sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bolsonaro vai reduzir imposto para ricos

É pior do que se pensava. Vão liberar também o porte de armas

POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço


Na entrevista que deu ao SBT, aquele que já está ficando conhecido como Sistema Bolsonaro de Televisão, Jair Bolsonaro aumentou o tamanho do desastre.

Disse que vai “flexibilizar” também o porte – e não apenas a posse – de armas pelos cidadãos.

Quer duas armas por pessoa, no melhor estilo dos filmes de cowboy.

E até seis para os “seguranças”.

Um arsenal.

Com o porte nas ruas liberado, o perigo já não é o vizinho armado.

É a “fechada” no trânsito, o rapaz que sai da balada “mamado” ou “cheirado”. O cara que não gostou do olhar para a namorada. O cara que estaciona prendendo o seu carro.

Bolsonaro disse que haverá um critério para a liberação da compra de armas:

Ele [Moro] falou município. Como tem município que não tem muita estatística, eu falei estado que, por exemplo, o número de óbitos por 100 mil habitantes, por arma de fogo, seja igual ou superior a 10, essa comprovação da efetiva necessidade é um fato superado, ele vai poder comprar sua arma de fogo”.

Sabe quantos são os estados que têm taxa de mais de 10 homicídios por 100 mil habitante?


Algumas pessoas, com bons argumentos, dizem nas redes que as loucuras deste governo são cortina de fumaça para que não se discuta o que vão fazer ao país e aos direitos da população.

Desculpe, pode ser verdade.

Mas não dá para deixar de lado a insânia desta gente que promove a violência, porque liberar o trezoitão na cintura é pura violência.

Bolsonaro é um homem com um coeficiente de civilização insuficiente para o exercício da função pública.

Paulo garante mais água para o sertão

O governador Paulo Câmara comandará, amanhã, o primeiro ato do seu segundo mandato à frente do Governo de Pernambuco, renovando o compromisso e a priorização da gestão estadual com a sustentabilidade hídrica. No Sertão do Moxotó, o chefe do Executivo estadual vai assinar Ordem de Serviço para o início do Sistema Adutor de Custódia. A intervenção encerrará, quando finalizada, o quadro de pré-colapso no abastecimento de água em que a cidade se encontra, beneficiando 40 mil pessoas. Na ocasião, Câmara estará acompanhado de todos os secretários que compõem a nova equipe de Governo.
"As obras de água continuarão sendo uma prioridade no nosso segundo Governo. Vamos seguir investindo muito para fortalecer o abastecimento dos pernambucanos que convivem com dificuldades na área. E faço questão de levar todo o meu novo secretariado para a assinatura dessa Ordem de Serviço para reforçar que o nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida das pessoas tem que nortear o trabalho de todos os servidores do Governo de Pernambuco", destacou Paulo Câmara.
O Sistema Adutor de Custódia será implantado a partir do Reservatório de Moxotó, em Sertânia, na mesma região, e levará água de qualidade para cerca de 40 mil custodienses. Ao todo, serão investidos R$ 31 milhões do Tesouro Estadual. A expectativa é de que as obras sejam concluídas em 12 meses.
A intervenção consiste no aproveitamento da captação no canal de aproximação construído na saída do Reservatório de Moxotó, da Transposição do Rio São Francisco, além da estrutura da Estação Elevatória (EB-01) da Adutora de Moxotó, na qual serão implantadas as bombas do Sistema Adutor de Custódia. Esta Estação Elevatória irá bombear o reforço de água para o sistema de abastecimento da cidade de Custódia, no total de 85 l/s, através de uma tubulação de ferro fundido com diâmetro de 400 mm até a Estação de Tratamento de Água de Custódia.
Para este mesmo empreendimento deverá ser ampliada a Estação de Tratamento de Água para a capacidade de tratamento de até 85 l/s, além da implantação de trechos curtos de Adutoras de Água Tratada que alimentarão os Reservatórios Existentes. Com a entrega da obra, a população da cidade de Custódia terá o fornecimento de água regularizado através de tubulações diretamente para suas residências. Antes da assinatura da Ordem de Serviço, o governador e sua equipe de Governo visitam a Estação Elevatória Rio da Barra, em Sertânia.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Lider do PT quer saber quem deu ordens para invasão de gabinetes

                                     

247 - O líder da Bancada do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), cobrou da Presidência da Câmara nesta quinta-feira (3 explicações sobre a invasão em nove gabinetes de parlamentares do partido, que aconteceu durante os preparativos e a posse do presidente Jair Bolsonaro, nesta semana. A entrada nos gabinetes não teve a autorização dos parlamentares nem da liderança do partido.


De acordo com o deputado Odair Cunha, o mais grave é que em seu gabinete, além da invasão e do aparafusamento das janelas e persianas, mesas e gavetas foram revistadas. "Isso vulnerabiliza o Congresso Nacional em nome de uma 'histeria coletiva de segurança", criticou o parlamentar.

"Sob o pretexto de você não ter 'snipers' nas janelas, o que deveria ser impedido pela Polícia Legislativa, você admite que se invada gabinetes de parlamentares. Com isso, você pode inventar qualquer coisa! E a prerrogativa dos deputados? Quem garante que não colocaram ou tiraram coisas do meu gabinete?", questiona Odair, que registrou a queixa na polícia da Câmara.

Os funcionários dos gabinetes devassados informaram não terem recebido comunicado prévio algum, quer por telefone, e-mail ou método similar. Os parlamentares titulares de cada um desses gabinetes também informam o não recebimento de qualquer comunicado nesse sentido.

Além do gabinete do líder Paulo Pimenta, foram invadidos os gabinetes dos deputados Josias Gomes (BA); Leonardo Monteiro (MG); Luiz Couto(PB); Odair Cunha (MG); Patrus Ananias (MG); Pepe Vargas (RS); Rejane Dias (PI) e Waldenor Pereira (BA).

Gravidade

No documento encaminhado à Presidência da Casa, o líder Paulo Pimenta afirma que "diante da gravidade do que se relata, das imunidades e prerrogativas de que gozam cada um dos membros do Poder Legislativo e, também, da especial proteção jurídica atribuída aos escritórios profissionais (como extensão do conceito normativo de "casa", assim considerado qualquer compartimento, não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade), o líder da bancada quer saber o nome da autoridade que expediu a ordem de acesso aos gabinetes parlamentares; motivos para a referida ordem; e a relação de todos os gabinetes em que a ordem foi executada".

Rede social

Vários parlamentares da Bancada do PT utilizaram suas redes sociais hoje (3) para criticar a invasão. A deputada Margarida Salomão (PT-MG) considerou o fato absolutamente inaceitável. "Deixa flagrante a impressão de que o governo poderá monitorar clandestinamente a oposição. Resta saber se a Câmara participou da invasão. Confirmada, essa 'parceria' é mais um risco para a democracia no País", postou no Twitter.

Também no Twitter, o deputado Décio Lima (PT-SC) escreveu: "Mas Bolsonaro não disse que ditadura são os governos socialistas? Que eu lembre em nenhum governo do PT se perseguiu a oposição".

O deputado Leonardo Monteiro, que teve o gabinete invadido lamentou: "Usar o pretexto de segurança para invadir gabinetes parlamentar é preocupante e inaceitável. Isso fere a autonomia dos poderes e representa um desrespeito não só aos parlamentares, mas à democracia brasileira. Fizemos boletim de ocorrência para que essa invasão seja investigada!".

Absurdo. Assim reagiu o deputado Marco Maia (PT-RS), que já presidiu a Câmara. "A que ponto chegamos no Brasil! Os abusos da família Bolsonaro com os militares não têm limites. E agora Rodrigo Maia?", cobrou em sua conta no Twitter.

*Com informações da assessoria do PT

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Miriam: Bolsonaro sinaliza que irá aprofundar divisão do país



247 - Em artigo , a jornalista Miriam Leitão condena a postura do novo presidente. " Jair Bolsonaro poderia ter só somado ontem, mas preferiu dividir. Era momento de festa cívica, o da posse de um presidente eleito, resultado da oitava eleição consecutiva desde a redemocratização. Mas ele escolheu restringir em vez de ampliar", lamenta. 


"Sua insistência no que chama de 'ideologia de gênero', ou 'viés ideológico', é a repetição do que disse na campanha, mas é contraditório. Esse é um governo com viés e ideologia. Foi eleito entoando discurso de direita. Governará com estas ideias. Isso é natural. O que ofende os fatos é dizer que agora o país estará 'livre das amarras ideológicas'. Está trocando amarras, pelo visto". 

Miriam aponta que "no ponto mais perigoso do seu discurso no Congresso, Bolsonaro coletivizou o ato do criminoso que atentou contra a sua vida ao dizer: 'quando os inimigos da Pátria, da ordem e da liberdade tentaram pôr fim à minha vida, milhões de brasileiros foram às ruas'.

"Nessa narrativa ele joga o epíteto de 'inimigos da pátria' aos seus adversários políticos e os mistura com o autor do atentado. Cria uma ambiguidade perigosa. Disse que foi eleito a partir da reação da sociedade a esses 'inimigos'. O Brasil conhece o risco das narrativas que distorcem os fatos. Conhece também o perigo dos líderes que se apropriam da bandeira nacional como sendo expressão de uma ideologia, em vez de ser o manto que nos une". 

Ela também destaca que "um ponto destoante foi o do tratamento à imprensa nacional e estrangeira credenciada para cobrir a posse. Os cuidados com a segurança do presidente eram necessários, sem dúvida. Mas isso foi usado como pretexto para cercear o trabalho da imprensa. Eu estive na cobertura de posses em Brasília, desde a do presidente João Figueiredo. Jamais me deparei com os absurdos que aconteceram ontem, como o de exigir que jornalistas chegassem sete horas antes do evento para ficar confinados em cercados. O confisco das maçãs foi só um toque a mais de nonsense no meio de uma coleção de abusos".

De um juiz, para Lula: é a primeira vez que escrevo a um preso

POR  · no Tijolaço


Depois de ter passado o dia ouvindo barbaridades, bem que merecemos ler algo menos medíocre, mais generoso.

Luis Carlos Valois é juiz federal no Amazonas. Não apenas juiz, mas juiz da Vara de Execução Penal do Estado, condição na qual convive com toda a brutalidade do sistema carcerário. Não ser um bruto, também, passou a ser um pecado para Valois, que sofreu abusos e “investigações” apenas por ser respeitado pelos presos.

Escrita com a simplicidade que salva o ser humano do “juridiquês”, a carta de Valois, sem acusações, lembra Lula o efeito de uma escolha errada do governo Dilma, supostamente conciliatória, que deu ao inqualificável Luiz Moradia Fux o lugar que deveria ser, como atentou este blog em 2013, de um dos maiores penalistas do país e outra exceção à regra da mediocridade jurídica do país, no Supremo Tribunal Federal: Nilo Batista.

Valois chama a atenção sobre o caminho de legitimação que o Judiciário tem escolhido: o de confundir-se com polícia, o de querer ser um meganha togado:

“O juiz não pode ser respeitado por preso, juiz deve ser odiado, essa é a imagem com a qual o poder judiciário tem buscado legitimidade frente a uma população sofrida por causa da criminalidade crescente, demonstrando-se rigoroso, mais um temido órgão de repressão.”

O texto é um alento e uma esperança, provavelmente vã, na recuperação da consciência jurídica deste país:

Carta ao Presidente Luiz Inacio Lula da Silva

Luís Carlos Valois, juiz federal, no Facebook

Lula, meu caro, faz tempo que estou querendo te escrever. Esse pessoal do meio carcerário tem uma espécie de tara por proibir as coisas, então não sabia se minha carta ia chegar a ti, já que muita gente importante sequer conseguiu entrar para trocar umas palavras contigo, razão pela qual resolvi escrever por intermédio da internet mesmo, um dia tu vais ler.

Cara, eu sei que tu não és santo, nem eu sou, nem ninguém é, então todos nós temos um monte de culpa por aí, mas o crime que tu cometeste realmente ninguém sabe até agora qual foi. Bem, você sabe disso, você já disse que aceitaria a pena tranquilamente se te mostrassem provas de um crime, só estou repetindo porque a carta será publicada e porque quero ressaltar uma coisa.

Hoje em dia com tanta culpa por aí, já nem precisa de crime para se condenar uma pessoa, basta querer condenar alguém que todo mundo já acha esse alguém culpado. É como um juiz me falou certa vez, que ele não sabia porque estava condenando o cidadão, mas o cidadão sabia porque estava sendo condenado. É mais ou menos assim que estamos vivendo, e é cada um por si.

No teu caso, um recibo de pedágio, a tua visita a um apartamento, mais dois ou três presos dedos-duros loucos para ganhar a liberdade, e pronto, está formada a prova necessária para a tua condenação, mesmo que ninguém diga onde está o teu dinheiro, onde está o benefício que tu tiveste nisso tudo, ninguém diz. E ninguém quer saber.

Xará (acabei de me tocar para o fato que temos o mesmo nome…rs…), a coisa tá difícil. Não quero entrar aqui na questão política, se fizeram tudo para te tirar da eleição, se têm ódio de ti porque és nordestino, um nordestino que teria chegado onde incomoda muita gente, e feito outros tantos nordestinos incomodarem mais gente por chegarem onde chegaram, não quero falar dessas questões políticas, quero conversar contigo sobre a tua situação atual.

Tenho trabalhado com presos a vida inteira e sei o quanto é difícil, principalmente em situação de isolamento, o encarceramento. Eu queria inclusive, com esta carta, te mandar uns livros, mas também não sei se chegariam até ti, são meios subversivos, acho que tu tens que ler algumas coisas subversivas, sabe? Tu tens que conhecer o sistema a fundo para entender a tua própria situação de encarcerado.

Um dia Nilo Batista disse que todo preso é um preso político. Pena que a maioria dos presos não sabe disso. O sistema, nele incluído o sistema penal, tem uma função primordial em fazer todos acreditarem, inclusive os próprios presos, que tudo funciona na mais perfeita ordem e, se tu estás preso, é porque devias estar preso.

Aliás, falando em Nilo Batista, e desviando do assunto novamente para a política, esse sim era um nome que tu devias ter nomeado para o Supremo. Poxa, tu não nomeaste nenhum penalista, e agora o que acontece, acontece que a maior parte dos integrantes do Supremo não sabe o que é uma prisão, dá para manter todo mundo preso sem um pingo de peso na consciência, convalidam mandado de busca e apreensão como se fosse um mandado de penhora, permitem condução coercitiva como se fosse uma intimação para depor em juizado, autorizam execução antecipada da pena como se ninguém corresse um grande risco de morrer, assassinado ou por doenças, atrás das grades.

Eu sei, eu sei, tu vais dizer que já percebeste isso, afinal estás preso e muitos dos que te mantiveram preso foram nomeados por ti. Eu também sofri na pele uma medida policial, uma busca e apreensão na minha casa autorizada à Polícia Federal por um magistrado nomeado por ti, mas até agora, pelo menos após a violência da busca, não tenho nada para dizer do juiz, apenas que ele não é da área penal, e ser da área penal é muito importante, porque o direito penal é como uma metralhadora, só serve para provocar dor e mortes. Não basta boa vontade para manusear uma metralhadora.
Qual a justificativa dessa medida contra mim? Alguns presos me elogiavam em interceptações telefônicas. O juiz não pode ser respeitado por preso, juiz deve ser odiado, essa é a imagem com a qual o poder judiciário tem buscado legitimidade frente a uma população sofrida por causa da criminalidade crescente, demonstrando-se rigoroso, mais um temido órgão de repressão. Mas depois eu volto a falar dos presos, dos outros presos.

Olha, esse fato acima parece irrelevante, mas é a prova de que eu podia muito bem achar bem feito o que aconteceu contigo, querer te ver preso, mas não, não quero. Seja pela tua idade, seja pelo que você representou para o Brasil, seja porque prisão não resolve nada, seja porque ainda não vi efetivamente o que tu usufruíste do crime, que também não sei qual é, que te imputam.

E, pior, nessas horas eles alegam o princípio da presunção de inocência, o devido processo legal, a ampla defesa, essas garantias jurídicas facilmente manuseáveis, principalmente em uma sociedade de memória fraca.
Sabe o que é, Lula, o sistema capitalista é feito de dinheiro, status, aparência e malícia, muita malícia, mas acima de tudo o sistema é feito de instituições, todas funcionando sob a mesma base, a que privilegia o acúmulo de capital, a que privilegia o mercado financeiro, em detrimento dos pobres.

Lá estou eu falando de política novamente. Nesse assunto, do mercado financeiro, nem quero tocar mesmo, porque seria a única coisa que estragaria esta carta, pois poderia falar coisas mais pesadas, a ponto de te deixar chateado comigo. Fostes muito bom para os bancos, para o mercado financeiro. Bem, deixa pra lá, pode ser que tu não tenhas tido outra saída, pois, afinal, ninguém ajudou mais os pobres do que você.

O fato é que tu és, além de tudo, um cara simpático. Não sei se vou te conhecer pessoalmente um dia, mas se isso acontecer, tenho muito mais coisa para te falar do que permite uma carta, “privada” (na condição em que tu estás nada é privado, e esse é um agravamento da pena, os presos perdem além da liberdade, a privacidade) ou principalmente pública, como essa que escrevo gora.
O que é importante é ter força, cara, as coisas mudam muito rapidamente nesse mundo. Nunca abaixe a cabeça, porque a esperança combina com cabeças erguidas, e há milhares de pessoas que ainda acreditam em ti, estão te esperando aqui fora, e isso deve ser capaz de te dar uma força tremenda.

Já recebi, na vida, milhares de cartas de presos, e em resposta a quase todas eu vou até o presídio e falo pessoalmente com o preso, mas essa é a primeira vez que escrevo a um preso. E não podia encerrar sem te dizer isso, Lula, mesmo que você tivesse cometido o crime mais bárbaro do mundo, todos os presos são seres humanos, todos os presos têm, acima de tudo, direito, se não porque são seres humanos, porque esse direito está na lei e na Constituição, de serem tratados com dignidade.

Falo isso porque tu és e ainda é um porta-voz do povo, de boa parte do povo, brasileiro, e grande parte desse povo está atrás das grades.
No mais, quero te desejar sorte, muita sorte. Que as pessoas que te odeiam, que também não são poucas, percebem a covardia que é espezinhar de uma pessoa presa, porque, acredite, Lula, não há limites para o ódio à pessoa encarcerada. Sorte, meu caro, não só tu como todos os brasileiros vão precisar neste novo ano de sorte. Não sou um cara religioso, posso até me considerar um ateu, embora essa conceituação não seja lá de muita importância para mim, mas te desejo muita sorte e, ainda com pouca fé, que tu fiques com Deus.

Grande abraço,

Luís Carlos Valois

Miriam Leitão: Nem na ditadura houve algo assim

247 - Em sua coluna no jornal O Globo, Miriam Leitão afirma que "a necessidade real de segurança do presidente eleito está sendo usada como pretexto para restringir o trabalho da imprensa".

"É claro que a segurança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e dos chefes de Estado que estão entre nós exige a imposição de regras, mas o que está acontecendo com os jornalistas é impensável e inaceitável", diz.

"Cubro posse desde o general João Figueiredo. Nunca houve nada tão restritivo. Naquela época, eu era uma jovem jornalista e tive acesso a vários pontos da cerimônia, circulei, fui convidada para o jantar de gala porque era responsável pela cobertura do Itamaraty. Lá pude falar com os novos ministros", acrescenta.

Segundo a jornalista, "durante a campanha e a transição os sinais de hostilidade à imprensa, ou pelo menos à parte da imprensa que não está disposta a simplesmente fazer a louvação dos novos poderosos, foram muitos".

"Este sinal de usar as regras de segurança para impor restrição física aos jornalistas e de exigir um desgaste fisico, de horas de espera além do razoável, é um perigoso precedente", continua.

Bolsonaro fixa mínimo abaixo do aprovado no orçamento



Agência Brasil – O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto em que estabelece que o salário mínimo passará de R$ 954 para R$ 998 este ano. O valor já está em vigor a partir de ontem (1º). Foi o primeiro decreto assinado por Bolsonaro, que tomou posse nesta terça-feira. 

O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, assinado por Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

O salário mínimo é usado como referência para os benefícios assistenciais e previdenciários. O mínimo é corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) dos dois anos anteriores.

Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios. Em outro decreto, o governo altera a organização das entidades da administração pública federal indireta. Foram publicados também os decretos de nomeação dos novos ministros.

Jair ainda não desmontou o palanque

Ao contrário do que se esperava dele, o agora presidente Jair Bolsonaro disse, em discurso, que vai “libertar” o Brasil do “socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”. Desce do palanque, Jair! O povo quer menos ideologia e mais trabalho e dinheiro no bolso. Também quer ter segurança para andar nas ruas e não levar um tiro; além do fim dessa praga que é corrupção.

A posse do presidente Jair Bolsonaro foi cheia de boicotes. Dos partidos de esquerda e dos governadores do Nordeste, que não foram à cerimônia; boicote aos jornalistas, que sofreram nas mãos da equipe de Bolsonaro sem direito nem a água. Até para ir no banheiro, saindo do “cercadinho”, os profissionais tinham que pedir permissão. Esse tipo de postura não combina com o mais alto cargo da nossa República.

Paulo Câmara e Luciana Santos são empossados na Alepe


Blog da Folha

A cerimônia de posse do governador reeleito, Paulo Câmara (PSB) e da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), realizada na tarde de hoje, oficializou o início do novo mandato do chefe do executivo estadual para os próximos quatro anos. O Presidente do Legislativo, deputado Eriberto Medeiros (PP) comandou a solenidade.
O governador chegou acompanhado da primeira-dama, Ana Luiza Câmara, e da vice-governadora eleita, Luciana Santos. Lá, foram recebidos com as continências regulamentares pela guarda de honra composta por tropas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. 
Aberta ao público, a posse contou com a presença de secretários municipais e estaduais, parlamentares do Governo e da oposição, autoridades dos três poderes, além do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), que chegou acompanhado de sua esposa, Cristina Melo; e do arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido. O deputado federal eleito João Campos (PSB), a ex-primeira dama de Pernambuco, Renata Campos e familiares do ex-governador Eduardo Campos também prestigiaram a cerimônia.
Em seu discurso, Eriberto Medeiros pediu união aos pernambucanos. "Não sabemos exatamente qual o cenário econômico e político que os Estados do Nordeste vão se deparar pelos próximo quatro anos. Torcermos sempre pelo melhor e que sejam respeitados os direitos sociais conquistados. Portanto, essa casa legislativa se manterá vigilante e conclama os cidadãos pernambucanos para se manterem unidos. Teremos na pessoa do governador Paulo Câmara o líder ideal para realizarmos essa caminhada juntos", disse. 
Após a leitura do compromisso constitucional perante a Mesa Diretora, Paulo Câmara e Luciana Santos foram declarados empossados pelo presidente da Casa. Ao final do encontro, Paulo Câmara fez a tradicional revista à tropa da Polícia Militar, em frente ao prédio-sede da Alepe.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Secretaria Executiva de Recursos Hídricos assina Ordem de Serviço para distribuição de Kits de Irrigação

                            

Nos últimos minutos do expediente da sexta-feira (28), a Secretaria Executiva de Recursos Hídricos de Pernambuco (SERH), através do Secretário Emílio Duarte, assinou a Ordem de Serviço do Projeto de Apoio à Pequena Produção Agrícola de Pernambuco, que irá liberar para pequenos agricultores, mais de 1.400 Kits de irrigação do tipo gotejo, visando melhorar o padrão alimentar e a renda dessas famílias.

Estavam presentes na assinatura, representantes da empresa que fornecerá os equipamentos, o Gerente Geral de Coordenação da SERH, José de Assis; e o Gestor de Contratos e Convênios da SERH, Antônio Ferreira. O Projeto atenderá a 33 municípios do Agreste e Sertão do Estado, pensando nos efeitos do clima Semiárido que abrange 80% do território pernambucano, acarretando em longos períodos de estiagem, com graves consequências socioeconômicas.

O Kit de irrigação é composto por Caixa d’água de 1.000 litros, Bomba, Mangueiras, Adaptadores, Registros, Tubos, Abraçadeiras Galvanizadas, dentre outros materiais necessários para as devidas instalações.

Jornalismo é chamar as coisas pelo nome que as coisas têm

POR FERNANDO BRITO ·no Tijolaço
Lição básica do jornalismo é chamar as coisas pelo nome que as coisas têm.

Residência é casa ou apartamento; hospital não é nosocômio, morrer não é “passamento” nem falecer.

O Le Monde deste domingo, que já está nas bancas francesas , pratica um jornalismo que os jornais brasileiros não têm coragem de praticar.

“A extrema-direita chega ao poder”, manchete de “fora a fora”, ou de oito colunas, no tempo que os jornais as tinham como medida.

Não porque brasileiros considerem a expressão “ultrapassada”, antijornalística: a usariam se fosse Marine Le Pen quem estivesse assumindo a presidência da França.

Mas o vento que venta cá não pode ter o nome do que ameaçou ventar por lá.

O jornalismo, se é que conserva este nome, passou a ser por aqui a arte do não dizer, do esticar, puxar, endurecer ou amaciar, conforme o freguês.

Sim, é isso, em uma linha: a extrema direita chega ao poder no Brasil.

Talvez ainda de forma provisória, com limitações formais – e cada vez menos – do estado de direito, com um personagem tosco, caricato ante ao mundo.

Mas quem deixa de ver que outro, mais sofisticado, está se articulando, vindo de Curitiba?

A luta pelo poder não está no horizonte da esquerda, mas entre as personagens desta tragédia nacional.

Entre outras razões, porque o jornalismo brasileiro, faz tempo, deixou de tratar as coisas pelo nome que as coisas têm.

Nicolelis: Porte de armas onde 60 mil morrem por ano? Loucura



247 - O médico e cientista Miguel Nicolelis também reagiu neste sábado 29, pelo Twitter, à proposta anunciadapor Jair Bolsonaro de editar um decreto para facilitar o porte de armas no País, liberando-o ao cidadão que não tiver antecedentes criminais.


"Reduzir exigências para porte de arma num país onde mais de 60 mil pessoas são assinadas por ano? Como é possível tanta loucura?", indagou o pesquisador.

Uma das respostas recebidas por Nicolelis na rede social foi do teólogo e escritor Leonardo Boff: "Caro Nicolelis, Bolsonaro pratica uma necropolítica, uma política de morte aos homoafetivos, aos quilombolas e agora põe armas na mão do povo para que? há demasiados assassinatos. Se crescer o número Bolsonaro não fica imune de coresponsabilidade".