O
senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) afirmou que a operação de que
cumpriu mandados de busca e apreensão em suas empresas em Alagoas e em
suas residências em Maceió e Brasília, hoje, foi " invasiva e
arbitrária" e busca constrangê-lo.
"A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa
operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida
invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que
os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a
investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o
ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos",
disse, em nota publicada no final da manhã.
O senador diz que, por duas vezes se colocou à disposição para ser
ouvido pela PF, "sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado
na véspera." "Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o
destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso,
intimidar futuras testemunhas."
Por fim, o senador assegura que a medida "invasiva traduz os tempos em
que vivemos, em que o Estado Policial procura se impor ao menoscabo das
garantias individuais seja do ex-Presidente, do Senador da República, ou
do simples cidadão."
"Se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se
dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado?", finalizou.
O senador e ex-presidente da República foi citado na lista de pedidos de
abertura de inquéritos entregue pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-presidente foi
citado na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff como um dos
beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Ele também foi
citado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em seu depoimento à Justiça. O
empreiteiro afirma ter pago R$ 20 milhões a Collor entre 2010 e 2012 em
troca da influência do senador em negócios com a BR Distribuidora.(Do blog de magno martins)
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