O Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (30) que a União pagou
R$ 72,375 bilhões em passivos junto a bancos públicos e ao Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Do total, R$ 55,572 bilhões se
referem a passivos de 2014 e R$ 16,803 bilhões a obrigações de 2015.
O Tesouro explicou que fez os pagamentos seguindo entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU).
Do volume em pagamentos, R$ 70,9 bilhões são recursos da conta única
do Tesouro. Destes, R$ 21,1 bilhões são recursos de emissões de títulos
realizadas anteriormente, sem necessidade de emitir novos títulos. Os R$
49,8 bilhões restantes vieram de outras fontes da conta única.
Além disso, o Tesouro informou que cerca de R$ 1,5 bilhão, devido ao
Banco do Brasil, será acertado por meio da emissão direta de títulos,
sem necessidade de realização de novos leilões. O secretário do Tesouro
Nacional, Otávio Ladeira, concede entrevista esta tarde para falar sobre
o pagamento dos repasses atrasados.
O governo enviou nesta quarta-feira (30) ao Congresso Nacional os
projetos de lei relativos às negociações salariais de 2015. A maior
parte dos servidores assinou acordos prevendo reajuste escalonado em
dois anos, sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. O
aumento totaliza 10,8%, porque a segunda parcela incidirá sobre o valor
do salário já reajustado.
Segundo o Ministério do Planejamento, assinaram acordo 1,1 milhão de
servidores, o que representa cerca de 90% dos servidores civis do
Executivo Federal, tanto aposentados quanto na ativa.
As carreiras que não chegaram a um entendimento com o governo em 2015
foram Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal,
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), médicos
peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diplomatas,
peritos federais agrários e analistas de infraestrutura e de políticas
sociais.
De acordo com o Planejamento, as negociações com as representações desses servidores continuarão em 2016.
Além do reajuste de 10,8%, os servidores terão atualização dos
valores do auxílio-alimentação (R$ 373 para R$ 458), da assistência à
saúde (o valor médio passará de R$ 117,78 para R$ 145) e da assistência
pré-escolar (o valor médio sobe de R$ 73 para R$ 321).
Os servidores receberão a primeira parcela do ajuste somente em
agosto, e não em janeiro, como parte do ajuste fiscal do governo para
tentar garantir superávit primário (economia para pagar os juros da
dívida) em 2016.
Além do adiamento, a primeira parcela do aumento está abaixo da
inflação acumulada em 2015. A inflação pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) soma alta de 10,48% em 12 meses até novembro.
A imagem que ilustra este texto vale por um
tratado sobre política, mas, para os que têm dificuldade em enxergar
realidade como ela é e não como a mídia mafiosa pinta, vamos desenhar a
situação.
Todos deveríamos estar exultantes com a Operação Lava Jato e com as
condenações de políticos importantes pelo Supremo Tribunal Federal,
Corte que, até que o PT chegasse ao poder, jamais condenara político
algum à prisão.
Afinal de contas, quem não sabe, desde que começou a se entender por
gente, que empreiteiras fazem negociatas, corrompem políticos, crescem e
enriquecem às custas de obras públicas?
E quem não fica satisfeito por ver banqueiros e políticos importantes
indo para a prisão – e, ainda mais havendo provas, como no caso de
Delcídio do Amaral e André Esteves, do banco Pactual?
Deveríamos, pois, estar soltando rojões. Finalmente no Brasil, em
tese, não seriam mais, apenas, pretos, pobres e prostitutas que vão em
cana. Em tese, as prisões de empreiteiros, políticos e banqueiros
significaria que, agora, não são mais apenas os três Pês que podem ver o
sol nascer quadrado.
Contudo, não é nada disso.
O que a imagem acima revela é, apenas, que apenas acrescentamos um Pê
aos três Pês que simbolizavam os únicos tipos de cidadãos passíveis de
prisão no Brasil; agora, apenas Pretos, Pobres, Prostituas e Petistas (e
quem se meta com eles) são os que podem ser presos neste país.
Vamos, pois, explicar a imagem no alto da página para aqueles que não
conseguem pensar sozinhos. A imagem contém 5 edições do jornal Folha de
São Paulo. Vamos analisá-las uma a uma.
Da esquerda para a direita, a primeira edição do jornal noticia, em
letras garrafais, a prisão de Delcídio do Amaral. Contudo, em vez da
foto de quem foi preso a capa da Folha trás a foto de Lula, que nem a
processo responde.
A segunda capa da Folha da esquerda para a direita relata, com o
maior destaque possível, que "amigo de Lula" foi preso, apesar de que o
arrestado tem muitas amizades e relações com expoentes da oposição.
A terceira capa do jornal, da esquerda para a direita, também com
todo o destaque possível e imaginável relata acusação de um delator da
Lava Jato a um familiar de Lula.
Na segunda fileira de capas da Folha, tudo muda. São capas que
relatam problemas com a Justiça que têm altos membros do principal
partido de oposição do país.
A primeira capa da segunda fileira de capas, a partir da esquerda,
relata que o ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo foi condenado a vinte
anos de prisão. A notícia ganhou uma notinha discreta no canto inferior
esquerdo da primeira página do jornal. E sem foto do condenado.
A segunda capa relata que o líder da oposição, senador Aécio Neves,
segundo candidato mais votado na eleição presidencial de 2014 – e que
vive condenando petistas sem julgamento por serem delatados – foi
delatado por um envolvido na operação Lava Jato.
Essa justaposição da capaz da Folha simboliza, também, o que acontece
na Justiça brasileira a depender de quem seja o acusado. E, mais do que
isso, revela o que acontecerá com investigações como a Lava Jato depois
que o PT deixar o poder – seja via golpe, seja por via eleitoral.
Tudo isso que está acontecendo e que, em tese, deveria dar esperança
ao Brasil de que o país está mudando, vai simplesmente acabar. A Lava
Jato, pois, é uma farsa política engendrada, única e exclusivamente,
para derrubar um governo. E mais nada.
Se o PSDB volta ao poder (toc-toc-toc), acabam as Lava Jatos ou
qualquer outro tipo de investigação. As empreteiras, os banqueiros, os
políticos voltarão a roubar desbragadamente sem que ninguém seja sequer
denunciado – como acontecia antes de o PT chegar ao poder.
Sempre digo que eu estaria exultante se a Lava Jato fosse para valer.
Se corruptos de todas as correntes políticas estivessem sendo presos,
seria maravilhoso. Este país se tornaria ético e começaria a
civilizar-se rapidamente.
Mas não é nada disso o que está acontecendo. Com ou sem provas,
apenas corruptos e supostos corruptos de um único grupo político estão
sendo penalizados, enquanto que seus equivalentes à direita são
vergonhosamente acobertados pela imprensa e pela Justiça.
Além de não estar havendo combate real algum à corrupção, o país está
ficando pior porque, mais do que nunca, o que está valendo aqui é a
máxima que permeia a história brasileira desde o descobrimento: "Aos
amigos, tudo; aos inimigos, a lei".
247 – Nesta quarta-feira 30, o jornalista Mario
Magalhães, blogueiro do Uol, publicou em seu perfil no Twitter uma
pergunta que merece reflexão:
"Depoimento citando Aécio foi em julho. Por q não o vazaram, como
outros? Devemos a notícia ao grande @rubensvalente", postou, em
referência à reportagem de Rubens Valente publicada ontem pela Folha de
S. Paulo.
A matéria traz trecho de um depoimento Carlos Alexandre de Souza
Rocha, apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef,
que cita a entrega de R$ 300 mil como propina ao senador Aécio Neves
(PSDB-MG).
No mundo dos vazamentos da Lava Jato, em que até a cópia de um acordo
de delação premiada – o de Nestor Cerveró – foi parar nas mãos de um
banqueiro – André Esteves – a dúvida sobre a demora do vazamento
relacionado a Aécio é realmente válida.
247 –Numa de suas
delações premiadas, feitas em 2014, o doleiro Alberto Youssef, afirmou
que seu padrinho na política, o ex-deputado José Janene, do PP, dividiu
uma diretoria em Furnas com o senador Aécio Neves. Por meio dessa
diretoria, ocupada pelo tucano Dimas Toledo, pagou-se, durante o governo
FHC, um mensalão a diversos deputados federais.
Na delação, Youssef afirmou que ia
constantemente a Bauru (SP) receber recursos da ordem de US$ 100 mil
mensais em nome de Janene – o dinheiro era pago por meio da Bauruense,
uma fornecedora de Furnas. Ele afirmou ainda que Aécio seria
beneficiário desse esquema. As afirmações foram feitas tanto na delação
(leia aqui) como no Congresso (leia aqui).
Essa denúncia só veio a público
quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu pediu o
arquivamento da investigação relacionada a Aécio. Nela, Janot fez uma
ressalva. Disse que o caso poderia ser reaberto se surgissem novas
evidências relacionadas ao tucano.
Nesta quarta-feira, o nome de Aécio
apareceu numa segunda delação. Desta vez, do maleiro Carlos Alexandre de
Souza Rocha, que entregaria dinheiro em nome de Youssef. Rocha afirmou
ter levado um pacote de R$ 300 mil para um diretor da empreiteira UTC no
Rio de Janeiro, chamado de "Miranda", que teria como destinatário final
o senador tucano.
Chico e Francisco
Diante da nova acusação, que Aécio
diz ser "fantasiosa", o procurador Janot será pressionado por
parlamentares governistas a reabrir o caso sobre o tucano. Até porque
ele próprio sinalizou que seu lema, no comando do Ministério Público
seria "pau que bate em Chico também bate em Francisco".
Um caminho óbvio e natural de investigação foi indicado pelo jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço. "Miranda, que é apontado pelo próprio Ministério Público como o responsável pelos “acertos” de propina com o PMDB na
obra de Angra 3, seria, por óbvio, o próximo passo de qualquer
investigação séria. Mas Miranda, ao que se saiba, não foi preso nem
deixado mofar na cadeia até que entregasse os chamados 'agentes
políticos', é claro", diz ele (leia aqui).
Ontem, em seu Facebook, Aécio postou
a seguinte mensagem: “O que vai nos tirar dessa crise é a solidez das
nossas instituições. O PSDB está ao lado da Justiça brasileira, do
Ministério Público, da Polícia Federal e do Congresso Nacional, na
defesa da democracia e do retorno da ética como instrumento de ação
política”.
A
cobrança de impostos sobre heranças e grandes fortunas divide o país.
Em pesquisa do instituto Vox Brasil, encomendada pela CUT, 48% dos
ouvidos consideram que ajudaria o país; 25% acreditam que prejudicaria e
para 18% nem ajudaria nem prejudicaria.
Ela também contraria discurso da Central sobre o ajuste fiscal.
Para 42% dos entrevistados, o ajuste atinge a todos. 47% acreditam que atinge mais os trabalhadores.
O
governo Dilma quer aumentar a receita: recriar a CPMF, que atinge o
conjunto da sociedade. Mas a enquete revela que para 82% a redução de
impostos sobre os salários ajudaria o país. Foram ouvidas duas mil
pessoas de 11 a 14 deste mês.(Ilimar Franco - Globo)
Segundo informação de
Lauro Jardim, na Veja Online, Joaquim
Barbosa se aposentou antes da “expulsória”, mas não abriu mão de todas
as vantagens da toga. O ex-presidente do STF pediu um favor ao sucessor e
desafeto, Ricardo Lewandowski: que mandasse um ofício ao Itamaraty
solicitando a renovação de seu passaporte diplomático.
Barbosa
justificou que havia perdido o documento. Como ex-ministro do Supremo
ele não tem mais direito ao passaporte especial — que garante fila
especial em aeroportos e dispensa de visto para alguns países — mas há
ex-ceções mediante autorização do ministro de Relações Exteriores, a
quem Lewandowski enviou o ofício.
Integrantes
do PMDB estão atuando para que a convenção de março não fique marcada
pelo embate governo x oposição. Consideram que haverá um apelo enorme
pela unidade interna. Será preciso juntar os cacos e criar condições
para que a sigla saia das eleições municipais mantendo o status de maior
partido do país.
A
prioridade do PMDB que faz oposição ao governo Dilma é destronar o Rio.
O estado tem o líder Leonardo Picciani, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, o ministro Celso Pansera e a presidente da Comissão de Finanças,
Soraya Santos. O ocaso de Cunha ajuda. Querem que a segunda bancada,
Minas, com sete deputados, construa um líder capaz de unir a maioria da
bancada da sigla. (Ilimar Franco – O Globo)
O vice-líder do Governo na Câmara, deputado federal Silvio Costa
(PTdoB), ficou insatisfeito com as declarações do presidente nacional do
PSB, Carlos Siqueira, sobre a presidente Dilma Rousseff nesta
terça-feira (29).
Siqueira
afirmou que a presidente comete um crime contra a população brasileira
ao fazer explodir a dívida pública e aumentar os juros. “Eu pensei
que ja tinha visto de tudo na politica, mas acabo de ler Carlos Siqueira
dando aula de economia. Sugiro que ele encaminhe as suas sugestões
sobre gestão pública aos governadores do PSB, porque o PSB precisa parar
de ter um discurso e outra prática”, alfinetou.
Para o deputado, os estados administrados pelos socialistas, como
Pernambuco e Distrito Federal, passam por uma “profunda crise de
gestão”. “Se Carlos Siqueira realmente está preocupado com o futuro do
País, peça para sua bancada votar a favor do ajuste fiscal para que seus
deputados federais parem de trabalhar contra o País”, disse.
“Pergunto até quando o PSB vai continuar com esse discurso de nova
política, quando na verdade, é especialista nas velhas práticas
políticas”, questionou Costa.
A presidente Dilma Rousseff assinou, hoje, decreto que fixa em R$ 880
o salário mínimo que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2016. O
decreto será publicado na edição de amanhã do "Diário Oficial da União".
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 788. O novo valor representa um
reajuste de 11,6%. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) é de 10,28% no acumulado de 2015 e de 10,97% no
acumulado dos últimos 12 meses.
Em agosto, quando enviou a proposta de Orçamento de 2016 ao Congresso
Nacional, o governo previa uma elevação do mínimo para R$ R$ 865,50.
Quando o Congresso aprovou, no último dia 17, a previsão era R$ 870,99.
O valor foi alterado porque é atualizado com base nos parâmetros
estabelecidos para sua correção – crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) de dois anos antes e inflação do ano anterior medida pelo INPC,
índice que reflete a alta de preços para famílias com renda entre um e
cinco salários mínimos.
Em nota, o governo informou que o reajuste dá continuidade à política
de valorização do mínimo, "com impacto direto sobre cerca de 40 milhões
de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso
nacional".
Previsões iniciais
Em 2012, quando enviou a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) de 2013, o governo previa que o salário mínimo superasse a
barreira dos R$ 800 já em 2015.
Mas o crescimento do PIB ficou abaixo do que o governo esperava na ocasião, o que resultou em uma alta menor do mínimo.
Em abril de 2013, na proposta da LDO do ano seguinte, o governo
previa que o salário mínimo somaria R$ 849,78 em 2016. Em março do ano
passado, na proposta da LDO de 2015, a estimativa do Executivo para o
valor do mínimo de 2016 já havia recuado para R$ 839,24.
Vandson Holanda
Coordenador Regional
Pastoral da Saúde Nordeste 2 (AL, PE, PB e RN)
Esse Natal tem uma reflexão especial para as famílias do Nordeste:
2015 termina com uma tragédia sanitária iminente onde sua causa
principal é uma façanha: damos mais qualidade de vida para mosquitos em
vez de seres humanos!
Há mais de 2000 anos algo parecido ocorria com a família de Jesus.
Hoje também, muitas famílias não terão no Natal (e nos próximos dias)
moradia digna pra habitar. E isso faz com que muitos bichos ocupem o
espaço do ser humano e traga consigo doenças como a Zika, dengue e cia
ltda.
Viver em moradias sem serviços básicos mínimos não deveria ser
tolerável numa sociedade minimamente comprometida com o bem comum e que
tem Cristo como referência.
Esse momento exige profunda reflexão sobre o modelo de
desenvolvimento urbano de nossas comunidades e cidades. Mas
especialmente requer atitude das pessoas de bem. Situação de emergência
não é hora de procurar culpados, mas sim arregaçar as mangas e encontrar
saídas realmente eficazes.
Maria e José nos mostraram que na dificuldade e na simplicidade podem
surgir exemplos mágicos de amor ao próximo e a própria comunidade.
Sigamos então os verdadeiros passos da família de Jesus em busca de
condições de vida melhor para o bem mais precioso do mundo: o ser
humano. E que isso não fique só no discurso!
O governador Paulo Câmara defendeu
junto a outros dez governadores, em Brasilia, nesta segunda-feira
(28.12), a necessidade de o Brasil passar por reformas estruturadoras
para o País voltar a crescer, gerar emprego e renda. Após reunião na
residência oficial do Governo do Distrito Federal, que teve o
governador Rodrigo Rollemberg como anfitrião, os gestores estaduais
levaram a pauta ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Paulo afirmou
que os governadores vão assumir seu protagonismo e pediram diálogo junto
ao Governo Federal para contribuir com propostas de saída para a crise
econômica, que afeta todos os Estados e municípios.
"Apresentamos
pontos para que o ministro (Nelson Barbosa) comece também a ser
parceiro dos governos estaduais nas discussões das reformas. O Governo
Federal tem que ser também condutor da reforma trabalhista,
previdenciária, política e da reforma tributária. E é importante também
essas discussões passarem pelos Estados, passarem pelos governadores.
Então, nós fomos, ao mesmo tempo, falar com o ministro Nelson Barbosa
(sobre economia) e desejar a ele êxito na sua administração. É muito
importante o ministro ter êxito para que, com o êxito dele, o Brasil
possa também ter êxito e voltar a crescer", afirmou Paulo.
O
gestor pernambucano também defendeu um planejamento que possa dar mais
autonomia aos Estados. "Todos nós sabemos que o Brasil precisa de
ajustes, não apenas ajustes pontuais, mas ao mesmo tempo precisamos de
reformas. Reformas que dêem condições de, ao longo prazo, os Estados
terem condições de andar com as suas próprias pernas e seus próprios
recursos. Tudo isso foi colocado na mesa diante da necessidade, como eu
disse, de os governadores, a partir de agora, estarem juntos apoiando
ações federativas em favor do Brasil. E que, a partir dessa união e
desse protagonismo, a gente possa contribuir para que o Brasil volte a
crescer, gerar emprego e gerar renda". A decisão dos governadores pelo
protagonimo também foi levada ao ministro da Fazenda. "Ele nos recebeu
com muita atenção diante dos temas e concordou com a necessidade de
ampliação desse debate", adiantou Paulo.
NOVA REUNIÃO
Paulo
informou que a reunião com o ministro Nelson Barbosa foi um
desdobramento da reunião dos 11 governadores. O grupo decidiu que vai se
reunir, a partir de agora, uma vez por mês. O próximo encontro está
agendado para o dia 1º de fevereiro, em Brasília. A meta é apresentar
propostas e reivindicações conjuntas ao Governo Federal. "Todos nós
sabemos da grave crise política que o Brasil passa e que tem refletido
na economia. É preciso, nesse momento, muita união nacional e a defesa
de ideias e ações em favor da população. Os governadores hoje têm uma
responsabilidade muito grande nesse processo", declarou Paulo.
O
governador adiantou que o próximo encontro dos gestores tratará de
temas federativos relativos a operações de crédito, previdência,
subfinanciamento da Saúde e dívida pública. "É muito importante que os
municípios e os Estados tenham recursos para investir. Então, o retorno
das operações de crédito é importante para ajudar o Brasil a voltar a
crescer. É muito importante essas discussões avançarem", pontuou. Paulo
voltou a alertar que 2016 vai "exigir muito trabalho, porque vai ser um
ano de recessão, sem crescimento".
Segundo informação da coluna Radar na revista Veja, O PSDB Paulista rachou, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra, ambos
do PSDB, reiteraram, em almoço nesse domingo (27), o apoio à
pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo a prefeito de São Paulo
pela sigla tucana. Os dois caciques da legenda divergem do
correligionário e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que tem
preferência pelo empresário João Doria Jr. FHC e Serra, no entanto
garantiram a Matarazzo que irão com ele “até o fim”.
Recentemente,
o chefe do executivo paulista participou de dois eventos ao lado de
Doria - um jantar de apoio à sua pré-candidatura promovido pelo
empresário Flavio Rocha, em que fez um discurso que foi lido como de
apoio, e o aniversário do pré-candidato.
Pessoas
próximas a FCH e José Serra afirmam Doria precisa de mais "estrada" na
política quanto na legenda. O ex-presidente da República teme, ainda,
que a condução das prévias em São Paulo provoque outra divisão no
partido, como a de 2008, justamente no momento em que o PT está
enfraquecido tanto na capital como no Estado.
O
PT já definiu um cardápio de medidas com o qual pressionará o governo a
promover uma inflexão na política econômica. Além de crédito para micro
e pequenas empresas, a legenda cobrará de Dilma Rousseff um plano
nacional de defesa do emprego que lhe devolva parte da popularidade
perdida para enfrentar o impeachment. Pela prescrição petista, a
presidente precisa “botar o pé” nas concessões públicas utilizando o
BNDES como patrocinador dos principais projetos.
Outra
sugestão é usar títulos da dívida ativa para financiar obras. A ideia é
vender os papéis a bancos privados com desconto no valor. Os bancos,
por sua vez, pagariam ao governo à vista e lucrariam ao cobrar essas
dívidas de terceiros.
O
PT também quer mudar o Imposto de Renda. A tabela teria uma faixa nova,
com alíquota de 40%, para os que ganham mais de R$ 100 mil por mês. E
isenção para salários até R$ 3.800. A sigla calcula que o ganho seria de
R$ 80 bilhões.
A
cúpula petista defende ainda um imposto semelhante ao IPVA para
jatinhos e helicópteros. O Planalto recebe recados cada vez mais
enfáticos de que sua base de apoio irá minguar se Dilma insistir em
pautas amargas como a reforma da Previdência. Dirigentes do PT alertam
que militantes saíram às ruas em nome do projeto do partido e não em
defesa de Dilma. (Natuza Nery – Painel – Folha de S.Paulo)
O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori
(PMDB), sancionou nesta quarta-feira (23) a lei que extingue pensão
vitalícia para ex-governadores, preservando-se os direitos adquiridos de
quem já recebe o benefício.
Hoje, recebem a pensão oito ex-governadores e quatro viúvas, o que representa uma despesa anual de R$ 4,3 milhões.
O projeto, de autoria da deputada estadual Any Ortiz (PPS), foi
aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa. De acordo com a
nova lei, só não terão direito à pensão os governadores que forem
eleitos a partir de 2018. Ou seja, o próprio Sartori, quando concluir o
seu mandato, terá o direito de requerê-la.
É por esse e por outros motivos que o Rio Grande do Sul está quebrado, sendo o Estado mais endividado dos 27 da federação.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, apresentou R$ 15,3 milhões
em emendas parlamentares para o ano de 2016 que irão beneficiar
Pernambuco. Ao todo, o senador propôs 18 emendas ao Orçamento do próximo
ano, já aprovado pelo Congresso Nacional, nas áreas de saúde, educação,
segurança, desenvolvimento rural, proteção a crianças e adolescentes.
Apenas com a estruturação da rede de serviços de atenção básica e
especializada de saúde, Humberto prevê a aplicação de R$ 4,4 milhões ao
longo do próximo ano. Outros R$ 2,9 milhões serão encaminhados à
manutenção de unidades de saúde em geral.
Ainda no setor, Humberto destinou mais R$ 200 mil com a reforma
estrutural do Centro de Oncologia e Hematologia Pediátrica do Hospital
Universitário Osvaldo Cruz e R$ 900 mil para despesas de custeio do
Instituto de Medicinal Legal Integral Professor Fernando Figueira, da
Fundação Altino Ventura e do Hospital Memorial de Jaboatão.
Para o senador, a saúde é a área mais sensível à população e precisa
de recursos para a melhoria do atendimento do Serviço Único de Saúde
(SUS). “Estamos falando da área que mais preocupa o cidadão. É preciso
melhorar o atendimento”, afirma. Já com apoio a ações da política
nacional de desenvolvimento urbano, executada pelo Ministério das
Cidades, o parlamentar prevê emendas no valor de R$ 3,8 milhões.
O senador também destinou R$ 480 mil para a construção, reforma,
equipagem e ampliação de unidades de atendimento especializado a
crianças e adolescentes. Segundo ele, os conselhos tutelares são
parceiros prioritários do Disque 100 para receber denúncias de violações
a crianças e adolescentes no País e necessitam de amparo. “Em 2014, o
serviço encaminhou 106 mil denúncias aos conselhos. É fundamental que
tenhamos unidades bem equipadas e capacitadas para a intervenção
imediata no enfrentamento da violência contra nossos menores”, avalia.
Na área educacional, o petista fez emendas de R$ 500 mil para a
construção do campus da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Pernambuco em Caruaru e R$ 400 mil para a educação básica em geral.
Outros R$ 200 mil servirão para o projeto de informatização e
aperfeiçoamento da PM-PE e o mesmo valor será aplicado na modernização e
melhoria da Polícia Federal.
As emendas feitas ao orçamento são propostas por meio das quais os
parlamentares podem opinar ou influir na alocação de recursos públicos
em função de compromissos políticos que assumiram durante seu mandato,
tanto junto aos Estados e municípios quanto a instituições.
247 - O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) não
poupa as críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para
Jean, Cunha é "um homem vil, ordinário, um sociopata, que praticamente
colocou o Brasil a beira do abismo institucional por interesses
pessoais".
Segundo o parlamentar do PSOL, Cunha alcançou a presidência da Câmara
"com grande contribuição da grande mídia interessada em desestabilizar o
início do segundo governo Dilma". "A questão é que ele saiu do
controle, da medida, hoje ele virou um problema", pontua.
Jean afirma que Cunha merece ser afastado da Presidência da Câmara,
deve ser cassado e preso, em decorrência "dos crimes que já vem
praticando há muito tempo".
O deputado ainda pontua que "Cunha não tem um lado positivo, a não
ser para os golpistas e fascistas irremediáveis". "Para essas pessoas,
ele pode até ter um lado positivo. Mas do ponto de vista legal, ético e
político, ele não tem", reforçou.
247 -A multinacional francesa Altsom aceitou pagar uma indenização de R$ 60 milhões
para se livrar de um processo no qual é acusada de pagar propina para
uma empresa do governo de São Paulo, para conquistar um contrato de
fornecimento de duas subestações de energia. Mas a quem foi paga a
propina? Quem se beneficiou? Pelo menos R$ 3 milhões arrecadados por
Andrea Matarazzo foram usados na contabilidade paralela do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998. A planilha
com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos
Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação
extraoficial. No entanto, Matarazzo, que hoje é vereador em São Paulo e
deseja ser candidato a prefeito da cidade, não figura nem mesmo como réu
no processo.
O valor da indenização foi calculado a partir do suborno pago pela
Alstom, que correspondeu a 17% do valor do contrato, segundo documento
interno da própria multinacional. Os promotores trabalhavam com a
informação de que a propina havia sido de 15%. Também entrou no cálculo
da indenização uma espécie de multa de 10%, para cobrir o que a lei
chama de danos morais coletivos. Como o valor do contrato foi de cerca
de R$ 317 milhões, em valores atualizados, a Alstom pagará cerca de R$
55 milhões pelo suborno e perto de R$ 5 milhões a título de danos
morais, segundo informou a Folha de S. Paulo nesta terça-feira (22).
Na ação, o único réu político é o Robson Marinho, que foi o mais
importante auxiliar do ex-governador Mário Covas e um dos fundadores do
PSDB. Ele é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e foi afastado
do cargo em agosto de 2014 por decisão judicial. Marinho é acusado de
ter recebido 2,7 milhões de dólares da Alstom em contas secretas na
Suíça entre 1998 e 2005, o que ele nega.
O documento francês que menciona as iniciais de Marinho como
destinatário da propina cita também a SE, que seria a Secretaria de
Energia, segundo executivos da Alstom. À época do contrato, a secretaria
era dirigida por Andrea Matarazzo, que nunca figurou como réu no
processo. Reportagem da Folha de 2000 noticia que, pelo menos, R$ 10
milhões da campanha de FHC não foram declarados ao Tribunal Superior
Eleitoral. E as informações vinham de uma planilha feita pelo
ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, que foi o tesoureiro das duas
campanhas presidenciais do tucano. Dos R$ 10,1 milhões, a maior parte,
segundo a planilha de Bresser Pereira, havia sido arrecadada por
Matarazzo (leia mais aqui).
O acordo de R$ 60 milhões não envolve outros processos sobre o Metrô,
a CPTM e as acusações de que a multinacional francesa fez parte de um
cartel que agia em licitações de compra de trens em São Paulo. Em todos
esses casos, há suspeitas de que integrantes do PSDB tenham sido
beneficiados por suborno. No caso mais recente, o Ministério Público
Estadual de São Paulo aponta o envolvimento do senador José Serra (PSDB)
com a máfia dos trilhos no Estado.
Para se ter uma ideia, em acordo negociado com o Ministério Público
de São Paulo, a Alstom, uma das envolvidas no escândalo de corrupção e
desvio de dinheiro no metrô paulista e na CPTM, durante as gestões do
PSDB, se comprometeu a devolver cerca de R$ 1 bilhão aos cofres
públicos.
Magistrados experientes recebem advogados com a porta aberta, com a presença de assessores ou do advogado da parte contrária.
É uma cautela para evitar constrangimentos.
O
ministro Ricardo Lewandowski foi hábil ao convidar a imprensa para a
audiência solicitada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (detalhe
que poderia ter sido divulgado no site do STF).
Em
outras circunstâncias, repetiu a iniciativa de Itamar Franco, quando o
baiano Antonio Carlos Magalhães anunciou que levaria ao presidente uma
pasta recheada de denúncias.
Imaginando
que se tratava de um blefe, Itamar convocou a imprensa e frustrou ACM,
que trazia apenas recortes de jornais com reportagens que os jornalistas
conheciam.
A
Jeep vive a expectativa de quebrar com o Renegade, em dezembro, o
recorde nacional de vendas de um SUV num único mês. A marca pertence ao
Ford EcoSport, com 6.686 unidades comercializadas em dezembro de 2012.
Ressalte-se que, naquela época, o mercado estava bem maior que o de hoje
e só havia um concorrente para o Eco (o Renault Duster).
Por Rebeca Silva Repórter do Blog do magno martins
Duas Comissões de Inquérito Parlamentar (CPIs) da Câmara de
Palmeirina, a 212 quilômetros do Recife, foram suspensas pelo Tribunal
de Justiça de Pernambuco (TJPE). Elas investigavam supostas
irregularidades cometidas pelo prefeito José Renato Sarmento (PMDB) na
aplicação de recursos federais e do Fundo Estadual de Apoio ao
Desenvolvimento Municipal (FEM). A decisão do juiz Francisco Jorge
Figueredo Alves foi publicada ontem no Diário Oficial e prevê multa de
R$ 3 mil por dia, caso haja desobediência.
A determinação atende ao Mandado de Segurança (MS) impetrado pelo
chefe do Executivo. Na sentença, o magistrado pediu ainda a intimação do
presidente do legislativo, Antônio Carlos Vicente da Silva (PP),
conhecido como Galego do Toinho, para prestar esclarecimentos sobre o
caso, no prazo de até 10 dias. Após esse período, o processo deverá
seguir para análise do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que
emitirá um parecer. De posse do documento, o juiz irá julgar se mantém
ou não a liminar.
De acordo com o advogado de Sarmento, Renato Curvelo, a instalação
das CPIs escondem uma série de vícios e falhas, como a ausência da
assinatura de 1/3 dos vereadores na aprovação da comissão – nesta existe
a rubrica de apenas um legislador-, do critério de proporcionalidade
dos partidos na composição da CPI e de um prazo limite para conclusão
dos trabalhos. “Quando se cria uma CPI, quem elege os cargos são os
próprios vereadores. Nesse caso, foi o presidente da Casa que determinou
quem iria ser o relator e os demais titulares. O presidente também fez
diversas reuniões extraordinárias na tentativa de aprovar os
requerimentos”, afirmou Curvelo.
O advogado também reclamou de dificuldades de a Câmara fornecer os
documentos que aprovaram a instalação das comissões. “Notificaram a
prefeitura e negaram mais informações. Nos deram somente sob ameaça de
irmos à Justiça. Ao analisar os documentos vi os vícios e consegui
anular as duas comissões”. Uma outra CPI foi aberta pelos vereadores,
mas o Executivo ainda não foi notificado. Aliados do prefeito acreditam
que a queda de braço entre vereadores de oposição e a gestão é política
porque a vice-prefeita Eliane Vicente (PP) é irmã do presidente da
Câmara e, se Sarmento fosse afastado, ela tomaria posse.
As CPIs suspensas foram criadas no dia 21 de setembro deste ano. Uma
foi instaurada para apurar a utilização de verba do Governo Federal, por
meio do Programa Pró-Infância, na construção de uma creche. A outra, é
voltada para investigar a reforma de uma praça, feita com dinheiro do
FEM, cujo montante é destinado pelo Governo do Estado. O prefeito
Renato Sarmento chegou a ser afastado, em setembro deste ano, por 180
dias por improbidade administrativa, após o MPPE denunciar atraso de
mais de 30 dias dos salários dos servidores. O caso corria deste 2014.
De lá para cá, as contas públicas de Palmeirina foram bloqueadas duas
vezes.
Em
uma atitude raríssima, o presidente do Supremo Tribunal Federa, Ricardo
Lewandowski, abriu nesta quarta-feira (23) as portas de seu gabinete
para que a imprensa acompanhasse a audiência pedida
a ele pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir
a decisão da corte que suspendeu o rito do impeachment no Legislativo.
Além
do constrangimento imposto a Cunha, o presidente do STF disse a ele que
não há dúvidas sobre o rito determinado pelo tribunal na semana
passada. A corte determinou nova votação para
escolha dos membros da comissão especial que vai analisar o pedido de
impeachment, em votação aberta. Também rejeitou a apresentação de nomes
"avulsos" para a comissão, sem a chancela dos líderes partidários.
O
presidente da Câmara, acusado de se beneficiar do petrolão e com um
pedido de afastamento do cargo e do mandato a ser analisado pelo próprio
STF, pediu a Lewandowski celeridade na publicação do acórdão da
decisão. A Casa deve entrar com embargos declaratórios, tentando
esclarecer alguns pontos, como o que ocorrerá se o plenário rejeitar os
integrantes da comissão indicados pelos líderes. (Da Folha de S.Paulo)
O cantor Chico Buarque foi a mais nova vítima de
redicais antipetistas, que já hostilizaram nos últimos três meses os
ex-ministros Guido Mantega (Fazenda) e Alexandre Padilha (Saúde) e o
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Os dois primeiros foram
hostilizados em restaurantes e o terceiro numa livraria.
O autor de “Apesar de você” e dezenas de outros clássicos da MPB foi
hostilizado ao sair ontem (23) à noite de um restaurante no bairro do
Leblon, no Rio de Janeiro.
Ele acabara de jantar em companhia de cinco amigos: o também cantor
Edu Lobo, filho do pernambucano Fernando Lobo, o jornalista Eric
Nepomuceno e os cineastas Cacá Diegues e Miguel Faria Jr. Este último
produziu o documentário “Chico, um artista brasileiro” que está em
cartaz nos cinemas do país.
– Você é um merda, quero ouvir da sua boca: quem apoia o PT o que é? – perguntou um dos rapazes.
– É petista – respondeu Chico Buarque.
– É um merda – insistiu o provocador.
Depois, o grupo questionou o fato de o autor de “A Banda” ser proprietário de um apartamento em Paris.
– Para quem mora em Paris é fácil – declarou um deles.
– Você mora em Paris? – perguntou Chico.
O grupo passou a hostilizar o compositor gritando “petista”, “ladrão”, “vai para Paris”, “vai para Cuba”.
Mesmo assim ele não perdeu a calma, nem mesmo quando um dos rapazes virou-se para ele e disse: “O PT é bandido”.
– Eu acho que o PSDB é bandido – retrucou o compositor.
Em defesa de Chico, o jornalista Eric Nepumoceno sintetizou a cena
com essas palavras: “É muito impressionante a fúria agressiva dessa
direita que saiu do armário embutido. Estávamos numa ótima, de repente
vieram os caras, muito agressivos. Eu estava mais irritado que o Chico,
mas depois nós todos demos risada”.
Ele
foi recebido na mesa de reuniões do gabinete do presidente do Supremo. A
imprensa pôde acompanhar a conversa a cerca de 5 metros de distância,
na antessala do gabinete (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Folhapress
Em uma atitude raríssima, o presidente do Supremo Tribunal Federal,
Ricardo Lewandowski, abriu nesta quarta-feira (23) as portas de seu
gabinete para que a imprensa acompanhasse a audiência pedida a ele pelo
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir a decisão
da corte que suspendeu o rito do impeachment no Legislativo.
Cunha, que é acusado de integrar o petrolão e tem um pedido de
afastamento do cargo e do mandato a ser analisado pelo próprio STF,
chegou ao tribunal minutos antes das 14h e estava acompanhado de apenas
dois deputados, Jovair Arantes (PTB-GO) e Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ),
apesar de ter chamado quase todos os líderes partidários para o
encontro.
Ele foi recebido na mesa de reuniões do gabinete do presidente do
Supremo. A imprensa pôde acompanhar a conversa a cerca de 5 metros de
distância, na antessala do gabinete.
A atitude de Lewandowski lembra a adotada pelo então presidente
Itamar Franco no início dos anos 90, que de forma surpreendente abriu as
portas de seu gabinete para que a imprensa acompanhasse audiência com o
senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que supostamente lhe
apresentaria uma denúncia contra seu governo.
O objetivo do presidente do STF foi demonstrar explicitamente uma
extrema desconfiança em relação a Cunha e barrar qualquer tentativa de
pressão do peemedebista sobre a corte, o que ministros já relataram no
passado.
O mais engraçado do mundo são as voltas que o mundo dá.
O playboy Álvaro Garnero Filho, filho do playboy Álvaro Garnero e
neto do polêmico Mario Garnero – condenado a cinco anos de prisão por
estelionato e fraude contra o sistema financeiro pela Justiça Federal,
sentença depois anulada pelo STF – vive, ao que se saiba, da
Brasilinvest.
E quem se tornou dirigente da Brasilinvest para a área de petróleo e
gás, em 2012, logo depois de ter sido demitido por Dilma Rousseff da
Petrobras, onde roubou aos montes?
A partir de 1º de janeiro o serviço público de transporte
complementar de passageiros na Região Metropolitana do Recife (RMR) terá
isenção do ICMS no diesel, o que reduzirá os custos do setor em R$ 1
milhão por ano. A Lei Nº 5.555/2015 foi sancionada pelo governador Paulo
Câmara nesta quarta-feira (23), que considerou a medida como a promoção
de uma “justiça fiscal”.
“Já tínhamos dado a isenção do transporte normal de passageiros, e
era mais que justo que esse benefício fosse estendido para o transporte
complementar, que exerce um papel muito importante no ir e vir das
pessoas”, explicou Câmara, na solenidade na sede do Sindicato dos
Permissionários do Transporte Público Complementar de Passageiros de
Pernambuco de Pernambuco (Sinpetracope), na Várzea, no Recife.
Durante a cerimônia, o secretário das Cidades, André de Paula, também
anunciou a definição de um calendário de pagamento dos trabalhadores do
segmento. “Não dá para trabalhar sem saber quando vai receber. Nós
vamos estabelecer, em 2016, um calendário para que vocês possam saber
que, no dia acordado, vão receber o salário”, garantiu o gestor.
Criado em 2003, o transporte público complementar contabiliza 27
linhas em operação, sendo nove interbairros e 18 alimentadoras. Juntas,
transportam em média 114 mil pessoas por dia, gerando cerca de dois mil
empregos, entre diretos e indiretos.
O sistema ainda conta com 184 permissionários em operação. As linhas
alimentadoras são responsáveis pelo transporte do sistema convencional
(ônibus e metrô). Sem cobrança de tarifa aos usuários, o micro-ônibus
opera em áreas onde os coletivos tradicionais não conseguem chegar,
como, por exemplo, os morros do Recife.
A economia pernambucana encolheu 5,6% no terceiro trimestre de 2015,
em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com
resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pela Agência
Condepe-Fidem nesta quarta-feira (23). No acumulado do ano, a retração é
de 2,2%, ante ao mesmo intervalo de 2014. Em valores correntes, o PIB
do Estado foi de R$ 37,8 bilhões.
Na análise do desempenho negativo por segmentos, a indústria sofreu
queda de 8,1% no período, com decréscimo de 4,6% da indústria de
transformação, influenciado pelo desaquecimento da economia este ano.
Também como reflexo da recessão, a construção civil caiu 9,3%. O setor
de serviços, que representa mais de 70% do PIB pernambucano, encolheu
5,3% no terceiro trimestre.
Outro fator de influência para o resultado foi a retração de 14,3% do
setor de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de
resíduos e descontaminação. O número é reflexo da queda de produção e
consumo de energia, resultante da crise econômica e das atividades de
manutenção das termelétricas.
O rapaz que ofendeu Chico Buarque é pouco informado sobre as aventuras de seu avô, Mário Garnero com o PT.
Garnero
foi uma liderança estudantil importante. Depois, casou-se com uma
herdeira do grupo Monteiro Aranha e passou a representar o sogro no
capital da Volkswagen. Lá, como diretor de Recursos Humanos, conheceu e
aproximou-se de Lula e dos sindicalistas do ABC.
Mas toda sua carreira foi pavimentada no regime militar.
Foi
responsável por um seminário internacional em Salzburg, visando vender o
país aos investidores externos no momento em que os ecos do Brasil
Grande projetava a imagem do país no mundo.
Do seminário nasceu o
Brasilinvest, um dos primeiros bancos de investimento do país tendo
como acionistas diversos grupos internacionais. Garnero arrebentou com o
banco desviando recursos para holdings fantasmas, como forma de se
capitalizar para conquistar o controle absoluto da instituição. Quando
terminou a operação, viu-se dono de um banco quebrado.
Antes
disso, era o menino de ouro dos militares. Tornou-se num anfitrião de
primeiríssima acolhendo em sua casa, ou em um almoço anual nas reuniões
do FMI, a fina nata do capitalismo mundial. Tornou-se, de fato, um dos
brasileiros mais bem relacionados do planeta. Mas jamais conseguiu
transformar o relacionamento em negócios legítimos. Não tinha a visão do
verdadeiro empreendedor. Terminou cercado por parceiros de negócio algo
nebulosos.
Acabou se convertendo na bomba relógio que João
Batista Figueiredo deixou para Tancredo Neves. A desmoralização final
dos militares foram os escândalos da Capemi, brilhantemente cobertos
para a Folha pelo nosso José Carlos de Assis.
Figueiredo impediu Delfim Netto
de ajudar Garnero, vaticinando: o Brasilinvest será a Capemi do
Tancredo. A razão maior era a presença, no Conselho de Administração, de
Aécio Cunha, pai de Aécio e genro de Tancredo. E também de personagens
de peso na vida nacional da época, como o presidente da Volskwagen
Wolfgang Sauer, Helio Smidt, da Varig e o publicitário Mauro Salles.
Colhi depoimento de Sauer sobre o episódio e testemunhei o alemão de ferro chorar na minha frente pela traição do amigo Garnero.
Percebendo
a armadilha, Tancredo incumbiu seu Ministro da Fazenda, Francisco
Dornelles, de não facilitar em nada a vida da Brasilinvest. Da derrocada
de Garnero, valeu-se Roberto Marinho para tomar-lhe o controle da NEC
Telecomunicações.
Depois disso, continuou a vida tornando-se uma
espécie de João Dória Junior internacional. Aos encontros anuais da
Brasilinvest comparecia a fina flor do capitalismo - e modelos
belíssimas. Aliás, a capacidade de selecionar mulheres era uma das
especialidades de Garnero, que conseguiu um encontro de Gina Lolobrigida
para seu sogro.
No início do governo Lula, Garnero valeu-se da
familiaridade dos tempos de ABC para se aproximar de José Dirceu, ainda
poderoso Ministro da Casa Civil. A aproximação lhe rendeu prestígio e
bons negócios.
Graças a ela, conseguiu levar o Instituto do
Coração para Brasília, em um episódio controvertido que estourou tempos
depois, com boa dose de escândalo. Aliás, até hoje respondo a um
processo maluco do Mário Gorla, o sócio de Garnero no empreendimento.
Esteve também por trás dos problemas do Instituto do Coração em São
Paulo.
Quando os chineses começaram a desembarcar no Brasil, fui
procurado por analistas da embaixada da China interessados em
informações sobre o país. E me contaram que estavam conversando com um
BNDES privado. Indaguei que história era essa. Era o Brasilinvest – na
ocasião um mero banco desativado, localizado em uma das torres do
conjunto Brasilinvest na Avenida Faria Lima. Não sabiam que Garnero já
se desfizera totalmente do patrimônio representado pelas torres. E tinha
um banco de fachada.
Garnero ajudou na aproximação de Dirceu com
parte dos empresários norte-americanos. Na véspera do estouro do
"mensalão" Dirceu já tinha uma viagem agendada para Nova York organizada
por ele.
Sem conseguir se enganchar no governo Lula, Garnero
acabou se dedicando ao setor imobiliário. Os filhos não seguiram sua
carreira, internacionalmente brilhante, apesar dos tropeços. Ficaram
mais conhecidos pelas conquistas e pela vida vazia.
Já o neto
consegue seu segundo instante de celebridade. O primeiro foi em um vídeo
polêmico, simulando um agarra com o ex-jogador Ronaldo.
Autor
do parecer que pode barrar o processo contra do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o
deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) se apresenta como imparcial e diz não
aceitar barganha. Mas já se mostrou um porta-voz de Cunha na Casa.
Com
todos os holofotes voltados para si na esvaziada sessão da CCJ, Elmar
escolheu o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Aráujo (PSD-BA),
como alvo:
“Ele
não sabe o conceito de ética''. Ao que o opositor baiano respondeu de
pronto: “Estou aqui há 16 anos. O Elmar vai ter que aprender muito
ainda''.
Elmar
foi o primeiro a chegar nesta terça (22) ao plenário da CCJ, mas a
sessão foi derrubada por falta de quorum – apenas 13 dos 68
parlamentares marcaram presença.
Embora muito próximo ao presidente Cunha, Elmar não confirma nem nega ser amigo do chefe da Câmara.
“Independentemente
de quem fosse, meu parecer seria o mesmo. É o presidente, mas poderia
ser qualquer deputado do baixo clero que teria a mesma posição''.
O
historiador Sérgio Buarque de Holanda escreveu que a democracia no
Brasil "sempre foi um lamentável mal-entendido". A frase ganhou novo
sentido na noite de segunda, quando seu filho Chico virou alvo de
ofensas numa rua do Leblon.O
artista foi hostilizado por um grupo de jovens ao sair de um
restaurante em que jantava com amigos. Alguém filmou a abordagem com o
celular e jogou o vídeo na internet.
"Você
é um merda", diz um dos homens, encorajado por alguns chopes a mais.
"Quem apoia o PT o que é?", ele pergunta. "É um petista", responde o
artista, sem elevar a voz. "É um merda", rebate o agressor.
Em
outra passagem, um rapaz grita: "O PT é bandido!". "Eu acho que o PSDB é
bandido. E agora?", devolve Chico. Em vez de argumentar, o provocador
sai pela tangente. "Não tô defendendo partido, mas o PT é bandido. Odeio
política", desconversa.
Apesar
das ofensas, o filho de Sérgio Buarque se mantém cordial. Sorri, aperta
mãos, pergunta os nomes dos jovens. Um deles é rapper e ex-namorado de
uma atriz global. Outro é filho do playboy Alvaro Garnero.
No
fim da discussão, o líder do grupo faz a última tentativa. "Para quem
mora em Paris, é fácil", ele afirma. O artista vive no Leblon, a poucos
minutos a pé do restaurante.
O
cineasta Cacá Diegues estava entre os amigos que jantaram com Chico. No
fim da ditadura militar, ele cunhou a expressão "patrulha ideológica"
para criticar militantes de esquerda que tentavam desqualificar quem não
compartilhava suas ideias.
Agora
é a nova direita verde-amarela que recorre ao discurso do ódio contra
políticos e intelectuais identificados com o PT. No caso mais
lamentável, o ex-ministro Guido Mantega foi hostilizado quando
acompanhava a mulher em um hospital.
Xingar
e agredir quem pensa diferente é um comportamento autoritário, próximo
do fascismo. Confundir isso com democracia não passa de um lamentável
mal-entendido, para usar as palavras do historiador.
247 - O cantor e
compositor Chico Buarque de Hollanda se envolveu em uma discussão
politica ao sair de um restaurante no Leblon, no Rio de Janeiro. Chico,
que é conhecido por defender o governo da presidente Dilma Rousseff e o
PT, estava acompanhado do cineasta Cacá Diegues quando foi cercado por
uma turma de jovens que iniciaram as provocações contra o artista.
Dentre eles estavam o filho do empresário paulista Alvaro Garnero e o
rapper Tulio Dek, ex-namorado da atriz Cleo Pires.
"Petista, vá morar em Paris. O PT é
bandido", diziam os jovens. Chico retrucou que aposição dos agressores
era fruto da influência da mídia e disparou: "Eu acho que o PSDB é
bandido". A partir daí, a discussão foi ficando cada vez mais acalorada.
Apesar do bate boca, a situação acabou sendo finalizada sem maiores
consequências.