Sem
respaldo legal e apoio político para um pedido de impeachment, os
partidos de oposição seguiram o PSDB e anunciaram nesta quinta-feira
(21) a decisão de pedir a abertura de uma ação penal contra a presidente
Dilma Rousseff. Os tucanos desistiram de
bancar pedido de impeachment ao receber parecer sobre sua viabilidade
jurídica, encomendado pelo partido ao jurista Miguel Reale Júnior.
Reunidos no gabinete do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves
(MG), os líderes oposicionistas decidiram levar, na terça-feira (26), o
pedido de abertura de investigação à Procuradoria-Geral da República. O
argumento é que Dilma cometeu, em seu primeiro mandato, crime comum com a
prática das chamadas "pedaladas": manobras fiscais com o uso dos bancos
oficiais.
Para não reconhecer o recuo, os oposicionistas alegam que, se
aprovada, a investigação poderá levar ao impeachment. Mas admitem que o
processo é bem mais longo. O pedido tem que ser aceito pela PGR – o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, porém, já se manifestou
sobre a impossibilidade da petista ser processada por crime cometido
antes do atual mandato – e submetido ao Supremo Tribunal Federal.
(Folha de S.Paulo)
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