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domingo, 17 de maio de 2015

Requião pede renúncia de Richa após caso de propina

247 – O senador Roberto Requião (PMDB-PR) coloca a "renúncia" como uma das poucas saídas a um governador que "bate em professor, rouba dinheiro público e desgoverna o estado", em referência a Beto Richa (PSDB), do Paraná. "Se confirmada a renúncia de Richa parabenizo e me coloco a disposição de Cida Borghetti aqui no senado. Muito bom!", publicou Roberto Requião em sua página no Twitter, em referência à vice-governadora do Paraná, do PROS.
O pedido é feito após a denúncia de que Beto Richa usou R$ 2 milhões oriundos de propina da Receita Estadual em sua campanha à reeleição, no ano passado. Requião cobra a base de Richa para que explique "a grana desviada" amanhã na Assembleia Legislativa. O filho de Requião, o deputado estadual Requião Filho (PMDB), informou ao Blog do Esmael neste domingo 17 que irá ingressar com uma representação na Procuradoria Eleitoral contra o governador do Paraná por fraude na prestação de contas de campanha.
A denúncia veio à tona com o depoimento do auditor fiscal Luis Antonio de Souza, por meio de delação premiada na Operação Publicada, realizada pelo Gaeco de Londrina. O esquema consistia em sonegar impostos de grandes devedores em troca de propina. Segundo Souza, o ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita, Márcio Albuquerque de Lima, que esteve preso até quinta-feira 14 e é apontado como o chefe da quadrilha, era quem ordenava os desvios que irrigavam o caixa de campanha do tucano.
Albuquerque de Lima operava as propinas na Receita mancomunado com o lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador, que também esteve preso em março por fraude em licitação no governo do estado. O ex-inspetor-geral era companheiro de Beto Richa nas corridas de 500 Milhas, em Londrina. Em vídeo publicado ontem, o tucano negou as acusações, e acrescentou que elas não valem, pois são feitas, "sem provas", por um "criminoso, réu confesso" (veja aqui).

Na terça-feira 19, a expectativa é que cerca de 30 mil pessoas marchem nas ruas de Curitiba pedindo "Fora Beto Richa, impeachment já!". Servidores estaduais de vinte categorias se solidarizaram com os professores – vítimas de um massacre da Polícia Militar no dia 29 de abril, enquanto protestavam contra a mudança no Paranaprevidência – e prometem greve geral no Estado.

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