sábado, 6 de dezembro de 2014

Rui rechaça golpe e prega volta de Lula em 2018

247 - O presidente do PT, Rui Falcão, concedeu uma importante entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT (assista aqui). Nela, fez um alerta em relação a movimentos golpistas que começam a ganhar corpo. Falcão disse que um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff “certamente será repudiado pela população”. Ele afirmou ainda que a oposição precisa “saber perder” e “reconhecer o resultado”.
O presidente do PT também criticou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, que convocou um protesto contra Dilma neste sábado. “Ele imagina que a campanha eleitoral continua. Prossegue no palanque. E uma mais provável é que a derrota lhe subiu à cabeça, porque são tantas manifestações despropositadas”.
Em relação às denúncias de corrupção, ele atacou o financiamento privado de campanhas políticas e defendeu que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, devolva o processo sobre o caso, em que o STF já decidiu por 6 a 1. “Prefiro acreditar que ele está examinando com mais cautela, apesar de já ter uma formação de maioria. E essa retenção funciona mais como manobra protelatória. Vai ficar muito difícil ele continuar segurando esse processo na mão.”
Crítica a Moro
Falcão também avalia que o juiz Sergio Moro cometeu uma ilegalidade ao vazar trechos de duas delações premiadas de executivos da construtora Toyo Setal antes de eventual denúncia do Ministério Público. “Pela lei da delação premiada, você só torna pública a delação premiada quando há denúncia formal”, afirmou. “De repente, a pedido de um advogado de uma empreiteira, o juiz rompe o sigilo de dois relatores para tentar nos comprometer, coisa que nós negamos, porque todas doações que o PT recebe são legais. Tanto é que sabem que a doação foi feita porque está declarado na prestação de contas. Estou achando estranho também o rompimento do sigilo antes que qualquer denúncia se efetive.” De acordo com Falcão, a conduta de Moro tem permitido "uma manipulação política" do caso.
Em relação a 2018, ele voltou a defender a volta de Lula, como fez no dia da vitória e de Dilma. “Essa declaração teve um duplo sentido: primeiro, funcionou como elemento de contenção e, ao mesmo tempo, um elemento de motivação em uma hora que as dificuldades se afiguravam muito grande”, disse ele. “Continuo preferindo o Lula, desde que ele queira”.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Artigo de opinião,Trensalão: PF, Tóffoli, Marco Aurélio e Fux (claro) matam no peito

Eduardo Guimarães
EDUARDO GUIMARÃES 
A PF indiciou 33 investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório. Nenhum desses indiciados é político. Só laranjas foram acusados. Meros funcionários
Enquanto céus e terras se movem para inventar pagamento de propina com recibo, nas instâncias de investigação que julgam e condenam políticos só quando são petistas, tucanos envolvidos em escândalo que em tudo se assemelha ao da Petrobrás vão saindo à francesa, sob os auspícios da PF e do STF.
Esse caso é uma bofetada no rosto da sociedade, sobretudo da sociedade-zumbi que povoa São Paulo, ainda que esta não se manque.
Na última quinta-feira (4), a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o cartel de empresas fornecedoras de trens para o Metrô e para a CPTM, esquema que operou em São Paulo entre 1998 e 2008 (dez anos inteirinhos) sem que os então governadores Mario Covas, Geraldo Alckmin e José Serra soubessem qualquer coisa.
Governante tucano tem direito de “não saber”, ao contrário de governante petista.
A PF indiciou 33 investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório. Nenhum desses indiciados é político. Só laranjas foram acusados. Meros funcionários, tanto das empresas corruptoras quanto das corrompidas.
Alguns deles ainda trabalham nas empresas estatais paulistas, inclusive.
O perfil de indiciados é muito parecido com o do escândalo da Petrobrás. São servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de grandes empresas que participaram de esquema de divisão de contratos com o Metrô de São Paulo e com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
As estatais “foram usadas, foram vítimas” do ajuste das empresas, diz a PF. Não são como a Petrobrás (SIC), que “sabia de tudo”…
O que difere em um esquema criminoso que teve início há 16 anos – e que só começou a ser investigado em 2008 – para o caso Petrobrás é que, de forma espantosa, essas empresas que corromperam funcionários públicos das estatais Metrô e CPTM fizeram tudo isso sem envolver um mísero político, segundo a PF.
José Serra, por exemplo, apesar de ter sido acusado por um ex-executivo da Siemens, Nelson Marchetti, de ter orientado a multinacional alemã a não entrar com ação na Justiça contestando a contratação da espanhola CAF na licitação para compra de 384 carros da CPTM, segundo a PF “não sabia” de nada.
Mas Serra não foi o único político investigado. Em outubro de 2013, a PF tomou depoimentos de dois ex-diretores da Siemens, em uma delação premiada igualzinha à do caso Petrobrás. Everton Rheinheimer, um dos delatores, citou deputados do PSDB, do DEM e do PPS como beneficiários de propinas do cartel.
Porém, alegando falta de indícios, o Supremo Tribunal Federal arquivou os inquéritos contra o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, e contra os deputados federais Arnaldo Jardim, do PPS, e Edson Aparecido, do PSDB.
Contudo, o escândalo que seria um esquema dessa envergadura não envolver um mísero político, tem chance (pequena) de não ocorrer. O Supremo ainda analisa suspeitas contra os deputados Rodrigo Garcia, do DEM, e José Anibal, do PSDB. Eles foram citados em delação premiada feita pelo ex-diretor da Siemens Everton Reinheimer.
Dois ministros já votaram para acabar com essa coisa incômoda de investigar demos e tucanos e decidiram-se pelo arquivamento da denúncia. Outros dois posicionaram-se a favor da continuidade da investigação. O julgamento, porém, foi interrompido por pedido de vista de um dos ministros.
O recurso de “acompanhamento processual” do site do STF mostra quem decidiu o que no STF após a escandalosa conclusão da PF, que age de forma tão diferenciada quando os envolvidos em escândalos são do PSDB. Confira, abaixo, o que diz o andamento do processo 3815 do Supremo.
















Petrobras recebe autorização para operação de todas as unidades da primeira etapa da Refinaria Abreu e Lima

Nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou que recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação de todas as unidades do trem 1 de refino da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).
Com o procedimento, a companhia fica autorizada a produzir diesel na refinaria.
A autorização consolidada foi publicada na edição desta quinta-feira (4/12) do Diário Oficial da União (DOU).
As permissões da ANP contemplam as unidades de destilação atmosférica, coqueamento retardado, tratamento cáustico, hidrotratamento de diesel, hidrotratamento de nafta, geração de hidrogênio e tratamento de águas ácidas.
Além das sete unidades autorizadas, a ANP também concedeu à Petrobras permissão para a operação de 36 tanques e quatro esferas do primeiro trem da RNEST. Com capacidade total de armazenamento de aproximadamente 1 milhão de m³, os tanques e esferas irão estocar petróleo, diesel, nafta, resíduos, entre outros.(Do blog do jamildo)

Listão de mimos da OAS tem corte de terno para Aécio (Raivosinho) Neves

247 – Um listão com nomes de políticos e os respectivos presentes de aniversário que teriam sido dedicados a eles pela empreiteira OAS – uma das envolvidas na Operação Lava Jato – foi descoberto pela Polícia Federal em um dos computadores da empresa. O rol de mimos, lembranças e presentes caros inclui políticos de diferentes partidos, num arco que vai do presidente do PSDB, Aécio Neves, ao ex-ministro José Dirceu, do PT. Tudo de muito bom gosto e qualidade. A informação foi dada inicialmente pelo site Folha.com .
Um 'corte' de terno teria sido dedicado pela OAS ao presidente do PSDB. Vice de Aécio nas eleições de outubro, o senador Aloysio Nunes confirmou ter ganho uma gravata. Complemento de vestuário do mesmo tipo teria sido remetido ao então ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), que negou ter recebido o presente.

Oito governadores eleitos realizam encontro na Paraíba


Oito dos nove governadores eleitos do Nordeste confirmaram presença no encontro que está sendo organizado pelo Governo da Paraíba para discutir uma agenda positiva para a região. A reunião dos governadores acontece na próxima terça-feira, com início previsto para as 9h, devendo se prolongar até as 17h, no Centro de Convenções de João Pessoa.
Confirmaram presença os governadores eleitos Renan Filho (Alagoas); Rui Costa (Bahia); Camilo Santana (Ceará); Flávio Dino (Maranhão); Paulo Câmara (Pernambuco); Wellington Dias (Piaui) e Robinson Faria (Rio Grande do Norte).
O governador Ricardo Coutinho, anfitrião do evento, falou da importância do encontro, ressaltando a necessidade de discutir uma pauta positiva e prioritária para o Nordeste: "Pretendemos criar um ambiente para discutir o presente e o futuro da região, mas em uma perspectiva integradora com o País. O Nordeste é uma região com perspectivas importantes de desenvolvimento e precisa ser visto e respeitado como solução. Queremos construir uma agenda comum e dialogar com o governo federal, com o Congresso Nacional e com a sociedade".
Entre os assuntos a serem discutidos no encontro estão agenda positiva para a região; investimentos, infraestrutura, logística, turismo, portos, aeroportos e obras a exemplo da ferrovia Transnordestina e Transposição do Rio São Francisco.(Do blog de magno martins)

“Eleições no Sul mostraram vigor da democracia”

247 – As eleições nos países da América do Sul reforçaram o vigor da democracia e mostraram que o povo prioriza a inclusão social e a distribuição de renda, discursou a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira 5, em Quito, no Equador, durante a cúpula da Unasul, bloco que reúne os 12 países do continente.
"As eleições em cinco países demonstraram o vigor das nossas democracias, com escrutínios marcados pela expressiva participação popular e a mais ampla liberdade de expressão. Nessas eleições, saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e do combate à desigualdade e da garantia de oportunidades, que caracteriza nossa região nos últimos anos", afirmou.
Em uma fala de cerca de 15 minutos, ela também destacou as vitórias de Tabaré Vasquez, no Uruguai, Michele Bachellet, no Chile, Evo Morales, na Bolívia, e Juan Manuel Santos, na Colômbia, além da sua no Brasil. Ela definiu sua reeleição como sendo a renovação do apoio da sociedade a "um projeto que combina inclusão social, combate à pobreza e busca aumentar a competitividade".
Dilma afirmou ainda que a crise internacional "afetou profundamente" o Brasil e que devido ao cenário "cada vez mais conturbado pelas incertezas de ordem política e econômica", é extremamente importante a "integração dos países da nossa região. A presidente citou "um quadro difícil na Europa", uma "recessão no Japão" e "uma recuperação nos Estados Unidos, mas que ainda não mostra toda a sua força".
A presidente destacou o crescente peso da região como interlocutor global, que tem como características principais o diálogo e a cooperação. Ela apontou para novas interlocuções nos próximos anos. "Por isso, tenho certeza que ao longo dos próximos anos vamos também diversificar e buscar novas interlocuções", afirmou.

Preparem as “barricadas”, os golpistas já estão em marcha!

Lula Miranda
LULA MIRANDA : Artigo publicado no blog 247
 
O “golpismo”, despudoradamente, despe-se das aspas da dissimulação e já se desnuda em GOLPISMO, pura e simplesmente, em toda a sua sordidez, desfaçatez e oportunismo. 
O último mote da grande imprensa de negócios e negociantes agora é transformar doações legais, feitas à campanha de Dilma Rousseff e declaradas à Justiça Eleitoral, como manda a lei, em “propinas” da operação Lava Jato. 
Se só faltava essa, já não falta mais nada. 
A estratégia é confundir doações legais como caixa 2. Note bem: como as investigações e análises de documentos da Operação Lava Jato já devem estar demonstrando/comprovando que as doações foram legais, estão mudando a versão dos fatos para forjar a existência de crime eleitoral e assim impedir a presidente eleita de assumir e, se assumir, impedi-la de governar.
Vejam o título da capciosa matéria da Folha, logo reforçada pela “análise” de um de seus diretores de sucursal, cargo de “responsa”: “Propina na Petrobras foi paga em doações oficiais ao PT, diz delator”. Numa autêntica e manjada “tabelinha”, como se diz nas redações. Um “levanta a bola” para o outro chutar em seguida e assim reforçar a “verdade” que o jornal pretende impor aos seus leitores. 
Ora, se é doação oficial não pode ser qualificada como “propina”!  Mas, para todos os efeitos, quem disse não foi a Folha, foi o delator. Não se pode culpar o mensageiro – não é mesmo? Esse mesmo “expediente” (ou ardil) foi utilizado pela “Veja” para tentar derrubar a candidatura Dilma às vésperas do pleito e assim ganhar a eleição, no grito, para o seu candidato. Qual o “expediente”? O de falar por intermédio das palavras de um criminoso confesso. 
Mas a Folha, em seguida, fala com as próprias palavras. Como adiantei acima, o diretor da sucursal em Brasília apressou-se em esquentar a matéria no afã de dar liga a uma provável mentira, tentando emendar a emenda e assim arruinar o soneto, digo, o jornalismo: “Depoimento aproxima caso de Dilma” – é o título da ”análise” que esquenta a matéria anterior, conclui a tabelinha e dá a senha da próxima jogada aos demais veículos . 
Na sequência, rapidamente, o Estadão e o jornal o Globo, ajudariam a espalhar a “notícia” dando manchetes com as chamadas “letras garrafais” em suas páginas na internet, e por toda a tarde e noite esses “repiques” ficariam por lá, em destaque , pouco importando se o relatado trazia em seus termos uma contradição insanável. Com certeza essas mesmas manchetes amanhecerão estampadas nas bancas de jornal amanhã. A TV Globo já faz, também, a sua parte nessa orquestração.
Não há qualquer ilegalidade naquela contribuição à campanha da presidente eleita. É o típico denuncismo e parcialismo que se revela através de uma não notícia ou de uma falsa e manipulada notícia, melhor dizendo.
Perceberam como funciona o jornalismo de negócios e negociantes?
Para aqueles que ainda não se deram conta: os golpistas estão em marcha. Na grande mídia, no Congresso, nas redes sociais e nas ruas, em manifestações ainda esvaziadas. O que antes parecia apenas retórica de disputa política toma conotações de realidade. Portanto, é chegada a hora da reação.
Progressistas, legalistas e democratas, preparem suas barricadas e trincheiras de resistência!
Um golpe está em curso!
Até o insuspeito Jô Soares, pois que é tucano histórico, já fez o alerta por esses dias em seu programa: “impeachment da presidente é golpe”.
Recorrendo a uma metáfora futebolísitica, o ministro Gilmar Mendes, tal qual um centroavante oportunista, já está plantado no campo do adversário em escandalosa, pois flagrante, posição de impedimento. Oportunista, esgueira-se por entre os defensores, num esforço vão para não ser detectado em seu intento sub-reptício, enquanto a grande mídia faz sua parte confundindo os zagueiros, fazendo jogo de cena, dissimulações, “dribles da vaca” e passes em falso, preparando a jogada derradeira. Gilmar só espera a bola boa chegar para, cara a cara com o goleiro marcar o gol de placa e ainda fazer chacrinha para a torcida adversária.
Todos já devem saber que as contas de campanha da presidente Dilma, por uma dessas estranhas “coincidências” e “acasos” da vida, foram parar nas mãos do “imparcial” ministro Mendes, amigo de Demóstenes. Que já se jacta em realizar uma verdadeira “devassa” nas contas, para assim, quem sabe, descobrir pelo de cobra em ovo de pato.
Os golpistas já marcham à luz do dia. Boquirrotos, arrogantes, preconceituosos, maquiavélicos, transgressores da legalidade institucional, grosseiros. “Foda-se a Venezuela!” –  exibem, ostentam, orgulhosamente,  suas vergonhas e boçalidade.
Diante da tamanha fúria golpista, cabe-nos a proteção e o abrigo das barricadas e trincheiras da legalidade, da legitimidade do voto, da Justiça e da Lei Magna, a Constituição.
Os golpistas veem fantasmas “bolivarianos” conspirando contra si. Covardes, perseguem, achincalham e agridem seus adversários políticos como se inimigos mortais fossem. Seus olhos vidrados, dedos em riste, veias saltadas na têmpora, denunciam a sua insanidade política. Combatem inimigos invisíveis, personagens espectrais que povoam a sua fértil e feérica imaginação, bem como a história e a realidade de outras nações distantes.
O candidato derrotado, Aécio Neves, joga no lixo os seus cerca de 50 milhões de votos ao assumir uma (o)posição raivosa e insensata, cedendo assim, desde já, graciosamente, o posto de candidato das oposições em 2018 para o moderado e insípido Geraldo Alckmin. Este, por sua vez, mantém distância regulamentar dos despropósitos e despautérios golpistas e, experiente, aguarda a sua hora e vez. 
Afinal, 2018 já é logo ali. 
E o “irreconhecível” Aécio, como se nota, arrastado irremediavelmente pela insensatez, incompetência e inexperiência, não estará na urna eletrônica em 2018 – ao menos não na condição de candidato ao cargo de máximo mandatário da nação. Não mais. Perdeu o rumo e o prumo.

Artigo de opinião: Lava Jato deve selar fim de doação eleitoral de empresas

As revelações da Operação Lava Jato deverão selar o fim das doações eleitorais de pessoas jurídicas.
A delação premiada de dois executivos da Toyo Setal aumentará a pressão para que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes devolva para julgamento o processo que proíbe contribuições eleitorais de empresas. A maioria do Supremo já votou a favor da proibição, mas o pedido de vista de Mendes, que já dura inacreditáveis oito meses, impede a conclusão do julgamento. 
Tornaram-se públicos os depoimentos de delações premiadas dos dois executivos da construtora. Augusto Mendonça disse que o PT recebeu propina de contratos na Petrobras por meio de doações eleitorais. Júlio Camargo, outro executivo da empresa, negou que tenha havido propina por meio de doações eleitorais, mas confirmou pagamentos em dinheiro no Brasil e em depósitos no exterior.
Outro efeito dessas delações é dar à oposição mais discurso para desgastar a presidente Dilma Rousseff. Os depoimentos dos dois executivos atingem diversos partidos, inclusive da oposição, mas afetam mais o PT.
O senador Aécio Neves, candidato do PSDB derrotado na disputa presidencial de outubro, disse que, se ficarem provadas as acusações feitas por Augusto Mendonça, estaremos diante de um governo ilegítimo.
Aécio e parcela do PSDB flertam com a possibilidade de um eventual impeachment da presidente. É um caminho perigoso. Criminalizar as doações eleitorais oficiais apenas no caso do PT é algo de difícil execução.
Júlio Camargo, o outro executivo da Toyo Setal, negou que tivesse dado propina por meio de doação de campanha. Disse que doou por conveniência política.
Todos os grandes partidos e todos os principais políticos do país receberam doações oficiais desse grupo de empreiteiras. Como criminalizar as contribuições ao PT no governo federal e dizer que doações para o PSDB e outros partidos foram legítimas em administrações estaduais?
Também é preciso mais elementos e provas para falar em governo ilegítimo e pregar o impeachment de uma presidente que acabou de ser democraticamente eleita. Parece haver um viés golpista nessa pregação. Podem ser feitas muitas críticas à presidente Dilma, mas é injusta a de que ela seria desonesta e conivente com a corrupção.
Um dos complicadores de um acordo entre PT e PMDB para o apoio à candidatura  de Eduardo Cunha à presidência da Câmara é justamente a possibilidade de prosperar o caminho político do impeachment. O presidente da Câmara tem papel fundamental para viabilizar esse processo. Dilma tem sido aconselhada a não confiar em Cunha porque ele poderia, lá na frente, ser “o homem do impeachment”.

Delator cita empresas que doaram ao PSDB, PT, PR e PSD




Toyo Setal, Construcap e Carioca repassaram recursos a 17 siglas
Da Folha de S.Paulo
As empresas Toyo Setal, Construcap Engenharia e Carioca Engenharia, citadas em depoimento do executivo Augusto de Mendonça Neto como integrantes de um cartel para divisão de obras contratadas pela Petrobras, doaram juntas cerca de R$ 34 milhões para campanhas eleitorais na disputa deste ano.
A metade do montante, cerca de R$ 17 milhões, financiou candidaturas de apenas quatro partidos: PSDB, PT, PR e PSD. Ao todo, 17 siglas receberam recursos das três empresas que, segundo depoimento do executivo a procuradores e policiais da Operação Lava Jato, fariam parte de um 'clube de empreiteiras'.
A maior doadora foi a Carioca Engenharia, que investiu cerca de R$ 25 milhões na disputa deste ano, 73% do total. Os maiores beneficiados foram o PSD (R$ 3,8 milhões), o PMDB (R$ 3,7 milhões) e o PT (R$ 3 milhões).
Na sequência, a Construcap Engenharia doou um montante de R$ 6,4 milhões na disputa eleitoral deste ano, financiando principalmente campanhas de candidatos do PSDB (R$ 3 milhões), PRB (R$ 1,2 milhão) e PT (R$ 1,1 milhão).
A Toyo Setal, empresa da qual Augusto de Mendonça Neto é executivo, investiu R$ 2,5 milhões na disputa eleitoral deste ano, sendo que 80% foi repassado para o PR. O PT foi o segundo mais beneficiado, com R$ 290 mil.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

‘Coxinhas’ e indignados na porta do Parlamento

Reacionários, “coxinhas”, indignados e apartidários. Assim se descreveram, nesta quarta-feira, 03, os integrantes do grupo que protestava diante do Congresso contra o governo Dilma Rousseff e contra a aprovação do projeto que flexibiliza a meta de superávit. Enquanto uma mulher vestida de vermelho se indignou ao entender que havia sido chamada de petista, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi tratado como líder.
O grupo chegou a ter cerca de 50 pessoas e incluía pessoas de diversas faixas etárias. A mais velha era a aposentada Ruth Gomes de Sá, 79, que levou uma gravata de um policial do Senado durante o protesto na galeria na Câmara na noite de terça-feira. Ontem pela manhã, Ruth chegou ao Congresso com uma bandeira do Brasil enrolada na cintura e com uma cópia da queixa que prestou contra seus agressores. “Não vou desistir nunca”, disse a aposentada, que afirmou não ser filiada, mas frequentadora ativa de “todos” os eventos do PSDB.
Outro manifestante era o administrador Marcello Reis, organizador do grupo Revoltados On Line, que organiza suas ações via internet e conta com quase 300 mil seguidores no Facebook. Reis foi um dos únicos manifestantes a ter acesso ao interior do Congresso ontem. Ele passou o dia tentando, na Justiça, autorização para que os demais ativistas entrassem.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que o Revoltados On Line é um grupo de extrema-direita, que está começando a levar suas ações do ambiente da internet para as ruas. O petista disse ainda que o grupo tem treinamento militar e defende a suspensão dos trabalhos do Congresso Nacional.
“Nunca participei de grupo paramilitar. Isso é mentira. Disseram também que somos contra os gays. Isso também é mentira”, afirmou Reis, que negou ter filiação partidária e disse ser contra a ditadura militar.
Reis passou boa parte do dia acompanhado do cantor Lobão, que chegou ontem a Brasília para participar da manifestação. No gabinete da liderança do DEM na Câmara dos Deputados, o músico afirmou que passaria a noite em Brasília. Questionado se faria vigília, respondeu em tom jocoso. “Vou para um hotel. Sou coxinha”, afirmou.
‘Reacionário de Twitter’
O publicitário Renato Malta, 32, disse “se identificar muito” com as causas defendidas pelos manifestantes e se qualificou como um “reacionário de Twitter” que “troca uma ideia com o Lobão”.
“Ajudo a divulgar tudo o que é mentira divulgado pelo governo”, afirmou o publicitário. A seu lado estava o professor Paulo Castelo, 36, que disse ter ido protestar para que o governo do Distrito Federal convoque professores que fizeram concurso em 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Fonte: Estadão Conteúdo

Rollemberg busca nomes de Aécio para seu governo


Por Leandro Mazzini, do Blog Coluna Esplanada
A secretária de Planejamento e Gestão do governo de Minas Gerais, Renata Vilhena, é uma das cotadas para assumir o cargo no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), no Distrito Federal. Renata é um bom quadro, mas não tirou Minas do atoleiro de dívidas com bancos de fomento e com a União, apesar do ‘choque de gestão’ de Aécio de anos atrás.
Minas hoje figura no Tesouro entre os três Estados mais endividados do País – coisa de uns R$ 19 bilhões, entre repasses da União e de bancos internacionais. O governo, em outras ocasiões, já justificou o tamanho da dívida pelo indexador usado pela União – motivo pelo qual houve lobby dos Estados para a lei de mudança do índice.
A situação é tão delicada em Minas que algumas viaturas da Polícia Civil de Belo Horizonte têm cota mínima de combustível: correm com 20 litros por semana, quando não estão paradas.

Aécio surtou, Gilmar, bandalheira e imprensa golpista

Artigo de DAVIS SENA FILHO
O senador Aécio Neves (PSDB), derrotado pela presidenta trabalhista Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais, ainda está em plena campanha, que terminou após os resultados do segundo turno. Contudo, o tucano surtou e lembra muito o político direitista venezuelano, Henrique Capriles, na maneira de falar, agir e apostar em golpe institucional, como o fez com o presidente Hugo Chávez, mesmo ao preço de sacrificar o estado de direito, a democracia e as instituições republicanas, pois não respeitou o resultado das urnas, a soberania da maioria do povo, que não o elegeu.
Aécio Neves transita pelas mesmas veredas tortuosas de Capriles, e dá uma guinada radical à direita. Por seu turno, trata-se de um senador de atuação política e parlamentar medíocre e, por sua vez, o eleitorado de Minas Gerais o reprovou, porque os mineiros elegeram para governador o petista Fernando Pimentel, além de Dilma ter vencido o candidato do PSDB em seu próprio Estado, fatos que se tornam muito emblemáticos, porque o povo mineiro ratificou o provérbio popular “Quem não te conhece que te compre”. Como os mineiros sabem de quem se trata, o tucano perdeu em sua terra e hoje tem a desfaçatez de se considerar vitorioso mesmo a ser derrotado pelo PT.
As reações do político mineiro após a derrota eleitoral são, no mínimo, estapafúrdias e de fundo psicótico. Seus pronunciamentos não são normais, porque não correspondem aos fatos, depõem contra as realidades apresentadas e distorcem a verdade. Aécio, juntamente com sua trupe aboletada no PSDB, no DEM e na imprensa de negócios privados cada vez mais golpista e descaradamente mentirosa, simplesmente se aliou a uma direita histérica e que até agora não se conformou com a derrota nas urnas para o PT e passou, colericamente a discursar em favor da instabilidade democrática, do desequilíbrio entre os poderes e, consequentemente, passou a flertar, inquestionavelmente, com a possibilidade de um golpe de estado.
Uma oposição que edifica os tijolos de um processo golpista e irresponsável ao não reconhecer a vitória de sua adversária trabalhista, fato este que eleva os ânimos de segmentos conservadores e reacionários da sociedade, perigosos à normalidade democrática, que invadem as galerias do Congresso para ofender com palavras de baixo calão parlamentares da base do Governo, eleitos pelo povo, que estão a votar, por exemplo, matérias importantes para o País, a exemplo do Projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, que permite a revisão da meta de resultado fiscal.
A oposição tucana e seus aliados trataram, com a participação da imprensa de mercado e familiar, a questão como se fosse um golpe do Governo Trabalhista para não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que, indubitavelmente, não é verdade, mas, sim, uma deslavada mentira. A verdade é a seguinte: o Governo Trabalhista quer descontar da meta fiscal os investimentos no PAC, além de recuperar as perdas de receitas provenientes de incentivos fiscais concedidos a empresas privadas, pois o objetivo era fazer a roda da economia girar e, por conseguinte, combater a crise internacional por intermédio da manutenção dos programas sociais e da criação de empregos, o que foi feito, indelevelmente.
Contudo, muitas empresas, mesmo a receber incentivos fiscais e vender seus produtos como nunca aconteceu antes neste País, muitas delas mantiveram seus preços altos, a despeito das desonerações, realidades estas que acenderam a luz vermelha do Governo petista, que deixou de arrecadar para favorecer empresas cujos empresários gananciosos e sem quaisquer compromissos com o País e seu povo se beneficiaram com imensas vendas, sem, contudo, dar a contrapartida. Um verdadeiro absurdo.
Na outra ponta de interesses políticos e inconfessáveis, porque de essências golpistas, o PSDB, à frente o candidato derrotado Aécio Neves, com o apoio de uma imprensa alienígena, que há muito tempo deixou de fazer jornalismo para se transformar em um partido oficioso, golpista e de direita, começou a distorcer todo esse processo ao dizer em plenário que o Governo Trabalhista não quer cumprir com o superávit primário para pagar a dívida pública e os juros embutidos, o que não é a verdade.
O Governo Dilma, como já disse anteriormente, quer melhorar a arrecadação e evitar, sobremaneira, os cortes no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e nos programas sociais, responsáveis maiores pela manutenção dos empregos dos brasileiros e, sem sombra de dúvida, pelo aquecimento da economia. Esta é a verdade. Ponto. O que sobra é mentira, leviandade, engodo, trapaça, cinismo e hipocrisia de uma oposição midiática e partidária de direita, que deseja o poder a qualquer custo.
A oposição, inconformada e desesperada por estar há 12 anos sem controlar o Governo Federal, ainda vai ficar mais quatro anos a ver navios, pois instituições como o Banco do Brasil, a Petrobras, o BNDES, a Caixa e o Itamaraty vão continuar a trabalhar para efetivar os programas de inclusão social do povo brasileiro, bem como o Brasil vai permanecer no caminho do desenvolvimento, em busca de novas parcerias e a favor de aprimorar e fortalecer instituições como os Brics, a Unasul, o Mercosul e o G-20.
São essas questões, além de muitas outras, que deixam a Casa Grande, proprietária escravagista de seres humanos por quase quatro séculos, tão revoltada, que se dispõe a criminalizar o Governo Trabalhista e o PT, assim como judicializa a política sistematicamente, toda vez que recebe críticas ou perde votações em plenário, por não ter, evidentemente, maioria parlamentar.
O jogo político do PSDB, do DEM, da mídia empresarial e de setores importantes do Ministério Público, do STF e da Policia Federal é pesado e sujo. Este conjunto partidário não oficial e que age de forma visivelmente ordenada para atingir seus propósitos pretende desestabilizar o Governo com a finalidade de conquistar o poder por via judicial. Considero bastante questionável o político do Supremo, Gilmar Mendes, um juiz direitista e opositor manifesto e feroz dos governantes trabalhistas ser o responsável pela aprovação ou não das contas da campanha presidencial do PT.
Simplesmente, surreal! E a desfaçatez não para por aí. Tal magistrado é também o relator do processo de interpelação criminal contra o tucano Aécio Neves, que declarou, irresponsavelmente e sordidamente, que perdeu a eleição para uma organização criminosa. Acabou a pantomima política? Lógico que não. O juiz de direita, inimigo do PT e do Governo Trabalhista ainda vai decidir, a seu bel-prazer, quando vai devolver o projeto que proíbe o financiamento privado de campanhas políticas, que abastece o caixa dois dos partidos e causa transtornos políticos e institucionais ao País, além de ser usado criminosamente pelas mídias comerciais para desestabilizar a democracia.
O “mensalão”, o do PT, parou nas barras dos tribunais e algumas lideranças do partido foram presas. Entretanto, os responsáveis pelos mensalões do PSDB e do DEM estão soltos, lépidos e fagueiros, a rirem da cara do povo e talvez a chamar de “otários” os petistas presos. O mensalão tucano completou aniversário de dez anos de impunidade este ano, ou seja, caducou, e certamente nenhum criminoso emplumado vai ser preso ou ser alvo de notícias da imprensa corporativa, que sempre os blindou.
Os responsáveis pelas injustiças e impunidades ora praticadas são, inapelavelmente, o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal, que jamais quiseram investigar, de verdade, esse grave processo, que atinge, em cheio, os tucanos. Mas, Gilmar Mendes, juiz que toma partido e se pronuncia sobre processos que estão em andamento e que ele vai julgar, considera-se inatingível e por isso toma atitudes nefastas ao País como, por exemplo, pedir vista para se “inteirar” melhor sobre o projeto que proíbe o financiamento privado de campanhas políticas.
Há oito meses o condestável juiz se recusa a devolver o projeto. Por seis votos a um, a Suprema Corte decidiu pela aprovação da matéria, sendo que vai ganhar um prêmio quem acertar de quem foi único voto favorável ao financiamento privado. Já adivinharam? É isto mesmo: o voto contra o principal bandeira da reforma política é de... Gilmar Mendes! Quer dizer que um juiz sabedor que as campanhas financiadas por empresas podem acabar em mensalões e prisões, continua a insistir no erro? E ele é juiz! Seria cômico e surreal se não fosse trágico.
Autoritário e desmedido quando se trata de seus interesses e dos grupos os quais defende ou se associa, o juiz Gilmar Mendes, a meu ver, deveria sofrer um processo de impeachment no Senado, porque se verificarem com seriedade e determinação o que este cidadão fez ou deixou de fazer, na posição de magistrado do STF, certamente os investigadores, corregedores e promotores ficariam de cabelo em pé ou completamente com o pensamento atrapalhado por não compreenderem o porquê de um juiz incorrer em tantos erros e nunca ser denunciado por crimes de responsabilidade
Todavia, Gilmar vai ter de devolver o que não lhe pertence: o País. Também vai ter de ser, pela primeira vez na vida, imparcial, pois está a verificar as contas de campanha de Dilma Rousseff, e o PSDB, agremiação que sempre recorre ou consulta o juiz nomeado por FHC — o Neoliberal I — pediu no sábado, dia 29 de outubro, a reprovação das contas do PT e da presidenta.
Aécio Neves é o PSDB atuam em todos os setores para inviabilizar o Governo Trabalhista e engessar, com a cooperação do Judiciário e do MP, as ações e os programas do Governo, até porque esses setores conservadores sabem que dar um golpe em Dilma Rousseff vai ter séria consequências, inclusive com a tomada das ruas pelas forças populares e de segmentos da sociedade organizada, a exemplo dos sem tetos, dos sem terras, dos sindicados, das federações e confederações de trabalhadores, da OAB, da ABI, da UNE e de setores legalistas das Forças Armadas, do Congresso, do Judiciário, além dos governadores que apoiam o Governo Trabalhista e controlam as polícias militares e civis de seus estados. Apostar em golpes é suicídio político e desrespeito à história, porque quando ela se repete acontece em forma de farsa.
Chega a ser uma leviandade o senhor Aécio Neves afirmar que o Governo Dilma é ilegítimo, porque venceu embates, por intermédio do voto, nos plenários do Congresso. O candidato mineiro foi derrotado e o senador está surtado, de forma similar aos radicais de direita da classe média, que foram às ruas pedir impeachment e golpe militar ou invadiram o Congresso para ilegalmente impedir votações e lançar ofensas àqueles que foram eleitos pelo povo para deliberar, legislar e governar. Autoridades da grandeza institucional de Aécio Neves e Gilmar Mendes deveriam parar de se comportar como anões políticos, apesar de cada ente humano ser medido historicamente pelos seus atos e ações. A bandalheira e o golpe tem um nome: direita. É isso aí.


Manobra tucana



 Enquanto os tucanos esbravejam contra a manobra fiscal que permitirá o governo federal fechar as contas deste ano, Marconi Perillo enviou para a Assembleia de Goiás um projeto que altera o resultado primário nas contas de 2014 do estado, de um déficit de 650 milhões de reais para um superávit de 440 milhões de reais.
Perillo comprou uma briga com os bancos que trabalham com crédito consignado.
Sem alarde, sancionou na semana passada uma lei que, de acordo com a Associação Brasileira de Bancos Comerciais e Múltiplos, dá uma “exclusividade disfarçada” à Caixa Econômica Federal na concessão de créditos consignados para os servidores públicos de Goiás.
Pela lei, a Caixa pode conceder empréstimos para o pagamento em até 96 meses; os outros bancos estão limitados a 60 meses.(Lauro Jardim - Veja Online)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

De onde saíram os agressores demo-tucanos

Do  blog conversa afiada

A violência do Aécio gera violência !
Manifestantes, parlamentares e policiais em meio a tumulto nas galerias da Câmara (Foto: André Dusek / Estadão Conteúdo)


A votação do projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias sobre a meta de superávit primário terminou em confusão. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que discursava da tribuna, foi ofendida por manifestantes.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu a sessão e pediu a intervenção da Polícia Legislativa.

O deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) explicou, pelo Twitter, o motivo da confusão:


“Militantes” que agrediram a Sen. Vanessa, são na maioria funcionários de gabinetes demotucanos. São os “mil e tantos” coxinhas pagos…

Oposição mobiliza arruaceiros para impedir Congresso de exercer sua soberania


Artigo de Paulo Moreira Leite

Sem votos para impedir uma provável vitória do governo na proposta de eliminar o superávit primário nas contas de 2014, a oposição produziu ontem uma cena preocupante do ponto de vista da democracia.
Mobilizando arruaceiros profissionais e voluntários da baderna, engajados numa dessas ONGs cujo nome  parece inspirado em entidades de exilados cubanos da Flórida, parlamentares oposicionistas criaram  um ambiente de violência e tumulto nas galerias do Congresso. No final de uma jornada de tensão, conflito e violência, conseguiram  impedir que a maioria dos  parlamentares presentes cumprissem seu dever constitucional mais elementar: votar, soberanamente, com os votos recebidos do eleitorado, na proposta que julgassem melhor.
Os brasileiros não têm boa memória daqueles momentos em que deputados e senadores foram impedidos cumprir suas obrigações. Na maioria das vezes, foram cenas que antecederam golpes de Estado.
A diferença é que isso costumava ocorrer com a presença intimidadora de soldados pelo Congresso e arredores, numa paisagem ilustrada por tanques e baionetas. Ontem, a coreografia era outra. Lembrava os clássicos assaltos ao poder, de origem fascista, com vocação para atacar instituições democráticas.
O ataque partiu de civis, “presumivelmente assalariados”, nas palavras de Renan Calheiros, presidente do Senado. Conforme Renan, um grupo de 26 pessoas “instrumentalizadas, provocando o Congresso,” impediu os deputados de tomar uma decisão que, conforme cálculo da quase unanimidade dos observadores, seria favorável ao governo.
A baderna foi organizada como um espetáculo de circo amador. Como se o fim do superávit primário fosse um tema tão popular como a taxa de juros e o aumento da gasolina, cidadãos instalados nas galerias montaram um coro de palavrões, vaias e xingamentos destinado a inviabilizar um debate real entre parlamentares.
Quando Renan determinou que as galerias fossem esvaziadas — medida banal em qualquer Congresso do planeta — os cidadãos que logo seriam promovidos a “representantes da sociedade civil” pelos analistas meios de comunicação resolveram ficar onde se encontravam.
No mesmo instante, quinze parlamentares da oposição correram em seu socorro, formando uma espécie de piquete para impedir que fossem removidos pela polícia legislativa. Equipados para poses fotográficas, logo surgiram cidadãos com mordaças vermelhas com a sigla do PT.  Tudo ensaiado e dramatizado.
Presente a casa poucos dias depois de ter afirmado que perdeu a eleição para uma “organização criminosa”, Aécio Neves saiu em defesa da baderna. Disse, conforme relato da Folha de S. Paulo: “A população brasileira acordou. As pessoas estão participando do que está acontecendo no Brasil. E algumas querem vir [ao Congresso]. Nós vamos fechar as galerias?”
Com essa postura, o candidato presidencial do PSDB dá um novo passo para se afastar das instituições democráticas. O primeiro foi a tentativa de criminalizar — diretamente — a vitória de Dilma em 26 de outubro. O segundo foi brindar uma iniciativa que em nada contribui para um debate civilizado sobre as necessidades.
“Eu não estou reconhecendo o Aécio,” disse o governador do Ceará, Cid Gomes, em entrevista ao Espaço Público, ontem, na TV Brasil.
Vários personagens e várias cenas se tornaram irreconhecíveis nos últimos dias.
Da mesma forma que o governo tem o direito de tentar suprimir o superávit primário, a oposição tem o direito de tentar o contrário. Faz parte da democracia. Cenas semelhantes ocorrem periodicamente nos Estados Unidos, sempre que a Casa Branca ameaça ultrapassar seu limite de endividamento.
Não faz parte da democracia, porém, tentar impedir o Congresso de funcionar. Quem age dessa forma pratica o mandamento número 1 de toda intervenção antidemocrática, que consiste em respeitar as regras e leis de um país  apenas quando lhe convém. Isso só interessa a quem planeja impedir o funcionamento do regime democrático.
Este é o aspecto preocupante da baderna de ontem.

Dilma recebe João Roberto Marinho, dono da Globo

247 - No momento em que o PT pressiona a presidente Dilma Rousseff a abraçar a chamada "Lei de Meios", que regulamentaria a atividade dos meios de comunicação e combateria práticas monopolistas no setor, o grupo Globo se move.
 
Nesta quarta-feira, às 17h, a presidente Dilma recebe, em audiência oficial, João Roberto Marinho, um dos herdeiros da Globo e editor-responsável do jornal O Globo e da revista Época.
 
Numa eventual Lei de Meios, defendida publicamente por Rui Falcão, presidente do PT, Globo seria a empresa mais afetada.
 
Abaixo, a agenda oficial de Dilma:
 
 
Presidência da República
AGENDA DA SENHORA PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Quarta-Feira
03 de dezembro de 2014

08h- Partida para São Paulo/SP
Base Aérea de Brasília

09h20- Chegada a São Paulo
Aeroporto de Congonhas

10h15- Natal Solidário - Encontro com catadores de
materiais recicláveis e população em situação
de rua
Centro Exp. Anhembi, Pav. Oeste, Portão
Principal 1, Av. Olavo Fontoura 1200, Santana

12h30- Partida para Brasília
Aeroporto de Congonhas

13h50- Chegada a Brasília/DF
Base Aérea de Brasília

17h- João Roberto Marinho
Vice-Presidente das Organizações Globo
Palácio do Planalto

Petrobras estuda bloquear espólio de Sérgio Guerra

247 - Segundo informações vazadas por fontes próximas a procuradores e delegados que conduzem a Operação Lava Jato, em Curitiba, o falecido deputado federal Sérgio Guerra (PE), ex-presidente do PSDB, foi o beneficiário de US$ 10 milhões pagos pela empreiteira Queiróz Galvão. O doleiro Alberto Youssef, delator do suposto esquema de corrupção na Petrobrás, contou que Sérgio Guerra e "um tucano de Londrina" enterraram a CPI do Senado sobre a estatal em troca da propina.
O outro tucano que participava daquela CPI é o senador Alvaro Dias, cujo berço político é a cidade de Londrina. Ambos deixaram a CPI de forma surpreendente, em protesto contra o que seria um "jogo de cartas marcadas". Sem a presença deles, a CPI não foi adiante.
O espólio de Sérgio Guerra deve entrar no alvo de investigação do a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal. A confirmação do recebimento de propina já leva a direção da Petrobras a estudar um pedido de bloqueio de bens como forma de ser ressarcida.
Um dos mais ricos haras do país, o haras Pedra Verde, em Limoeiro (PE), é um dos bens deixados pelo tucano, com mais de 200 cavalos de raça, inclusive campeões nacionais da racha Manga-Larga Marchador. Veterinários, geneticistas e 40 outros funcionários trabalham no Haras Pedra Verde. Para os investigadores da Lava Jato, o Pedra Verde também seria uma sofisticada lavanderia de comissões, inclusive por meio de  vultosas transações de exportação e importação de cavalos.
Palco de refinadas apresentações de produtos premiados e de leilões milionários, o Haras Pedra Verde valeria perto de R$ 200 milhões (cavalos, laboratório, instalações e fazenda), mas foi omitido da declaração de Imposto de Renda de Sérgio Guerra ao eleger-se senador, em 2002, atribuindo à Pedra Verde um valor irrisório de R$ 22 mil, além de declará-la como "terra nua", ou seja, sem qualquer tipo de benfeitorias ou construções.
A coleção de arte contemporânea do falecido presidente do PSDB também chamou atenção do MPF e da PF. Alí estão obras de Cícero Dias, Cândido Portinari, Vicente do Rêgo Monteiro, Di Cavalcanti, Gilvan Samico, Carybé, Manabu Mabe, Djanira e Tarsila do Amaral, em valores que chegariam à casa dos R$ 20 milhões e que teriam sido, na maioria das vezes, compradas em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Haveria pelo menos um caso, em que uma tela de Ismael Nery, orçada em quase R$ 2 milhões, teria sido adquirida por uma empreiteira baiana para adornar as paredes do apartamento de cobertura da família Guerra na orla do Recife.
Há, também, dezenas de imóveis, uma frota de automóveis de luxo, entre eles vários modelos BMW, além de jóias, aplicações financeiras em bancos e prováveis contas já sendo rastreadas em paraísos fiscais, como Liechtenstein e Suíça. Com a morte de Guerra, seus herdeiros deverão enfrentar a ação indenizatória da União movida pelo Ministério Público Federal.
Falecido em 6 de março deste ano, o ex-presidente do PSDB  foi um dos mais radicais opositores dos governos Lula e Dilma. Nos anos 1980, Guerra, porém, foi apontado como um dos integrantes da quadrilha que desviava recursos públicos e beneficiava empreiteiras, na Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Relator do Orçamento da União também no final dos anos 80, Sérgio Guerra chegou a viajar num jato Dassault Falcon da Construtora Camargo Correia para Londres, onde teria se hospedado em uma luxuosa propriedade do falecido empreiteiro Sebastião Camargo. Ele estava acompanhado de toda família e por duas semanas teria frequentado restaurantes e lojas de grifes de luxo na capital inglesa. Guerra foi o único parlamentar a escapar da guilhotina que vitimou parlamentares influentes como Genebaldo Correia, Manoel Moreira, Cid Carvalho e Pinheiro Landim, além do líder do grupo, João Alves.
Influente e temido enquanto viveu, Sérgio Guerra teve seu nome arrastado para o centro do escândalo da estatal e nenhum tucano, até o momento, saiu com ênfase na defesa dele. Um deputado federal pernambucano, ouvido pelo Brasil247, foi taxativo: "Não defenderam e nem irão colocar as mãos no fogo por ele. Quem conhecia bem o Sérgio não se surpreende nem um pouquinho com esse envolvimento".


'Fraudes vêm desde governos Sarney, Itamar e FHC





Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e preso por envolvimento no esquema de corrupção na empresa, durante depoimento ontem na CPI no Congresso, embora falasse pouco, ajudou a tocar fogo no quadro em torno do grande escândalo que envolve a estatal. Declarou, sem meias palavras, a certa altura da fala que o esquema de fraude da Petrobras vem desde os governos Sarney, Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma, e é prática que ocorre no Brasil inteiro e em todos setores.

‘’Nesses 27 anos, assumi cargos importantes. Em todos esses cargos que assumi, não precisei nunca de apoio político. Consegui esses cargos por competência técnica. Quando surgiu a oportunidade de obter uma diretoria, era sonho meu ser diretor e, quem sabe, a presidência. Mas desde os governo Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, todos os diretores, se não tivessem apoio político, não chegavam a diretor’’, disse.