O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira que a qualidade
do atendimento melhorou para 85% dos entrevistados em uma pesquisa sobre
o programa Mais Médicos. Ao todo, 87% também disseram que a atenção do
médico durante a consulta melhorou, e 82% apontaram que as consultas
passaram a resolver de uma forma melhor os seus problemas de saúde. No
geral, a população deu nota 9 ao programa. Os gestores municipais
cravaram 8,7, enquanto os médicos deram 9,1.
A pesquisa ouviu 14 mil pessoas entre novembro e dezembro de 2014 em
699 municípios e foi feita pela Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas
(Ipespe). Os números tinham sido apresentados na semana passada durante a
Convenção Internacional de Saúde Pública – Cuba Salud 2015. O evento,
realizado em Cuba, país do qual vem a maior parte dos médicos do
programa, contou com a participação do ministro da Saúde, Arthur Chioso.
A pesquisa também quis saber as principais melhorias trazidas pelo
programa. Em resposta espontânea, quando não são dadas opções para o
entrevistado, 41% citaram o aumento do número de consultas, 35% o fato
de os médicos estarem mais atenciosos, e 8% o tempo maior das consultas.
Também em resposta espontânea, 60% destacaram a presença constante do
médico no local como o maior ponto positivo do programa, seguido pela
melhoria no acesso às consultas (46%).
Entre os desafios do programa, 63% citaram, também em resposta
espontânea, a falta de especialistas, enquanto 45% destacaram a demora
para conseguir exames. Durante a campanha do ano passado, a presidente
Dilma Rousseff, que tentava a reeleição, prometeu o Mais Especialidades
para aumentar o número de especialistas na rede pública. Não há previsão
ainda de quando o programa será lançado. O Mais Médicos cuida apenas da
atenção básica.
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