Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo
O
tão esperado depoimento do empreiteiro Ricardo Pessoa, desejado pela
oposição a propósito de alegada doação ilegal à campanha de Dilma
Rousseff, foi cancelado em cima da hora pela Justiça: a delação do
depoente ainda está sob sigilo. Logo, Pessoa não poderia falar ao
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Que
sigilo é esse? Pois se o pedido do PSDB baseou-se exatamente em
afirmação feita por Ricardo Pessoa na delação, e difundida por vazamento
feito pelos condutores da Lava Jato –onde está o sigilo?
No
mesmo dia, o senador Fernando Collor era devastado por causa de outra
delação de Ricardo Pessoa vazada pela Lava Jato, segundo a qual esse
empreiteiro lhe pagou R$ 20 milhões para facilitar-lhe negócios na BR
Distribuidora. A delação só estaria sob sigilo se o sigilo não estivesse
sob farsa.
Em
tempo: Aécio Neves comandou o pedido à Justiça Eleitoral, para
pretendida cassação do mandato de Dilma, esquecido de que também recebeu
do mesmo dinheiro do mesmo Ricardo Pessoa.
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