quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Jucá já fala em dissolver diretório estadual do PMDB

O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse, há pouco, ao blog, que o comando do partido, em Pernambuco, está entregue ao senador Fernando Bezerra Coelho, filiado hoje à legenda, num ato que contou com as principais lideranças do diretório Nacional.
Perguntado sobre a resistência do diretório do PMDB Estadual, que distribuiu com a imprensa uma nota reafirmando o apoio à reeleição de Paulo Câmara, Jucá disse que o caminho do PMDB não será aliado ao PSB de Pernambuco, mas com candidatura própria, citando, nominalmente, o nome do próprio Fernando para concorrer ao Palácio do Campo das Princesas.
Perguntado também sobre a resistência do Diretório Estadual, que tende a judicializar o processo para manter Jarbas com o controle do partido no Estado, Jucá explicou que a direção Nacional quer construir, com o próprio Jarbas e o seu grupo, um diálogo em torno da unidade, com a candidatura própria a governador e ele (Jarbas) candidato a senador. “Não estamos pensando em intervenção no diretório de Pernambuco, mas se Fernando não assumir o comando pelo diálogo, o nosso caminho será pela dissolução do diretório”, afirmou.
Juca adiantou que já existe, inclusive, um pedido formal para dissolver o atual diretório do PMDB pernambucano.(Do blog de Magno Martins)

Com filiação de FBC, começa a debandada do PSB


Blog da Folha

O senador Fernando Bezerra Coelho (PE) deu início, hoje, a uma debandada de parlamentares do PSB para outros partidos.
Ele filou-se, nesta manhã, ao PMDB, sigla que receberá também seus dois filhos que atuam na política, ambos no PSB: o ministro Fernando Bezerra Coelho Filho (Minas e Energia) e Miguel Coelho, prefeito de Petrolina (PE).
Como é deputado federal, Fernando Filho terá que esperar a janela para troca partidária, prevista para março do ano que vem, mas que pode ser antecipada para outubro deste ano, caso uma alteração seja aprovada no Congresso no âmbito da reforma política.
Já a filiação de Miguel está prevista para o próximo dia 25, em um ato em Pernambuco.
Bezerra Coelho negociava sua saída do PSB também com o DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e de seu conterrâneo Mendonça Filho (DEM), ministro da Educação.
"Fizemos avaliação sobre melhor opção dentro do quadro de Pernambuco, que é onde a gente faz política, e, conversando com outras forças como DEM, PTB, PSDB, chegamos à conclusão que o melhor passo seria o meu retorno do PMDB, partido que militei por mais de 11 anos", disse o senador.
Para decidir pelo PMDB, Bezerra recebeu do presidente nacional da legenda, senador Romero Jucá (RR), duas promessas: ele terá o comando da legenda em Pernambuco e Fernando Filho poderá disputar o governo do Estado.
"Queremos ter um grupo de governadores que dê consistência ao partido para, em 2022, o partido disputar a eleição presidencial”, disse Romero Jucá.
Já o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirma que o PMDB deve construir uma candidatura presidencial já em 2018. "O partido tem a maior estrutura político-partidária de todos os partidos, portanto o PMDB em tese é aquele que tem mais condições de lançar um candidato a presidente", afirmou.
Padilha diz que o partido deve buscar quadros para essa disputa até o início do ano que vem. "Nós temos que ver essa questão de nomes... Olhe o que aconteceu na França, olhe o que aconteceu nos Estados Unidos. Normalmente, isso não vem de nomes tradicionais."
Hoje, o PMDB ocupa a vice do governador Paulo Câmara (PE) e é comandado no Estado pelo grupo do deputado Jarbas Vasconcelos.
Jucá terá uma conversa com Jarbas logo após o feriado de Sete de Setembro para tentar diminuir a resistência do deputado pernambucano.
"Pedi para ele paciência para dialogar com os que vêm e para dialogar com os que estão", disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), numa alusão velada à crise instalada na seção pernambucana do partido.
Uma aliança está sendo costurada em Pernambuco com partidos como PSDB, PTB e até com o preterido DEM.
No ato de filiação de Bezerra Coelho ao PMDB, estiveram presentes o ministro tucano Bruno Araújo (Cidades) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB-BE), que era aliado do PT no Estado.

Contagem termina e propina atribuída a Geddel soma R$ 51 milhões



Bahia 247 – Braço direito de Michel Temer e responsável por todas as nomeações do governo que chegou ao poder no golpe de 2016, o ex-ministro Geddel Vieira Lima poderá se converter no maior corrupto já fisgado em investigações anticorrupção na história do Brasil – e talvez num recordista mundial.

Terminada a contagem da propina escondida num endereço atribuído ao político baiano, o valor atinge inacreditáveis R$ 51.030.866,40.

"O dinheiro foi encontrado durante uma operação da PF deflagrada na manhã desta terça-feira que apreendeu milhares de reais em espécie. As imagens divulgadas pela assessoria da PF são impressionantes: foram recolhidas ao menos nove malas e sete caixas de papelão lotadas de notas de 100 e 50 reais. A montanha de dinheiro encheu ao menos dois porta-malas de camionetes usadas no cumprimento do mandado judicial", informa Afonso Bentes, no El Pais.

Quando caiu do governo Temer, em meio a mais um escândalo, Geddel se referiu ao "fraterno amigo" Temer. Relembre abaixo:

Salvador, 25 de novembro de 2016

Meu fraterno amigo Presidente Michel Temer,

Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair.
Diante da dimensão das interpretações dadas, peço desculpas aos que estão sendo por elas alcançados, mas o Brasil é maior do que tudo isso.

Fiz minha mais profunda reflexão e fruto dela apresento aqui este meu pedido de exoneração do honroso cargo que com dedicação venho exercendo.

Retornado à Bahia, sigo como ardoroso torcedor do nosso governo, capitaneado por um Presidente sério, ético e afável no trato com todos, rogando que, sob seus contínuos esforços, tenhamos a cada dia um país melhor.

Aos Congressistas, o meu sincero agradecimento pelo apoio e colaboração que deram na aprovação de importantes medidas para o Brasil.

Um forte abraço, meu querido amigo.

Geddel Vieira Lima

Lava Jato rejeitou delação de Tacla Duran por citar Moro

Por Eduardo Guimarães no blog da Cidadania
Desde o início foi muito suspeita a reação furiosa de autoridades da Lava Jato contra delator que fugiu do país apesar de ter recebido da Lava Jato uma belíssima proposta de acordo de delação premiada junto com outros 77 executivos da Odebrecht.

O nome desse indivíduo é Rodrigo Tacla Durán. Ele se transformou em um dos homens mais temidos pelos presidentes e altos funcionários da América Latina.

Aos 44 anos, Tacla Durán conhece bem os segredos da Odebrecht, que abalou as estruturas políticas do continente depois de confirmar o pagamento de subornos milionários a Governos de 12 países.

Esse advogado de nacionalidade hispano-brasileira foi preso em novembro do ano passado por ordem do juiz Sérgio Moro. Depois de passar 72 dias na prisão de Soto del Real, encontra-se em liberdade provisória. Será julgado na Espanha depois que um tribunal superior do país rejeitou o pedido de extradição feito para que voltasse ao Brasil.

O advogado conseguiu nacionalidade espanhola em 1994, porque seu pai e avô eram galegos. Ele argumenta que teme ficar preso no Brasil e não é pelas condições carcerárias, mas por medo da Lava Jato.

A Justiça brasileira pede sua extradição por supostamente lavar mais de 50 milhões de reais a pedido da empresa. A Odebrecht afirma que o contratou para lavar as propinas ilegais, diz que ele “jamais atuou como advogado em qualquer empresa do grupo”.

A fuga de Tacla Duran para o país europeu, porém, é estranha.

Hordas de delatores muito mais envolvidos em crimes beneficiaram-se de delações premiadas. E o acordo proposto ao advogado de dupla nacionalidade era excelente – para ele. Segundo o advogado relatou ao jornal espanhol El País, recebeu da lava Jato a seguinte oferta:

1 – Seis meses de prisão domiciliar com tornozeleira;

2 – Prestação de serviços comunitários;

3 – Multa de até 44 milhões de reais.

Segundo Tacla Duran relata, a Odebrecht ainda ofereceu lhe pagar 15 anos de folha de pagamento a fim de que pudesse pagar a multa imposta pela Lava Jato, caso aceitasse o acordo. Por que não aceitou? Não faz o menor sentido. Sua situação seria muito melhor, hoje.

Para começar a entender, basta notar reação destemperada de autoridades da Lava Jato a esse episódio. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, por exemplo, divulgou um ataque virulento ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, quem ironizou o episódio por envolver particularmente o juiz Sergio Moro.


O advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

A mulher de Moro, Rosangela, já foi sócia do escritório de Zucolotto. O advogado é também defensor do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em ação trabalhista que corre no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

As conversas de Zucolotto com Tacla Duran envolveriam abrandamento de pena e diminuição da multa que o ex-advogado da Odebrecht deveria pagar em um acordo de delação premiada.

Em troca, segundo Duran, Zucolotto seria pago por meio de caixa dois. O dinheiro serviria para “cuidar” das pessoas que o ajudariam na negociação, segundo correspondência entre os dois que o ex-advogado da Odebrecht diz ter em seus arquivos.

Diante disso, o advogado Kakay afirmou publicamente que o fato de Carlos Zucolloto Jr. ser padrinho de casamento de Moro, somado ao fato Juiz federal imediatamente ter contatado Zucolloto a fim de uma retratação pública, certamente seria visto pelo mesmo Moro como “obstrução da Justiça” e motivo para “prisão preventiva”.

Eis que surge uma resposta surpreendente por parte do procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima.


Em tréplica, o advogado Kakay afirmou que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima “desonra o Ministério Público Federal ao usar as redes sociais para tentar intimidá-lo, de forma ridícula’’.

O juiz Sergio Moro, por sua vez, abusou do nonsense ao colocar o amigo advogado Zucolotto acima de questionamentos por ser “seu amigo” e por estar sendo acusado por alguém envolvido em corrupção assim como centenas de delatores que foram premiados pela Lava Jato justamente por acusarem autoridades.

Nada disso é novidade, porém. A novidade reside em informação que o Blog recebeu e que não pode endossar, mas que precisa ser investigada. Esse imbróglio chegou a esse ponto simplesmente porque Tacla Durán teria achado que a Lava Jato era séria em seu alardeado proposito de combater “toda corrupção”.

Na verdade, “toda” corrupção é forçar a barra. Os amigos do rei da República de Curitiba não estariam sujeitos a investigações contra mortais comuns.

O que teria melado a delação premiada e ultra confortável de Tacla Duran e obrigado o sujeito a se mandar do Brasil foi a fúria que despertou na Lava Jato ao citar o caso envolvendo Sergio Moro, sua mulher e seu amigo advogado.

A partir daí tudo teria ficado difícil. Teriam surgido “novas acusações” contra Tacla Duran e ele percebeu que se ficasse no Brasil seria colocado em uma cela e a chave seria jogada fora. Por isso teria fugido do Brasil

MBL apaga postagens com elogios a GEDDEL



247 - Após a divulgação de imagens de malas de dinheiro em apartamento do ex-deputado e ex-ministro de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, o Movimento Brasil Livre (MBL) correu em apagar as fotos com elogios ao peemedebista de seu perfil no Facebook.


Geddel, assim como muitos outros políticos implicados na Lava Jato, fizeram intensa campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff e sempre receberam elogios dos líderes do MBL.

LULA: Denuncia de Janot é perseguição para atacar sucesso da caravana


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu à denúncia feita nesta terça-feira, 5, contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por crime de organização criminosa.


Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Lula disse que a denúncia é uma "ação política". "A denúncia da PGR, sem qualquer fundamento, é uma ação política. É o auge da campanha de perseguição contra o ex-presidente Lula movida por setores partidarizados do sistema judicial. Foi anunciada hoje para tentar criar um fato negativo no dia em que Lula conclui sua vitoriosa jornada pelo Nordeste", disse o ex-presidente.


Além de Lula, também foram denunciados por Rodrigo Janot a presidente deposta Dilma Rousseff, os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antônio Palocci. Também foram denunciados a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar, e os ex-tesoureiros do PT João Vaccari e Edinho Silva.


Na denúncia, Janot sustenta que os acusados formaram uma suposta organização criminosa no Partido dos Trabalhadores para receber propina desviada da Petrobras durante as investigações da Lava Jato

O triste fim de Janot: Temer redivivo, choro e reedição do powerpoint de Dallagno


Janot chora



Rodrigo Janot escolheu sair de cena da maneira mais patética possível.


Desmoralizado diante do desmonte da delação da JBS e de suas bravatas sobre flechas, escolheu o caminho mais óbvio para tentar salvar o que restou de sua reputação: denunciou Lula e Dilma.

Ganhou o Jornal Nacional, mas não convenceu. Na GloboNews, o assunto predominante eram as malas de dinheiro no bunker de Geddel Vieira Lima.

Lula, segundo Janot, foi “o grande idealizador da constituição da presente organização criminosa”.

Mesmo fora do Planalto, Lula “continuou a exercer liderança do núcleo político da organização até maio de 2016”. O ex-presidente exercia “forte influência sobre a então presidente Dilma”.

O procurador-geral da República reeditou o powerpoint de Deltan Dallagnol. Segundo Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente, até a delação de Delcídio do Amaral, considerada “grotesca” pelo MPF do Distrito Federal, serviu-lhe de base.


Janot “comete a violência jurídica de acusar Lula da prática de um crime no cargo de presidente que somente passou a existir em setembro de 2013”, afirmou Zanin no Twitter.

Ele deixa o cargo em doze dias como um homem atormentado e confuso.

“Eu agi com muita coragem e ontem [segunda] foi um dos dias mais tensos e um dos maiores desafios desse período. Alguém disse pra mim: ‘Você realmente é um homem de muita coragem’. Aí eu parei e pensei: ‘Será que sou um homem de coragem mesmo?’ Cheguei à conclusão de que não tenho coragem alguma”, declarou.

“Na verdade, o que eu tenho é medo. E o medo nos faz alerta. E medo do quê? Medo de errar muito e decepcionar minha instituição. E todas as questões que eu enfrentei, eu enfrentei muito mais por medo, medo de errar, medo de me omitir, medo de decepcionar minha instituição do que por coragem de enfrentar esses enormes desafios”.

Entendeu? Nem ele.

Esse cidadão “corajoso” teve uma crise de choro após uma reunião com Cármen Lúcia e Edson Fachin no STF, ao relatar aos ministros que houve omissão de informações dos delatores da JBS no acordo de colaboração.

A informação é da revista Época e foi vazada por Cármen ou Fachin — evidentemente, não como um sinal de deferência ou respeito ao PGR.

Rodrigo Janot conseguiu ressuscitar Michel Temer e tirar das cordas seu desafeto Gilmar Mendes. Não é pouca coisa. Precisa errar muito. Magro e abatido, vai para casa chorar na cama, que é um lugar quente.

Tesouros perdidos

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
Não era história de pescador. Em novembro passado, notas de R$ 50 e R$ 100 começaram a boiar na baía de Guanabara. A dinheirama fez a festa de barqueiros da Urca, na zona sul do Rio. Os mais corajosos mergulharam nas águas poluídas, em clima de caça ao tesouro.

Tesouro Perdido foi o nome escolhido pela Polícia Federal para a operação deflagrada nesta terça, em Salvador. Os homens de preto fizeram buscas num endereço indicado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A batida resultou na maior apreensão de dinheiro vivo da história do país.
A grana estava escondida em oito malas e seis caixas de papelão. A polícia precisou de dois camburões para transportá-las a um local seguro. Até as 21h, os investigadores já haviam contabilizado mais de R$ 40 milhões. A contagem prosseguia, com a ajuda de sete máquinas.
A fortuna é atribuída ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, que cumpre prisão domiciliar na capital baiana. O peemedebista é suspeito de receber R$ 20 milhões em propina quando era vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Ele ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff, por indicação do então vice Michel Temer.
De acordo com a investigação, Geddel usou um laranja para esconder o dinheiro. As malas estavam no apartamento de um empresário, a pouco mais de um quilômetro da casa do ex-ministro. Se não fosse por uma denúncia telefônica, o bunker ficaria escondido para sempre.
Em tempo: o dono do tesouro da Urca nunca se identificou. Mesmo assim, não é preciso ser detetive para identificar os principais suspeitos. As cédulas começaram a vir à tona três dias depois da prisão do ex-governador Sérgio Cabral.
*
denúncia contra Lula e Dilma produziu um milagre. Separados desde o impeachment, PT e PMDB voltaram a falar a mesma língua para acusar a Procuradoria de perseguição. 

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Fernando Bezerra pede desfiliação do PSB


Do G1

O senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho pediu, hoje, a sua desfiliação do PSB, que nos últimos meses passou a fazer oposição ao governo do presidente Michel Temer, para migrar para o PMDB.
O ato de filiação será amanhã, segundo o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR). Há a expectativa de que o filho dele, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, siga o mesmo caminho.
Ainda de acordo com Jucá, a filiação do ministro só deverá ocorrer mais para a frente. Coelho filho tem mandato de deputado federal e por isso precisa esperar a janela partidária, que será aberta em março do ano que vem, seis meses antes da eleição.
“O PMDB amanhã tem a filiação de Fernando Bezerra. O deputado [se filiará] depois por causa da janela”, afirmou Jucá.
Pela lei de fidelidade partidária, se o parlamentar, mesmo que licenciado, não respeitar esse período para migrar de partido, ele poderá perder o mandato.
Os parlamentares do PSB insatisfeitos com a posição oficial do partido, que passou a fazer oposição a Temer, têm sido disputados tanto pelo PMDB quanto pelo DEM.
De olho nas eleições, a saída do senador também tem a ver com o interesse dele em disputar o governo de Pernambuco em 2018.
Segundo a assessoria de imprensa do PSB, Coelho se reuniu nesta terça com o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, para entregar o seu pedido formal de desfiliação.
"A saída do senador já era esperada, desde que decidiu se aliar a um governo com o qual não concordamos. Desejamos sorte a ele e o PSB segue seu caminho", afirmou Siqueira.

Gilmar Mendes chama Janot de “delinquente”


O Globo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "fez uma chantagem" com a Corte. Ao "Poder 360", o magistrado ainda voltou a chamar Janot de "delinquente".
“O procurador-geral da República, mais uma vez, deu curso à sua estratégia de delinquente e fez uma chantagem com o Supremo Tribunal Federal”, disse Gilmar, que está em Paris e tem retorno ao Brasil previsto para quinta-feira, no feriado de 7 de setembro.
Rodrigo Janot abriu investigação interna nesta segunda-feira para rever a delação premiada de três dos sete executivos da JBS: Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva. Em conversa gravada aparentemente sem querer, os dois primeiros citam membros do Supremo num contexto que pode indicar irregularidades, segundo Janot. É a esse ponto específico que Gilmar se refere como "chantagem".
Os delatores ainda teriam dito que tinham sido ajudados pelo ex-procurador da República Marcello Miller na elaboração da proposta de colaboração assinada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Há indícios de que a conversa foi gravada em 17 de março, quando Miller ainda era procurador da República. Em 5 de abril, ele se afastou da instituição e logo depois passou a atuar como advogado dos delatores.
“Áudios de conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo Ministério Público Federal na semana passada. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. Tais áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller”, afirmou Janot.
Enquanto o áudio, que tem duração de aproximadamente quatro horas, continuar sob sigilo, não é possível saber quais ministros foram implicados na gravação. Cabe ao ministro Edson Fachin, do STF, decidir sobre a manutenção ou não desse sigilo.

Veja: gravação da JBS cita 4 ministros do Supremo

Em áudio, delatores também dizem que ex-assessor de Janot trabalhava para eles enquanto integrava a Lava Jato
Veja Rodrigo Rangel

A gravação de quatro horas que poderá levar à anulação da delação premiada dos executivos da JBS traz menções comprometedoras a quatro ministros do Supremo Tribunal Federal.
Uma dessas menções é considerada “gravíssima” pelos procuradores – embora as demais, nas palavras de quem as ouviu, também causem embaraços aos envolvidos.
Fontes com acesso ao áudio revelaram a VEJA que os ministros são citados pelos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud em situações que denotam “diferentes níveis de gravidade”.
Algumas são consideradas até banais, mas “ruins” para a imagem dos ministros. Mas uma delas, em especial, se destaca por enredar um dos onze ministros da corte em um episódio que parece “mais comprometedor”.
A expectativa é de que o Supremo torne a gravação pública nesta terça-feira.
Joesley e Saud se gravaram durante o processo de negociação da delação premiada com a Procuradoria. Aparentemente, estavam aprendendo a operar um dos gravadores que usariam para registrar conversas com autoridades.
O áudio, diz uma fonte, indica que ambos estavam sob efeito de álcool durante a conversa – o que, de acordo com autoridades que trabalham no caso, não elimina a necessidade de investigação sobre o teor do diálogo.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

“O novo (na política) é falar a verdade”, diz Alckmin

O Globo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a atacar de forma indireta o seu rival na disputa pela vaga de candidato do PSDB a presidente da República, o prefeito João Doria.
“O novo (na política) é, em primeiro lugar, falar a verdade, olhar nos olhos e as pessoas poderem acreditar”, afirmou Alckmin, ao participar nesta segunda-feira de um fórum promovido pela revista "Exame".
Em entrevista ao jornal "Estado de S. Paulo" publicada nesta segunda-feira, Doria admitiu a hipótese de deixar o PSDB e disse que o partido deve analisar as pesquisas antes de decidir o seu candidato a presidente em 2018.
Na mesma resposta, ao dizer por que queria ser presidente, Alckmin afirmou que o comandante do país também deve "defender o interesse coletivo".
“Quero, sim, ser candidato, mas não depende de mim”, afirmou o governador.