Folha de S.Paulo – Gustavo Uribe e Valdo Cruz
Com
a indicação do ministro Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal
Federal, o presidente Michel Temer considera entregar o comando do
Ministério da Justiça a um nome indicado pelo PMDB ou pelo PSDB. As
siglas pressionaram Temer a escolher alguém com "trânsito político" para
a corte.
Com
a queixa de que o partido ocupa um espaço subdimensionado na Esplanada
dos Ministério, o PMDB cobra do presidente o controle da pasta como uma
contrapartida por ter entregue ao PSDB a Secretaria de Governo, antes
sob o controle do peemedebista Geddel Vieira Lima.
Na semana passada, o Palácio do Planalto anunciou a nomeação do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para o cargo.
Hoje,
o PMDB tem apenas uma pasta a mais que o PSDB na Esplanada, o que tem
sido citado por congressistas da legenda como uma espécie de
desprestígio do presidente com sua própria sigla.
Para
contemplar o partido, o presidente avalia convidar o ex-ministro Nelson
Jobim, que é filiado ao PMDB e ocupou o mesmo cargo no governo de
Fernando Henrique Cardoso. Em maio, quando assumiu o Planalto, Temer
chegou a cotá-lo para a Esplanada, o que não concretizou.
Em
uma disputa com o PMDB, o PSDB tem defendido manter o controle da pasta
e sugeriu ao presidente a indicação do senador tucano Antonio Anastasia
(MG).
O inquérito do qual o senador mineiro era alvo na Operação Lava Jato foi arquivado por indícios insuficientes.
Sob
pressão dos dois partidos, o presidente tem sido aconselhado, no
entanto, por assessores e auxiliares a não indicar um nome com
vinculação política, evitando a crítica de que a escolha tem como
objetivo interferir no trabalho da Polícia Federal.
Com esse objetivo, o peemedebista também considera os nomes dos ex-ministros do Supremo Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie.
Os
dois são considerados conselheiros informais do presidente em questões
jurídicas e foram sondados para cargos na Esplanada em maio, mas
Continue lendo: PSDB e PMDB disputam cargo vago no comando do Ministério da ...
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