247 – O senador Roberto Requião (PMDB-PR) coloca a
"renúncia" como uma das poucas saídas a um governador que "bate em
professor, rouba dinheiro público e desgoverna o estado", em referência a
Beto Richa (PSDB), do Paraná. "Se confirmada a renúncia de Richa
parabenizo e me coloco a disposição de Cida Borghetti aqui no senado.
Muito bom!", publicou Roberto Requião em sua página no Twitter, em
referência à vice-governadora do Paraná, do PROS.
O pedido é feito após a denúncia de que Beto Richa usou R$ 2 milhões
oriundos de propina da Receita Estadual em sua campanha à reeleição, no
ano passado. Requião cobra a base de Richa para que explique "a grana
desviada" amanhã na Assembleia Legislativa. O filho de Requião, o
deputado estadual Requião Filho (PMDB), informou ao Blog do Esmael
neste domingo 17 que irá ingressar com uma representação na
Procuradoria Eleitoral contra o governador do Paraná por fraude na
prestação de contas de campanha.
A denúncia veio à tona com o depoimento do auditor fiscal Luis
Antonio de Souza, por meio de delação premiada na Operação Publicada,
realizada pelo Gaeco de Londrina. O esquema consistia em sonegar
impostos de grandes devedores em troca de propina. Segundo Souza, o
ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita, Márcio Albuquerque de
Lima, que esteve preso até quinta-feira 14 e é apontado como o chefe da
quadrilha, era quem ordenava os desvios que irrigavam o caixa de
campanha do tucano.
Albuquerque de Lima operava as propinas na Receita mancomunado com o
lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador, que também esteve preso em
março por fraude em licitação no governo do estado. O ex-inspetor-geral
era companheiro de Beto Richa nas corridas de 500 Milhas, em Londrina.
Em vídeo publicado ontem, o tucano negou as acusações, e acrescentou que
elas não valem, pois são feitas, "sem provas", por um "criminoso, réu
confesso" (veja aqui).
Na terça-feira 19, a expectativa é que cerca de 30 mil pessoas
marchem nas ruas de Curitiba pedindo "Fora Beto Richa, impeachment já!".
Servidores estaduais de vinte categorias se solidarizaram com os
professores – vítimas de um massacre da Polícia Militar no dia 29 de
abril, enquanto protestavam contra a mudança no Paranaprevidência – e prometem greve geral no Estado.
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