sábado, 24 de agosto de 2019

Ao vincular produtores a incêndios, Bolsonaro irrita setor

Foto: fonte/Brasil247
Folha de S. Paulo - Painel
Por Daniela Lima

A menção feita por Bolsonaro a “produtor rural tacando fogo” na Amazônia, durante a live desta quinta (22), irritou agricultores do Norte e do Centro-Oeste. Federações ligadas à Confederação Nacional da Agropecuária (CNA) chegaram a sugerir uma carta pública para rebater o presidente.


O setor produtivo divulga que quem desmata ilegalmente deve ser chamado de bandido, e não de produtor rural. Coube à ministra Tereza Cristina (Agricultura) apagar o incêndio no setor apelando por um voto de confiança no governo. A carta foi suspensa.

Com Bolsonaro: Incêndios disparam, mas multas despencam

Queimadas desparam, mas multas do Ibama despencam sob Bolsonaro. Instituto aplicou um terço a menos de multas a infratores ambientais em 2019.
Foto aérea da queimada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Época - Por BBC News

 André Shalders

O Ibama aplicou um terço a menos de multas a infratores ambientais em 2019 do que no mesmo período do ano passado, segundo dados do próprio órgão.
A queda no número de autuações coincide com um aumento dos registros de desmatamento e de incêndios florestais em 2019. Considerando todos os tipos de infração ambiental em todo o país, o Ibama diminuiu em 29,4% as autuações até esta sexta-feira (23), quando comparado com o mesmo período de 2018.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Aécio vence ala do PSDB que o deseja fora do partido

(Foto: Wilson Dias)
Folha de S. Paulo - Painel
Por Daniela Lima
 Aliados de Aécio Neves (PSDB-MG) viram a margem larga de vitória do deputado mineiro contra a ala que queria expulsá-lo sumariamente do partido como um recado ao governador João Doria (PSDB-SP) de que a sigla não vai se dobrar à estratégias dele..
Diante da certeza de derrota, aliados de Doria tentaram adiar a votação alegando que precisariam de tempo para analisar a segunda peça que foi levada ao colegiado contra Aécio. Celso Sabino (PSDB-PA), relator dos casos, reagiu. Disse que encerrava a questão se lhe dessem um computador e meia hora.

Senadores derrotam Bolsonaro e derrubam trabalhos aos domingos

A tropa de choque que derrubou a regulamentação dos trabalhos aos domingos não foi só petista. Integrantes do MDB (Simone Tebet e Renan Calheiros), PSD (Otto Alencar) e até PSDB (Antonio Anastasia e José Serra) impuseram a derrota ao governo Bolsonaro

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Frota critica Bolsonaro e questiona: "aonde está enterrado o Queiroz?"

"Na semana passada, fui surpreendido porque o presidente Jair Bolsonaro disse que não me conhecia, não sabia quem eu era. Dá para entender, afinal, ele não sabe aonde está o Queiroz. Aliás, eu acho que a pergunta não é mais 'aonde está o Queiroz?', mas sim 'aonde está enterrado o Queiroz?'", questionou o deputado Alexandre Frota (PSDB) da tribuna da Câmara


Dep. Alexandre Frota (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) subiu à tribuna da Câmara nesta quarta-feira, 21, para criticar o governo de Jair Bolsonaro. Ele cobrou do ex-aliado postura de presidente da República e perguntou onde estaria "enterrado" o ex-assessor do clã Fabrício Queiroz. 

"Na semana passada, fui surpreendido porque o presidente Jair Bolsonaro disse que não me conhecia, não sabia quem eu era. Dá para entender, afinal, ele não sabe aonde está o Queiroz. Aliás, eu acho que a pergunta não é mais 'aonde está o Queiroz?', mas sim 'aonde está enterrado o Queiroz?'. A gente deveria perguntar isso a ele. Aliás, ele não sabe nem do Queiroz, ele não sabe quem comandou a tal da 'rachadinha'", questionou Frota.

Vergonha: Ricardo Salles é vaiado na Semana do Clima em Salvador



O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Do G1 BA.


O Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi vaiado pelos participantes da Semana Latino-Americana e Caribenha sobre Mudança do Clima, realizada em Salvador, nesta quarta-feira (21).


Os protestos ocorreram quando a cerimonialista do evento o convidou para subir ao palco.


Além das vaias, alguns participantes da Semana do Clima exibiram cartazes, com frases como: “Floresta em pé, fac-símile no chão”, “Facismo” e “Mata Atlântica resiste”.



Um pequeno número de pessoas aplaudiu o ministro do Meio Ambiente.


Este é o terceiro dia do evento que segue até sexta-feira (23) e reúne participantes de 26 países.


Nesta quarta, o evento também conta com a presença do ex-ministro do Meio Ambiente do Peru e líder da ONG ambiental “World Wide Fund for Nature (WWF), Manuel Pulgar Vidal, do coordenador residente das Nações Unidas Niky Fabiancic e do diretor sênior de Política e Programa de Mudanças Climáticas da ONU, Martin Frick.

(…)

Investigação sobre Flávio alcança 37 imóveis

Flávio Bolsonaro chora. Foto: Reprodução/YouTube

Reportagem de Fabio Leite e Marcelo Godoy no Estado de S.Paulo informa que a investigação sobre o gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) atinge um total de 37 imóveis supostamente ligados ao senador do PSL, sua família, além da empresa Bolsontini Chocolates e Café. São 14 apartamentos e 23 salas comerciais em Copacabana, Botafogo, Barra da Tijuca e Jacarepaguá. O parlamentar afirma que não cometeu nenhum crime e se diz vítima de perseguição.

De acordo com a publicação, no pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio e outras 94 pessoas e empresas, de 15 de abril, o Ministério Público afirmava já ter reunido informações de que ele investira R$ 9,4 milhões na aquisição de 19 imóveis. “As vendas declaradas entre 2010 e 2017 representariam uma lucratividade de R$ 3 milhões.” Em 21 de março, no entanto, relacionou os 37 imóveis em um pedido de informações a cartórios do Rio. O documento sobre os imóveis é assinado por três promotores estaduais, que requisitaram cópias das certidões para verificar se existe algum tipo de dívida ligada ao imóvel, quem são seus proprietários e quando e como eles foram adquiridos. O Estadoobteve as informações com uma fonte que acompanha as investigações.

A devassa patrimonial é uma das linhas de investigação do Ministério Público no caso dos supostos pagamentos irregulares detectados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e das movimentações bancárias atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, completa o Estadão.

Bolsonaro teme traição de aliados e rejeição a Eduardo para embaixador

A coluna Painel da Folha de S.Paulo informa que o governo está preocupado com a possível rejeição à indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) à embaixada nos EUA



(Foto: Instagram)

247 - A coluna Painel da Folha de S.Paulo informa que o governo está preocupado com a possível rejeição à indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) à embaixada nos EUA. Aliados de Jair Bolsonaro apontaram risco de traição entre senadores que, neste momento, sinalizam apoiar a escolha do presidente. 

Como o voto é secreto, o ocupante do Palácio do Planalto não tem garantias de que o nome do seu filho será aprovado. Eduardo Bolsonaro continua conversando com cada senador à cata de apoio.

Bolsonaro usa BNDES contra adversários de 2022

Por Helena Chagas, no Divergentes

"Nunca antes nesse país tivemos um presidente tão escancaradamente anti-republicano e cara-de-pau", escreve a jornalista Helena Chagas, sobre a divulgação da "caixa-preta" do BNDES, feita pelo governo de Jair Bolsonaro; "Doria, Huck e os muitos outros que se preparem: até lá ainda virão muitos golpes abaixo da linha da cintura"



Bolsonaro já pode se aposentar com R$ 33 mil e ganhar R$ 75 mil por mês (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

Pelo jeito, a tão anunciada caixa preta do BNDES se resumiu à lista dos nomes dos adversários políticos de Jair Bolsonaro que compraram jatinhos executivos da Embraer com financiamento do banco – procedimento no qual não há ilegalidades, embora se possa questionar prioridades do banco de fomento. Acima de tudo, o que se destaca é mais um episódio de utilização da máquina estatal em favor do presidente da República. Afinal, olha só que coincidência: estão na lista dois de seus possíveis adversários em 2022 – o governador de São Paulo, João Dória, e o apresentador Luciano Huck, entre outros. 


Essa operação foi tão tosca que o próprio Bolsonaro deixou rastro. Em sua live no Facebook na semana passada, rebateu afirmações de Huck sobre seu governo ser “o último capítulo do fracasso” do país e anunciou a divulgação do que chamou de primeira parte da caixa preta – “o pessoal que comprou jatinho”. Dito e feito: Gustavo Montezano, o novo presidente do BNDES amigo da prole de Bolsonaro divulgou a lista dos com-jatinho.

Ao longo de nossa República, temos assistido a seguidos capítulos em que governantes e politicos usaram recursos do Estado a seu favor, às vezes até de forma literal. Mas nunca antes nesse país tivemos um presidente tão escancaradamente anti-republicano e cara-de-pau nessa ação. Não contente em desmantelar os órgãos de controle da corrupção para beneficiar o próprio filho e estar quase indicando um PGR para completar esse serviço – além de nomear o outro filho embaixador nos EUA – Bolsonaro agora mira nos adversáris de 2022.

Doria, Huck e os muitos outros que se preparem: até lá ainda virão muitos golpes abaixo da linha da cintura.

Instituto Federal Ceará cancela palestra de Boulos

Foto: EducamaisBrasil                                                            Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)









Da Folha de S. Paulo  - Painel
Daniela Lima
 

O candidato a presidente pelo PSOL em 2018, Guilherme Boulos, soube que palestras suas nos campi do Instituto Federal de Ensino do Ceará, quinta (22) e sexta (23), foram canceladas.
Em comunicado, a direção da entidade disse que estava suspendendo todas as atividades relativas à Semana de Direitos Humanos para “evitar que o evento fosse compreendido como possuidor de um viés político-partidário”.
A direção rechaça em comunicado a acusação de censura e diz que, na verdade, faltou um debate prévio sobre a programação. Boulos decidiu manter suas falas. Vai fazê-las do lado de fora das unidades de ensino.

A atuação discreta de Eduardo Bolsonaro


De O Estado de S. Paulo - Coluna do Estadão

Indicado informalmente para ocupar a Embaixada do Brasil em Washington (EUA), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) teve até agora atuação discreta como deputado federal. Dos 44 projetos de lei e PECs que o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro apresentou desde 2015, quando assumiu seu primeiro mandato, nenhum chegou a virar lei. Quase metade (19) é relacionada à segurança pública, alguns com forte viés conservador. O último deles propõe aumentar para 50 anos de prisão a pena para quem cometer homicídio por “imposição de ideologia de gênero”.
Assinado também por Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), o texto ganhou de cara o codinome “Lei Rhuan Maycon”, em referência ao menino de 9 anos morto pela mãe e pela namorada. Segundo elas afirmaram, desejavam que o garoto fosse uma menina.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

BNDES: caixa preta ou dossiê contra adversários?


Estadão - Vera Magalhães

A abertura do que Jair Bolsonaro costuma chamar de “caixa preta” do BNDESresvalou em material de artilharia das redes bolsonaristas contra dois potenciais adversários do presidente em 2022: Luciano Huck e João Doria Jr. Tanto o apresentador da TV Globo quanto o governador de São Paulo constam da relação de pessoas que se utilizaram de uma linha de financiamento do banco, aberta em 2013, para a compra de aeronaves da Embraer em condições favoráveis.

Huck, Doria e outros que aparecem na lista não cometeram nenhuma ilegalidade. O questionamento possível é quanto à existência de uma linha para subsidiar jatinhos para ricos num banco que deveria ser de fomento à atividade econômica. Mas a divulgação dos nomes dos contemplados pela linha de crédito e a imediata viralização disso pelas redes sociais e por meio de memes do WhatsApp cumpre o claro propósito de começar a desconstruir a imagem de virtuais adversários de Bolsonaro, e é preciso se estar atento para o uso de estruturas de Estado para este fim.

Homem sequestra ônibus na ponte Rio-Niterói


Um homem armado faz passageiros de um ônibus da Viação Galo Branco como reféns na Ponte Rio-Niterói desde as 5h30 de hoje, de acordo com a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Ainda não se sabe qual é a motivação do sequestrador, que ameaça incendiar o veículo.

A Ponte Rio-Niterói está totalmente interditada, no sentido Rio. O sentido Niterói está temporariamente bloqueado, para implantação de faixa reversível, de acordo com a Ecoponte. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) implantaram fechamentos também nos acessos à ponte pela Avenida Brasil e pelo Viaduto do Gasômetro.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Corpo de Bombeiros cercam o veículo que está parado na altura do Vão Central. Viaturas dos bombeiros chegaram ao local por volta das 7h10. 
Equipe do BOPE está em negociação com o sequestrador.  Até o momento, seis vítimas foram liberadas  e 16 seguem dentro do veículo.
O homem, que se identificou como policial militar para entrar no ônibus, não fez nenhuma demanda específica para liberar os reféns, de acordo com a porta-voz.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse, em sua conta no Twitter, que acompanha desde cedo o sequestro do ônibus e está em contato direto com o comando da Polícia Militar. Para Witzel, "a prioridade é a proteção dos reféns".
Em entrevista ao Bom Dia Rio, a mulher de um dos reféns contou que o marido lhe avisou do sequestro. "Sempre roubam carteira e celular, mas esse tipo de coisa nunca aconteceu", destacou Eliziane Terra.
"Ele saiu para trabalhar 4h30. Quando foi por volta de 5h26 ele me mandou uma mensagem dizendo que o ônibus estava sendo sequestrado: 'Estamos indo para a ponte'. A princípio eu pensei que era um assalto. Eu levantei, acordei o meu filho e disse: 'Seu pai está sendo assaltado'", revelou.
A linha de ônibus 2520D da Viação Galo Branco saiu do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, em direção a Estácio, na região central do Rio.
No Facebook, o Centro pediu para que os passageiros que chegam de Niterói utilizem o serviço de barcas para fazer a travessia. 
Cerca de 150 mil veículos passam por dia pela Ponte Rio-Niterói. Nos horários de pico, cerca de 8 mil carros passam por hora pela ponte.

Filha: pastora sabia de plano para matar marido

Pastora-deputada e o plano
Jornal Extra

Uma das filhas adotivas da pastora e deputada federal Flordelis dos Santos de Souza confirmou, em depoimento à Polícia Civil em 24 de junho, que pediu a um dos irmãos, Lucas Cézar dos Santos, para matar o seu pai, o pastor Anderson do Carmo. Marzy Texeira da Silva tambem relatou que a mãe sabia de seu plano. Ela deu as declarações aos policiais no mesmo dia em que Lucas falou, em depoimento, que recebeu pedidos de Marzy para assassinar Anderson três meses antes da morte do pastor.
Ainda em seu depoimento, Marzy afirmou que, em conversa pelo WhatsApp, ofereceu a Lucas R$ 10 mil para matar o pastor. Ela contou que a quantia seria paga com dinheiro que furtaria da própria vítima. Marzy alega que Lucas aceitou o combinado e afirmou que pretendia assassinar Anderson dentro da casa da família, em Pendotiba, Niterói, onde ele acabou sendo executado.
Ainda de acordo com Marzy, o próprio pastor descobriu que estavam planejando sua morte e chamou um por um na família, inclusive ela própria. Ainda de acordo com o depoimento, Flordelis também usava um outro chip que tinha para falar com a filha. Marzy também alegou à polícia que Flordelis pediu à filha para apagar todas as conversas no WhatsApp nas quais foram feitos comentários sobre a morte do pastor.

Bolsonaro adiou a escolha do novo PGR, diz porta-voz


Reuters

O governo federal publica nos próximas dias uma medida provisória com a mudança do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central, e a determinação de que o órgão passará a ser dirigido por servidores de carreira do próprio BC, informou nesta segunda-feira o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
 “O Coaf estará sob o guarda-chuva do BC transformando-se em uma unidade de inteligência financeira, gerenciada por funcionários desse órgão”, disse o porta-voz.
A ideia de transferir o Coaf para o BC foi anunciada há 10 dias pelo presidente e serviu para solucionar o problema criado pela decisão de Bolsonaro de vetar a continuidade de Roberto Leonel, indicado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, na presidência do órgão.
PGR
O porta-voz disse ainda que Bolsonaro não deve anunciar na terça-feira o nome do novo procurador-geral da República, como havia prometido.
“O presidente comentou que em face do número elevado de pessoas qualificados para PGR tem tido dificuldade de fazer uma escolha. No momento adequado ele fará esse anúncio”, afirmou.
Rêgo Barros confirmou que Bolsonaro recebeu nesta segunda o procurador Lauro Cardoso, como tem recebido outros nomes cotados para o cargo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Governador e vice de Sergipe têm mandatos cassados

Do Blog de Magno Martins
O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) votou por 6x1 pela cassação dos mandatos do governador Belivaldo Chagas (PSD) e da vice Eliane Aquino (PT), hoje. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Eleitoral em novembro do ano passado.

A defesa disse que irá recorrer. Até a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral, o governador e a vice permanecem no cargo. Segundo o MPE, se a decisão de perda do mandato for confirmada, serão realizadas novas eleições no estado.
Segundo o TRE, o entendimento foi de que a chapa composta por Belivaldo e Eliane se beneficiou de eventos públicos realizados durante o período eleitoral, como a assinatura de ordem de serviços em formatos festivos amplamente divulgados, o que de acordo com o entendimento da maioria dos juízes eleitorais se configurou em abuso do poder público.
Eles determinaram ainda inelegibilidade de Belivaldo Chagas por oito anos a contar da data das últimas eleições.

Bolsonaro gasta R$ 1,6 mi com medalhas

Presidente da República egresso da carreira militar, Jair Bolsonaro (PSL) deu em seus primeiros meses de governo impulso ao gasto para confecção de um apetrecho caro à caserna, as medalhas.

Os ministérios das Relações Exteriores, da Defesa, Exército, Marinha, Aeronáutica e Escola Superior de Guerra têm mais de 50 tipos diferentes de condecorações, da Medalha do Pacificador à Medalha Sangue do Brasil.
O custo para confecção delas ficou em R$ 1,6 milhão nos primeiros meses de 2019 – dados que vão até abril ou junho, a depender do órgão.
Apesar de o governo ter patrocinado um contingenciamento que atingiu severamente diversas pastas, entre elas a da Educação, o desembolso para as medalhas supera, proporcionalmente, os feitos em 2017 e 2018, se assemelhando aos de 2016 (R$ 3,7 milhões) caso sigam no mesmo ritmo até o fim do ano.
Os valores foram obtidos pela Folha de São Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação.
Em abril, o presidente concedeu ao guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, o mais alto grau da Ordem de Rio Branco, do Itamaraty, condecoração dada pelo governo do Brasil para “distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção”. Ele admitiu Olavo no grau de grã-cruz da ordem.
Na mesma ocasião, foram agraciados, com medalhas de grau inferior, os filhos Flavio (senador) e Eduardo (deputado federal), além de ministros, governadores e congressistas aliados, entre eles o deputado federal Helio Negão (PSL-RJ), espécie de sombra do presidente da República.
Capitão do Exército reformado, Bolsonaro se destaca tanto em dar quanto em receber medalhas.
A Folha identificou que o presidente da República recebeu ao menos sete tipos diferentes de medalhas, quatro delas durante a gestão daquele que ele aponta hoje como seu arquirrival, o petista Luiz Inácio Lula da Silva – só parte dos órgãos divulga publicamente a lista dos agraciados pelas condecorações.
As medalhas começaram a aparecer com mais intensidade na lapela de Bolsonaro na primeira gestão de Lula, quando o capitão reformado estava em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados – local em que permaneceu por 28 anos como parlamentar do chamado baixo clero, o contingente de baixíssima projeção política nacional.
Após ter deixado o serviço ativo do Exército absolvido em um processo em que era suspeito de planejar atentados a bomba no Rio, Bolsonaro pautou todos os seus mandatos na Câmara pela defesa dos interesses corporativos dos militares.
De acordo com os registros oficiais, em 2004, 2005 e 2006 ele recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico, a Medalha da Vitória (Ministério da Defesa), a Ordem do Mérito Militar (Exército) e a Medalha Santos-Dumont (Aeronáutica).
Em geral, elas têm por objetivo recompensar pessoas que tenham prestado relevantes serviços às Forças. A da Vitória, especificamente, destina-se a agraciar aqueles que contribuíram para a difusão dos feitos dos brasileiros que lutaram na 2ª Guerra Mundial. Clique aqui e confira a matéria da Folha de São Paulo na íntegra.

Procuradores estão incomodados com participação de Flávio Bolsonaro no processo de escolha do novo PGR

Do O Globo

O subprocurador Antonio Carlos Simões Martins Soares, indicado por Flávio

A divulgação de notícias sobre a possibilidade de que o subprocurador Antônio Carlos Simões Soares possa ser indicado para o cargo chefe do Ministério Público Federal (MPF) está provocando um forte clima de insatisfação entre procuradores. Integrantes do MPF ouvidos pelo GLOBO nesta segunda-feira sustentam que Soares não teria condições de chefiar o MPF num momento tão complicado do país.


Segundo esses procuradores, Soares está há apenas dois anos em Brasília como subprocurador-geral, nunca comandou uma grande investigação e permanece desconhecido entre boa parte dos colegas de instituição.

Subprocuradores e procuradores estão incomodados com a participação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no processo de escolha do futuro procurador-geral. O advogado do senador teria sido um dos responsáveis pela indicação de Soares. Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, é alvo de uma investigação do Ministério Público do Rio sobre supostas fraudes no gabinete do parlamentar.


Soares, que já cursou a Escola Superior de Guerra, instituição de estudos ligada ao Ministério da Defesa, já esteve com Bolsonaro.

(…)

Reação a Bolsonaro ameaça ser praga para o agronegócio

FERNANDO BRITO · no Blog Tijolaço


Os agroboys bolsonaristas que se cuidem.

Nélson de Sá, na Folha de hoje, mostra os estragos dos coices ambientais de Jair Bolsonaro.

Dois dos principais veículos de comunicação alemães, o Der Spiegel e Die Zeit fazem uma verdadeira conclamação por sanções comerciais contra o Brasil, por conta do desmatamento da Amazônia.

“É hora de sanções contra o Brasil”, diz a revista, enquanto o jornal sugere que “é preciso apertar onde dói”, ou seja, nos negócios com a Alemanha.

Fala-se abertamente em boicotar a compra de soja brasileira. Os agricultores do GrainBelt, nosso maior concorrente em exportações do produto para os alemães agradecem, penhorados, sobretudo nesta época de encrenca comercial com a China.

O Die Zeit propõe, expressamente:

Talvez seja mais promissor começar em um ponto que fere mais o Brasil: nos interesses econômicos de seus exportadores, por exemplo, agricultores que vendem soja e carne bovina em grande escala para metade do mundo. A União Europeia é um dos principais importadores e acaba de assinar um acordo de livre comércio com o Mercosul, o mercado comum sul-americano

Claro, por déficit cognitivo, existência fútil e excesso de sertanejo universitário, os agroboys vão demorar a compreender – se é que vão – as consequências do que está fazendo seu “Mito”.

Mas os papais dos filhinhos, estes já estão vendo e é sinal disto a entrevista de Blairo Maggi, eleitor de Bolsonaro ao Valor, dizendo que o discurso presidencial anula todo o esforço do agronegócio para se firmar no mundo.

O acordo com a União Europeia, tão festejado, parece ter nascido morto.

“Bolsonaro atira pelas costas nos seus soldados”

Gustavo Bebianno: ex-ministro demitido do governo diz que presidente vai ficar isolado e que ‘fenômeno de 2018’ não se repetirá
Ricardo Galhardo, O Estado de S.Paulo

A caminho do Palácio dos Bandeirantes, onde se encontraria com o governador de São Paulo, João Doria, pouco antes da filiação do deputado Alexandre Frota ao PSDB, Gustavo Bebianno adianta seus planos para o futuro: quer participar da eleição de 2020, talvez como candidato a prefeito do Rio, filiado ao próprio PSDB ou ao DEM.
“Recebi alguns convites e, na hora certa, vai ser decidido”, disse ao Estado na sexta-feira. Demitido da Secretaria-Geral da Presidência, Bebianno afirmou que sua saída do governo e a expulsão de Frota do PSL mostram um “viés autoritário” do presidente Jair Bolsonaro, cujo destino seria terminar o governo isolado. “Ele próprio atira nos seus soldados. E pelas costas.”
Como o sr. avalia a expulsão de Alexandre Frota pelo PSL?
O partido tem de ser composto por vozes que destoam entre si. Ele tem de ter um núcleo, um alinhamento, mas é muito saudável que haja divergências internas. Então, este tipo de atitude revela um viés muito autoritário que infelizmente vem sendo demonstrado pelo presidente desde a sua eleição. É muito preocupante o presidente determinar ao seu partido uma ordem sumária para que um de seus membros seja expulso. O presidente revela uma absoluta falta de lealdade com seus próprios soldados. Algumas pessoas dizem que o Jair tem deixado seus soldados para trás. Acho que é muito pior. Acho que ele próprio atira nos seus soldados. E pelas costas.


Leia entrevista completa clicando ao lado: Gustavo Bebianno: 'Bolsonaro atira pelas costas nos seus soldados

Após último capítulo da Vaza Jato, ministros falam em ‘crime’ durante operação





Da Folha:


O registro de pedidos de membros da força-tarefa da Lava Jato a integrantes da Receita de rastreamento informal de dados de contribuintes elevou em muitos graus a temperatura dos comentários de ministros de cortes superiores sobre os métodos dos investigadores.

Os magistrados que antes falavam em faltas funcionais graves agora usam a palavra “crime” para definir o saldo dos episódios revelados pela Folha e pelo site The Intercept neste domingo (18).


Como já existem procedimentos que investigam a atividade da Receita, as notícias de uma atuação conjunta e informal de agentes do Fisco com a Lava Jato tendem a ampliar a pressão sobre o órgão.

Pessoas que conhecem o presidente do Banco Central, Roberto Campos, dizem que ele está disposto a romper qualquer laço entre o Coaf e servidores que atuaram na Lava Jato. No intuito de cessar as suspeitas dos três Poderes sobre o órgão, ganha força a tese de que nenhum deles deve permanecer.

(…)

domingo, 18 de agosto de 2019

Glenn: Moro e Deltan acreditam ter o direito de ser corruptos



247 - O jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept, explica a relação do comportamento de Sergio Moro e Deltan Dallagnol contra a lei do abuso de autoridade com sua atuação durante a Operação Lava Jato.

"Um tema consistente das revelações da #VazaJato é que Moro e Deltan fingiram ser fanáticos sobre o combate à corrupção enquanto acreditavam que tinham o direito de ser corruptos. Ainda acreditam nisso, e é por isso que estão lutando contra punições por corrupção de juízes e MPF", observa.

Em novo capítulo da Vaza Jato publicado neste domingo 18, mensagens revelaram que a força-tarefa obteve com a Receita Federal dados sigilosos de suspeitos sem autorização judicial, por meio de aplicativos de conversas (leia mais).

Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que trata do abuso de autoridade. A matéria criminaliza todo o comportamento da Lava Jato com seus investigados e suspeitos. Moro e Dallagnol são contra as medidas.

De onde ela vai tirar esse dinheiro todo?


Parlamentares dizem aguardar que a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), cumpra a promessa de que Jair Bolsonaro vai enviar à Câmara proposta que libera R$ 330 milhões a bolsas de pesquisa.

A verba foi uma contrapartida exigida pelos parlamentares em troca da autorização para o governo emitir R$ 248 bilhões em dívidas para saldar despesas, driblando a chamada regra de ouro.
Na sexta (16), o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) disse que, sem os R$ 330 milhões, os bolsistas do CNPq ficarão sem receber a partir de setembro.  (FSP)