”, declarou.

De acordo com o texto aprovado pelos deputados, em cinco anos, ocorrerá a ampliação da carga horária de aulas para 1.000 horas anuais. Após isso, a meta será de 1,4 mil horas ao ano, mas o texto não estipula prazo. Nos três anos do ensino médio, a carga horária total destinada à BNCC não poderá ser maior que 1.880 horas.

Paulo lamenta falecimento de Dom Evaristo Arns

Nota oficial de pesar
"Dom Paulo Evaristo Arns foi um dos religiosos mais importantes do século 20 na América Latina. Sua luta em defesa da democracia, dos direitos humanos e pelos mais pobres inspira a todos nós. Dom Paulo teve a coragem de enfrentar o autoritarismo num momento difícil da história política brasileira, denunciando a tortura e os abusos. Serão eternos o seu exemplo e os seus ensinamentos".
Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

Dom Paulo Evaristo Arns morre em SP aos 95 anos

Do G1
Morreu hoje o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo. Ele estava internado no Hospital Santa Catarina em decorrência de uma broncopneumonia. D. Paulo tinha 95 anos.
O religioso foi internado no dia 28 de novembro para tratar de problemas pulmonares. Com o passar do dia o estado de saúde piorou, e ele teve de ir para a UTI por causa de dificuldades na função renal. Segundo o hospital, Arns morreu às 11h45 por falência múltipla dos órgãos.
O velório de D. Paulo será na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, e deve durar 48 horas. Ele deve ser sepultado na cripta da catedral.
O comunicado da morte de Arns foi feito em nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo. O arcebispo metropolitano, Dom Odilo Scherer, afirmou em nota que Arns “entregou sua vida a Deus, depois de tê-la dedicado generosamente aos irmãos neste mundo”.
Em nota, o arcebispo Dom Odilo Scherer, da Arquidiocese de São Paulo afirmou: "Comunico, com imenso pesar, que no dia 14 de dezembro de 2016 às 11h45, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo, entregou sua vida a Deus, depois de tê-la dedicado generosamente aos irmãos neste mundo.
Louvemos e agradeçamos ao "'ltíssimo, onipotente e bom Senhor' pelos 95 anos de vida de Dom Paulo, seus 76 anos de consagração religiosa, 71 anos de sacerdócio ministerial, 50 de episcopado e 43 anos de cardinalato.
Glorifiquemos a Deus pelos dons concedidos a Dom Paulo, e que ele soube partilhar com os irmãos. Louvemos a Deus pelo testemunho de vida franciscana de Dom Paulo e pelo seu engajamento corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada pessoa.
Agradeçamos a Deus por seu exemplo de Pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua esperança junto de Deus!
Convido todos a elevarem preces de louvor e gratidão a Deus e de sufrágio em favor do falecido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Convido também a participarem do velório e dos ritos fúnebres, que serão realizados na Catedral Metropolitana de São Paulo".

Marcelo Odebrecht confirma propina paga a Temer e aliados


Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo que leva seu sobrenome, confirmou à força-tarefa da Lava Jato a versão do ex-executivo da empreiteira Cláudio Melo Filho sobre pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB feito a pedido do presidente Michel Temer; Marcelo respaldou o episódio do jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, com a presença de Temer, então vice-presidente, e do hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, no qual, segundo os delatores, foi acertado o pagamento o peemedebista; Marcelo, que fechou acordo de delação premiada, depôs por pouco mais de três horas na segunda (12) em Curitiba