sábado, 15 de agosto de 2020

Mendes restaura prisão domiciliar para Queiroz


BBC News

Em mais uma reviravolta do caso, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes decidiu ontem conceder prisão domiciliar para Fabricio Queiroz, amigo do presidente Jair Bolsonaro e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.

Tanto a defesa do primogênito do presidente quanto a de seu ex-assessor contestaram em todas as instâncias judiciais diversos pontos da investigação que apura suspeitas de um esquema criminoso de "rachadinha" gerido por Queiroz no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa fluminense. Ambas negam irregularidades.

Desta vez, Gilmar decidiu temporariamente não manter Queiroz preso em uma cela, no capítulo mais recente de um imbróglio que se arrasta desde junho, quando o ex-assessor foi preso vivendo escondido em um sítio de um advogado da família Bolsonaro, em Atibaia (SP).

A concessão do habeas corpus pelo ministro do STF suspendeu, por ora, os efeitos de uma decisão do ministro STJ (Superior Tribunal de Justiça) Felix Fischer. Este havia decidido que o ex-assessor dos Bolsonaros deveria voltar para o presídio, e não ficar em prisão domiciliar, como foi concedido a Queiroz durante um plantão judicial.

Para Fischer, Queiroz e a mulher "supostamente já articulavam e trabalhavam arduamente, em todas as frentes, para impedir a produção de provas e/ou realizar a adulteração/destruição destas".

A decisão de Gilmar acerca da prisão domiciliar também vale para a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, que esteve foragida da Justiça até o benefício da prisão domiciliar e também iria para uma cela.

Inscrições para o SSA da UPE têm início na próxima segunda (17/08)

Vacina chinesa contra a Covid-19 gera anticorpos em testes clínicos


Uma candidata a vacina contra Covid-19 desenvolvida por uma unidade da China National Pharmaceutical Group (Sinopharm) parece ser segura e desencadeou uma reação imunológica baseada em anticorpos em testes de estágio inicial e intermediário, disseram pesquisadores.

A candidata já passou para um teste de estágio avançado e é uma de várias que estão sendo testadas em muitos milhares de pessoas para se descobrir se são eficazes o suficiente para obter aprovação regulatória.

A Sinopharm está realizando um teste de estágio avançado da vacina em potencial nos Emirados Árabes Unidos, para o qual deve recrutar 15 mil pessoas, porque a China não tem casos novos suficientes para ser um local de testes útil.

A candidata a vacina também será testada no Brasil em um acordo com o governo do Estado do Paraná.

A estatal também fornecerá a candidata a vacina ao Paquistão como parte de um acordo de teste, noticiou o jornal Wall Street Journal.
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A vacina não causou nenhum efeito colateral grave, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira por cientistas que são parte da Sinopharm e por outras autoridades de controle de doenças e institutos de pesquisas sediados na China no periódico científico Journal of the American Medical Association (JAMA).

Os resultados se basearam em dados de 320 adultos saudáveis em testes de estágio inicial e intermediário.

A candidata provocou reações de anticorpos robustas nas pessoas inoculadas, mas não se descobriu se isso bastou para evitar infecções de Covid-19, disseram pesquisadores que desenvolvem a vacina no estudo.
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No mês passado, o presidente da Sinopharm disse à mídia estatal que uma vacina em potencial pode estar pronta até o final deste ano, já que o teste de estágio avançado deve ser finalizado em cerca de três meses.

O novo coronavírus, que já matou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, desencadeou uma corrida para a criação de uma vacina. Mais de 150 candidatas estão sendo desenvolvidas e testadas globalmente.

A Rússia se tornou o primeiro país do mundo a conceder aprovação regulatória a uma vacina contra Covid-19 depois de menos de dois meses de testes em humanos, e outra desenvolvida pela chinesa CanSino Biologics foi liberada para uso nos militares.
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A China está liderando o desenvolvimento de ao menos oito candidatas a vacina atualmente em estágios diferentes de testes clínicos.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Messer diz que entregava dólares aos Marinho da Globo

 Do Blog de Magno Martins 

Em sua delação homologada na quarta, 12, com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer citou supostos serviços prestados para a família Marinho, dona da Rede Globo. Em depoimento realizado no dia 24 de junho e que consta no anexo 10 da delação que tem mais de 20 capítulos, o doleiro afirma ter realizado repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. Segundo o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares

No depoimento, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. De acordo com o delator, os repasses teriam começado no início dos anos 90, quando Messer tocava sua operação de dólar a partir do Rio de Janeiro. Segundo a versão de Messer, os valores em espécie entregues no Brasil seriam compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta administrada por Barizon. Os Marinho depositariam para Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no Brasil.

De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. Messer não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho, segundo autoridades que leram a delação, em Brasília. Apesar disso, o doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo).

Em nota encaminhada à redação de VEJA, a assessoria de Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negou as informações dadas por Messer: “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”.

O histórico dos últimos anos de delações na Justiça brasileira recomenda muito cuidado com acusações do tipo, muitas vezes feitas de forma irresponsável pelos réus como uma tentativa desesperada de reduzir a pena. Para conseguir fechar o acordo de delação, Messer se comprometeu a restituir aos cofres públicos 1 bilhão de reais de seu patrimônio então bloqueado. Ele ainda precisa pagar uma pena de 18 anos de prisão por evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha criminosa. Na prática, Dario deve cumprir um sexto da pena em regime fechado – ou seja, três anos. Considerando-se que ele foi preso em julho de 2019, restam apenas mais dois para ele. Neste momento, ele cumpre prisão domiciliar por ser grupo de risco da Covid-19, em um apartamento localizado em Copacabana.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Questionado pelo MP sobre compra de apartamentos com dinheiro vivo, Flávio responde: 'não me recordo'


Senador Flávio Bolsonaro em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse ao Ministério Público do Rio de Janeiro que não se lembra de ter pago R$ 310 mil em dinheiro vivo a compra de dois apartamentos em Copacabana, em 2012, no Rio de Janeiro. Os promotores, porém, identificaram que vendedor dos imóveis realizou um depósito de R$ 638 mil em espécie em um banco localizado próximo ao cartório onde foi lavrada a escritura e apenas 50 metros da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) . 

Segundo reportagem do jornal O Globo, ao ser questionado pelo promotores do MP-RJ, no âmbito do inquérito que apura a existência de um esquema de “rachadinha” no gabinete do parlamentar na época em que ele ocupava uma cadeira na Alerj, Flávio respondeu: "que eu me recorde, não”. “Se eu não me engano, foi por transferência bancária esse sinal. Cheques. E, no dia, eu paguei as duas salas junto com a minha esposa no próprio cartório”, completou. 

O parlamentar também disse desconhecer o depósito em espécie feito pelo vendedor Glenn Dillard. “Se o cara tinha esse perfil, certamente não devia estar fazendo só isso, né?”, afirmou. Ainda de acordo com o Globo, Dillard não teria feito mais nenhuma outra transação imobiliária naquele semestre. Os imóveis foram revendidos por Flávio Bolsonaro um ano depois por R$ 813 mil.


Neste final de semana, uma outra reportagem apontou que o parlamentar admitiu ter pago R$ 86,7 mil em espécie na compra de 12 salas comerciais em 2008. Ele disse ter pego dinheiro emprestado com Jair Bolsonaro e com um irmão, que não foi identificado

Como a Lava Jato fez do doleiro e ex-bilionário Messer um novo milionário


Dario Messer: antes da delação, estava sem um tostão; depois dela, 
o ex-bilionário é um novo milionárioImagem: Reprodução


Reinaldo Azevedo Colunista do UOL

Uma peça de ficção verdadeiramente cinematográfica — alô, José Padilha! — está em curso e, ora vejam, a prevalecer o entendimento de Edson Fachin, segundo quem forças-tarefa são entes autônomos, separados do Ministério Público Federal, a Lava Jato se eterniza por algumas décadas, mas seu eixo deixará de ser Curitiba e passará a ser o Rio de Janeiro.

A imprensa estampou títulos no que antigamente se chamava "letras garrafais". Eram variantes em torno desta suposta verdade: "Doleiro faz maior acordo de delação premiada da história". Ou ainda: "Lava Jato faz delação de R$ 1 bilhão". Na TV, um comentarista esbarrou nos chamados "mistérios gozosos" ao tratar do assunto. Cheguei a temer pelo decoro — refiro-me ao pessoal; o jornalístico já tinha ido havia algum tempo.

E quais são os supostos fatos conforme se anunciam?
- Dario Messer entregará aos cofres públicos R$ 1 bilhão;
- o dito doleiro dos doleiros terá uma pena de 18 anos e nove meses;
- é o maior acordo da história;
- filhos seus e ex-mulher já haviam fechado um outro de R$ 370 milhões.

O que já se sabe de efetivo sobre ele? Uma espécie de banco informal de Messer movimentou entre 2011 e 2017 US$ 1,6 bilhão. Ele seria ainda o controlador de um banco de verdade: o Evergreen (EVG), em Antígua e Barbuda. Operações legais e pilantragens se misturam.

Muito bem! Então vamos todos para a fila do gargarejo aplaudir os bravos procuradores da Lava Jato que só querem o bem da humanidade. Clap, clap, clap.

AGORA VAMOS AOS FATOS
A Lava Jato precisa mostrar serviço. E teria de ser alguma coisa realmente fabulosa, espetacular, a maior do mundo, deixando o país de queixo caído e evidenciando que, sem esses bravos vigilantes, o país afunda.

Sabem o título real, e não alternativo, para o que aconteceu nesta quarta? "Lava Jato quebra o galho de Messer e libera R$ 50 milhões a doleiro".

"Não entendi, Reinaldo!"

Eu explico. A delação de familiares de Messer já tinha sido feita. E as relações entre eles não são as melhores. Atenção! Todos os bens do doleiro, que está preso, estão bloqueados. Até esta quarta, ele não tinha como movimentar um miserável tostão.

Dado o que já se sabe de sua atuação, uma condenação sem delação nenhuma poderia simplesmente sequestrar todos esses bens. Mas aí notem: a Lava Jato precisava de um feito estrondoso, e Messer precisava de dinheiro. Como na música, um era a corda, o outro, a caçamba. Então veio o abracadabra.

Ele aceitou entregar ao Estado o que já está com o Estado — o tal R$ 1 bilhão — em troca da módica quantia de R$ 50 milhões. Isso mesmo: antes do acordo, Messer estava sem nada. Depois dele, deixou de ser um ex-bilionário para ser um novo milionário.

"Ah, mas há a condenação a mais de 19 anos..." Crime cometido sem violência, com a delação... Não vai cumprir nem um sexto em regime fechado. Está em prisão preventiva desde julho do ano passado, tempo que será abatido na pena. Logo mais estará em liberdade.

PODEM ESPERAR
Messer entregou uma lista de, atenção!, 400 clientes ao Ministério Público Federal. Como também fazia operações legais, vai saber como as coisas lá estão misturadas. Na prática, notem, pode-se dizer que ele vendeu essa lista por nada módicos R$ 50 milhões. E agora a Lava Jato do Rio fará dela o uso que lhe parecer melhor. Se depender de Fachin, a decisão será olímpica. Sem precisar prestar contas a ninguém.

Este blog apurou que tudo o que ele revelou foi na base do gogó, sem evidências factuais. "Ah, mas não precisa de provas para ter delação aceita, Reinaldo?" Ora, perguntem a Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Ele poderá dizer que não.

Há nessa lista, também apurou este blog, alguns verdadeiros potentados econômicos, inclusive fãs declarados, até agora ao menos, da Lava Jato. Talvez continuem se tudo ficar por baixo dos panos. Tudo o mais constante, nos próximos anos, a imprensa passará a ser pautada pela força-tarefa do Rio, e o país passará a ser governado pela narrativa que se decidir redigir por lá.

A homologação da delação de quem estava sem nada e agora está com R$ 50 milhões foi feita pelos juízes da 2ª e 7ª Varas Federais do Rio, cujos titulares são Alexandre Libonati e Marcelo Bretas.

Bretas é terrivelmente evangélico e candidato a uma vaga no STF.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Deputada autora de projeto que autoriza a ozonioterapia é internada com Covid-19

Do Blog de Esmael



O Brasil é o país da piada pronta. A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) testou positivo para Covid-19 e foi internada na manhã desta terça-feira (11) em um hospital particular na Asa Sul, em Brasília.

A parlamentar é autora de um projeto de lei que autoriza o uso da ozonioterapia no combate ao novo coronavírus. O procedimento consiste na aplicação de oxigênio e ozônio pelo ânus do paciente. Não há evidências científicas de que o tratamento funcione contra a doença.

O principal propagandista da aplicação de ozônio pelo ânus é o prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), que publicou um vídeo sobre o tratamento.

Paula Belmonte enviou uma mensagem a colegas dizendo que teve 30% dos pulmões comprometidos pela doença.

“O médico avaliou pela internação. Tenho aneurisma cerebral, uma preocupação. Estou tossindo, me sentindo cansada, mas tranquila. Confesso, quando recebi a notícia da internação, me deu frio na barriga”, escreveu.
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A deputada brasiliense é da linha de frente do bolsonarismo. Seu marido, o empresário Luís Felipe Belmonte, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, é um entusiasta da criação do novo partido de extrema direita Aliança pelo Brasil.

Quanto ao projeto de lei que autoriza o uso da ozonioterapia no combate ao novo coronavírus, Paula Belmonte diz:

“Salienta-se que é pacífico que ainda não há qualquer evidência científica relacionada à efetividade da ozonioterapia na prevenção ou tratamento para o Coronavírus, entretanto, possibilitar que a comunidade médica utilize o tratamento quando julgar necessário pode se tornar benéfico, afinal, ‘essa terapia vem sendo cada vez mais estudada com intuito de auxiliar em tratamentos de feridas extensas, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões isquêmicas e várias outras afecções, tendo se mostrado muito eficaz na maioria dos casos'”, diz o texto do projeto.

TCU: Bolsonaro favorece as aliadas SBT e Record com uso político de verba pública



Fábio Wajngarten e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)


247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu em auditoria que faltam critérios técnicos do governo Jair Bolsonaro para a distribuição de verbas publicitárias para TVs abertas. As aliadas Record e SBT receberam um volume maior de dinheiro, mesmo com baixa audiência. A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo. 

Em transmissão pela internet nesta terça-feira (11), dados de fiscalização confirmaram a mudança de padrão de destinação do dinheiro às emissoras, acrescenta a reportagem. 

A Rede Globo, considerada inimiga do governo, passou a receber uma fatia menor dos recursos na gestão Jair Bolsonaro, mesmo no topo de audiência nacional. Por outro lado, as emissoras Record e SBT, de Edir Macedo e Silvio Santos, aumentaram expressivamente sua participação.

Após a transição de governo de 2018 para 2019, a parte da Globo no bolo das campanhas da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) despencou de 39% para 16%. No mesmo período, a Record ampliou de 31% para 43% e o SBT, de 30% para 41%.

Avó de Michelle Bolsonaro morre por Covid-19

Do Blog de Magno Martins

A avó da primeira-dama Michelle Bolsonaro morreu por Covid-19, na madrugada de hoje, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal. Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 80 anos, estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o início de julho. As informações são do G1

Questionado, o Palácio do Planalto não havia comentado o falecimento da idosa até a última atualização desta reportagem. O governo federal manteve o posicionamento de não se pronunciar sobre o estado de saúde da vítima durante o tratamento médico.

Maria Aparecida foi internada no dia 1º de julho. De acordo com o prontuário médico, ela foi encontrada "por populares, na rua, caída" na região onde mora, em Ceilândia. Inicialmente, a idosa foi levada ao hospital da região, com falta de ar. No mesmo dia, ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) – a 32 quilômetros de distância – unidade onde havia vaga em UTI naquele dia.

A avó da primeira-dama permaneceu em tratamento intensivo durante toda a internação. Ela apresentou instabilidade no quadro clínico nas últimas semanas, chegando a registrar melhora por duas vezes. Na última segunda-feira (3), a paciente deixou a intubação e respirava com ajuda de máscara de oxigênio.

Nesta quarta, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administra o Hospital de Santa Maria informou que Maria Aparecida havia sido transferida para o Hospital Regional de Ceilândia.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Compartilhamento “por fora”. A hipocrisia da Lava Jato à tona

FERNANDO BRITO ·no Tijolaço

Nova reportagem da série “Vaza Jato” publicada pelo The Intercept mostra que, além de atropelar a lei obtendo “por fora” inquéritos sigilosos tocados por outros procuradores, em Brasília, revela a hipocrisia de Deltan Dallagnoll e sua turma ao se recusarem a permitir o acesso do Procurador Geral da República sobre os milhões de documentos armazenados em Curitiba.

Aliás, o faziam e ainda tinha a manifesta preocupação de que a violação não fosse percebida por outros procuradores: “não vamos deixar transparecer que tivemos acesso, porque já teve briga na PRDF [Procuradoria Federal do Distrito Federal] por conta de acesso à esses autos”, diz Paulo Roberto Galvão, um dos procuradores da Lava Jato.

Tudo, claro, para sabe de mais elementos que pudessem servir para acusar “o nono elemento”, ou o “Nove”, como chamavam, por causa da amputação de um dedo, o ex-presidente Lula. Pior, para fazer, a partir de investigações já instauradas em outros Estados, forjar o surgimento de “novas provas” e atraírem para a Lava Jato de Curitiba o que seria de competência de outros procuradores;

O procurador Roberto Pozzobom sugere “pedir para os colegas mandarem informalmente uma cópia integral digitalizada” para que pudessem “minimizarmos ao máximo o risco de perder o caso por competência [judicial]”.

Não são violações fortuitas, mas sistemáticas, deliberadas e conscientemente ocultadas, para manipular a distribuição natural dos processos e assegurar que “o novo elemento” ficasse sempre entregue a eles e ao juiz Sérgio Moro.

É inacreditável que um ministro do Supremo, Luiz Edson Fachin, esteja sendo cúmplice da ocultação dos arquivos que podem comprovar esta e outras irregularidades, processuais e disciplinares, dos “intocáveis de Curitiba”.

Eduardo Bolsonaro teria entregue dossiê de antifascistas aos EUA




O deputado Douglas Garcia (PTB-SP) que organizou um dossiê com informações de pessoas que se posicionam como antifascistas, afirmou que o documento foi repassado por Eduardo Bolsonaro para a Embaixada dos Estados Unidos.

Os seja, os dois bolsonaristas “deduraram” brasileiros para o Tio San.

Garcia foi condenado a indenizar uma mulher que teve seu nome e dados particulares inseridos nessa listagem de pessoas que, de acordo com postagens feitas pelo próprio parlamentar, seriam “terroristas”.


A notícia causou indignação no deputado comunista Orlando Silva que escreveu:

“URGENTE! O deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia disse à Justiça que Eduardo Bolsonaro entregou um dossiê sobre lideranças antifascistas à embaixada dos EUA.
É GRAVÍSSIMO! Eduardo é um TRAIDOR DO BRASIL, INFORMANTE DOS EUA! Deve explicações. Isso pode dar CASSAÇÃO!”

Um dos prejuízos que os brasileiros que constam no dossiê podem sofrer é ter o visto negado em caso de quererem ir aos Estados Unidos.

Conforme Orlando Silva comentou, a informação é grave. É traição de Eduardo Bolsonaro e do próprio Douglas contra o Brasil e os brasileiros.
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Com informações do UOL.

Putin lança a primeira vacina contra Covid-19 e diz que sua própria filha foi vacinada



Vladimir Putin (Foto: Kremlin)

247 - O presidente da Rússia anunciou o registro da primeira vacina contra a Covid-19. O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, disse que a droga mostrou eficácia e segurança. A própria filha do presidente foi vacinada. 

A vacina, criada artificialmente sem nenhum elemento do coronavírus em sua composição, está na forma liofilizada e representa um pó para preparar uma solução administrada por via intravenosa, informa a RT.

Ao anunciar que uma das suas filhas tomou a vacina contra o coronavírus, Vladimir Putin disse que "a vantagem dessa vacina é que ela é baseada em adenovírus humanos. Trabalha com mais precisão, cria uma imunidade forte”. 

Putin especificou que a vacinação da população deve ser realizada exclusivamente de forma voluntária, acrescentando que espera que a produção em massa do medicamento comece em breve.

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, afirmou que a vacina será produzida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e pela empresa Binnofarm.

Nesse contexto, declarou que seus ensaios clínicos continuarão, nos quais participarão milhares de pessoas. “Os desenvolvedores da vacina prepararam os documentos para a realização de futuras investigações clínicas com a participação de vários milhares de pessoas. Para a vigilância rápida do estado de saúde dos vacinados e o controle de eficácia e segurança, o Ministério da Saúde da Rússia cria um contorno digital exclusivo que permite o monitoramento da segurança e qualidade dos medicamentos em todas as fases do ciclo de vida", disse Murashko.

Outdoor em Palmas diz que Bolsonaro “não vale um pequi roído”

Outdoor com Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Empresários do estado do Tocantins bancaram um outdoor na avenida Juscelino Kubitschek, com a imagem de Bolsonaro e os dizeres “não vale um pequi roído”. A publicidade ainda se refere ao presidente como um “cabra à toa” e pede seu impeachment.

A reportagem do portal Metrópoles destaca: “a peça publicitária tem surpreendido nas redes sociais pela criatividade. De acordo com o administrador do espaço, os empresários pediram segredo em relação à autoria e disseram que outro outdoor, também com críticas ao presidente, foi colocado na avenida principal de Gurupi, município que fica a 225 quilômetros de Palmas.”

MEC prevê corte de R$ 4,2 bi no orçamento para 2021

  Do Blog de Magno Martins 

O Ministério da Educação (MEC) afirma que planeja um corte de R$ 4,2 bilhões no orçamento das despesas discricionárias (não obrigatórias) para 2021, redução de 18,2% em relação ao orçamento aprovado para 2020.

Segundo o MEC, o percentual será repassado a todas as áreas do ministério. Nas universidades e institutos federais de ensino, a previsão de corte é de R$ 1 bilhão. O corte não inclui as despesas obrigatórias, como pagamento de pessoal.

Os valores estão no Projeto de Lei Orçamentária Anual 2021, feito pelo Ministério da Economia e confirmado pelo MEC. O documento ainda deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional, antes da aprovação. Durante a tramitação, o valor poderá sofrer alterações.

"Em razão da crise econômica em consequência da pandemia do novo coronavírus, a Administração Pública terá que lidar com uma redução no orçamento para 2021, o que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas", afirmou o MEC, em nota.