247 – Ao avaliar que "o artigo de Jânio de Freitas
desta quinta na Folha é um marco no processo crescente de rejeição a
Moro e sua Lava Jato", o jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro
do Mundo, afirma que "há, em inglês, uma palavra perfeita para designar o
que está ocorrendo: backlash. Em português popular, como diz um
clássico da MPB, é a 'volta do cipó de Arueira no lombo de quem mandou
dar'".
"Moro se valeu do apoio amplo e irrestrito da mídia e da omissão
suicida dos progressistas para avançar os sinais. Virou um super-heroi, e
parece que acreditou que podia voar, como antes aconteceu com Joaquim
Barbosa. Agora, de tanto abusar, sua invulnerabilidade se rompida. Moro
já não pode fazer tudo e ainda assim receber aplausos incondicionais.
Sua neovulnerabilidade está demonstrada exemplarmente no artigo de Jânio
de Freitas. Acabou, em suma, o super-heroi. Começa uma nova etapa, bem
mais áspera, para Sérgio Moro", escreve o diretor do DCM.
"Já não será tão fácil ele falar absurdos como o de ontem. Disse que a
Lava Jato não é partidária ao mesmo tempo em que comparecia a um evento
de João Dória. Muitos brasileiros já não estão cegos para se deixarem
levar por demonstrações de cinismo como esta do 'juiz apartidário' ao
lado de um cacique do PSDB", completa o jornalista.
Fim de uma invencibilidade de dez
jogos do Sport. Irreconhecível, o Leão perdeu para o Fortaleza, por 2x1,
ontem, na Arena Castelão. Com oito pontos, os rubro-negros podem perder
a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste hoje, caso o River/PI vença o
Botafogo, em João Pessoa, por quatro gols ou mais de diferença. Para se
classificar às quartas de final da disputa, os leoninos precisam vencer
o próprio Botafogo, na última rodada, dia 23, na Ilha do Retiro.
Na tentativa de surpreender os mandantes, o treinador Paulo Roberto
Falcão apostou na ousadia ofensiva e sacou um volante do esquema que
vinha utilizando. O esquema não funcionou, principalmente por falhas
individuais do sistema defensivo. Logo aos três minutos, em descida dos
cearenses pela direita, pane geral e Anselmo cabeceou sozinho para abrir
o placar.
Em seguida, reação dos pernambucanos, certo? Errado. Pressão ainda maior
do Tricolor do Pici. Desnorteado em campo, o Leão acabou tomando outro
duro golpe. Aos 31, em mais uma falha grotesca de Matheus Ferraz nesta
temporada, Jean Mota ampliou o marcador. Em seguida, Falcão voltou atrás
e sacou Gabriel Xavier para a entrada do volante Luiz Antônio. E foi
apenas nos descontos que os visitantes conseguiram descontar, com Túlio
de Melo.
Uma semana após nomear mais de 2.800 servidores para a área da saúde, o governador Paulo Câmara resolveu dar um incremento na área de segurança pública.
Ele anunciou nesta quarta-feira (9) a realização de concurso público
curso para a contratação de 1.500 policiais militares. O edital será
publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (10).
O concurso será realizado pelo Instituto de Apoio à Fundação
Universidade de Pernambuco (IAUPE), que foi contratada por dispensa de
licitação.
O governador declarou também que o edital para o preenchimento de 650
vagas na Polícia Civil e 316 na Polícia Científica será publicado ainda
este mês.
“Vivemos um cenário de restrição econômica, mas não vamos deixar de
fazer os investimentos necessários na segurança pública. Estamos,
inclusive, fazendo um esforço adicional, buscando completar os quadros
das Polícias Militar e Civil para atuarmos na prevenção e repressão”,
disse o governador durante reunião do comitê gestor do “Pacto pela
Vida”.
A reunião do “Pacto” foi acompanhada pelo presidente do Tribunal de
Justiça de Pernambuco, desembargador Leopoldo Raposo; pelo
procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra e pelo defensor
público-geral, Manuel Jerônimo.
Para participar do concurso, os interessados precisam atender aos
seguintes requisitos: ter entre 18 e 28 anos, acima de 1,65m de altura
(homem) e 1,60m (mulher), ensino médio completo e Carteira Nacional de
Habilitação (CNH).
Para a Polícia Civil, serão selecionados 100 delegados, 500 agentes e
50 escrivães. E, para a Polícia Científica, serão 316 cargos diversos.
Os detalhes do certame serão divulgados posteriormente.
Era uma rádio no nordeste, fim dos anos sessenta e, na onda
dos festivais de música popular, decidimos fazer lá também nosso
festival. Uns jovens desconhecidos, a maioria deles universitários,
começaram a se inscrever: Rodger e Dedé (Física), Belchior (Medicina),
Fausto Nilo (Arquitetura), Fagner, Jorge Melo, etc. Uma tarde, apareceu
lá um cara com uma história no mínimo curiosa. Dizia que uma música de
grande sucesso da época – não lembro se do Roberto Carlos, do Altemar
Dutra – era composição sua e tinha sido plagiada, mais até, tinha sido
roubada. Era difícil acreditar, mas ele garantiu, cantarolou a música,
contou uma história e, para que não duvidássemos, mostrou outra música,
também conhecida e que seria dele também. O festival era a oportunidade
de mostrar outras músicas suas e desmascarar tudo.
E se fosse verdade? Ponto pro festival. Marcamos uma reunião na sala
da direção para saber mais detalhes, provas, etc. Ele começou nos
assustando com outras denuncias, que Caetano, que Chico, que Carlinhos
Lyra... Enfim, em menos de 10 minutos já dava pra ver que o cara era
maluco. Mas, só pra terminar, um dos radialistas que estava ali
perguntou: você conhece All The Way, com o Frank Sinatra? É minha, ele
respondeu. E completou: todas as músicas são minhas. Bom, deixamos o
cara em paz, ele inscreveu lá duas ou três músicas fuleiras dele mesmo
(aliás, nada prova que essas eram dele mesmo) e ficou por isso. Depois,
ele passou a aparecer vez por outra na rádio, onde ficou conhecido como O
Compositor. E a gente gostava de dizer sou amigo d'O Compositor, O
Compositor te mandou um abraço...
Lembro dele agora a propósito do Lula, O Bandido. A diferença é que
todos estão levando a coisa a sério. Então, se é assim, porque não
prendem logo esse homem?
Lula, como se sabe, recebeu um terço da propina de Furnas. Depois,
mandou sua amante com o filho (dele, DNA à parte) para fora do país e
acertou com ela uma mesada, a ser paga pela empresa Brasif, que no seu
governo obteve todas as concessões de free-shops em aeroportos, como
nunca antes na história desse país. Free-shops nos aeroportos, Lula
reservou o avião do governo do Estado de São Paulo para que sua mulher
fizesse as viagens que quisesse, quando quisesse. Mas isso era pouco:
Lula mandou sua mulher aprender tênis numa academia na Flórida e
contratou um professor a quem pagou 59 mil dólares pelas aulas. Como não
dava para mandar esse dinheiro daqui, foi preciso abrir contas na
Suíça. Bom, Lula é um homem honrado (ele diz), não tem contas na Suíça, é
apenas "usufrutuário em vida de ativos geridos por um truste", qualquer
coisa assim. Em São Paulo, Lula fez a farra. Sua última façanha foi
mais uma prova de que comunistas matam criancinhas. Os tempos são
outros, o estilo é outro: roubar merenda escolar. Armou com o presidente
da Assembleia Legislativa, também conhecido por Lula, e com Lula, chefe
de Gabinete do governador Geraldo Lula da Silva, para superfaturar as
compras de frutas e legumes e cobrar propinas da Cooperativa dos
Produtores. Antes, numa jogada altamente internacional, envolvendo a
Alemanha (Siemens), Canadá (Bombardier), França (Alstom) e Espanha
(CAF), superfaturou os preços dos trens do metrô. É preciso dizer que
Lula fez tudo isso em São Paulo, apesar da alternância de poder que
acontece lá, como querem todos os partidos da oposição e toda a
imprensa. No governo desse Estado, eleito em 1995, Luis Inácio Covas foi
sucedido por Mário Lula Covas, depois por Lula Alckmin, depois por
Geraldo Lula da Silva, em seguida por José Serra Lula da Silva e
novamente por Geraldo Lula, mais de 20 anos de alternância, isto é,
Lulas para todos os gostos.
Apesar das evidências, Lula nega absolutamente tudo e, com mais
veemência, seu envolvimento em uma operação de tráfico de cocaína,
documentada, filmada e pesada (450 quilos de pasta base). A cocaína era
transportada por um helicóptero de um deputado amigo de Lula, do partido
do Paulinho Lula, e descarregou a droga em uma de suas fazendas
mineiras. Ele tem outras fazendas em Minas, assim como sua família,
sendo a mais conhecida a de um tio, onde construiu um aeroporto com
dinheiro público, para uso privado desse tio e seu.
E isso é uma lista pequena. O que dizer dos famosos filhos de Lula
beneficiados nas privatizações (genros inclusive), feiras
internacionais, empregos onde nunca aparecem, etc. A meritocracia de
Lula é clara. Por exemplo, a irmã da sua ex-amante fez por merecer um
emprego no gabinete de um senador aliado, com salário integral e
ausência integral (possivelmente lanche a domicilio com pão integral,
ainda sem provas, mas com indícios, evidências, um vizinho viu...).
Enfim, porque não prendem esse homem, com tantos delitos?
Perdem tempo com bobagens, como se nós, da velha rádio nordestina,
tivéssemos perdido tempo querendo investigar se as três músicas fuleiras
d'O Compositor seriam ou não dele. Ficam querendo saber se uma
empreiteira pagou a reforma de um sítio que ele frequenta (e que pode
ser dele!!!) e se outra pagou a reforma de um apartamento que ele diz
que não é dele (mas pode ser!!!) e gastam munição bombardeando o bote de
dona Marisa Letícia. Perda de tempo: d. Marisa está estudando tênis na
Flórida e o bote afundou em Parati (ou vice-versa).
O Merval Pereira, em quem todos acreditamos, garante: O Bandido é
ele. Textualmente: "enfim foi descoberto o chefe da organização
criminosa que assaltou o Brasil". Meu amigo Merval atesta o que não
podíamos atestar, nós, pobres radialistas provincianos, a respeito d'O
Compositor: é verdade, tudo foi ele quem fez, O Bandido. E não essas
três musiquinhas de merda, esses pedalinhos, essas caixas de cerveja,
essa churrasqueira. Será que cometemos uma tremenda injustiça com O
Compositor, não vendo que pelas três composições tidas como dele, dava
pra atestar que ele era o autor de All The Way e de todas, absolutamente
todas as músicas?
Em
condições normais, ou em país que já se livrou do autoritarismo,
haveria uma investigação para esclarecer o que o juiz Sergio Moro e os
procuradores da Lava Jato intentavam de fato, quando mandaram recolher o
ex-presidente Lula e o levaram para o Aeroporto de Congonhas. E apurar o
que de fato se passou aí, entre a Aeronáutica, que zela por aquela área
de segurança, e o contingente de policiais superarmados que pretenderam
assenhorear-se de parte das instalações.
Mas
quem poderia fazer uma investigação isenta? A Polícia Federal
investigando a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República
investigando procuradores da Lava Jato por ela designados?
É
certo que não esteve distante uma reação da Aeronáutica, se os
legionários da Lava Jato não contivessem seu ímpeto. Que ordens de Moro
levavam? Um cameramen teve a boa ideia, depois do que viu e de algo que
ouviu, de fotografar um jato estacionado, porta aberta, com um carro da
PF ao lado, ambos bem próximos da sala de embarque VIP transformada em
seção de interrogatório.
É
compreensível, portanto, a proliferação das versões de que o Plano Moro
era levar Lula preso para Curitiba. O que foi evitado, ou pela
Aeronáutica, à falta de um mandado de prisão e contrária ao uso de
dependências suas para tal operação; ou foi sustado por uma ordem
curitibana de recuo, à vista dos tumultos de protesto logo iniciados em
Congonhas mesmo, em São Bernardo, em São Paulo, no Rio, em Salvador. As
versões variam, mas a convicção e os indícios do propósito frustrado não
se alteram.
O
grau de confiabilidade das informações prestadas a respeito da Operação
Bandeirantes, perdão, operação 24 da Lava Jato, pôde ser constatado já
no decorrer das ações. Nesse mesmo tempo, uma entrevista coletiva
reunia, alegadamente para explicar os fatos, o procurador Carlos Eduardo
dos Santos Lima e o delegado Igor de Paula, além de outros. (Operação
Bandeirantes, ora veja, de onde me veio esta lembrança extemporânea da
ditadura?)
Uma
pergunta era inevitável. Quando os policiais chegaram à casa de Lula às
6h, repórteres já os esperavam. Quando chegaram com Lula ao aeroporto,
repórteres os antecederam. "Houve vazamento?" O procurador, sempre
prestativo para dizer qualquer coisa, fez uma confirmação enfática:
"Vamos investigar esse vazamento agora!". Acreditamos, sim. E até
colaboramos: só a cúpula da Lava Jato sabia dos dois destinos, logo,
como sabe também o procurador, foi dali que saiu a informação –pela qual
os jornalistas agradecem. Saiu dali como todas as outras, para exibição
posterior do show de humilhações. E por isso, como os outros, mais esse
vazamento não será apurado, porque é feito com origem conhecida e
finalidade desejada pela Lava Jato.
A
informação de que Lula dava um depoimento, naquela mesma hora, foi
intercalada por uma contribuição, veloz e não pedida, do delegado Igor
Romário de Paula: "Espontâneo!". Não era verdade e o delegado sabia. Mas
não resistiu.
Figura
inabalável, este expoente policial da Lava Jato. Difundiu insultos a
Lula e a Dilma pelas redes de internet, durante a campanha eleitoral.
Nada aconteceu. Dedicou-se a exaltar Aécio, também pela rede. Nada lhe
aconteceu. Foi um dos envolvidos quando Alberto Youssef, já prisioneiro
da Lava Jato, descobriu um gravador clandestino em sua cela na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Nada aconteceu, embora
todos os policiais ali lotados devessem ser afastados de lá. E os
envolvidos, afastados da própria PF.
Se descobrir por que a inoportuna lembrança do nome Operação Bandeirantes, e for útil, digo mais tarde.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito um diagnóstico
positivo sobre o impacto da ação da Operação Lava Jato que o levou para
prestar depoimento de forma coercitiva. A pessoas de sua confiança, ele
tem dito que o PT e o governo mais ganharam do que perderam com o
episódio.
"A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem,
viro mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo", disse
Lula a mais de um interlocutor. Conforme o jornal "O Estado de S. Paulo"
apurou, o ex-presidente mostrou-se confiante em resgatar a imagem do
partido.
Lula chegou nesta terça-feira (8) à tarde a Brasília para reunir-se
com a presidente Dilma Rousseff pela segunda vez em quatro dias. Nesta
quarta pela manhã, o ex-presidente participa de encontro com o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem sido
pressionado por alguns colegas a aderir ao impeachment.
No Congresso, a avaliação é que a ação da Lava Jato causou um efeito
positivo para Lula em vários aspectos. "O episódio unificou o PT e tirou
o partido da paralisia. Atualmente, não há clima mais para falar em
disputa entre correntes internas", disse o deputado Paulo Teixeira
(PT-SP). Para ele, a forma como ocorreu a condução coercitiva de Lula
também sensibilizou os movimentos sociais. "Até para quem não vota no
Lula de jeito nenhum foi transmitida uma sensação de que houve abuso por
parte da Lava Jato."
Os advogados do ex-presidente recorreram da decisão da ministra do
Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, que negou pedido de liminar para
que a Corte suspendesse a 24ª fase da Operação Lava Jato e decidisse
qual órgão deve ser responsável pelas investigações contra o petista. As
informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
O PSD Pernambuco que,
no Estado, é presidido pelo deputado federal André de Paula, na noite
desta terça-feira, 8, teve a alegria de filiar os vereadores do Recife,
Gilberto Alves e Eri, dois nomes de peso que passam a formar a bancada
do PSD na Câmara Municipal. O ato, realizado pela Executiva estadual,
filiou também 64 pré-candidatos a vereador e contou com a presença do
prefeito Geraldo Júlio; do vice, Luciano Siqueira; do presidente
estadual do PSB, Sileno Guedes; do secretário municipal de Relações
Institucionais, Fred Oliveira; do deputado estadual do PSB, Aluísio
Lessa; do prefeito de Cumaru, Eduardinho Tabosa, e de lideranças
políticas da capital e interior do Estado. Também contou com a presença
dos deputados estaduais da bancada pessedista, Joaquim Lira, Rodrigo
Novaes (ambos vice-presidentes do PSD), Romário Dias e Álvaro Porto.
O Fundo Estadual dos Municípios (FEM) -
versão 2015 – apresentou uma importante novidade em relação às duas edições
anteriores: a criação do FEM Mulher. A
iniciativa obriga que os municípios invistam pelo menos 5% do valor repassado pelo
Fundo em políticas públicas voltadas para as mulheres. Até o início de março
deste ano, 56 planos de trabalhos ligados ao FEM Mulher já haviam sido
apresentados à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
Flávio Figueiredo, secretário executivo
de Apoio aos Municípios da Seplag, ressalta que, além de garantir recursos para
investir em políticas públicas voltadas para as mulheres, o FEM Mulher propicia
uma melhor estruturação dos municípios nesta área. “Cada cidade precisa ter uma
estrutura própria de políticas públicas para mulheres já estabelecida, seja uma
secretaria, coordenadoria ou assessoria. A Secretaria Estadual da Mulher é que
valida esta estrutura”, explicou Flávio.
Os 56 planos de trabalho estão sendo analisados
pela Secretaria da Mulher, alguns já se encontram aprovados e outros estão em
processo de análise. Caso estes planos já apresentados sejam aprovados, serão R$
3.686.566,57 garantidos para obras voltadas para política pública das mulheres.
Andrea Chaves, gerente geral do FEM,
ressalta que estes valores, assim como o quantitativo de planos de trabalho, vão
crescer, já que o prazo para entrega dos planos pelos municípios ainda se
encontra em aberto. “Lembrando que o percentual mínimo é de 5% do valor
repassado pelo Fundo, mas nada impede que os municípios solicitem percentuais
maiores”, destacou Andrea.
Entre os planos já aprovados, está o da cidade de Cedro,
no Sertão Central do Estado. No município, o FEM Mulher vai permitir a reforma
e ampliação do prédio da sede da coordenadoria da mulher. De acordo com Andrea,
no caso de Cedro, já foi autorizado o início das obras. Entre as regiões de desenvolvimento
do Estado, a que mais se destacou neste primeiro momento foi a da Mata Norte,
que já enviou 17 planos de trabalho.
Na manhã
desta terça-feira (08), o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) recebeu em seu
gabinete representantes da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados
(APAC), sediada em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana. No
encontro, foram discutidas as formas de ampliar a atuação da entidade, levando
para outros municípios do estado os serviços de atendimento e assessoramento a
presos condenados e auxiliando os poderes judiciário e executivo na questões relativas à Lei de Execuções Penais.
“O trabalho
da APAC é de total importância. Todos que estão em conflito com a Lei têm
direito a uma recuperação e assim que o infrator estiver recuperado, a
sociedade estará protegida de novo”, afirmou o parlamentar. Lucas Ramos ainda
destacou o método usado pela associação no processo de ressocialização do
condenado. “A metodologia da associação valoriza o cidadão e o coloca
como parte do meio, mostrando que ele tem apoio e não está só. Essa atitude é
essencial para a melhoria dele”, salientou.
A APAC é referência
na ressocialização de condenados, atuando em todo o país e internacionalmente. No
processo de instalação de suas unidades, são realizados seminários que
estimulam o interesse da população, mostrando que ela é parte do processo de
recuperação dos condenados e pode contribuir prestando serviços voluntários na educação,
saúde, religião e na área jurídica. Atualmente são 100 unidades espalhadas em
todo território nacional já em funcionamento ou em processo de implantação. A
APAC também atua em países como Alemanha, Inglaterra, Chile, El Salvador,
México e Nova Zelândia.
O governador Paulo Câmara decretou hoje (09.03) luto de três dias pela morte do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos.
Paulo fala da importância do percussionista
“Pernambuco
acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná
Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos
brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os
continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão
inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias.
Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”.
A capa da Istoé com a delação de Delcídio do Amaral, que durou menos
de sete dias, explicita a existência de dois tipos de seletividade: o
vazamento e a edição do vazamento.
Segundo a Folha e o Globo, Delcídio não entregou apenas Lula e Dilma,
como afirmou a revista em sua versão da capa da Veja dos anos 90
(“Pedro Collor Conta Tudo”).
Delcídio citou também Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá,
Valdir Raupp e Aécio Neves. Um jornalista da casa contou ao DCM que
Michel Temer também teria sido mencionado.
Não é a primeira vez que Aécio aparece na Lava Jato. Já falaram dele o
doleiro Yousseff e o operador Carlos Alexandre Rocha, o Ceará. Aécio
não está sendo investigado.
A escolha da Istoé para receber a delação surpreendeu quem achava que
ela ainda existia. Um funcionário afirma que a editora Três “não tem
dinheiro para mandar repórter para Curitiba de ônibus”.
Segundo Janio de Freitas, isso ocorreu porque a Veja e a Época, “na
corrida para ver qual acusa e denuncia mais, costumam antecipar na
internet os seus bombardeios. A Lava Jato desejava que a alegada delação
de Delcídio só fosse divulgada na quinta-feira, véspera das ações
planejadas. A primeira etapa funcionou sem falhas, até para ‘IstoÉ’
lembrar-se de si mesma.”
No dia seguinte à chegada da publicação às bancas, policiais federais
estavam na casa de Lula cumprindo um mandado de condução coercitiva. O
impeachment ressuscitou.
Um email do dono da Editora Três, Caco Alzugaray, cumprimentando sua
equipe, é revelador em sua candura: “Hoje, como em algum dos primeiros
dias de julho de 1992, quando trouxemos o Eriberto França na capa da
IstoÉ e jogamos a pá de cal sobre o governo Collor, foi um dia histórico
pro Brasil, pra Três, pra IstoÉ, pra todos nós”, escreveu.
“Nossos dias, como os da grande maioria dos trabalhadores do Brasil
atual, não estão nada fáceis. Mas é assim, fazendo a nossa parte (e
muito bem feita como vcs estão fazendo!) é que vamos colaborar para
virarmos o jogo! De novo, no Brasil e na Três!”
Caco é amigo de Aécio. A semanal fazia uma cobertura acrítica do
governo petista até o mineiro entrar na disputa para a presidência.
Obviamente que a amizade conta só uma parte da história.
O tucano faz parte do rol dos “brothers”, como são chamados os
intocáveis da empresa. Entram nessa lista Marcelo Odebrecht, Michel
Temer, entre outros. Em entrevista ao Portal Imprensa,
a autora do furo de Delcídio, Débora Bergamasco, afirmou: “Não vi
contestações sobre a matéria, nenhuma vírgula”. Bem, precisa
olhar direito.
O caso Istoé é o ápice (por enquanto) da indústria de vazamentos de
Sergio Moro. Ele mesmo se declarou favorável a esse expediente em seu
ensaio sobre a Mãos Limpas, falando da vantagem de contar com “jornais e
revistas simpatizante”.
O que isso tem a ver com justiça? Nada. O colunista do Estadão
Eugênio Bucci, conhecido pelo estranho hábito de vestir camisas
abotoadas no colarinho sem gravata, tentou recentemente glorificar essa
prática.
“Até podemos chamar de ‘vazamento’ a informação sigilosa que desliza,
por algum motivo, para fora do âmbito de controle do poder, mas não
podemos chamar de ‘vazamento’ uma reportagem, mesmo que, para a
realização dessa reportagem, possa ter sido usado o conteúdo informativo
de um ‘vazamento’. O nome de reportagem é reportagem. Chamá-la de
vazamento é injuriá-la. Reportagem é fruto do trabalho de repórteres.”
Essa bobajada vergonhosa é desmentida, entre outras coisas, pelo
raquitismo das redações. Estamos diante de outro fenômeno jornalístico: a
publicação de documentos sem qualquer checagem, de fonte suspeita, para
coincidir com um cronograma policial, cujo único trabalho de edição é
dar um jeito de tirar os “brothers” da parada.
247 – O momento
enfrentado pelo grupo Globo, da família Marinho, é delicado. No fim de
semana, centenas de pessoas protestaram diante da sede da emissora no
Rio de Janeiro. Pouco depois, um grupo invadiu um triplex em Paraty
(RJ), cuja propriedade é atribuída aos Marinho, que negam serem donos da
casa. Ontem, integrantes do MST invadiram a sede da afiliada da Globo
em Goiânia, o que mereceu notas de repúdio de entidades ligadas ao
jornalismo (saiba mais aqui).
Por trás do cerco à Globo, está a
percepção de que a emissora dos Marinho hoje atua, assim como em 1964,
com o propósito claro de fragilizar a democracia brasileira. E o
problema é que a Globo, com seu noticiário enviesado, de fato alimenta
essa percepção.
Na sexta-feira passada, por exemplo,
quando a Globo decidiu entrar de cabeça na história da suposta delação
de Delcídio Amaral (PT-MS) – não homologada pela Justiça e negada pelo
próprio "suposto delator" –, o jornal O Globo chegou às bancas e casas
de seus assinantes com uma manchete triunfante e definitiva: "Delação de
Delcídio põe Dilma no centro da Lava-Jato".
Hoje, quando se sabe que o senador
Aécio Neves está na mesma hipotética delação, por seu suposto
envolvimento nada republicano numa CPI, o Globo esconde a notícia no pé
da primeira página e nem cita o presidente nacional do PSDB em seu
título.
Na semana passada, após o vazamento
da suposta delação de Delcídio, Aécio convocou uma reunião de emergência
da oposição, decretou pela enésima vez a morte do governo da presidente
Dilma Rousseff e decidiu retomar a pressão pelo impeachment, informando
que anexaria a suposta delação de Delcídio ao pedido inicial, aprovado
por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Coincidência ou não, Aécio passou a
dizer, agora, que a suposta delação de Delcídio só será anexada ao
pedido de impeachment depois de ser homologada – uma vez citado, pode
até ser que o senador passe a trabalhar contra sua homologação.
Por último, mas não menos
importante, na semana passada todos os veículos de comunicação do grupo
Globo relativizavam o fato de o próprio Delcídio ter negado, em nota, o
teor da delação atribuída a ele. Hoje, o Globo publica declaração de um
dos advogados de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto, afirmando que
"documentos falsos estão sendo publicados" e, de novo, negando a
delação.
Ou seja: no mundo da Globo, ela só seria verdadeira, se atingisse apenas o PT e a presidente Dilma. Contra Aécio, vira mentira.
Sumaia Villela – Depois de lutar durante sete meses contra um câncer
de pulmão, o percussionista Naná Vasconcelos não resistiu a uma parada
respiratória e morreu na manhã às 7h39 desta quarta-feira (9), aos 71
anos. O músico pernambucano estava internado no Hospital Unimed, no
Recife, desde o dia 29 de fevereiro.
Ontem, a imprensa local chegou a noticiar que Naná havia deixado a
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição, mas seu estado de
saúde voltou a se complicar.
Naná Vasconcelos descobriu o câncer no ano passado, quando ficou mais
de 20 dias internado para tratamento. Depois, passou por sessões de
quimioterapia e, mesmo com a saúde debilitada, chegou a produzir um
último trabalho com Zeca Baleiro e Paulo Lepetit, o Café no Bule.
Ele não participou das apresentações dessa parceria, mas em fevereiro
conseguiu brincar pela última vez o carnaval pernambucano. Como fazia
há 15 anos, Naná Vasconcelos abriu a folia no Recife, com um grupo de
centenas de percussionistas sob seu comando.
Melhor do mundo
Juvenal de Holanda Vasconcelos, ou Naná Vasconcelos, nasceu no Recife
em 2 de agosto de 1944. O pai, músico, lhe passou o gosto pela arte e o
filho começou cedo. Aos 12 anos já se apresentava em bares e
participava de grupos de maracatu locais.
Aprendeu primeiro a tocar bateria. Depois, berimbau e não parou mais:
ao longo da carreira, uma das características da sua percussão era usar
qualquer objeto que produzisse um som interessante para compor seus
trabalhos.
Naná começou a ser conhecido nacionalmente ao mudar para o Rio de
Janeiro, na década de 1960, e tocar com o mineiro Milton Nascimento e o
também pernambucano Geraldo Azevedo.
Em seguida, sua carreira deslanchou no exterior. Morou nos Estados
Unidos e na França, compôs trilhas sonoras para filmes e recebeu oito
Grammys, um dos maiores prêmios de música do mundo.
Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista
americana Down Beat, Naná Vasconcelos chegou a fazer parcerias com
artistas como B.B. King e Ella Fitzgerald.
Fruto do aprendizado informal da música, sem nunca ter cursado nível
superior, em dezembro de 2015, o artista recebeu o título de doutor
honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
247 -O Instituto Lula, alvo de mandado de busca e
apreensão na 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira
4, denunciou em nota divulgada nesta quarta-feira que "a Polícia Federal
exigiu, sob voz de prisão do técnico de informática, a senha do
administrador das contas de e-mail @institutolula.org, o que não
constava no mandado da justiça, que fazia referência apenas poucas
contas de e-mail específicas".
A PF passou então a ter acesso a todos os emails da instituição, indo
"muito além do mandado original", diz o Instituto. "Mais do que isso.
Ontem foi efetivamente violado o sigilo de cinco contas de e-mail, todas
sem o respaldo legal de um mandato judicial", acrescenta o texto. A
defesa do ex-presidente entrou com uma petição junto ao juiz Sérgio Moro
para "a devolução da senha do administrador para o fim desse abuso de
poder contra o trabalho de uma entidade da sociedade civil brasileira".
Leia abaixo a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA
Lava-Jato sequestra ilegalmente toda a comunicação do Instituto Lula
São Paulo, 9 de março de 2016,
Durante a operação de busca e apreensão no Instituto Lula na última
sexta-feira (4), a Polícia Federal exigiu, sob voz de prisão do técnico
de informática, a senha do administrador das contas de e-mail
@institutolula.org, o que não constava no mandado da justiça, que fazia
referência apenas poucas contas de e-mail específicas.
Com a informação que receberam sem mandato, passaram a ser os únicos a
poder criar e bloquear e-mails, além de terem acesso livre a todas as
contas do Instituto Lula, indo muito além do mandado original expedido
pelo juiz Sérgio Moro.
Mais do que isso. Ontem foi efetivamente violado o sigilo de cinco
contas de e-mail, todas sem o respaldo legal de um mandato judicial.
Trata-se não somente de mais uma violação das regras legais. Trata-se
de uma violência às garantias e direitos fundamentais expressos no
artigo 5º da Constituição Federal, uma salvaguarda civilizatória
defendida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e por todas as
democracias deste planeta.
O Instituto Lula peticionou na terça-feira (8), ao juiz Moro, a
devolução da senha do administrador para o fim desse abuso de poder
contra o trabalho de uma entidade da sociedade civil brasileira.
A apropriação ilegal da senha do administrador dos e-mails do
Instituto (hospedados no Google) permite à Polícia Federal: ler todas as
mensagens de todas as contas do Instituto (inclusive esta e qualquer
comunicação com a imprensa, violando princípio constitucional), apagar
informações, e, como já aconteceu, trocar a senha, impedindo o acesso as
contas pelos seus usuários, bloqueando seu trabalho e contatos.
A senha também permite que eles criem novos (e ilegítimos) e-mails
com o domínio do institutolula.org e que mandem mensagens em nome de
qualquer conta do Instituto. Imagine se um abuso desse fosse cometido
com a sua conta de e-mail pessoal, com a conta de e-mail de uma empresa,
ou de um órgão da imprensa.
O Instituto Lula é uma organização da sociedade civil brasileira sem
fins lucrativos, com contatos e trabalho conjunto com movimentos
sociais, entidades sindicais, organismos internacionais, governos e
ex-mandatários da África, América Latina, Estados Unidos, Europa, Ásia e
Oceania.
Apenas para citar alguns exemplos, temos acordos, parcerias ou
relacionamento com a FAO, a Cepal, com a União Africana, com a União
Europeia, com a Unasul, com as fundações do Partido Socialista Francês e
do Partido Social Democrata Alemão, com o Podemos e o PSOE da Espanha,
com o sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva dos Estados
Unidos (UAW), com o sindicato dos metalúrgicos da Alemanha (IG Metall),
com a Central Sindical da África do Sul (Cosatu), com a Fundação Bill e
Melinda Gates, com a Fundação Clinton etc.
Recebemos visitas de jornalistas, acadêmicos, embaixadores,
lideranças partidárias, chefes e ex-chefes de estado interessados em
conversar sobre o cenário político mundial e a experiência do Brasil no
combate à pobreza com os diretores do Instituto e com o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, uma das personalidades brasileiras mais
conhecidas no exterior.
O sequestro feito pela Polícia Federal de toda a nossa autonomia e
privacidade em comunicações eletrônicas é uma violência contra a
democracia, a liberdade de organização e expressão.
Caso este e-mail de contato com a imprensa seja bloqueado ou qualquer
mensagem não autorizada por nós seja enviada como se fosse um
comunicado do Instituto, retificaremos através do nosso site e de nossos
contatos telefônicos. Aguardamos a decisão que restaure nosso direito a comunicação e ao trabalho, e o respeito as leis e a democracia brasileira.
247 –Um grampo foi encontrado na casa do ex-presidente Lula após operação da PF, segundo o Diário do Centro do Mundo.
De acordo com o post do jornalista Kiko Nogueira, uma das pessoas que
estiveram no apartamento do ex-presidente Lula depois da operação da
Polícia Federal na sexta-feira, dia 4, contou ao DCM que um grampo foi
encontrado no sofá.
“O dispositivo de escuta foi localizado após uma varredura no imóvel —
algo realizado com frequência tanto na casa em São Bernardo do Campo
quanto no Instituto Lula, no bairro do Ipiranga. Não se sabe a
procedência do grampo, quando exatamente ele foi instalado e se é legal —
ou seja, autorizado por um juiz”, diz (leia aqui).
Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC? Não. Esse era o Aécio.
Lula recebia 1/3 da propina de Furnas? Não. Esse é o Aécio também.
O helicóptero com 450 kg de cocaína era do amigo do Lula? Não. Era do amigo do Aécio.
Lula comandava o estado que roubou 1 bilhão do metrô e da CPTM? Não. Esses são o Serra e o Alckmin.
Lula tá envolvido no roubo de 2 bilhões da merenda? Não. É o Alckmin também.
Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef? Não. Esse era o Álvaro Dias.
Lula foi o cara que montou o esquema Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e Delcídio? Não. Esse era o FHC.
Lula nomeou o genro diretor da Petrobras? Não. Foi o FHC também.
Lula é o compadre do banqueiro André Esteves? Não. Esse era o Aécio, de novo.
Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena? Não. Esse é o Serra (aquele que a Lava a Jato apresenta com tarja preta pra imprensa).
Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação? Não. Esse é o Cunha, aliado da oposição.
Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles? Não. Esse também é o Cunha, o homem do impeachment da oposição.
O filho do Lula aparece na revista de milionários Forbes? Não. É a filha do Serra...
Isso é para quem acha que Moro e turma querem combater a corrupção.
Nesta segunda-feira (7), a Associação Juízes para a Democracia
divulgou nota oficial dizendo “não se pode concordar com os shows
midiáticos, promovidos em cumprimentos de ordens de prisão e de condução
coercitiva”.
Embora não cite o nome do ex-presidente Lula, a nota deixa implícito
que se refere ao mandado de condução coerciva para conduzi-lo à prisão,
se necessário, assinado pelo juiz Sérgio Moro e cumprido pela Polícia
Federal na última sexta-feira (4).
A nota diz também que não se pode combater a corrupção desrespeitando
o texto constitucional, acrescentando que “ilegalidade não se combate
com ilegalidade”.
“Em consequência, a defesa do Estado Democrático de Direito não pode
se dar às custas dos direitos e garantias fundamentais”, prossegue a
nota dos magistrados.
Artigo de Marcos Coimbra, extraído da Carta Capital: Eles sabem que no voto não voltam ao poder
A sociedade brasileira precisa decidir o que quer. Se acredita que devemos insistir na democracia ou se considera que não somos um país onde ela é possível. São muitos os paralelismos entre o momento atual e o que antecedeu o golpe de Estado de 1964. Lá, como agora, as velhas classes dominantes, seus representantes e porta-vozes se convenceram de que, na democracia, não conseguiriam continuar impondo seus interesses ao conjunto da sociedade. No jogo eleitoral, perderiam. Mas não tinham força e legitimidade para virar a mesa na marra. Alguém, em seu nome, teria de fazê-lo. O papel dos militares naqueles anos está sendo hoje desempenhado por outra aliança nascida dentro do aparelho de Estado. Seus agentes são juízes, policiais e promotores, imbuídos da mesma convicção da superioridade de propósitos que coronéis e generais compartilhavam. Os militares abandonaram sua função moderadora em 1964, assim como os integrantes dessa nova aliança descartam hoje a função de equilíbrio típica do Judiciário. Os “jovens turcos” togados e seus satélites ignoram as hierarquias e encurralam aqueles que deveriam ser seus superiores. Assemelham-se aos tenentes enraivecidos que invadiram a política no início do século XX, impacientes com a democracia e convencidos de que eram melhores que qualquer um. Essa nova aliança se inspira e é incentivada por instituições ideológicas internacionais, de maneira análoga ao que aconteceu com parte da liderança militar nos anos 1950. Só um tolo suporia que os ensinamentos que receberam nos EUA, assim como os acordos de cooperação que firmaram, eram os melhores para os interesses nacionais. Algo semelhante acontece hoje no treinamento e no estímulo que os integrantes dessa aliança recebem de fora. Na vida social, os pontos de contato entre ontem e agora são muitos. Os que marchavam em defesa da ordem e da propriedade em 1963 e 1964 são tão caricatos e ridículos como seus filhos e netos. Acreditavam em bobagens igualmente toscas e professavam a mesma religiosidade primitiva. O proscênio é parecido: um setor da burocracia rebelado e se achando capaz de reformar o País, um pedaço da sociedade “nas ruas” fazendo coro para reivindicar uma intervenção “saneadora”. Também é igual o ingrediente midiático, uma imprensa dedicada a escandalizar o noticiário e a amplificar as insatisfações. São exatamente os mesmos os órgãos de imprensa que patrocinaram o golpe de 1964 e os que hoje atuam. A estratégia é igual, de amontoar denúncias e atacar no plano pessoal a liderança trabalhista. A elite política conservadora de então tem muito a ensinar a seus sucessores. Os que ficaram na retaguarda, espicaçando os militares, orientando jornais e revistas a incendiar a opinião pública e rindo dos tolos que foram às ruas, mas encorajando-os, se surpreenderam com o tamanho da serpente cujos ovos chocaram. Nada mais exemplar que a trajetória de Carlos Lacerda, de líder maior do golpismo a vítima de banimento da vida política. Tucanos, demistas e associados precisam se lembrar que nada garante que a aliança golpista se limitaria a lhes transferir o poder. Eliminados petistas e trabalhistas, quem asseguraria que seus integrantes voltariam pacificamente à normalidade? Como ter certeza de que a imprensa não os rifaria na hora em que se tornassem alvo? Mas não há apenas semelhanças entre 1964 e hoje. Trinta e tantos anos de democracia fizeram com que aumentasse a proporção de pessoas avessas a aventuras golpistas. O desenvolvimento das últimas décadas e o conjunto de políticas de ampliação da cidadania produziram um povo mais disposto a ser ator e não apenas espectador da vida brasileira. Consolidou-se a primeira liderança popular de expressão nacional. Lula, apesar da incessante campanha para desmoralizá-lo, continua a merecer o respeito e o carinho de uma parcela da sociedade maior que qualquer político jamais teve em nossa história. Atacá-lo é atacar esses milhões de pessoas. Ninguém sabe como reagiriam. Quem não se alinha com o oportunismo de alguns políticos, quem aprendeu que é no respeito à democracia que podemos mais facilmente e melhor resolver nossos problemas, quem acreditou e acredita na capacidade do povo escolher seu caminho sem tutela, precisa refletir a respeito da conjuntura que atravessamos. Deixados soltos, os aventureiros do golpe não se deterão, até porque se acham perfeitos. Há que pará-los
A direção do Instituto Lula abriu suas portas à imprensa para mostrar
o estado da sede após a busca a apreensão realizada pela Polícia
Federal na sexta-feira (4) como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato.
Com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram
apresentados os estragos em diferentes departamentos, como de
Comunicação, África e Finanças. Diretor do instituto, Celso Marcondes
conduziu os jornalistas às salas, entre elas a do presidente da
instituição, Paulo Okamoto.
No segundo andar, a porta do departamento de Administração e Finanças
foi arrombada. Marcondes explicou que a sala da diretoria é a única que
fica trancada, mas que uma das três funcionárias encarregadas de
acompanhar os policiais tinha uma chave. "Bastava pedir" para que
abrisse, afirmou. De acordo com o diretor, 60 agentes participaram da
ação de busca.
Antes da chegada das três funcionárias, os agentes foram recebidos inicialmente por um caseiro.
Foram abertas e reviradas caixas que continham presentes recebidos
por Lula após deixar a presidência. Continham quadros, fotografias e
obras de arte. Ainda de acordo com Marcondes, os todos os HDs foram
levados.
"Moro fez um mal para o país, vai haver um acirramento a partir dessa
decisão dele", declarou o diretor. Ele disse que o instituto foi
fotografado após a ação "para comprovar a truculência" dos policiais.
247-Na semana passada, logo depois que se divulgou uma hipotética delação
do senador Delcídio Amaral, na qual acusaria o ex-presidente Lula e a
presidente Dilma Rousseff de tentar interferir na Lava Jato, a oposição
prometeu anexá-la ao pedido de impeachment que tramita na Câmara; nesta
segunda (7), no entanto, a postura foi mais cautelosa: lideranças da
oposição decidiram que vão aguardar a homologação da suposta delação;
tanto Delcídio quanto o procurador-geral da República Rodrigo Janot
negaram a existência do acordo.
Nos últimos dias vivenciamos mais uma tentativa de golpe das elites brasileiras ao Estado Democrático de Direito, e no fundo um golpe no povo brasileiro. Mas como assim golpe? Não era apenas um procedimento jurídico para apurar a corrupção? Não, não era. Pra desmentir esta farsa jurídica vários ministros, advogadas/os e professores de Direito já emitiram notas, escreveram textos explicando por A + B os excessos cometidos pelo famoso juiz Sérgio Moro. Mas de onde vem tanta força desse juiz? Por que ele tem esse poder de armar um verdadeiro 'circo', com centenas de policiais para criar um clima de guerra, de prisão de líder de grupo terrorista? Até bem pouco tempo atrás não sabíamos quem era Sérgio Moro, mas um setor das elites brasileiras fez direitinho seu trabalho: a mídia! Em especial a rede Globo que dedica algumas horas de sua programação diária para destacar noticias vindo da operação "Lava-jato", plim plim por plim plim, buscando criar um clima de guerra, por que finalmente "descobrimos quem inventou e quem opera a corrupção no país: o PT". Falando assim a gente até parece concordar, afinal nunca se sabe de onde veio e pra onde foi as grandes quantias de dinheiro do povo brasileiro desviado pelas elites desde os tempos do Brasil Império, e agora... sabemos! Esta é a sensação que a 'grande mídia' quer construir na população, e de que o grande responsável pelo combate à corrupção seria o juiz Sérgio Moro, uma espécie de herói, paladino da justiça. Contudo, esse ímpeto do Juiz Moro, só se aplica nos segmentos políticos em que há interesse desconstituir. As suspeitas que envolvem os tucanos, não são dignas de investigação, pelo aparato jurídico-policial, e não são dignas de espetacularização pela mídia. Basta lembrar que Aécio Neves já foi citado em 3 delações diferentes, e qual a repercussão que isso teve?
Nunca é demais nos perguntarmos: quem são os donos da mídia? Quem escolhe o que vai ser transmitido para pelo menos 150 milhões de pessoas ao mesmo tempo? Há anos os movimentos populares vêm denunciando a concentração da mídia nas "mãos" de 9 famílias no Brasil e de como estas famílias interferem no poder político. Uma família em especial atua como o quarto poder: os Marinho. Os comandantes das organizações Globo estiveram junto com os militares na ditadura, acobertando suas atrocidades. Após a redemocratização foram decisivos em todos os pleitos eleitorais, em especial na eleição de 1989, quando promoveram a famosa trapaça no debate entre Lula e Fernando Collor (veja aqui). A Globo sempre atuou no sentido de criminalizar toda forma de protesto e manifestação democrática que ferisse os seus interesses, das jornadas de junho até as ocupações das escolas em São Paulo.
Em síntese, não se trata de imprensa, mas de uma empresa que atua incisivamente na definição dos rumos do nosso país, sempre em favor de seus interesses, e da elite à qual representa. Portanto, o que estamos vendo na cobertura da operação Lava-Jato, não é a transmissão de uma informação, mas a construção de uma narrativa que convença a população de que alguns atores políticos podem ser eliminados, mesmo que isso viole as regras do jogo constitucional.
Independentemente das criticas que possam ser feitas a Lula, e ao projeto que ele representa, inclusive pela incapacidade de avançar na desconstituição do oligopólio da mídia, ao qual hoje o próprio Lula é vítima, não se pode deixar de denunciar que o que está em curso é a constituição de um Estado de exceção. Essa mesma operação jurídica-midiatica que hoje se abate sobre o Lula, poderá ser utilizada para criminalizar todas as expressões progressistas e populares em nosso país. A isso que estamos chamando de golpe.
O grande intelectual e militante Florestan Fernandes nos ensinou que as elites brasileiras nunca foram a favor da democracia, elas tem um sistema de Poder próprio, que exclui a classe trabalhadora de qualquer decisão. A este modo de operar das elites Florestan chamou de 'autocracia burguesa', um sistema que envolve os latifundiários do agronegócio, os banqueiros, os donos de indústria e os donos da mídia. Em momentos de crise de Poder estas elites buscam definir os rumos do país sem se preocupar e nem consultar a população e nem respeitar as instituições da democracia. E para combater esta autocracia burguesa é necessário unificar todo o povo brasileiro, fazer grandes manifestações de rua, organizar-se por território e disputar corações e mentes. Uma boa briga que quebra um desses alicerces do poder da burguesia é: construir nossos próprios meios de comunicação e lutar pela democratização do acesso à comunicação!
Coletivo Nacional de Comunicação do Levante Popular da Juventude
Por Fernando Brito, do Tijolaço - A assessoria de imprensa da Operação Lava Jato – isto é, a Globo e o
Estadão – forneceu ontem, na noite de um pacato domingo, munição para a
continuidade da violação da privacidade de Lula, ao providenciar, na
forma de vazamento oficial, a íntegra do relatório do delegado que
chefiou a perigosíssima missão de "condução coercitiva" do
ex-presidente, em papel timbrado e tudo.
Uma vergonha, porque se trata da narrativa de acontecimentos passados
dentro de uma residência particular e porque revela que houve menos
preocupação em colher o depoimento do ex-presidente do que em criar uma
operação de impacto na mídia, com evidente finalidade
político-propagandístico, e com riscos que beiram a temeridade.
Por ela, porém, fica-se sabendo de muita coisa significativa.
A primeira é de que o ex-presidente não se recusou a prestar depoimento. E no mesmo momento em que recebeu os policiais.
A desculpa de que ali não haveria condições de segurança se a ação fosse conhecida é falsa como uma nota de três reais.
A própria Polícia Federal tomou as providências para que a ação fosse
do conhecimento da imprensa, ao autorizar, na madrugada, o repasse de
informações a seu agente, digo, ao editor da Época, para que a anunciado
de forma cifrada, que ela aconteceria ao amanhecer.
É igualmente prova disso o fato de a Folha de S. Paulo ter mantido,
durante a madrugada, um carro de reportagem diante do prédio onde reside
Lula. É óbvio que esperavam a ação e só haveria uma fonte possível para
dar-lhes essa informação: o conjugado PF/MP.
Era apenas a cobertura necessária a que se alegassem as tais "razões
de segurança", ainda mais porque a rua onde vive o ex-presidente é
facilmente interditável e qualquer pessoa poderia ser mantida à
distância do prédio, que dirá de seu 13º andar.
A segunda informação é a de que o ex-presidente foi levado a uma
instalação militar: o salão de embarque presidencial de Congonhas. E uma
instalação sem segurança alguma onde, aí sim, poderia ter havido um
lamentável confronto e, pior, um confronto envolvendo militares da
Aeronáutica, que fazem a guarda do local.
Explico, porque conheço este salão. É colado à pista lateral da
Avenida Washington Luís, descendo uns 200 metros da entrada do
aeroporto, pela mesma calçada. Trata-se de um salão totalmente
envidraçado – fragilíssimo, portanto – sem portão que lhe vede o acesso:
apenas um pequeno recuo em pista para permitir a parada de automóveis e
uma gradezinha que guarnece o canteiro desta "ilha" de desembarque. 50
pessoas, ali na frente, causariam um tumulto dos diabos, quem sabe até
com apedrejamentos às vidraças.
Quem sabe o confronto com a "turba" que ataca uma instalação militar?
A imagem está aí e, clicando nela, você a verá ampliada e julgará sozinho sua "invulnerabilidade".
Mais provocação: trata-se de uma instalação que, além de não ser
policial, é diretamente vinculada ao serviço presidencial. Não pode ser
ocupada por policiais federais sem ordem de seus responsáveis,
diretamente subordinados à Presidência da República.
Mas a melhor informação, aquela que mais valor político tem, é a de
que Lula não lhes abaixou a cabeça e disse que só algemado seria levado
de sua casa.
É ela que demonstra que o espírito do ex-presidente não está abatido, como se veria horas depois em suas falas.
E só alguém com a cabeça erguida é capaz de fazer o povo levantar a cabeça.
Preparem-se, meus amigos e amigas.
Será uma semana de produção incessante de "escândalos", como o que
faz hoje o Estadão com o fato de um imóvel vizinho ao de Lula ter sido
comprado por um amigo e alugado a ele. Qual é o problema, se o
proprietário confirma que o aluguel lhe é pago por Lula?
Não se publicou ou publicará uma linha sobre o fato de Mirian Dutra,
pessoa que privava de total intimidade de Fernando Henrique Cardoso
dizer que são dele, de fato, os apartamentos em Nova York e o famoso
imóvel da Avenue Foch, em Paris, como revelou o Diário do Centro do
Mundo.
Para a Gestapo, digo, a Polícia Federal só importa Lula, o judeu.
O
governador Paulo Câmara comandou, nesta segunda-feira (07.03), no
Palácio do Campo das Princesas, solenidade em comemoração à Data Magna
de Pernambuco, marcação que enaltece a Revolução de 1817. A celebração
foi instituída em dezembro de 2007, pela Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe), através da Lei nº 13.386, para destacar, em 06 de
março, o movimento que prenunciou a Independência do Brasil. Além de
recuperar recortes da história revolucionária dos brasileiros, o ato
promove o resgate do espírito combativo do povo pernambucano. Após o
hasteamento das bandeiras do Brasil, de Pernambuco e da Insígnia do
Governador, o gestor se reuniu com a Comissão Organizadora do
Bicentenário de 1817, onde foram apresentadas propostas para as
festividades, que ocorrerão em 2017, dos 200 anos do levante estadual.
"No
ano passado, constituímos uma comissão para conduzir os trabalhos dessa
celebração. E, a partir de hoje, nós começamos efetivamente os
preparativos para a comemoração. Falta um ano para a data e a gente quer
fazer uma série de eventos que lembrem o esforço que foi feito por um
Brasil independente, mais igual e que alcance a todos", explicou Paulo,
frisando ainda: "Pernambuco iniciou essa jornada, e temos que comemorar.
Muitas pessoas lutaram por um Estado mais justo e por um Brasil menos
desigual".
Na
reunião com o colegiado, instituído pelo Decreto 41.531/2015, o
governador recebeu um documento contendo sugestões para o evento. Entre
as proposições apresentadas estão a valorização da insurreição no
conteúdo programático da disciplina de História da rede pública
estadual, realização de concurso de redação para o Ensino Médio e
produção acadêmica para nível superior. Além disso, foi sugerida a
criação de um roteiro educativo, com visitas guiadas para estudantes, a
publicação de textos extraídos de acervos locais, a realização de
exposições, a criação da Sinfonia do Bicentenário e a organização de um
seminário nacional em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE) e a
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Além
das atividades culturais e educativas, o grupo propôs a recuperação de
edifícios históricos, a exemplo da sede do Arquivo Público de Público
Estadual, onde foram presos os líderes da revolta. Além do órgão, outros
monumentos ganharão novas placas de identificação. O presidente da
comissão, o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, destacou a
relevância do levante realizado em 1817, pontuando que o movimento teve
um caráter diferente de outros episódios separatistas para a
Independência do Brasil, em 1822. "Os historiadores são unânimes em
afirmar: se o Brasil teve uma revolução, foi a de 1817, onde Pernambuco,
de forma pioneira, deu o seu grito de independência e implantou a sua
república", sublinhou o gestor.
A
comissão é formada por Marcelo Canuto, secretário executivo da Casa
Civil; José Luiz da Mota Menezes e Margarida de Oliveira Cantarelli, do
Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP); os
deputados estaduais Ricardo Costa e Tony Gel; José Barros e Lúcio
Rodrigues, representantes do Ministério da Cultura; Maria Quintas e
Nilzardo Carneiro Leão, da Academia Pernambucana de Letras; Frederico
Farias Neves e Marco Vinícius, do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN); Lêda Alves e Betânia Corrêa, da Prefeitura
do Recife; Lucilo Dourado e Clarice de Melo, da Prefeitura de Olinda; e
Maria Cristina Albuquerque e Paulo Santos, do Comitê Pernambuco 2017.
A
solenidade contou com as presenças do presidente do Tribunal de Justiça
de Pernambuco (TJPE), o desembargador Leopoldo Raposo; do presidente da
Alepe, o deputado estadual Guilherme Uchoa; dos secretários Pedro
Eurico (Justiça e Diretos Humanos), Frederico Amâncio (Educação), César
Caúla (Procuradoria), Alessandro Carvalho (Defesa Social), Ennio Benning
(Imprensa), e Silvia Cordeiro (Mulher); do Defensor Público, Manoel
Jerônimo; e da presidente da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe),
Terezinha Nunes, autora da lei que instituiu a Data Magna. Participaram
ainda o comandante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), coronel
Carlos D´Albuquerque; o chefe da Polícia Civil, o delegado especial
Antônio de Barros; o comandante dos Bombeiros, Manoel Cunha; e o chefe
da Casa Militar, o coronel Eduardo Pereira.
HISTÓRIA –
Liderada por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de
Andrade e Silva e do Frei Caneca, a Revolução Pernambucana de 1817 foi
um levante de caráter emancipacionista, com o objetivo principal de
promover a libertação brasileira da opressão da Corte Portuguesa. Os
revolucionários planejavam implantar um regime republicano no Brasil e
elaboração de uma Constituição. Inspirados pelas ideias iluministas,
instalaram um governo provisório.
Dois
meses após seu estopim, o movimento foi sufocado pelas tropas
portuguesas, que cercaram a cidade do Recife por terra e mar, culminando
com as prisões e as mortes de seus líderes. Mesmo derrotada, a
revolução perpetuou ideias e colaborou com a Independência do Brasil,
proclamada apenas cinco anos depois do levante pernambucano. Em 1917, no
centenário da Data Magna, foi feriado nacional.
"Essa
é uma data muito importante para a população, pois nós estamos dando
continuidade aos preparativos para os 200 anos da revolução de 1817. Nós
temos que manter viva essa data, que marcou Pernambuco como um Estado
de ideias libertárias, e um Estado em favor do Brasil", afirmou o
governador Paulo Câmara. "Nós temos preservar e divulgar a nossa
história para as próximas gerações", completou.