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sexta-feira, 1 de maio de 2015

A sindicalista que virou o jogo da terceirização

247 - O Primeiro de Maio de 2015 tem um símbolo: a sindicalista cearense Graça Costa, que é a principal especialista da Central Única dos Trabalhadores no tema da terceirização (confira aqui sua página no Facebook).
Nos últimos dias, Graça teve ampla atividade em Brasília. Sua luta foi decisiva para a tomada de posição dos trabalhadores e também para a mudança de percepção da sociedade e dos parlamentares em relação ao tema.
Logo após a primeira votação sobre a terceirização, em que o rolo compressor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) garantiu uma aprovação em regime de urgência do projeto de lei 4.330, Graça participou de uma audiência no Congresso.
No principal momento, ela desafiou os parlamentares ali presentes, como se pode ver neste vídeo. "Podem votar, nós temos fotos de todos vocês e sabemos onde cada um de vocês foi votado; vamos espalhar em todos os postes das suas bases eleitorais para desgastar você que é contra o trabalhador e a trabalhadora", disse ela.
Graça também deu um recado a Cunha. "Respeite a história da CUT. Respeite a história da classe trabalhadora", afirmou. "O Eduardo Cunha tá se comportando como um ditador. A Câmara não é bodega do Cunha".
Coincidência ou não, entre a primeira votação e a segunda, o número de apoiadores na Câmara caiu de 324 para 230. "Viramos 94 votos", disse ela ao 247.
Depois disso, Graça participou de uma audiência com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em que obteve o compromisso de uma tramitação no Senado com amplo debate. "Graça é uma lutadora e os trabalhadores serão ouvidos em todas as comissões", disse Renan ao 247.
Depois, foi a vez da presidente Dilma Rousseff, que se posicionou contra a terceirização das chamadas "atividades-fim" nas empresas.
Por essas e outras, Graça Costa é o símbolo deste Primeiro de Maio.

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