sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Juíza de São Caetano cassa o mandato do prefeito e do vice por suposto abuso de poder econômico



Do blog de Inaldo Sampaio

A juíza eleitoral de São Caetano, Naiana Lima Cunha, cassou nesta quinta-feira (28) os diplomas do prefeito e do vice da cidade de São Caetano (PE), Jadiel Cordeiro Braga e Caio Augusto Pontes Braga, respectivamente, ambos filiados ao PSDB.

Além disso, declarou a inelegibilidade de ambos nos oito (8) anos subsequentes à eleição de 2016. O vice é filho do atual prefeito.

A sentença foi proferida numa Ação de Investigação Judicial Eleitoral ajuizada pela coligação “Avança São Caetano”. Segundo a juíza, ficou comprovado o abuso de poder político e econômico e captação ilícita de sufrágio, comprometendo a lisura do pleito.

Jadiel Braga foi acusado de distribuir camisas e bonés para eleitores, no intuito de angariar votos, e de outras práticas vedadas pela justiça eleitoral.

Como da sentença cabe recurso, o prefeito informou por meio de sua assessoria que assim que for notificado da decisão, irá recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral.

Rejeição a Temer cresce em todas as regiões e faixas de renda



A proporção de pessoas que consideram o governo de Michel Temer bom ou ótimo passou de 5% para 3% da população entre julho e setembro, oscilando dentro da margem de erro. Já o percentual dos que avaliam a atual gestão como ruim ou péssima subiu de 70% para 77%, no período. Outros 16% avaliam o governo como regular e 3% não souberam ou não quiseram responder. Os dados são da pesquisa CNI Ibope, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (28).

O aumento da impopularidade também foi registrado pelo número de pessoas que dizem não aprovar a maneira do presidente governar ou que não confiam no presidente. A pesquisa aponta que 89% disseram não aprovar a maneira de Temer de governar e 92% não confiam no presidente. Para 72% dos entrevistados, o restante do governo será ruim ou péssimo. O levantamento foi realizado com 2.000 pessoas, em 126 municípios, entre os dias 15 e 20 de setembro.

A aprovação do atual governo caiu mais entre os entrevistados com renda familiar mais alta. Das pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos – faixa mais alta de classificação da pesquisa – o percentual dos que o consideram ruim ou péssimo subiu de 75% para 86%. Ainda assim, na comparação com os diferentes estratos de renda familiar, esse é o grupo onde a popularidade do governo é mais elevada (12%).

A análise por região do país mostra que a desaprovação do atual governo subiu mais entre os residentes do Sul. O total dos que o consideram ruim ou péssimo subiu de 61% para 79%. Com esse resultado, praticamente não há diferenças na popularidade do governo entre as diversas regiões geográficas, que oscila entre 76% no Sudeste, Centro-Oeste e Norte e 79% no Sul. No Nordeste, o índice de desaprovação é de 77%.

A baixa popularidade está relacionada à questão econômica, avalia o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. “Alguns indicadores mostram recuperação gradual da economia, mas a população não está percebendo isso ainda. Não está vendo nem o preço cair e nem o emprego aumentar. Enquanto a recuperação econômica não aparecer de forma mais clara, a popularidade vai continuar baixa”, afirma.

AVALIAÇÃO POR ÁREA – A pesquisa revela que a pior avaliação do atual governo refere-se aos impostos e à taxa de juros. Os índices de desaprovação nestas áreas são, respectivamente, de 90% e 87%. Em seguida, aparecem a saúde (86%), o combate ao desemprego (85%) e a segurança pública (85%). Duas áreas registram significativa variação no percentual de desaprovação no período, acima da margem de erro. A área de meio-ambiente, que em julho era desaprovada por 70% da população, passou a ter uma desaprovação de 79%. Já a desaprovação da área de educação subiu de 75% para 81%.

Justiça condena J&F a pagar R$ 16 milhões a Funaro

Juiz diz que grupo usou delação para não quitar dívida
Painel – FSP
O doleiro Lúcio Funaro venceu batalha contra a J&F na Justiça de SP. O grupo foi condenado nesta semana a pagar R$ 16,2 milhões, além de juros de mora, ao delator. Funaro alega que os irmãos Batista não quitaram todos os valores de um contrato de consultoria que firmaram com ele após a fusão dos frigoríficos JBS e Bertin. A defesa dos empresários alegou que o trato era fictício e servia apenas para maquiar o repasse de propinas. O juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi não engoliu.
Os advogados da J&F usaram as delações de Joesley Batista e Ricardo Saud na ação para sustentar o argumento de que o contrato com Funaro seria uma cortina de fumaça para o pagamento de vantagens ilícitas ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O juiz do caso não se mostrou convencido. “A impressão que se tem é que a ré [J&F] tenta incluir a dívida no rol de operações ilícitas realizadas com Lúcio Funaro, valendo-se, portanto, de sua própria torpeza para afastar a cobrança do que sabe ser devido.”

PF investiga onde aliado de Geddel recebeu dinheiro

Folha de S.Paulo – Camila Mattoso
Um aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima afirmou à Polícia Federal ter recebido uma mala de dinheiro em um prédio de São Paulo que fica no mesmo bairro de uma empresa de Michel Temer e de um escritório do advogado José Yunes, homem de confiança do presidente.

No depoimento dado aos investigadores, porém, ele disse não se recordar de valores, do local exato ou da feição detalhada da pessoa que lhe repassou o dinheiro.
O aliado é Gustavo Ferraz, preso após a apreensão dos R$ 51 milhões em umapartamento de Salvador vinculado a Geddel. A polícia encontrou a digital de ambos em plásticos que envolviam o dinheiro.  O depoimento foi dado em 8 de setembro, no mesmo dia em que ele foi preso.
Ferraz, que afirmou estar disposto a colaborar com os investigadores, admitiu ter ido buscar valores para o ex-ministro, preso no presídio da Papuda, em Brasília.
Ele contou para a polícia que, por orientação de Geddel, se encontrou com um homem "moreno" num local que a polícia suspeita que seja o Hotel Clarion Faria Lima, na rua Jerônimo da Veiga, no bairro do Jardins.
O hotel Clarion Faria Lima fica a apenas 300 metros de um endereço de uma empresa de Temer, a Tabapuã Investimentos e Participações, que fica na rua Pedroso Alvarenga.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Temer discute estratégia para acelerar denúncia

Blog da Andréia Sadi
O presidente Michel Temer voltou a discutir, ontem, durante uma reunião no Palácio do Jaburu, uma estratégia para acelerar a votação da segunda denúncia na Câmara dos Deputados.
O assunto foi discutido com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretário-Geral) e os líderes André Moura (Congresso) e Aguinaldo Ribeiro (Câmara) na residência oficial do presidente.
Segundo o Blog apurou, na reunião, o presidente voltou a considerar a estratégia de antecipar a entrega de sua defesa à Câmara antes do dia 6 de outubro.
Temer tem o prazo de 10 sessões para entregar sua defesa a respeito da denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça. Mas o presidente não pretende usar todo o prazo.
 A ideia inicial era entregar ainda nesta semana à Câmara suas considerações, mas o plano mudou na segunda-feira.
O motivo alegado nos bastidores era de que o presidente queria mais tempo para fazer o que aliados chamam de "ajustes"  na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira instância a analisar a denúncia. Ou seja: trocar integrantes da comissão que possam ser contrários ao governo por deputados favoráveis.
Mas, na reunião desta quarta, Temer voltou a considerar a possibilidade de antecipar a entrega da defesa para antes do dia 6.
Segundo aliados, o presidente ainda não bateu o martelo: aguarda uma reunião, hoje, com seus advogados para tomar uma decisão.

Filhos e enteados de Jucá são alvos de operação da PF

Do G1
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de hoje, uma operação, batizada de Anel de Giges, para cumprir mandados de busca e apreensão e condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento) contra filhos e enteados do líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR).
O peemedebista é investigado pela Operação Lava Jato, mas as diligências cumpridas nesta quinta não tem relação direta com Jucá. Os alvos da operação Anel de Giges não têm foro privilegiado.Os nomes dos suspeitos não haviam sido divulgados até a última atualização desta reportagem.
A assessoria da PF informou que, durante a investigação, foi identificado o desvio de R$ 32 milhões dos cofres públicos por meio do superfaturamento na compra da Fazenda Recreio – propriedade localizada em Boa Vista – e na construção do empreendimento Vila Jardim, projeto financiado com recursos do programa Minha Casa Minha Vida na capital de Roraima.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, há indícios de irregularidades na fiscalização e aprovação do empreendimento por parte de funcionários da Caixa Econômica Federal.
Ao todo, os policiais federais cumprem 17 mandados judiciais: 9 de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva. As diligências ocorrem em Boa Vista, Brasília e Belo Horizonte.
Segundo a assessoria da PF, os investigadores conduziram coercitivamente os suspeitos para prestarem esclarecimentos sobre as suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a Fazenda Recreio.
A operação foi batizada de Anel de Giges inspirada na citação em um dos livros da obra “A República”, de Platão, em que é discutido o tema da Justiça. O Anel de Giges, de acordo com a PF, permite ao seu portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Geddel mete medo: complica Temer se fechar com o MT


Aliados de Temer disseram a políticos e investidores que ainda não definiram uma estratégia para a votação da segunda denúncia por motivo pragmático. O tempo, dizem, agora conta a favor do presidente.

Segundo eles, não faria sentido afastar o peemedebista para promover uma eleição indireta em março ou abril de 2018, em meio aos preparativos para o pleito regular em outubro.
Quem vê essa narrativa com desconfiança cita apenas um nome para justificar a cautela: Geddel Vieira Lima, o ex-ministro que está preso em Brasília e poderia complicar a situação de Temer se decidisse colaborar com o Ministério Público.  (Painel Folha)

Polícia acha R$ 700 mil dentro de mala em ônibus


Do G1
Uma mala com R$ 700 mil em dinheiro foi descoberta no bagageiro de um ônibus que passava por Vitória da Conquista, região sudoeste da Bahia, na tarde deste domingo (24), durante o trajeto de transporte do montante entre São Paulo (SP) e Recife (PE).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realizava uma abordagem de rotina no coletivo, os agentes descobriram a quantia que estava disfarçada dentro de uma caixa de papelão no interior de uma mala fechada com cadeado no bagageiro externo do veículo.
Por meio do ticket anexado à bagagem foi possível identificar o proprietário dentro do ônibus. Questionado pela polícia a respeito da origem do dinheiro, o homem de 47 anos disse que pegou a quantia em São Paulo e estava levando para o Recife. No entanto, não revelou se é o dono do dinheiro ou se estaria transportando a mando de alguém. O dinheiro ficou apreendido e o homem foi encaminhado para a Polícia Federal em Vitória da Conquista.
Aos agentes, o homem contou apenas que atua como taxista no Recife, e havia saído de sua cidade para participar de um evento em Brasília. De lá, foi de avião até São Paulo, se hospedou em um hotel, onde pegou a quantia para levar de ônibus até o Recife.
A PRF detalha que, incialmente, durante a abordagem, o passageiro afirmou aos agentes estar levando R$ 350 mil dentro da mala. No entanto, durante a contagem, os policiais rodoviários constataram que se tratava de uma quantia que chegou a R$ 700 mil. Depois da descoberta do real valor, o homem preferiu ficar calado.
O flagrante ocorreu por volta das 14h deste domingo. O ônibus abordado saiu de São Paulo e tinha como destino final a cidade de Natal (RN).