O
líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou, hoje, em discurso na
tribuna do plenário, a postura cínica com que a oposição, especialmente o
PSDB, trata os seus próprios escândalos e como ataca o PT e o Governo
da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, a corrupção tucana, evidenciada em casos como o da
compra da emenda da reeleição de FHC, do cartel do metrô de São Paulo,
do mensalão mineiro e, agora, das denúncias contra o governador do
Paraná, Beto Richa, são varridos para debaixo do tapete.
“No PSDB, pau que dá em Chico não dá em Francisco. Assim como
silenciou para todos esses casos, o PSDB também faz vista grossa ao
governador do Paraná, responsável pelo espancamento de professores da
rede pública”, declarou.
Humberto afirmou que o PSDB segue vocacionado no que tem de mais
habilidade: engavetar os casos que lhe são incômodos. “A capacidade de
autocrítica do PSDB está no nível do volume morto do Cantareira. Não se
ouve uma única palavra do partido ou de seus líderes sobre o tema.
Ninguém no PSDB fala, por exemplo, de impeachment de Beto Richa, da
mesma forma entusiasmada como alguns tucanos chegaram a tratar quando o
alvo era a presidenta Dilma”, ressaltou.
Richa é acusado por um auditor fiscal, em delação premiada, de ter
recebido R$ 2 milhões para a sua campanha à reeleição no ano passado. O
dinheiro seria oriundo de uma máfia de auditores criminosos que cobravam
propinas de empresários em troca da redução e até da anulação de
calotes tributários. O esquema é investigado pelo Ministério Público do
Paraná.
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