sábado, 10 de março de 2018

Prefeitura divulga programação oficial da Festa de São José

Praça de São José local do evento

A Prefeitura de Angelim divulgou nesta sexta feira dia 09 a programação oficial dos festejos profanos da Festa de São José deste ano. 
Os festejos acontecem nos dias 16 e 17 de março . 
O público de Angelim e região assistirá grandes shows musicais. Marcarão presença: no dia 16 sexta feira os artistas Marrêta é Massa e Solange Almeida e no dia 17 sábado a vez será de Edu & Maraial além de Arreio de Ouro.

O Prefeito Douglas Duarte se reportando aos festejos disse que é de grande impacto e de tradição centenária, por isso cabe boas atrações, trazendo para Angelim artista da Som Livre, do porte de Solange Almeida, Ex Aviões do Forró, que estará na cidade pela primeira vez. São atrações em nível nacional. 

Outras atrações como o parque de diversão já está na cidade e os banheiros químicos vão ser instalados, bem como as barracas em seus lugares pré-estabelecidos. A polícia militar foi oficializada para prestar o serviço de segurança à integridade física das pessoas presentes ao grande evento, alem de contar também com um aparato de seguranças particulares que irão dar um suporte maior nos dias do evento.

O local do evento a Rua São José foi toda rejuvenescida, recebeu novas luminárias e pintura.

Angelim estará de braços abertos para receber nestes dias uma multidão, tanto os nossos munícipes quanto pessoas das cidades vizinhas, alem de angelinenses que veem rever sua cidade neste período.

Decisão sobre Joesley é uma bofetada em Moro e Fachin


POR FERNANDO BRITO ·no Tijolaço


A atitude do juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal em Brasília, de mandar soltar o empresário Joesley Batista, por este estar “encarcerado preventivamente há exatos seis meses, prazo muito superior aos 120 dias previstos para a conclusão de toda a instrução criminal e flagrantemente aviltante ao princípio da razoável duração do processo” não apenas devolve um pouco de lucidez a processos judiciais movidos a “cadeia prévia”.

É uma bofetada nos métodos “processuais” inaugurados por Sérgio Moro, baseado exatamente neste tipo de ação judicial, que o magistrado do Distrito Federal classifica como “constrangimento ilegal”. E ao ministro Edson Fachin, que passou a reproduzir, no Supremo, os mesmos métodos que até mesmo Gilmar Mendes chamou de “as alongadas prisões de Curitiba.

É evidente que a turma do “prende até ele falar” vai considerar “absurda” a decisão de Reis Bastos, como se cumprir a lei e respeitar o princípio da razoabilidade ao manter pessoas presas fosse um ato de cumplicidade com o crime do qual são acusadas.

E também uma vergonha para a Justiça brasileira que seja um juiz de piso, de primeira instância, tenha de ensinar algo sobre respeito aos códigos e aos princípios de garantia dos direitos individuais que foram sistemática e repetidamente violados por tribunais de todos os graus neste país, ao longo de anos.

As culpas – e certamente serão muitas – de Joesley Batista têm de ser provadas. A prisão, porém, não pode ser um ato de vingança ou de arbítrio, provocado por procuradores à cata de delações e confirmadas por juízes que têm vereditos prontos já no início do processo e só se preocupam em recolher, por este método, peças que lhes permitam “rechear” a sentença já há muito formulada.

Joesley Batista ser um tipo detestável, acanalhado e digno de desprezo não é razão para “cadeia ilimitada”, mas para processo bem conduzido, isento, calcado em provas e não em “me disseram”. E muito menos porque o acordo avidamente costurado por Rodrigo Janot era cheio de falhas e de ilegalidades.

Infelizmente, hoje, no Brasil, juízes como Marcus Vinícius Reis Bastos são exceção, e rara, no Judiciário do “pendura até falar”.

Rogério Correia: “Operação salva Tucanos agora é diaria”


247 - O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) comentou nas redes sociais a decisão da ministra Rosa Weber, do STF, de arquivar inquérito contra José Serra (PSDB) sobre supostos repasses ilegais da J&F para o tucano.

Em delação premiada, o empresário Joesley Batista, da J&F, afirmou que os repasses do grupo para a campanha do tucano somaram R$ 20 milhões, sendo que apenas R$ 13 milhões foram declarados.

Leia a posição de Correia:

STF ACABA DE ARQUIVAR INQUÉRITO CONTRA SERRA

Não, não é notícia repetida. É que a operação salva-tucanos agora é diária...

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, acaba de acolher pedido da procuradora-geral Raquel Dodge e decretou o arquivamento de um inquérito contra o tucano José Serra no âmbito da Lava Jato.

Serra é o mesmo que é acusado de receber mais de R$ 50 milhões ilícitos. É também o mesmo cujo tesoureiro de campanhas, conhecido como Paulo Preto, tem R$ 113 milhões em contas na Suíça.

Mas é tucano de alta plumagem. Aparentemente, portanto, e na prática, inimputável.

Enquanto isso, sem contas no estrangeiro, sem grampos pedindo propina, sem bunkers ou malas de dinheiro, um cidadão é punido pela Justiça apenas porque é o líder com folga nas pesquisas. Lula, que é estrela do Jornal Nacional da Globo dia sim, dia também sim, sempre apontado como criminoso sem provas, pode ser impedido de concorrer. Se puder disputar, ganhará, até com facilidade. Por isso mesmo, está sendo punido.

O Judiciário, enquanto penaliza sem provas o presidente mais popular da história brasileira, agora deu pra arquivar processos contra tucanos toda semana. Aécio, Azeredo, FHC, Alckmin, Serra... Quem será o próximo?

Paulo: “É fundamental termos uma conectividade aérea”


O governador Paulo Câmara participou, hoje, do evento Conexão Pernambuco, no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. Na ocasião, foi apresentado um panorama geral da indústria da aviação no Brasil. Além disso, Pernambuco foi retratado como case de sucesso na captação de voos internacionais, no período de 2015 a 2018, momento em que o Brasil e o setor atravessaram uma das maiores crises da indústria da aviação.

“Os passos que demos na melhoria da conectividade aérea são muito claros. Nós saímos de 14 destinos nacionais para mais de 30. Nós temos, hoje, 16 destinos internacionais. Há 3 anos, tínhamos quatro. Temos recorde de número de passageiros e de conectividade, o que, realmente, mostra a localização privilegiada e as oportunidades de vir a Pernambuco. Então, a gente tem que motivar isso. O Brasil está buscando sair de uma recessão, então é fundamental para o futuro desse mundo globalizado, a gente ter uma conectividade aérea cada vez mais forte e atuante”, afirmou o governador Paulo Câmara.
Mesmo com resultados satisfatórios, Paulo ressaltou que o Governo de Pernambuco continuará buscando trazer mais voos, mais destinos e mais passageiros o Estado, seja para a área empresarial, de lazer ou para a divulgação da cultura. “Temos muito o que fazer ainda. É um trabalho constante por uma atividade que gera emprego e renda como o turismo, e que precisa estar no olhar de uma política pública de todo governo”, concluiu
O secretário de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel), Felipe Carreras, avaliou que todo esse resultado é fruto de uma política séria e de um planejamento estratégico do Governo de Pernambuco. “Quando a gente promove esse tipo de coisa, a gente traz mais turistas para cá, incrementa a nossa economia e gera, sobretudo, oportunidade para os pernambucanos. Mas queremos conquistar mais voos domésticos e mais destinos internacionais, para que a conectividade do Recife possa ampliar cada vez mais”, pontuou Carreras. Na ocasião, o secretário recebeu a Medalha JK, o maior símbolo do reconhecimento dos transportadores brasileiros àqueles que se dedicaram à melhoria do transporte no Brasil.
Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, reforçou os bons números da malha aérea de Pernambuco, destacando que o volume de crescimento dos voos internacionais, em 2017, foi de cerca de 20%, enquanto no restante do País, esse indicador foi de 3%. “Isso mostra que as atitudes tomadas pelo Governo do Estado, quando, entre outras coisas, fez toda a revisão do ICMS, no sentido de atrair mais voos, gerou resultados importantes para os pernambucanos e para os turistas que têm vontade de vir conhecer”, destacou Sanovicz

Maia, um presidenciável com prazo de validade

Bernardo Mello Franco – O Globo
Normalmente, o maior objetivo de um político é vencer a eleição. No caso de Rodrigo Maia, o desafio é diferente: convencer os outros de que vai mesmo disputá-la.

Anteontem o Democratas fez um ato para lançar sua candidatura a presidente. O deputado seguiu o roteiro, mas parecia não acreditar no próprio papel. A plateia passou a mesma impressão. Ao fim do discurso, alguém tentou lançar o grito de “Ro-dri-go”, mas o coro não pegou.
Na tribuna, Maia recitou palavras grandiloquentes e se disse pronto para liderar a “reconstrução do Brasil”. Num lapso de sinceridade, admitiu que muita gente julga a promessa “impossível”. Ele aparece na lanterna de todas as pesquisas, com 1% das intenções de voto.
Na única vez em que tentou um cargo majoritário, na eleição municipal de 2012, terminou com menos de 3%.
A cerimônia teve outras passagens interessantes. O presidente da Câmara propôs “um pacto para rompermos com o que há de velho e atrasado no Estado brasileiro”. No mesmo discurso, agradeceu a presença de aliados como Romero Jucá, Ciro Nogueira e Pastor Everaldo, todos investigados ou réus na Lava-Jato.
O próprio Maia é investigado. Ele nega as acusações, mas teria que passar a campanha explicando o apelido de “Botafogo” na lista da Odebrecht.
Na véspera do lançamento, o deputado declarou que levará a candidatura “até o fim”. Quem conversa com dirigentes de seu partido ouve que o fim está próximo. Se não houver uma reviravolta, o balão de ensaio será esvaziado até o fim de junho.
O velho PFL sabe que a candidatura tem prazo de validade, mas esperá usá-la para elevar seu poder de barganha. Se tudo der certo, voltará a ocupar a vice na chapa do PSDB. O tucano Geraldo Alckmin conhece o jogo. Ontem perguntaram o que ele achava das críticas de Maia. “A gente tem que dar um desconto”, respondeu.
Cesar Maia se preocupou menos com as aparências. Na semana passada, ele disse ao “Valor Econômico” que pretende votar no governador paulista. Ao ser questionado sobre o filho, foi direto: “Ele tem que ser candidato a deputado federal". Ontem o ex-prefeito não apareceu em Brasília. Preferiu ficar no Rio e assinar o ponto na Câmara dos Vereadores.

Náufragos: PSDB teme tucanos a ver navios

Do Blog de Magno Martins
No esforço para convencer outros partidos a apoiar a candidatura do governador Geraldo Alckmin, a direção do PSDB tem argumentado que a unidade do centro seria a melhor forma de se contrapor a uma polarização entre o PT e o deputado Jair Bolsonaro (PSL).

Os dirigentes tucanos dizem que a fragmentação desse campo, com muitas candidaturas defendendo ideias parecidas, deixará o centro a ver navios.
Operação padrão - Juízes federais que aderirem ao dia de protesto pelo auxílio-moradia da categoria, convocado para quinta (15), vão parar de trabalhar, mas não deixarão de analisar casos urgentes, como petições de réus presos, segundo os organizadores do movimento.
Já a equipe econômica de Temer acha que a guerra comercial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nesta semana poderá contribuir para reativar as negociações do acordo comercial que o Brasil discute há mais de 20 anos com a União Europeia, além de estimular conversas com outros parceiros.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Lula e Paulo lideram corrida para as eleições 2018

Do blog do Nill Júnior - 
Pesquisa do Instituto Múltipla divulgada nesta quinta-feira (8), contratada pelo próprio e registrada no TRE-PE e no Tribunal Superior Eleitoral, revela que Lula (PT), Paulo Câmara (PSB) e Jarbas Vasconcelos (MDB) lideram a corrida eleitoral em Pernambuco, o primeiro para presidente, o segundo pra governador e o terceiro para o Senado.

O Instituto realizou 600 entrevistas entre os dias 2 e 6 deste mês de março, em todas as regiões do Estado, seguindo a estratificação do IBGE.

Para governador, o instituto trabalhou com quatro cenários e Paulo Câmara lidera em todos eles. A pesquisa é estimulada, ou seja, o entrevistador cita o nome dos candidatos e pergunta ao eleitor em quem ele votaria.

Segundo o Diretor do Instituto, Ronald Falabella, a nova formatação da pesquisa passou a considerar cenários reais, a partir da decisão das oposições de candidatura única, a considerar o último PE quer Mudar em Caruaru e a possibilidade, ainda não descartada, de candidatura própria de Marília Arraes (PT).

No cenário 1, com Paulo Câmara (PSB), Marília Arraes (PT) e Fernando Bezerra Coelho (MDB), o governador teria hoje 34,3% dos votos, a vereadora 21,3% e o senador 6%. Brancos, nulos e indecisos totalizam 33,5%. Em relação à pesquisa de janeiro, o governador cresceu de 26,8% para 34,3% e Marília caiu de 23,3% para 21,3% (oscilação dentro da margem de erro, o que ocorreu também com o senador.

No cenário 2, Paulo Câmara (PSB) tem 31%, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) 19% e Marília Arraes (PT) 18,5%. Em relação à pesquisa de janeiro, o governador cresceu 8 pontos percentuais, Armando caiu 4 e Marília caiu 1 (oscilação dentro da margem de erro).

No cenário 3, Paulo Câmara (PSB) tem 41% e Fernando Bezerra Coelho (MDB) 10,2%. Brancos, nulos e indecisos totalizariam 44%. Em relação à pesquisa anterior, o governador cresceu 6 pontos percentuais e o senador caiu 2.

No cenário 4, que é o mais provável, na atualidade, caso se confirme a decisão do PT de "barrar" a candidatura de Marília Arraes, o governador tem 36,3% e o senador Armando Monteiro (PTB) 25,2%. Brancos, nulos e indecisos totalizam 34%.

Neste cenário, que é de confronto direto entre Paulo Câmara e Armando Monteiro, o governador venceria em todas as regiões do Estado, à exceção da Zona da Mata, onde perderia para o seu adversário por 33 x 29,5%.

Em relação à pesquisa de janeiro, Paulo Câmara subiu de 28,2% para 36,3% e Armando caiu de 30,2% para 25,2%.

Para o Senado, na pesquisa estimulada, Jarbas Vasconcelos (MDB) tem 19,7%, Humberto Costa (PT) 12,7%, Armando Monteiro (PTB) 11,6%, Mendonça Filho (DEM) 10,8%, André Ferreira (PSC) 3,8%, empatado com Sílvio Costa (Avante) que tem o mesmo percentual, Antonio Campos (Podemos) 3,5%, Luciana Santos (PCdoB) 3,2% e José Queiroz (PDT) 3%. Brancos, nulos e indecisos totalizam 47%

Centro tem candidatos demais e votos de menos

Josias de Souza
O lançamento da candidatura presidencial do deputado Rodrigo Maia, do DEM, congestionou a avenida do centro. Agora, trafegam por essa via pelo menos três pretendentes ao trono: além de Rodrigo Maia, o governador tucano Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que negocia sua transferência do PSD de Gilberto Kassab para o PMDB de Michel Temer.

Por ora, todas essas candidaturas são meramente hipotéticas. Só no meio do ano, época em que os partidos farão suas convenções, será possível saber quem passou da condição de balão de ensaio para a de candidato real. Rodrigo Maia, por exemplo, disse em discurso: ''Assumo o desafio de construir com o povo brasileiro um pacto para romper o que há de velho e atrasado na política brasileira.'' Agora só falta avisar ao povo e convencê-lo  de que o DEM (ex-PFL, ex-PDS, ex-Arena) é o novo.
Animadas com a inelegibilidade de Lula e amedrontadas com a ameaça de Jair Bolsonaro, as forças políticas que se autodefinem como de centro tornaram-se protagonistas de um paradoxo: dispõem de candidatos demais e votos de menos. A lógica parece conspirar a favor de um acordo. ''A minha candidatura vai decolar, pode escrever isso”, disse Rodrigo Maia aos repórteres. “Estou no segundo turno”. Nem a turma do DEM acredita nisso. Um pedaço do partido mantém as negociações para indicar o vice de Geraldo Alckmin, visto como o menos roto entre os esfarrapados do centro

Partidos dão prazo para Maia mostrar que tem voto


Líderes dos partidos que se alinharam com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no lançamento de sua candidatura nesta quinta (8) indicaram o início de junho como limite para que ele se mostre competitivo.

A expectativa dessas siglas (PP, PR, PRB e Solidariedade) é que Maia alcance dois dígitos nas pesquisas eleitorais até lá. Ele hoje aparece com 1%. O acordo com Maia prevê a indicação do vice da chapa democrata e do próximo presidente da Câmara, em 2019.
Se Maia não decolar, o bloco entrará na caravana do governador Geraldo Alckmin (PSDB), dizem os líderes dessas legendas.  (Daniela Lima – Folha Painel)

15 deputados trocam de partido no 1º dia do troca-troca


Resultado de imagem para troca de partido
Durante a janela, deputados podem trocar de partido sem a possibilidade de punição com perda do mandato. Especialistas dizem que mudanças devem se intensificar no início de abril; entenda.
Bernardo Caram, Fernanda Vivas e Fernanda Calgaro, G1 e TV Globo,
Os partidos com representação na Câmara informaram ao G1 que pelo menos 15 deputados trocaram de legenda nesta quinta-feira (8), primeiro dia da janela partidária – veja a lista completa mais abaixo.
A janela permite a deputados federais e estaduais a troca de legenda sem a possibilidade de punição com perda de mandato por infidelidade partidária. O período da janela deste ano terminará à meia-noite do dia 6 de abril.
Ao todo, foram consultados 22 dos 25 partidos na Câmara. Dos 15 deputados que trocaram de legenda, 8 migaram para o PSL; 4, para o DEM; 1, para o PT; 1, para o PCdoB; e 1 para o Pros.
Na avaliação de especialistas, e também nos bastidores da Câmara, o entendimento é que muitas negociações, que envolvem acesso a recursos de campanha e tempo de televisão, ainda estão em curso e as trocas deverão se intensificar somente na reta final da janela.
Veja quem mudou de partido
Deputado
De
Para
Jair Bolsonaro (RJ)
PSC
PSL
Eduardo Bolsonaro (SP)
PSC
PSL
Delegado Waldir (GO)
PR
PSL
Delegado Eder Mauro (PA)
PSD
PSL
Delegado Francischini (PR)
SD
PSL
Marcelo Álvaro Antonio (MG)
PR
PSL
Carlos Manato (ES)
SD
PSL
Major Olímpio (SP)
SD
PSL
Laura Carneiro (RJ)
sem partido
DEM
Heráclito Fortes (PI)
PSB
DEM
João Paulo Kleinubing (SC)
PSD
DEM
Sergio Zveiter (RJ)
Pode
DEM
Celso Pansera (RJ)
MDB
PT
Gilvaldo Vieira (ES)
PT
PCdoB
André Amaral (PB)
MDB
Pros
 
Fonte: Partidos Políticos
Os demais 17 partidos com representação na Câmara informaram que não tiveram nenhuma filiação nesta quinta.
G1 não obteve resposta do PRP e não conseguiu contato com PEN e PHS até a publicação desta reportagem.
Pré-candidatos
Partidos que mais receberam deputados nesta quinta, o PSL e o DEM já definiram os pré-candidatos à Presidência da República na eleição deste ano.
O DEM lançou oficialmente nesta quinta a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). E o PSL já informou que o deputado Jair Bolsonaro (RJ) deve disputar o Palácio do Planalto.
O PDT, que lançou a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência também nesta quinta, informou que está em fase de negociações, mas não recebeu nenhuma filiação no primeiro dia da janela partidária.
Entenda a janela partidária
A legislação eleitoral estabelece que os parlamentares só podem mudar de legenda nas seguintes situações:
·                   Incorporação ou fusão do partido;
·                   Criação de novo partido;
·                   Desvio no programa partidário;
·                   Grave discriminação pessoal.
Mudanças de partido sem essas justificativas podem levar à perda do mandato.
Mas, desde 2015, está em vigor a possibilida de janela partidária, que acontece nos 30 dias que antecedem o último dia de prazo para a filiação partidária (seis meses antes da eleição).
'Leilão'
Nos bastidores, deputados avaliam que o período da janela partidária serve como um "leilão" dos parlamentares.
Em busca de um espaço que dê melhores condições de disputar as eleições, muitos seguram a negociação com dirigentes partidários até os últimos momentos, em busca de valorização.
Na opinião do advogado Marlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, a maior parte dos parlamentares vai esperar até o limite do prazo. Enquanto isso, seguem negociando e fazendo cálculos.
"É um jogo de estratégia. Por isso, muitos acabam esperando até o último momento", disse.
Jogo para 'ganhar'
Diante deste cenário, partidos e políticos trabalham para "ganhar", afirma o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Hanrique Neves.
Para ele, enquanto deputados disputam boas condições de campanha, partidos buscam benefícios gerados pela ampliação de suas bancadas.
"É importante para o deputado encontrar um partido alinhado ideologicamente e que tenha tempo de televisão e recursos de campanha disponíveis" afirmou.
O ex-ministro explicou que o desempenho eleitoral do partido na Câmara dos Deputados é determinante para, entre outros pontos, a definição de quanto cada sigla vai receber do fundo partidário.
"Para o partido, é importante que tenha uma pessoa alinhada ideologicamente e que possa ter maior número de votos, porque isso tem reflexo no acesso aos horários de rádio e televisão, além do acesso a recursos do fundo partidário", disse

quinta-feira, 8 de março de 2018

Convenções fake


Por Ricardo Miranda no Blog Os Divergentes

A operação triangular entre MDB, PSDB e DEM ganhou alguns lances midiáticos, como outros que virão, para garantir a visibilidade de quem precisa hoje posar, pouco disfarçadamente, de adversário. Como naqueles truques de mágica em que o ilusionista sacode a cartola e tira de dentro um coelho, o DEM, numa convenção que teve a estatura do partido, lançou a pré-candidatura presidencial do chefe da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, tem tantas chances de ser presidente quanto o coelho do tal mágico. Mas ficará de barriga de aluguel da própria legenda, e dos partidos do chamado Centrão, como mostrou a divergente Helena Chagas. Até que a candidatura tucana de Geraldo Alckmin se mostre a alternativa a um dos franco-atiradores dessa eleição: o capitão-deputado Jair “a minha especialidade é matar” Bolsonaro, lançado pelo PSL, ou o pedetista Ciro Gomes.
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Este, evidentemente, é o cenário de uma cada vez mais provável eleição sem o ex-presidente Lula, que poderia apoiar Ciro. E a candidatura do líder do MTST, Guilherme Boulos, agora filiado ao PSOL, para desespero da “velha guarda” do partido? Boulos é outro coelho. Neste caso, solto por Lula para ajudar a pulverizar a disputa, em um momento em que quase tudo é incerto. E Marina Silva, da Rede? Sinto informar aos que sonham com a ex-ministra de Lula no Planalto que ela é outro coelho, só que manco. Está na memória do eleitorado perdido, mas não tem chances de seguir ao segundo turno, a não ser que estivéssemos escolhendo uma trinca para a rodada derradeira da disputa. Alguém lembrou de Henrique Meirelles, o postulante do mercado? Seu sonho já foi demarcado. Seja ou não lançado pelo MDB ao Planalto, não passará de candidato a vice de Alckmin. Alias, mesma pretensão secreta de Maia.

Ou seja, MDB, PSDB e DEM posam de independentes, para depois unirem forças contra o inimigo da hora. O curioso, como traço histórico, é que, criado em 1987 sob o nome de PFL, então composto por políticos da Frente Liberal do PDS, o DEM, que ganhou este nome em 2007, está na linhagem da velha Arena, partido implantado para dar apoio à ditadura militar. Aliado histórico do PSDB, não tem um candidato próprio ao Planalto desde as eleições de 1989, quando Aureliano Chaves concorreu pelo extinto PFL. O ex-PMDB tem a mesma história de carona, só que é mais facinho. Nunca venceu uma eleição para presidente em seus mais de 50 anos de história. Hoje no poder com Michel Temer, que, como se sabe, não foi eleito presidente – e nunca será -, o MDB, que foi PMDB por décadas e voltou ao nome do partido que nasceu no bipartidarismo, lançou seu último presidente em 1994, Orestes Quércia. Em 1989, tentou com Ulysses Guimarães, ícone maior do partido. Coadjuvante mais bem-sucedido da América Latina, o partido, ainda assim, teve três presidentes: Temer, José Sarney e Itamar Franco.

Com tanta convenção de fachada, a fake news do fim do dia foi a declaração do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que afirmou ser “possível” que o Palácio do Planalto apoie a candidatura Rodrigo Maia. E ainda querem que acreditemos.

Obras do Sistema Adutor de Quatro Bocas segue a todo vapor

momento da assinatura da ordem de serviço autorizando o inicio das obras


Seguem a todo vapor as obras de instalação da adutora que levará água as torneiras da Vila de Quatro Bocas no município de Angelim.

Mais de 600 tubos estão sendo colocados para levar o líquido precioso para a população daquela Vila. 

O prefeito Douglas Duarte mostrando pra que veio, Reivindicou aos Deputados Romário Dias e Sebastião Oliveira para que viabilizassem junto ao governador Paulo Câmara, recursos para tocar obra tão importante para o município e aquela comunidade. 
O governador atendeu ao pleito e veio a Angelim assinar pessoalmente a ordem de serviço junto a Compesa.

Obras em andamento


Governador envia ofício à Chesf pedindo aumento da vazão na barragem de Sobradinho


O governador Paulo Câmara enviou ofício ao presidente da Chesf, Sinval Zaidan, nesta quarta-feira (7), pedindo o aumento da vazão da barragem de Sobradinho para evitar risco de desabastecimento d’água em várias cidades do vale do rio São Francisco.

Na última sexta-feira, a Chesf reduziu a vazão, obrigando a Compesa a desligar uma das captações do manancial pertencente ao Sistema Vitória, provocando a falta de água em 35% da cidade de Petrolina.

No ofício, o governador pede que seja mantida a mesma vazão do final ano passado – 600 metros cúbicos de água por segundo – quando a barragem se encontrava com cerca de 5% de sua capacidade de acumulação (hoje está com 22%).

“Esse nível vai possibilitar a estabilidade no fornecimento de água e prevenir uma situação que pode ser ameaçadora para a população e para a economia da região, com destaque para a cidade de Petrolina, cidade-pólo da região”, disse o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

Segundo ele, a Compesa não foi informada previamente sobre a redução da vazão da barragem, impedindo que a Companhia comunicasse à população que haveria interrupção do abastecimento d’água em algumas regiões do vale do São Francisco.

MST invade parque gráfico de “O Globo”


Um grupo com cerca de 800 Integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiu o parque gráfico do jornal 'O Globo', em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio, na manhã de hoje. Os manifestantes picharam paredes, vidros e móveis do local.  Eles também tentaram atear fogo em um totem com o nome do jornal, que não chegou a ser danificado. A ação foi gravada e divulgada nas redes sociais do grupo.

De acordo com o MST, participaram mulheres do Levante Popular da Juventude, do Movimento dos Atingidos por Barragens e do Movimento dos Pequenos Agricultores, além de moradoras de comunidades da cidade. A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que tem por lema a frase de Rosa Luxemburgo "Quem não se movimenta, não sente as cadeias que a prendem".
Não houve confronto. Meia hora depois da invasão, o grupo deixou o local.(Blog do Magno Martins)

Maia e o palpite triplo do “status quo”

POR FERNANDO BRITO · No Tijolaço


O lançamento da – por enquanto – pseudocandidatura de Rodrigo Maia à Presidência da República tem mais a ver com os problemas das alternativas eleitorais do sistema do que, propriamente, com as parcas possibilidades do presidente da Câmara nas eleições de outubro.

Maia, assim com o Meirelles, nada vale por sua força eleitoral: além de 1% não ser nada como força inercial para um candidato, o possível candidato do DEM não tem significação política própria, nacional ou local.

O ato de pré-candidatura tem, por isso, mais a ver com a disputa de espaços políticos do que com a expectativa de vitória na eleição presidencial.

Os líderes do ex-PFL enxergaram na fraqueza do PSDB a oportunidade de deixarem de ser o irmão nanico da aliança de direita que sempre fizeram com os tucanos e roubar-lhes votos no centro-sul, mantendo a hegemonia que têm no Nordeste.

Depois, como a possível candidatura Temer ou a real candidatura Alckmin dificilmente podem pensar, no horizonte visível, em alcançar 10% do eleitorado, esperam que, com pouco esforço, possam chegar a 5 ou 6% de intenções de voto. Pouco, mas suficiente – dada a pobreza alheia – para negociar em condições vantajosas o apoio, no primeiro ou no segundo turno.

Por enquanto, quem “lambe os beiços” com a candidatura de Rodrigo Maia é Jair Bolsonaro. Seus perto de 20% das intenções de voto o mantêm como o candidato de direita eleitoralmente mais forte, não obstante sua fragilidade política.

Isso deixa a ele mais forte a possibilidade de sobreviver à campanha sem TV e estruturas partidárias e mantém sua esperança de ser ungido para enfrentar o candidato de centro esquerda que – nas contas deles – substituiria a Lula.

Se a esquerda vive a perplexidade pela iminência de perder a chance de chegar às urnas com seu candidato natural e favorito para eleição, a direita está num mato sem cachorro que “preste” eleitoralmente, embora haja muitos vira-latas à disposição.


quarta-feira, 7 de março de 2018

Quem banca viagem de Moro para prêmio de uma Câmara de Comércio não oficial?



Luis Nassif no GGN


O juiz Sérgio Moro não para de viajar aos Estados Unidos. A viagem atual é de 14 dias. Em maio haverá a premiação da Câmara do Comércio Brasileiro-Americana.

Não se trata de Câmara de Comércio Brasil-EUA, a oficial, mas de um balcão de lobby, sem a estrutura de uma verdadeira câmara de comércio oficial, que certifica documentos de exportação.

A Câmara oficial não dá prêmios, aliás uma atividade incomum nas verdadeiras câmaras do comércio. Já a Câmara do Comércio Brasileiro-Americana trabalha o lobby valendo-se no ponto fraco das pessoas: a vaidade. E o juiz Sérgio Moro impressiona pelo gosto que tem pela vaidade.

Ficam várias questões no ar: quem paga a passagem e a estadia. Se for o próprio Moro, é esquisito. Se for o Judiciário, é inaceitável. Se for a Câmara do Comércio, é pior.

Cada vez mais as ações da Lava Jato beneficiam os Estados Unidos. O último presente foi o novo ataque à indústria de carnes, beneficiando diretamente o segundo produtor mundial, e nosso concorrente direto: os Estados Unidos

Eletrobrás: Oposição pressiona e Governo recua na instalação da Comissão

A tentativa do Governo do Presidente Temer de instalar hoje (6), na Câmara federal, a Comissão Especial para analisar o PL 9463/18 – Projeto de Lei que regulamenta a privatização do setor de energia no Brasil, foi frustrada. A oposição pressionou o presidente Nelson Marquenzelli (PTB-SP), a quem coube suspender a instalação, em virtude de estar ferindo o Regimento Interno da Casa.

Segundo a oposição, a Comissão Especial só poderia ser criada se 50% dos seus membros também fizessem parte de, pelo menos, três Comissões Permanentes, em que o tema está inserido e as CPs ainda não foram instaladas. O deputado federal Danilo Cabral explicou que esta foi mais uma manobra do Governo Temer para apressar a venda da Eletrobrás e suas subsidiárias. “O governo quis atropelar os prazos e sofreu uma derrota. Foi um recado claro da oposição de que não aceitaremos que o debate seja atropelado”, esclareceu.

Mas, rápida mesmo foi a oposição, que, em paralelo, a essa manobra do Executivo instalou a Comissão Mista que vai analisar a MP 814 - Medida Provisória que deflagra o processo de venda do setor energético brasileiro. O deputado Danilo lembrou que o tema fala para o desenvolvimento do País e, sobretudo, para o povo brasileiro. “De todo o pacote de maldade que o presidente Temer encaminhou para o Congresso, a venda do setor energético talvez seja um dos mais perversos”, afirmou.

Danilo, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, e uma das vozes mais crítica à venda das estatais, questiona também, o preço que estão querendo vender a Eletrobrás. “Estão querendo vender o patrimônio brasileiro. O Governo Temer anunciou o valor de R$ 12,2 bilhões para venda da Empresa, enquanto especialistas do setor falam que ela vale R$ 400 bilhões. O que queremos é discutir a proposta com transparência e é isso que estamos nos propondo a fazer”.

Paulo defende políticas preventivas para superar a violência e a criminalidade


TERESINA (PI) – O governador Paulo Câmara defendeu hoje (06/03), durante o Fórum de Governadores do Nordeste, as políticas sociais preventivas como forma de vencer o problema da violência e da criminalidade, no médio e no longo prazos. “Não podemos aceitar o desmonte do nosso sistema de assistência social, pois são as políticas de prevenção que vão assegurar os resultados no enfrentamento da violência e da criminalidade”, disse Paulo, que, juntamente com os demais governadores nordestinos, subscreveu a “Carta de Teresina”, com sugestões a serem encaminhadas ao Governo Federal.

A “Carta de Teresina”, entre outras propostas, sugere a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública, com recursos oriundos das loterias da Caixa Econômica Federal; integração do Sistema de Comunicação das Polícias e dos Estados; implementação de operação de enfrentamento do crime nas áreas de divisas e fronteiras dos Estados do Nordeste e mutirão para julgamento de presos provisórios.

Em ofício a ser enviado ao ministro extraordinário de Segurança Pública, Raul Jungmann, os governadores do Nordeste sugerem:


1. Reconhecimento do avanço do Governo Federal com a criação do Ministério da Segurança Pública;

2. Criação do Sistema Único de Segurança Pública e de um Plano Nacional em que os Estados possam contribuir;

3. Aprovação da transferência de recursos do Fundo soberano para os Estados suprir as necessidades de Segurança Pública, Defesa Social e Gestão Penitenciária, durante o exercício de 2018;

4. Reconheça e apoie o Acordo de Cooperação Entre os Estados do Nordeste, assinado em 06 de março de 2018, na Cidade de Teresina, por ocasião do Encontro dos Governadores do Nordeste para construção de estratégia conjunta de combate ao crime e à violência nas divisas;

5. Apoio e reconhecimento da adesão dos Estados do Nordeste ao Sistema de Inteligência de Cadastro e Acompanhamento de Facções – SICAF, do Piauí;

6. Criação do Centro Regional de Inteligência da Polícia Federal a ser instalado no Estado do Ceará, devido a sua localização estratégica;

7. Implantação da Classificação de Risco em relação ao crime e ao criminoso a ser instituído como política nacional, podendo ser iniciado pela Região Nordeste com a aprovação dos governadores;

8. Padronização dos indicadores dos Crimes Violentos, Letais Intencionais - CVLI para todos os estados brasileiros.

De acordo com Paulo Câmara, disse que uma nova política nacional de segurança pública precisa ser construída “com planejamento e sem improvisação”. O governador de Pernambuco voltou a alertar para a necessidade de reforçar a proteção de nossas fronteiras e criticou o esvaziamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que, segundo ele, não teve a devida atenção ao longo dos últimos anos. "Devo reconhecer o trabalho que vem sendo feito pelos governadores, que, apesar da crise, têm feito enorme esforço para contratar pessoal e compras novos equipamentos.

Outro ponto destacado pelo governador Paulo é a necessidade de integração entre os diversos poderes, além da integração das polícias. "Temos que estar juntos com o Judiciário, com o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Assembleia Legislativa. O governador lembrou a experiência de Pernambuco por meio do Programa Pacto Pela Vida, que conta com a participação de representantes da sociedade civil na discussão e na definição de políticas de combate ao crime e à violência.

A reunião do fórum contou com a participação dos governadores Paulo Câmara, Wellington Dias (Piauí), Robinson Farias (Rio Grande do Norte), Ricardo Coutinho (Paraíba), Rui Costa (Bahia), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará) e Flávio Dino (Maranhão) e do vice-governador Belivaldo Chagas (Sergipe).




ANEXOS




CARTA DE TERESINA

Teresina- Piauí, 06 de março de 2018


Os ESTADOS DE ALAGOAS, BAHIA, CEARÁ, MARANHÃO, PARAÍBA, PERNAMBUCO, PIAUÍ, RIO GRANDE DO NORTE, E SERGIPE, por intermédio de seus Governadores, reuniram-se em Teresina/PI, em 06 de março de 2018, com o objetivo de refletir sobre questões relacionadas à segurança pública e construir estratégias de atuação conjunta, tendo em vista o aumento substancial dos índices de violência em todos os Estados da Federação.

Em 2016, o Brasil registrou cerca de 61 mil mortes violentas letais intencionais, alcançando uma taxa de 29,7 assassinatos/100.000 habitantes, quase três vezes maior que a estabelecida pela ONU.

Do total de assassinatos registrados no Brasil, o Nordeste concentra 24.825 vítimas, compreendendo, assim, 40,5% dos casos. A maioria destes assassinatos teve como instrumento empregado a arma de fogo. Em 2016, foram apreendidas pelas polícias brasileiras 112.708 armas de fogo, cerca de 308 armas apreendidas por dia. Foram ainda registrados 1.726.757 roubos, no País, em média 3 registros por minuto.

A Região Nordeste registrou 344.383 roubos, representando 20% dos indicadores nacionais, gerando uma sensação de insegurança que se relaciona com a microcriminalidade, composta por crimes que afetam diretamente os indivíduos.

No Brasil, não existe estratégia nacional de enfrentamento à criminalidade e à violência, as quais ganham a cada dia, contornos nacionais e transnacionais. O enfrentamento desordenado do crime favorece o fenômeno da migração, visto que quando se fortalecem ações de repressão em um determinado Estado ou território, os delitos e criminosos se deslocam para áreas que não se encontram fortalecidas.

Diante disso, faz-se necessário a criação de mecanismos que possibilitem ações integradas de enfrentamento à violência, baseadas no monitoramento constante da sua dinâmica nacional, permitindo, através da análise das condições previsíveis de migração do crime e do criminoso, estabelecer ações capazes de neutralizar este deslocamento.

O Sistema Penitenciário, com elevado índice de presos provisórios, impede processos de ressocialização, permitindo que presos de menor periculosidade dividam os mesmos espaços com presos de média e alta periculosidade, proporcionando o fortalecimento das organizações criminosas.

A expansão desenfreada de Organizações Criminosas Transnacionais – ORCRIM multiplica os índices de criminalidade no país. Urge adotar sistema informatizado de compartilhamento de informações interestadual, regional e nacional, que favoreça a padronização de dados qualificados sobre mencionadas ORCRIM´s, viabilizando a repressão uniforme.

A atividade de inteligência policial constitui a principal ferramenta para diagnosticar com precisão a realidade dos fatos, analisar as causas e os efeitos, e traçar estratégias e políticas voltadas ao combate da criminalidade de forma eficaz.

A disjunção dos protocolos e das práticas organizacionais das instituições integrantes da justiça criminal inviabilizam diálogos metodológicos, levam ao estrangulamento da atuação do policiamento ostensivo, da Polícia Judiciária e das Varas Criminais com demandas não solucionadas e, por consequência, geram um excesso de pessoas presas provisoriamente aguardando julgamento.

Diante das análises aqui apresentadas, os Governadores dos Estados presentes, propõem: 


I - Propostas imediatas e curto prazo 


• Criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública, tendo como fontes recursos oriundos das loterias da Caixa Econômica Federal, valores arrecadados de prêmios não reclamados, além das quantias relativas ao IPI, ICMS provenientes do comércio de armas, munições, explosivos e demais produtos controlados, além da tributação de jogos, especialmente eletrônicos e pela Internet, vedado o seu contingenciamento. As empresas do sistema financeiro e de transporte de valores devem ser chamados a contribuir com esse fundo nacional, diante do risco criado por suas atividades, o que implica maior responsabilidade. 

• Integração do sistema de comunicação entre as Polícias e os Estados.

• Operação na Região Nordeste para o enfrentamento ao crime nas áreas de divisas e fronteiras com a integração de todas as forças de segurança (30, 60, 90 dias de atividades planejadas intensificadas em todos os Estados). 

• Mutirão para julgamento dos presos provisórios. 

• Liberação imediata de recursos para operações emergenciais (plano emergencial). 

• Desburocratização da gestão do Fundo Penitenciário, permitindo decisões autônomas dos Estados sobre plano de aplicação; 

• Custeio pela União, ou operadoras de telefonia móvel, dos bloqueadores de sinal de rádiocomunicação em presídios.

II- Ações de médio e longo prazo 

• Criação do Sistema Único e Nacional de Segurança Pública 

• Modelo de integração da inteligência estratégica (Centro Integrado de Comando e Controle) – todos conectados (regional e local); 

• Criação de protocolos unificados e integrados; 

• Monitoramento integrado de fronteiras do Brasil com uso de geotecnologias e recursos humanos especializados, com atuação direta e plena das forças armadas; 

• Criação do Sistema Nacional de Identificação Civil; 

• Criação do Sistema Nacional de Classificação, Gestão e Monitoramento de Risco em relação ao crime e o criminoso (alto, médio e baixo risco); 

• Inserção dos criminosos de baixo risco nas redes de educação especial, serviços de saúde, tratamento de transtorno mental e dependência química; 

• Criação de programas de ressocialização e oportunidades de trabalho e geração de renda para os egressos.

Teresina (PI), 06 de março de 2018