247 - O Primeiro de
Maio de 2015 tem um símbolo: a sindicalista cearense Graça Costa, que é
a principal especialista da Central Única dos Trabalhadores no tema da
terceirização (confira aqui sua página no Facebook).
Nos últimos dias, Graça teve ampla
atividade em Brasília. Sua luta foi decisiva para a tomada de posição
dos trabalhadores e também para a mudança de percepção da sociedade e
dos parlamentares em relação ao tema.
Logo após a primeira votação sobre a
terceirização, em que o rolo compressor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
garantiu uma aprovação em regime de urgência do projeto de lei 4.330,
Graça participou de uma audiência no Congresso.
No principal momento, ela desafiou os parlamentares ali presentes, como se pode ver neste vídeo. "Podem
votar, nós temos fotos de todos vocês e sabemos onde cada um de vocês
foi votado; vamos espalhar em todos os postes das suas bases eleitorais
para desgastar você que é contra o trabalhador e a trabalhadora", disse
ela.
Graça também deu um recado a Cunha.
"Respeite a história da CUT. Respeite a história da classe
trabalhadora", afirmou. "O Eduardo Cunha tá se comportando como um
ditador. A Câmara não é bodega do Cunha".
Coincidência ou não, entre a
primeira votação e a segunda, o número de apoiadores na Câmara caiu de
324 para 230. "Viramos 94 votos", disse ela ao 247.
Depois disso, Graça participou de
uma audiência com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), em que obteve o compromisso de uma tramitação no Senado com
amplo debate. "Graça é uma lutadora e os trabalhadores serão ouvidos em
todas as comissões", disse Renan ao 247.
Depois, foi a vez da presidente
Dilma Rousseff, que se posicionou contra a terceirização das chamadas
"atividades-fim" nas empresas.
Por essas e outras, Graça Costa é o símbolo deste Primeiro de Maio.
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