sábado, 4 de abril de 2020

‘Veja’ diz que Bolsonaro manda Madetta demitir-se

POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço

A Veja diz que subiu a um nível inviável a tensão entre Jair Bolsonaro e o Ministro da Saúde. Luiz Henrique Mandetta.

Por telefone, Bolsonaro exigiu que Mandetta entregasse o cargo.

E Mandetta, nota a revista, teria dito que o presidente o demitisse.

A partir desse momento, a conversa teria esquentado ainda mais, ao ponto de o ministro da Saúde recomendar ao presidente que ele se responsabilizasse sozinho pelas mortes causadas pelo coronavírus, que já infectou 8.230 brasileiros e matou 343 pessoas.

A ver o que vai sair disso, depois de Mandetta criticar a convocação de manifestação em favor da abertura do comércio, ordenando que se obedecesse às ordens de governadores restringindo o seu funcionamento.

Mandetta sapateou, com toda gentileza, sobre a autoridade do Presidente e debochou de suas matilhas raivosas na internet, pedindo “um pouco de calma” às pessoas que publicam fakenews. Hábil, não contestou expressamente o presidente.

Resistência, penso eu, que só se sustentará até o final da próxima semana, quando o número de casos e de mortes explodirá, como já é inevitável, frente à timidez das medidas de isolamento, sobretudo nas periferias das metrópoles.

Bolsonaro esperará as pilhas de cadáveres para demitir Mandetta.

Pernambuco é o Estado mais transparente do Brasil no combate à Covid-19

O Estado de Pernambuco foi classificado como a unidade da federação que melhor detalha as informações sobre a pandemia do Covid19.
Um estudo feito pela ONG Open Knowledge Brasil (OKBR) avaliou a transparência dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal no âmbito do combate ao coronavírus no país. Com base em critérios pré-estabelecidos, Pernambuco lidera o ranking nacional.

Veja abaixo o ranking completo:

1. Pernambuco - 81 (Alto)
2. Ceará - 69 (Bom)
3. Rio de Janeiro - 64 (Bom)
4. Tocantins - 50 (Médio)
5. Minas Gerais - 48 (Médio)
6. Maranhão - 45 (Médio)
Mato Grosso do Sul - 45 (Médio)
7. Roraima - 40 (Médio)
8. Rio Grande do Sul - 36 (Baixo)
Governo federal - 36 (Baixo)
9. Alagoas - 33 (Baixo)
Bahia - 33 (Baixo)
10. Mato Grosso - 31 (Baixo)
São Paulo - 31 (Baixo)
11. Rio Grande do Norte - 29 (Baixo)
12. Distrito Federal - 21 (Baixo)
Piauí - 21 (Baixo)
13. Amazonas - 17 (Baixo)
14. Acre - 14 (Baixo)
Goiás - 14 (Baixo)
15. Amapá - 10 (Opaco)
Espírito Santo - 10 (Opaco)
Paraíba - 10 (Opaco)
Paraná - 10 (Opaco)
Santa Catarina - 10 (Opaco)
Sergipe - 10 (Opaco)
16. Pará - Zero (Opaco)
Rondônia - Zero (Opaco)

Mandetta evitará confronto com Bolsonaro

Por Reuters
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, evitará confrontar diretamente com o presidente Jair Bolsonaro para seguir à frente da pasta ao menos durante a crise decorrente do avanço do novo coronavírus no país, ainda mais após ter recebido respaldo da cúpula do Congresso e sua gestão estar bem avaliada pela opinião pública, mas deu sinais de que poderá sair do governo depois.
Essa avaliação foi feita à Reuters por fontes ligadas ao ministro na pasta e no Legislativo nesta sexta-feira. Mandetta tem sido o principal rosto do governo Bolsonaro durante a pandemia e tomado decisões que contrariam o próprio chefe.

Barragem em Águas Belas pode romper



Do Blog de Magno Martins
Os serviços de Defesa Civil de Pernambuco e Alagoas emitiram, há pouco, um alerta quanto à possibilidade da barragem de Ipanema, em torno do Rio do mesmo nome em Águas Belas, vizinho ao Estado de Alagoas, romper por causa de fortes chuvas previstas para as próximas 48 horas na região. Veja abaixo o 
comunicado.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Pernambuco é o Estado mais transparente do Brasil no combate à Covid-19

O enfrentamento ao novo coronavírus também precisa ser feito no campo da comunicação. Com esse foco, a Open Knowledge Internacional (OKBR) – organização não-governamental presente hoje em 66 países, com atuação nas áreas de transparência das gestões e abertura de dados públicos – analisou os portais oficiais dos Estados brasileiros e do governo federal para estabelecer um ranking de transparência na divulgação das informações à população sobre a pandemia da Covid-19, e Pernambuco foi o único Estado brasileiro a apresentar um resultado considerado “de alto nível de transparência”.


De acordo com o levantamento, 90% dos Estados não publicam dados suficientes para que a população acompanhe com detalhes a disseminação do novo coronavírus. Em primeiro lugar no ranking, Pernambuco recebeu 81, de um total de 100 pontos, adotados como critério de avaliação. Em seguida, a uma distância razoável, aparecem o Ceará na segunda posição, com 69 pontos, e o Rio de Janeiro em terceiro, com 64. Estes, porém, são citados na lista como apresentando “bom nível de transparência”. A partir da quarta colocação, a classificação cai para “médio nível”, depois “baixo” e, entre os últimos, “opaco”.

A avaliação levou em conta três questões essenciais: o conteúdo dos dados repassados – como idade, sexo e hospitalização de pacientes confirmados e informações sobre a infraestrutura de saúde – a granularidade, que leva em conta se os casos confirmados foram divulgados publicamente respeitando a individualidade e o anonimato dos pacientes, e o formato da divulgação, com painéis analíticos, planilhas e séries históricas de casos.

De acordo com Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da OKBR, é preciso reconhecer os esforços dos gestores públicos de cada Estado, uma vez que a transparência dos dados informados é fundamental para que pesquisadores e jornalistas possam ajudar os governos a monitorar a crise e mesmo contribuir com soluções.

“Esta avaliação busca apoiar os Estados e o governo federal na melhoria da transparência. Como o Ministério da Saúde publica dados muito agregados, e os Estados não observam os mesmos parâmetros de publicação, há muita variação entre eles, o que pode prejudicar a comparação e dificultar o planejamento da infraestrutura de saúde necessária para lidar com a crise”, afirma Fernanda Campagnucci. A avaliação da OKBR incidiu sobre os dados colhidos na manhã do dia 2 de abril, deverão ser atualizados semanalmente.

OPACOS – Ainda de acordo com a pesquisa, 11 dos 27 Estados e o Distrito Federal não avançaram na divulgação de informações. Estes são considerados como “opacos” em relação à Covid-19. Entre os dados não informados pelo grupo está a quantidade de testes disponíveis, além da taxa de ocupação de leitos. Nos boletins epidemiológicos divulgados, segundo a OKBR, os Estados têm feito um alerta em comum sobre as dificuldades enfrentadas junto ao Ministério da Saúde desde o dia 27 de março, quando foi modificado o sistema nacional de registro de notificações, dificultando o detalhamento de dados.

‘O senhor que me demita’, rebate Mandetta a pedido de Bolsonaro para que renuncie ao cargo

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, revelou a Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre a briga que teve com Jair Bolsonaro por telefone, segundo o jornalista Manoel Schlindwein, da Veja
Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta (Foto: Isac Nobrega/PR)


247 - Em jantar que teve com os presidentes do Senado e da Câmara de Deputados, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, na noite de quinta-feira, 2, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, revelou aos parlamentares o tenso diálogo que teve com Jair Bolsonaro por telefone. As informações são de Manoel Schlindwein, na VEJA.

Durante a ligação, Bolsonaro teria pedido a Mandetta que renunciasse para deixar o governo. O ministro da Saúde rebateu: “o senhor que me demita, presidente”. O médico ainda falou para ele que se responsabilizasse sozinho pelas mortes causadas pelo coronavírus, que já infectou mais de 8 mil brasileiros e matou 343.

O jornalista escreve que, “apesar da tensa discussão, Mandetta trabalha normalmente nesta sexta [3] e já participou de uma série de reuniões”.

Paulo Câmara determina fechamento de praias e parques por três dias

O governador Paulo Câmara assinou, nesta sexta-feira (03.04), decreto que determina o fechamento de praias e parques do Estado deste sábado (04.04) até a segunda-feira (06.04). Além disso, o governador manteve o fechamento do comércio, serviços públicos e demais atividades não classificadas como essenciais até o dia 17 de abril. Já as escolas das redes pública e privada devem permanecer fechadas pelo menos até o dia 30 deste mês. Os prazos podem ser prorrogados a depender da disseminação da epidemia do novo coronavírus.

“É extremamente importante que nos próximos 15 dias as pessoas mantenham o isolamento social. Nesta sexta-feira, registramos um aumento significativo do número de contaminações pela Covid-19. A tendência é que esses números continuem crescendo. Só vamos conseguir reduzir essa escalada, com a conscientização de todos de que é preciso ficar em casa”, afirmou o governador.

O número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus em Pernambuco saltou de 106 para 136 casos nesta sexta-feira. “Tudo o que fizermos nesse fim de semana e nos próximos dias vai ser determinante para o momento do pico do número de doentes e de mortos que deve ocorrer na segunda quinzena de abril”, avaliou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O decreto do governador disciplina ainda o atendimento nos bancos. As instituições financeiras precisarão apresentar medidas para preservar a saúde dos clientes que precisarem esperar em filas para acessar as agências.

Bolsonaro fez três gols contra numa única entrevista.

Josias de Souza no UOL

Na entrevista à Jovem Pan, Jair Bolsonaro cometeu três erros. Chutou três vezes. E nas três vezes fez gol contra.

1) Carbonizou Henrique Mandetta. Um presidente cuja rotina incorporou uma trilha sonora de panelaços entra em processo de autocombustão quando desmerece um ministro que coleciona elogios como representante do seu governo na frente de batalha contra o coronavírus.

2) Disse que pode abrir "numa canetada" o comércio fechado por governadores. Presidente que desqualifica ministro e ameaça governar por decreto sem tirar a caneta do bolso simula uma força que, na verdade, já não possui.

3) Atacou governadores e prefeitos poucos dias depois de ter formulado em rede nacional uma proposta de pacto. Um presidente tão errático talvez devesse firmar um pacto consigo mesmo: o de parar de atirar contra o próprio pé.

Projeto de co-autoria de Danilo Cabral aumenta gratificação de insalubridade dos profissionais de saúde



Foi protocolado hoje (3), na Câmara dos Deputados, projeto que determina o pagamento suplementar de 100% sobre os valores já pagos sob o título de adicional de insalubridade para os profissionais de saúde envolvidos diretamente no atendimento e no tratamento dos pacientes portadores do Covid-19. O adicional na remuneração será pago enquanto estiver em vigor o estado de calamidade pública, provocado pela pandemia.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB), co-autor da proposta, explica que os profissionais de saúde estão em contato direto com os pacientes portadores da doença e, consequentemente, são mais expostos ao vírus. “Isso os coloca numa posição desfavorável, uma vez que colocam a sua saúde e vida em alto risco no enfrentamento dessa verdadeira crise no sistema de saúde”, justifica. A regra, se aprovada, valerá para os profissionais da área da saúde das redes pública e privada.

“O grau de insalubridade ao qual esses profissionais estão sendo submetidos foi potencializado, visto que o número de infectados no Brasil não para de crescer e os hospitais estão cada vez mais cheios, aumentando ainda mais os riscos de contaminação”, afirma Luciano Ducci, também autor do projeto. O parlamentar acrescenta que os profissionais ainda enfrentam a escassez dos equipamentos de proteção individual.

Desde fevereiro, segundo relatos noticiosos, quando foi registrado o primeiro caso de Covid-19 em São Paulo, mais de mil profissionais da área de saúde no estado já foram afastados de suas funções por suspeita ou por infecção com o novo coronavírus. No Rio Grande do Sul, já são mais de 1,5 mil.

“Por isso, é preciso dar uma resposta àqueles que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, é preciso recompensar e proteger quem está diariamente lutando pela vida e bem estar da população brasileira”, finaliza Danilo Cabral.

Pesquisadores mostram como as ‘fake news’ são propagadas pelos robôs bolsonaristas

Do Blog de Esmael
O Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais (EDReS) da Universidade Estadual de Campinas (SP) vem desenvolvendo um importante trabalho no sentido de identificar as ‘fake news‘ criadas e disseminadas pelo presidente Bolsonaro e seu grupo, que inclui um exército do robôs nas redes sociais.


Mesmo após o Twitter, Facebook e Instagram apagarem publicações do presidente por entenderem que os conteúdos causavam “desinformação” e provocavam “danos reais às pessoas”, Bolsonaro continuou propagando notícias falsas sobre a pandemia em pronunciamentos, nas ruas e nas redes.

De acordo com Leandro Tessler, do Grupo de Estudos da Unicamp, a difusão de conteúdos falsos tem origem nos perfis de Bolsonaro e de seus aliados conta com uma rede de boots (usuários robôs) que atuam espalhando massivamente cada publicação.

O grupo criou uma hotline, canal de denúncias, no WhatsApp para mapear e combater as ‘fake news’ sobre o novo coronavírus nas redes sociais.

Desde o início de março, já foram reunidos mais de 8 mil contatos e 30 mil denúncias, que estão sendo classificadas por inteligência artificial e depois serão estudadas para identificar as motivações dos compartilhamentos e ainda suas fontes nas redes sociais, Instagram, Twitter, YouTube e Facebook.

Mesmo antes da análise final dos dados, Tessler destaca que é possível observar vínculo direto entre desinformações de cunho político e os discursos do presidente.

“Mais recentemente, o que eu tenho visto é que vinham circulando na semana passada muita coisa de vírus chinês. Dizendo que isso é um plano deliberado chinês para abaixar os mercados do mundo, comprar empresas a preços baixo e dominar o mundo. Parece desenho animado”, conta ele.

A ‘fake news‘ citada por Tessler iniciou na conta de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, deputado federal Eduardo Bolsonaro (sem partido-SP).

Um dia após a postagem, feita no dia 18, a reportagem da Agência Pública chegou a identificar 94 mil tuítes e retuítes, uma média de 3 por segundo, de perfis automatizados no Twitter com a hashtag #VirusChines.

Além da crise diplomática com a China, a reportagem identifica outra ‘fake news, como a do borracheiro morto por um pneu que explodiu e que teve apontada como causa da morte a Covid-19 no atestado de óbito; a da Cloriquina, e a do isolamento vertical. Todas elas ajudam a sustentar o discurso de Bolsonaro que é contra o isolamento das pessoas.

Ou seja, as notícias falsas não são brincadeiras. Elas têm objetivos claros e métodos sofisticados de propagação. O exército de perfis falsos nas redes sociais (os robôs) é o que possibilita a rápida disseminação desses conteúdos, rivalizando com a velha mídia.

Para repassar informações falsas para o Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais (EDReS) da Unicamp sobre o coronavírus basta enviar uma mensagem via WhastApp para o número (19) 99327-8829.

Com informações do Brasil de Fato.

Professora do vídeo que pede "exército na rua" é empresária e militante bolsonarista

A empresária se chama Fátima Montenegro e gravou um vídeo, republicado por Jair Bolsonaro, em que pede um golpe militar para que o comércio seja reaberto, contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde
(Foto: Reprodução)


247 – A personagem que aparece num vídeo republicado ontem por Jair Bolsonaro, em que pede exército na rua, é uma empresária de Brasília, chamada Fátima Montenegro, que é também militante bolsonarista. No vídeo, ao lado da filha, ela se exalta e pede um golpe para que o comércio seja reaberto – o que contraria recomendações das autoridades sanitárias. Sua identidade foi revela pelo internauta Luiz Carlos Limeira Neto, no facebook. Confira abaixo vídeo e também o post de Luiz Carlos:

Do facebook de Luiz Carlos Limeira Neto – STF proíbe que Bolsonaro faça campanha para população furar isolamento.

Ela é aposentada, empresaria , casada e mora em casa de luxo Manipulou a Mídia e a nação para cometer crime conta a vida .
Ou ela assume o crime sozinha !?

"Acharam a atriz ,que estava passando fome,mais não queria ajuda e sim que abra o comercio para ela poder trabalhar."

fatima montenegro - Olha o passado da "professora do chiqueirinho". Diz q dá aulas particulares,Tem uma empresa 9Caligrafia ABZ - Prof. Fátima Montenegro) e recebe aposentadoria, mora em bairro nobre e o celular q está c a filha é mais caro q meu salário...
...
Recebi mais uma informação, ñ é viúva, é casada mas disse ser separada, marido aposentado, morra em bairro rico sim...

Pesquisa: nas favelas mães não conseguirão comprar comida


Agência Brasil
Nove em cada dez mães moradoras de favelas terá dificuldade para comprar comida após apenas um mês sem renda, revelou a pesquisa “Coronavírus – Mães da Favela”, realizada por Data Favela e pelo Instituto Locomotiva. O levantamento foi feito em 260 favelas, em todos os estados do país. As favelas brasileiras abrigam 5,2 milhões de mães, com média de 2,7 filhos cada uma.
Sete em cada dez mães não conseguirão manter o padrão de vida por nenhum período, caso fiquem sem renda. O restante delas tem uma reserva para se manter até no máximo dois meses. A parcela de 85% dessas mulheres disse que o pagamento de suas contas será prejudicado por ter que ficar em casa sem renda e 58% afirmou que o cuidado com a sua família será prejudicado pelo mesmo motivo.
“O impacto na economia e o isolamento social cortam a renda das mulheres autônomas, como diaristas e vendedoras ambulantes, por exemplo, que dependem da circulação para ganhar dinheiro. Estamos falando de um drama que se divide entre proteger a saúde e ter o que comer em casa”, disse Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva e fundador do Data Favela.

Bolsonaro é um canalha incorrigível

POR FERNANDO BRITO ·no Tijolaço

O canalha que ocupa a Presidência do país não se emenda.

Depois da Ceasa vazia “fake” de ontem, hoje posta o vídeo de uma senhora que se identifica como “professora particular” pedindo que ele coloque os militares na rua para acabar com as ordens dos governos estaduais de restrição ao funcionamento do comércio e das escolas, para que possa trabalhar.

Diz que a ajuda do governo “é coisa para vagabundo”.

Alega que “as Lojas Americanas estão abertas” e estão por conta de uma juíza tão irresponsável quanto Bolsonaro.

O drama desta senhora, se é o que diz, nada tem a ver com o fechamento de lojas ou das escolas, pois se diz “professora particular”. Nada a ver com escola aberta ou fechada.

Em lugar de recomendar prudência a ela, Bolsonaro a usa para promover agitação insana, inclusive a de sugerir que os militares intervenham para abrir as lojas e tirar as pessoas de casa, quem sabe a baionetas.

Ele usa a pobre coitada para insuflar a desobediência, mas a agonia dela não o faz acelerar a renda básica de emergência.

Bolsonaro não vai se corrigir nem ser corrigido.

Ele é um genocida incorrigível.

Ministros do TSE discutem adiar eleições para dezembro


O Globo - Carolina Brígido

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cogitam adiar as eleições municipais de outubro para dezembro, devido à pandemia do coronavírus. A decisão sobre a data das votações deve ser tomada entre fim de maio e início de junho, a depender da situação sanitária do país. Ainda que o quadro não esteja definido, os ministros descartam a possibilidade de prorrogação dos mandatos atuais. Isso aconteceria se as eleições fossem reagendadas para 2021. Ou, ainda, se houvesse unificação com as eleições gerais de 2022.
— A saúde pública, a saúde da população é o bem maior a ser preservado. Por isso, no momento certo será preciso fazer uma avaliação criteriosa acerca desse tema do adiamento das eleições. Mas nós estamos em abril. O debate ainda é precoce. Não há certeza de como a contaminação vai evoluir. Na hipótese de adiamento, ele deve ser pelo período mínimo necessário para que as eleições possam se realizar com segurança para a população. Estamos falando de semanas, talvez dezembro — disse o ministro Luís Roberto Barroso, que vai presidir o TSE a partir de maio.
O ministro afirmou que eventual prorrogação de mandatos não está sendo cogitada na Corte, porque violaria a Constituição Federal.
— A ideia de prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos e vereadores até 2022 não me parece boa. Do ponto de vista da democracia, a prorrogação frauda o mandato dado pelo eleitor, que era de quatro anos, e priva esse mesmo eleitor do direito de votar pela renovação dos dirigentes municipais. Se for inevitável adiar as eleições, o ideal é que elas sejam ainda este ano, para que não seja necessária a prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos e vereadores — declarou.
Barroso acrescentou que unificar as eleições municipais com a disputa nacional de 2022 seria prejudicial por outro motivo: os temas a serem tratados nas campanhas são totalmente diferentes. A disputa nos municípios é mais voltada para assuntos locais, como transportes, planejamento da cidade e limpeza urbana. Já a eleição geral trata de temas de interesse nacional, como política econômica e programas sociais. Além disso, unir eleições locais e nacionais seria inviável operacionalmente.
— As eleições municipais deverão mobilizar 750 mil candidatos, cujas candidaturas precisam ser objeto de registro e que, em caso de impugnação, precisam ser decididas pela Justiça Eleitoral. Já é um número muito expressivo. Juntar a eles os questionamentos de registros de candidaturas à Presidência da República, ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas significa criar imensas dificuldades para a administração do pleito pela Justiça Eleitoral. Um verdadeiro inferno gerencial — afirmou.
Barroso lembrou que houve prorrogação de mandatos durante a ditadura militar, quando uma emenda constitucional estendeu até 1982 o mandato de prefeitos e vereadores eleitos em 1976, e que deveria terminar em 1980.
— Não custa lembrar que nesse meio tempo, o Congresso Nacional foi fechado, com base no AI-5, para outorga do chamado Pacote de Abril, um conjunto de medidas eleitorais igualmente casuísticas. E a campanha eleitoral se desenvolveu sob a égide da Lei Falcão, que somente permitia a exibição, na TV, da foto do candidato, sem direito a fala — observou.
Embora não esteja definido se as eleições serão mesmo adiadas, providências que precisam ser tomadas pela Justiça Eleitoral antes da votação já foram suspensas, por conta do coronavírus. A maioria dos técnicos do tribunal está trabalhando remotamente. Por isso, não foi possível realizar um teste agendado para meados de março. Há outro teste marcado para depois da Semana Santa, que também deverá ser adiado.
Os testes são de software e também do sistema operacional da urna. Além disso, há outros testes fundamentais que precisam ser realizados antes da votação, como simulações da eleição e totalização de votos. Também está suspenso o treinamento dos cerca de 2 milhões de mesários que atuarão nas votações, o que também prejudica o calendário da Justiça Eleitoral.
Técnicos do TSE ouvidos pelo GLOBO também apontam uma outra questão: ainda que a eleição seja adiada para dezembro, existe uma série de providências que precisam ser tomadas depois das votações que precisariam ser ajustadas. Antes das posses dos eleitos, em 1º de janeiro, os candidatos devem apresentar prestações de contas e essas contas precisam ser analisadas pela Justiça Eleitoral. Em seguida, vem a diplomação dos candidatos. E, por último, a posse. Para os técnicos, a definição da data da eleição é fundamental para fazer esse planejamento.
Em nota, a atual presidente do TSE, ministra Rosa Weber, declarou que não cogitava adiar as eleições de outubro por conta do coronavírus. Disse que o debate ainda era “precoce”. Barroso também tinha se pronunciado nesse sentido. Mas, diante do avanço da Covid-19 no Brasil, as conversas entre ministros tomaram outro rumo.
Por lei, as convenções partidárias estão agendadas para agosto. É o início oficial do processo eleitoral. A depender do cenário da pandemia, não teria como realizar as convenções na data prevista. Nem tampouco as campanhas, que começam depois das convenções - ao menos nos moldes conhecidos. Eleições pressupõem o contato entre as pessoas. Não seria possível substituir isso por uma videoconferência, na visão de ministros.
No TSE, também estão sendo discutidas formas de se fazer campanha sem aglomeração, caso não sejam adiadas a votação. Se essa hipótese seguir adiante, as campanhas deste ano serão as primeiras sem o chamado corpo a corpo. Os ministros também conversam sobre as zonas eleitorais. A dúvida é como realizar eleições sem fila para votar, ou com o menor número possível de pessoas reunidas.
Ministros ouvidos pelo GLOBO lembraram que a definição da data das eleições não está somente nas mãos do TSE. O Congresso Nacional poderia aprovar uma proposta de emenda constitucional para mudar o calendário eleitoral. E, se for necessário adiar a posse dos eleitos, por conta das providências a serem tomadas depois da votação, também caberá aos parlamentares aprovar nova data.
— A palavra final na matéria será do Congresso Nacional, a quem cabe aprovar emenda constitucional a respeito, se vier a ser o caso — concluiu Barroso.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

APAC apresenta balanço sobre chuvas em PE e a previsão climática para abril, maio e junho


A Apac informa que as maiores precipitações acumuladas durante o mês de março, até esta segunda-feira (30), foram concentradas nas regiões Agreste e Sertão do Estado. Durante o período, foram emitidos 14 avisos meteorológicos e 2 avisos hidrológicos, além da divulgação de boletins pluviométricos diários, do monitoramento das chuvas em tempo real e imagens do radar meteorológico, que estão disponibilizados no portal da Apac. (www.apac.pe.gov.br)

No sertão, 50 municípios registraram chuva acima da média esperada para o mês, com destaque para Sertânia, que acumulou 480,9mm, 433% do esperado, Carnaíba, 623mm, que equivale a 397% do total, Afogados da Ingazeira, 531mm, que representa 345% do que era esperado, Cedro, que acumulou 424mm, 276% do esperado, Custodia, com 313,2mm acumulados, que equivale a 257%, Arcoverde, que registrou 431,2 mm, totalizando 355% da climatologia mensal e Terra Nova, acumulou 265,5 mm, que representa 198% das chuvas esperadas para todo o mês de março.

No agreste, 65 municípios também superaram a média esperada de chuvas, com destaque para Saloá, com 445mm, que representa 508% do esperado, Venturosa, com 463mm acumulados e 412% da climatologia mensal, Alagoinha, com 375mm, que representa 551% do esperado, Poção, com 445,5 mm representando 431% do total e Jataúba, com 320,5mm acumulados, que equivale a 325% das chuvas esperadas no período.

A região da Zona da Mata, também acumulou volumes consideráveis de chuva, com 16 municípios com precipitações acima da média, São Benedito do Sul, com 180,4mm, o que equivale a 226% do esperado, Quipapá, com 140,2mm e 180% da média mensal, Condado, com 222mm e 157%, Lagoa do Carro, 143mm e 153% acima do esperado e Xexéu, acumulou 253,2mm e 150% da climatologia mensal.

Na RMR todos os municípios registraram chuvas dentro da média climatológica mensal.


BARRRAGENS - Diante do grande volume de chuvas, 11 barragens atingiram a cota máxima e verteram no Sertão e 6 reservatórios na região Agreste. A barragem de Jucazinho, 3º maior de Pernambuco, localizado em Surubim, na região do Agreste Setentrional, saiu do volume morto e tingiu 23,4% da capacidade total.

PREVISÃO PARA O PRÓXIMO TRIMESTRE - A previsão climática da Apac para o próximo trimestre é que as chuvas deverão ser de normal a acima da média em todo o estado de Pernambuco. No período dos meses de abril, maio e junho, os principais sistemas indutores de chuva são a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL).

O trimestre compreende os principais meses do período chuvoso da região do Agreste, Zona da Mata e Litoral, e também o início do outono que favorece a redução gradual da temperatura em todas as regiões do Estado.
APAC

O governo subsidia o desemprego



POR FERNANDO BRITO · no tijolaço


Os jornais noticiam a insensível – e pior, inútil – Medida Provisória de Jair Bolsonaro que, a pretexto de garantir parte do salário – cria subsídios para que o trabalhador seja dispensado e sofra na pele todo o drama da crise do coronavírus.

Em lugar de manter vigentes as relações de emprego, desmonta-as.

Para manter os postos de trabalho, pode e deve assumir o pagamento de todo ou parte do salário, mas também exigir a sua manutenção, como acaba de fazer a Argentina.

Isso não vai evitar as demissões em massa, até porque as empresas sabem que não terão sequer a sombra de seu faturamento dentro de três meses.

Aqui, muitos empresários, especialmente os que não precisam de especialização da mão de obra vão, simplesmente, demitir logo, para não ficarem com obrigações dentro de três meses e, provavelmente, com baixas receitas.

Em matéria de ilegalidade, repete os desvios da primeira e anulada medida que suspendia contratos por quatro meses, sem salário. ao dispensar – agora para boa parte, mas não todos os trabalhadores – e, claro, gera insegurança jurídica e promete virar arrastada pendência judicial. E por uma bobagem, porque havia formas de fazê-lo sem isso e nenhum sindicato, em troca de uma estabilidade de seus trabalhadores, deixaria hoje de aceitar cortes suaves e seletivos por faixa de renda.

Mas os cortes têm pouco de suaves e, assim, vão na contramão da necessidade econômica de assegurar que não haja perda de renda a se somar aos já terríveis efeitos da crise.

Entramos, com toda a certeza num ciclo recessivo que irá, ao menos, até o final de 2020 e, portanto, deveríamos estar fazendo o contrário, injetando mais e não menos dinheiro do mercado, estimulando o consumo.

Além do mais, a vinculação da “redução da jornada” só pode ser coisa para “inglês ver”, porque não atende a nenhuma realidade: quem fazhomeoffice está, é obvio, sem controle de jornada, empregado de empresa fechada também está sem jornada e os que estão trabalhando, por serem essenciais, evidentemente não vão ter jornada reduzida.

Não temos economistas no governo, mas gente com mente contabilista, que elabora regras apenas para fechar contas e não de olho em seus efeitos econômico-social e muito menos ainda atenta à simplicidade que permita a todos entenderem e confiarem no que se faz.

O resultado, portanto, será uma onda de demissões “preventivas”, muitas desnecessárias até à sobrevivência das empresas.

Quando saírem os primeiros números, fique mais atento ao volume de “desalentados” – os que não têm e não procuram emprego. De que adiantaria procurar o que não há?

Liberados recursos na Justiça para combater Covid-19


Por Estadão Conteúdo
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) expediu resolução que autoriza os magistrados atuantes em juízos criminais da Justiça Federal da 2ª Região a destinar os recursos provenientes de penas, de acordos de colaboração premiada e de outras medidas aplicadas nos processos penais  para a aquisição de produtos e equipamentos médicos para o combate à pandemia da covid-19, como respiradores, máscaras N95 e kits para teste de contágio.
A medida foi assinada hoje (1º) pelo presidente do TRF2, desembargador federal Reis Friede, pelo vice-presidente Messod Azulay Neto e pelo corregedor regional da Justiça Federal da 2ª Região, Luiz Paulo da Silva Araújo Filho.
A autorização tem caráter excepcional e emergencial e terá validade enquanto durar o estado de calamidade pública decretado pelos governos federal e estadual. Um edital deverá ser publicado para seleção de requerimentos realizados por entidades e órgãos públicos municipais, estaduais e federais que atuem na área de saúde pública e combate à pandemia. O edital será disponibilizado no Sistema Integrado de Gestão Administrativa do TRF2.
Todo o procedimento desde a apresentação do requerimento do valor até a prestação final de contas, devidamente outorgada pela autoridade concedente, deverá ser registrado no sistema e-Proc, sendo públicos o acesso aos autos e as informações a respeito deles, inclusive por meio do portal da transparência.
O ato administrativo proíbe,  em qualquer hipótese, a destinação de recursos para entidades privadas, mesmo com finalidade social e sem fins lucrativos e com atuação nas mesmas áreas.