sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Governador inaugura escola em Caétes

O governador Paulo Câmara inaugura, nesta sexta-feira (19.02), às 15h, as novas instalações da Escola Municipal Monsenhor José Anchieta Callou, erguida no município de Caetés, no Agreste pernambucano. O Governo do Estado garantiu o repasse de R$ 984,5 mil do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) de 2013 para revitalização do equipamento. O restante da obra foi custeado com recursos dos governos Federal e Municipal. As aulas têm inicio já na próxima segunda (22.02).
Com capacidade para receber 1,5 mil alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, a unidade vai atender aos estudantes da sede, dos povoados, distritos e de toda zona rural do município. O novo prédio é composto por 24 salas de aulas, sala de leitura, sala de vídeo, laboratórios de informática, de ciências e artes, espaços de multimeios para o aluno com necessidades especiais, biblioteca, auditório, pátio coberto, além de área administrativa (diretoria, sala dos professores, secretaria).

Tratamento distinto para duas Mirians: FHC negociou cala boca de dentro do Planalto, com empresa que tinha concessão em aeroportos

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Miriam Cordeiro, no programa eleitoral de Fernando Collor, também apareceu repetindo denúncias sem provas no Jornal Nacional;  o dia da despedida de FHC (ao lado de Ruth) e Mirian Dutra no Globo Repórter, em 1994,  uma de suas raras aparições como repórter em Portugal, depois do exílio

por Luiz Carlos Azenha no blog Viomundo

As últimas horas foram tragicômicas, pelo esforço dos fãs do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em desqualificar Mirian Dutra e o próprio debate que ela gerou ao dar entrevista para a revista Brazil com Z, da Espanha — mais tarde, acrescentou detalhes falando à Folha.
Isso, ainda que FHC tenta admitido a existência do contrato fictício da empresa Brasif.
Que eu tenha lido, disseram que ela recebeu dinheiro do PT para mentir, que é uma tentativa de tirar o foco do triplex e do sítio respectivamente visitado e frequentado por Lula, que ela age movida pelo ódio típico de uma ex. Num país machista como o Brasil, eu não estranharia nem se dissessem que Mirian seduziu FHC e enredou o pobre senador, 30 anos mais velho do que ela, numa armadilha com o objetivo de extorquí-lo continuamente.
Triste, né? FHC, um sociólogo que se dizia de esquerda e foi casado com a antropóloga Ruth Cardoso, defendido pela turma que culpa mulher pelo estupro.
Os dois — FHC e Mirian — tiveram um relacionamento duradouro, cujos detalhes são assunto estritamente privado. Mirian apresentou o seu lado da moeda e FHC está certo ao não travar um debate público sobre isso.
Podemos deixar a hipocrisia de lado?
Quantos homens e mulheres — de poder ou não — têm seus flings, casos, namorados, amantes e assim por diante?
Não foi um orgulho para os franceses o fato de o presidente François Miterrand ter sido enterrado na presença da mulher e da amante?
Hillary Clinton, nos Estados Unidos, um símbolo feminista para parte do eleitorado, não engoliu as patéticas escapadas do Bill para preservar sua própria carreira política? Quem somos nós para julgar?
Porém, não me parece “assunto pessoal” quando um homem poderoso, um senador que tem ao seu lado o PIB e a mídia do Brasil, decide comprar o silêncio de uma ex-namorada.
Mirian decidiu ter o filho (pouco importa de quem).
Vocês já se colocaram no papel dela, uma jornalista que estava prestes a ter o segundo filho? Que mãe não sacrificaria sua vida pessoal — que foi o que ela fez — para ter condições de dar o melhor aos filhos? Enquanto isso, FHC preservou sua carreira!
Espantoso, na verdade, é a conspiração de silêncio que, em nome da candidatura de FHC ao Planalto, ocorreu. Com a conivência pessoal e, pior, institucional, daqueles que mais tarde se beneficiariam das políticas de FHC.
Mirian denunciou que foi levada a dar uma entrevista falsa à revista Veja. E ela não mentiu. Leiam que coisa patética a nota publicada pela coluna Gente da revista Veja, segundo a jornalista engendrada por FHC com o diretor da Veja Mário Sergio Conti, aquele que “entrevistou” o Felipão:
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Sim, sim, eu sei: Mirian poderia ter se negado a mentir. Mas, com uma filha de 8 anos — e grávida — quem era a parte frágil na história?
A Globo divulgou hoje, no Jornal Hoje, uma nota:
A TV Globo não interfere na vida privada de seus colaboradores. Esclarece, porém, que jamais foi avisada por Miriam Dutra sobre o contrato fictício de trabalho e que, se informada, condenaria a prática. A emissora informa ainda que em junho de 2004 (e não em 2002) o contrato de colaboradora de Miriam Dutra foi alterado, com mudanças em suas atribuições, o que acarretou nova remuneração, tudo segundo a lei vigente no país em que trabalhava. Por último, a TV Globo jamais foi informada por Miriam Dutra sobre seu desejo de regressar ao Brasil. Ao contrário, ela sempre manifestou o interesse de permanecer no exterior. Durante os anos em que colaborou com a TV Globo, Miriam Dutra sempre cumpriu suas tarefas com competência e profissionalismo.
Tudo, de fato, é discutível, menos a afirmação de que a empresa “não interfere na vida privada de seus colaboradores”.
Sem mais, nem menos, Mirian foi despachada para Portugal? Ela assume que pediu a transferência, mas a Globo não sabia o motivo?
Não faz sentido a emissora abrir mão de uma repórter em Brasília e continuar pagando o salário dela sem que ela ralasse tanto quanto os outros correspondentes. Isso não existe!
Depois, Mirian foi transferida para Barcelona, segundo Palmério Dória por influencia de Alberico Souza Cruz, o todo-poderoso do jornalismo da Globo na época.
Mas, vamos combinar? A Globo NUNCA teve escritório, nem correspondente na Espanha. Criou um, de repente, para acomodar Mirian? Pagou a ela 7 mil dólares mensais de salário até 2004 (na versão da Globo) sem que ela tivesse uma presença constante, quase diária, no ar?
Eu fui correspondente da Globo em Nova York. Todo dia tinha trabalho, muito trabalho.
Palmério Dória, em artigo anterior, já havia estimado o “custo do exílio”:
FHC, quando era ministro da Fazenda, isentou de CPMF todos os meios de comunicação. Em 2000 houve o Proer da mídia, que custou entre US$ 3 e US$ 6 bilhões aos cofres públicos. Ele também mudou a Constituição para permitir que a mídia brasileira, então falida, pudesse contar com 30% de capital estrangeiro. E autorizou que o BNDES fizesse um empréstimo milionário à Globo.
Sobre abortos: sim, é um assunto pessoal.
Mas, que fique o registro: muita gente da classe média para cima torce o nariz para o tema por causa da culpa de ter feito ou bancado o aborto alheio. Enquanto isso, mulheres pobres morrem por causa da hipocrisia dos que falsamente se dizem engajados em “preservar a família”.
FHC nunca foi hipócrita neste assunto. Ele perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo para o carola Jânio Quadros entre outros motivos por não dizer claramente, em um debate, que acreditava em Deus. Se fez algo incomum em campanhas, como montar num jegue e dizer que tinha “um pé na cozinha”, não foi muito além do que fazem outros políticos para ganhar votos.
O mesmo, no entanto, não se aplica à hipocrisia da Globo.
Em 1989, Roberto Marinho apoiou abertamente a candidatura de Fernando Collor de Mello contra Lula. Dedicou até um Globo Repórter ao “caçador de marajás”.
Na reta final, Miriam Cordeiro apareceu na propaganda oficial de Collor, acusando Lula — que na época do namoro não era casado — de ter pedido a ela que abortasse a filha Lurian e sugerindo que o candidato do PT era racista (ver vídeo abaixo).
No dia seguinte, o Jornal Nacional “repercutiu” o assunto, ou seja, deu asas a um tema que favorecia Collor, ainda que com a suspeita de que o depoimento tivesse sido comprado. Na descrição da própria Globo:
No Jornal Nacional do dia seguinte, os dois lados foram ouvidos. A jornalista Maria Helena Amaral, ex-assessora de Collor, denunciou que Miriam Cordeiro havia recebido dinheiro do PRN para aparecer no programa eleitoral do partido. Mas a ex-namorada de Lula disse que participou do programa espontaneamente e confirmou as denúncias contra o candidato do PT.
Uma forma tinhosa de promover o assunto com “equilíbrio”.
Miriam Cordeiro negou ter recebido 200 mil cruzeiros novos para fazer a denúncia, mas confirmou ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho que estava por conta da campanha de Collor, 45 dias depois dele ter sido eleito!
Captura de Tela 2016-02-18 às 20.21.36A Globo ainda defendeu, em editorial de O Globo, no dia do debate final entre Collor e Lula, que os brasileiros tinham o direito de saber detalhes da vida pessoal dos candidatos.
O jornal dos Marinho apresentou Collor, que usara o depoimento de Miriam Cordeiro no programa eleitoral, como vítima de Lula!
Confiram um trecho:
Nos Estados Unidos, por exemplo, com freqüência homens públicos vêem truncada a carreira pela revelação de fatos desabonadores do seu comportamento privado. Não raro, a simples divulgação de tais fatos os dissuade de continuarem a pleitear a preferência do eleitor. Um nebuloso acidente de carro em que morreu uma secretária que o acompanhava barrou, provavelmente para sempre, a brilhante caminhada do senador Ted Kennedy para a Casa Branca – para lembrar apenas o mais escandaloso desses tropeços. Coisa parecida aconteceu com o senador Gary Hart; por divulgar-se uma relação que comprometia o seu casamento, ele nem sequer pôde apresentar-se à Convenção do Partido Democrata, na última eleição americana. Na presente campanha, ninguém negará que, em todo o seu desenrolar, houve uma obsessiva preocupação dos responsáveis pelo programa do horário eleitoral gratuito da Frente Brasil Popular de esquadrinhar o passado do candidato Fernando Collor de Mello. Não apenas a sua atividade anterior em cargos públicos, mas sua infância e adolescência, suas relações de família, seus casamentos, suas amizades. Presume-se que tenham divulgado tudo de que dispunham a respeito. O adversário vinha agindo de modo diferente. A estratégia dos propagandistas de Collor não incluía a intromissão no passado de Luís Inácio Lula da Silva nem como líder sindical nem muito menos remontou aos seus tempos de operário-torneiro, tão insistentemente lembrados pelo candidato do PT. Até que anteontem à noite surgiu nas telas, no horário do PRN, a figura da ex-mulher de Lula, Miriam Cordeiro, acusando o candidato de ter tentado induzi-la a abortar uma  criança filha de ambos, para isso oferecendo-lhe dinheiro, e também de alimentar preconceitos contra a raça negra.
Um salto de 1989 para 2012.
A vida privada de Lula foi considerada “noticiável” pela revista Época, dos irmãos Marinho, que escalou sete repórteres — SETE! — para fazer uma denúncia baseada em suposições.
Rosemary de Noronha nunca assumiu ter tido um caso com Lula, nem divulgou documentos comprometedores. Ainda assim, virou notícia em toda a mídia!
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Voltem comigo, agora, no tempo.
Vejam como FHC descreveu o dia em que deixou o poder, em 2003, numa entrevista a Mário Sabino, da Veja:
Depois da cerimônia, rumamos, eu e Ruth, para o aeroporto, onde muita gente amiga nos esperava para a despedida. Foi aí que a emoção mais pessoal começou. Abracei assessores que haviam trabalhado comigo durante oito anos seguidos, que faziam parte do meu cotidiano. Embarcamos, então, para São Paulo, ainda no avião presidencial. Ao chegar, troquei de roupa e seguimos para o avião comercial que nos levaria a Paris. Nesse momento, relaxei, tive uma sensação boa de dever cumprido – tanto no plano institucional como no individual. (…) Dormi, então, a minha primeira noite de mortal comum. No dia seguinte, eu e Ruth fomos a Chartres sozinhos, para visitar a esplêndida catedral gótica – um passeio maravilhoso em todos os aspectos, mas principalmente pelo fato de não estarmos mais acompanhados de comitiva, seguranças e repórteres.  Recuperei, enfim, minha privacidade. Em Paris, também dispensei os serviços que a embaixada queria me prestar e voltamos a andar de metrô, como sempre fizemos. Uma delícia – e com um efeito muito didático. Porque uma coisa é o Planalto; outra é a planície. Na planície, você é promovido a povo.
Ou seja, FHC aproveitava Paris na condição de “povo”, acreditando ter um filho — um filho! — exilado na Europa.
A essa altura, Mirian era bancada pelo salário da Globo.
Mais tarde, conta, precisou de um complemento, pago por um empresário.
O empresário a que Mirian Dutra se refere é Jonas Barcellos, que mais recentemente deu caronas em seu avião para Lula — e foi denunciado por isso.
Numa entrevista à revista Veja, publicada em abril de 1999, Jonas admitiu que seus amigos eram “um ativo oculto”.
Dentre eles, Jorge Bornhausen, que foi vice-presidente da Brasif e comandou o PFL durante o governo FHC.
Segundo Mirian Dutra, o pefelista Antonio Carlos Magalhães, aliado de Bornhausen, ligado à Globo e todo-poderoso nos bastidores do governo FHC, recomendou a ela que não voltasse ao Brasil.
Conhecendo os bastidores do poder como ela, Mirian, conhecia — tinha sido repórter de política em Brasília –, como enfrentar um presidente da República, a emissora mais poderosa do Brasil — que dava a ela um salário  — e o trator ACM, ainda mais tendo dois filhos para criar?
O fato documentado e inescapável é o seguinte: FHC acreditava ter tido um filho com Mirian, que por sua vez assinou um contrato de fachada com a Eurotrade/Brasif para receber pagamentos via paraíso fiscal.
FHC disse a ela que era dinheiro pessoal, dele. Foi remetido do Brasil, via Banco Central? Ou saiu de uma conta no Exterior? A conta, que ele admite ter em Madri, foi declarada ao imposto de renda?
O documento divulgado por Mirian reforça a versão segundo a qual um presidente da República, no exercício do poder, negociou com uma empresa que detinha uma concessão do governo, a Brasif, o pagamento de um salário falso para a ex-namorada. Um cala-boca.
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O contrato entre Mirian Dutra e a Eurotrade/Brasif foi assinado no dia 16 de dezembro de 2002.
Faltavam duas semanas para o presidente FHC deixar o Planalto.
Se a versão de Mirian é verdadeira, FHC teve de pedir o favor a Jonas Barcellos, o dono da Brasif, algum tempo antes de o contrato ter sido assinado.
Com um detalhe importante, mencionado pelo Luís Nassif: os negócios de Jonas Barcellos floresceram nos dois mandatos de FHC.
Por muito menos, Bill Clinton quase sofreu impeachment nos Estados Unidos.
Como o caso de Mirian Dutra só aflorou agora, mais de 25 anos depois do namoro, obviamente não terá impacto retroativo.
O fato é que, com a ajuda da Globo, uma das Mirians derrotou Lula em 1989; e, com a omissão e/ou acobertamento da Globo — e da mídia em geral — FHC se elegeu presidente em 1994.

Não foi Serra quem nomeou a irmã de Mirian. Foi FHC

Por Fernando Brito
Não vou entrar nessa de perseguir a irmã de Mirian Dutra, porque foi nomeada por José Serra como assessora de seu gabinete.
O nomeado tem sempre alguém que o nomeou.
E o que falta dizer nessa história é que foi ele, o puro, o príncipe, o limpíssimo Fernando Henrique Cardoso quem usou seu poder presidencial para nomear a “cunhada”.
O que, até agora, a imprensa não publicou, embora esteja estampado no Diário Oficial, na primeira página, quando ele a designa para dirigir o Departamento de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, sucedâneo do velho Departamento de Censura, é que foi ele quem a nomeou quando seu principal atributo era ser a irmã se sua namorada.
E não publicou porque não quis, porque Margrit chegou até a escrever artigo para a Folha com o irônico título de “Kids – Meu filho pode assistir?”
Pois é este Tartufo que vem dizer que Lula não merece mais o seu respeito e que “é preciso esperar para ver” se ele é honesto.
Fernando Henrique Cardoso é pior aquilo que ele, depreciativamente, atira sobre outros.
A miséria da política, título de seu livro em que pretende fazer – chega a doer ver um sociólogo descer a esta simplificação – as “crônicas do lulopetismo” – bem lhe serviria como retrato.
FHC é um miserável da política, que a exerceu com a vaidade e a conveniência atropelando toda a cultura e ética que se pavoneia de ter, e que está agora sendo fritado no óleo fervente de sua própria hipocrisia.

Prefeita da Paraiba é presa pela PF por integrar quadrilha

Do Último Segundo
A prefeita da cidade de Monte Horebe, no sertão da Paraíba, foi presa pela Polícia Federal acusada de pertencer a uma quadrilha que fraudava licitações em obras, nesta quinta-feira (18).
A prisão faz parte da segunda fase da Operação Andaime, deflagrada no município de Cajazeiras (PB) com o apoio da Controladoria-Geral da União e do Ministério Público Federal (MPF).
A polícia cumpre mandados de busca e apreensão, de prisão preventiva e de condução coercitiva na região e nos municípios de Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e Uiraúna. 
A operação desarticulou organização criminosa que, além de fraudar licitações em obras, fraudava serviços de engenharia executados por 16 prefeituras da região da Paraíba. A prefeita Cláudia Dias era a executora do contrato de coleta de resíduos sólidos por meio de empresas fantasmas. O MPF estima que a organização tenha movimentado mais de R$ 18 milhões em recursos federais.
O empresário Mário Messias Filho, o Marinho, foi denunciado pelo Ministério Público por agir para impedir e dificultar a investigação sobre organização criminosa. Nesta segunda fase são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de condução coercitiva, todos expedidos pela 8ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba.
As investigações indicam que os criminosos atuavam, pelo menos, desde 2009, desviando recursos federais por meio de irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial a montagem de procedimentos licitatórios e a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro por meio de empresa fantasma

Ex de FHC: decidi falar agora porque saí da TV Globo

Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
A jornalista Mirian Dutra diz que decidiu falar agora sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, depois de tantos anos calada, porque saiu da TV Globo, o que faz com que ela se sinta livre para dizer o que quiser.
"Eu agora não tenho mais compromisso com a TV. Antes, eu não podia falar. Eu era a Mirian Dutra da TV Globo. Eu tinha um compromisso ético e profissional com a empresa", afirma.
Dutra revelou ontem à Folha, entre outras coisas, que firmou contrato fictício de trabalho com a empresa Brasif S.A. Importação e Exportação, por meio da qual recebia recursos enviados por FHC. A TV Globo, em nota,afirmou que jamais foi informada por ela desses contratos. E que, se isso tivesse ocorrido, "condenaria a prática".

PT quer investigar dinheiro a ex-amante de FHC

De O Globo - Thiago Herdy e Cristiane Jungblut
Depois de participar de uma reunião de senadores do PT com o ex-presidente Lula em uma casa anexa ao instituto que leva o nome do ex-presidente, na zona sul de São Paulo, o senador Lindbergh Farias pediu investigação sobre a empresa que fez pagamentos para a ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique, a jornalista Mirian Dutra, e para o filho dela. De acordo com a jornalista, a Brasif S.A. Exportação e Importação ajudou o ex-presidente a enviar recursos para ela no exterior. Em entrevista à "Folha de S. Paulo", ela afirmou que a transferência ocorreu por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho, com validade entre dezembro de 2002 e dezembro de 2006.
— A gente vai lutar para que haja investigação contra todos. A gente vê hoje o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: uma empresa privada que pagou ndo durante anos a conta dele. Se fosse contra o presidente Lula, isso era um escândalo — disse o senador.
Para Lindbergh, este é o momento de "passar o Brasil a limpo" com investigações amplas. Citando o caso de FH, ele criticou o que chamou de "conduta seletiva" da Polícia Federal, do Ministério Público e da imprensa ao tratar das suspeitas envolvendo Lula.
Leia mais: Petista pede investigação de empresa que dava dinheiro a ex-amante de FH

Lula a sua base: podem se posicionar sem medo

De Natuza Nery, na Folha de S.Paulo
Em encontro com senadores nesta quinta (18), o ex-presidente Lula avaliou que a equipe econômica de Dilma segue patinando. Disse que o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) perdeu parte da ousadia desde que assumiu o cargo.
“Não podemos ficar no arroz com feijão”, disse Lula, de acordo com alguns dos presentes.
Conforme os relatos do encontro, o ex-presidente falou um pouco mais sobre o caso do sítio em Atibaia. O petista afirmou que podem investigar o que quiserem, mas não encontrarão nenhum ato ilegal. E orientou a base: “Podem se posicionar sem medo”.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Governador empossa novos secretários


O governador Paulo Câmara oficializa, nesta quinta-feira (18.02), às 17h, mudanças no secretariado estadual. O chefe do Executivo confere, durante  solenidade de posse, à Ruy Bezerra, atual Chefe de Gabinete, a missão de comandar a Controladoria Geral do Estado. Já João Henrique de Andrade Lima Campos assume a Chefia de Gabinete do governador, função que seu pai, o ex-governador Eduardo Campos, ocupou no segundo Governo Miguel Arraes (1987-1990).

Atual controlador-geral, Rodrigo Amaro, segue para a Assessoria Especial com a missão de implantar, num período de 90 dias, a empresa pública de recuperação de débitos e emissão de debêntures.

No Palácio do Campo das Princesas, Fiat lança mais um modelo produzido em solo pernambucano


O Palácio do Campo das Princesas será palco do lançamento do segundo modelo fabricado pela Fiat em Pernambuco, com menos de um ano de operação comercial no Polo Automotivo Jeep, em Goiana, município da Mata Norte.  O governador Paulo Câmara apresenta o Fiat Toro, ao lado da diretoria da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), em solenidade nesta quinta-feira (18.02), às 14h30, na sede do Executivo estadual.

 
Com características de um SUV, picape e sedã, o veículo inaugura um novo segmento no mercado automotivo brasileiro. O Toro, com versões equipadas com trações 4x2 ou 4x4, é voltado para uso urbano ou off road (fora de estrada). A fabricação do novo modelo da Fiat também vai gerar novos postos de trabalho com a contratação, ao longo deste ano, de novos trabalhadores que se somarão aos 7.500 profissionais, em sua maioria de pernambucanos, que já atuam no Polo Jeep. 


Bancada oposicionista da Alepe nomeia vice-líder

O deputado Joel da Harpa (PTN), assumiu, na última terça-feira, a vice-liderança da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), passando a atuar ao lado dos deputados Silvio Costa Filho (PTB), líder da Bancada, e Teresa Leitão (PT), vice-líder.
Joel da Harpa, que já vinha se posicionando de maneira independente na Casa de Joaquim Nabuco, afirmou ter tomado a decisão por discordar da condução do Governo do Estado na área da segurança pública. “O Pacto pela Vida está em colapso e, apesar dos nossos alertas, o Governo nada tem feito para mudar a situação”, destacou.
Silvio Costa Filho destacou a importância de Joel da Harpa para as discussões no Legislativo. “Joel vem dando uma grande contribuição ao debate no plenário. Enriquecerá muito a relação da Bancada de Oposição com os servidores e nas discussões sobre a segurança pública do Estado”, ressaltou.
Para a deputada Teresa Leitão, o parlamentar chega para somar. “A Bancada de Oposição é bastante plural, abrangendo diversas visões do Estado. A chegada de Joel só vai acrescentar e fortalecer a atuação da Bancada”, avaliou.

Vitória de Picciani dificulta situação de Cunha na CCJ

De O Globo - Eduardo Bresciani e Júnia Gama
A vitória de Leonardo Picciani na eleição para líder do PMDB deve causar problemas para a defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do processo que pede sua cassação. Picciani deve indicar para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Rodrigo Pacheco (MG) ou Sérgio Souza (PR), ambos adversários de Cunha. Cabe à CCJ analisar recursos de Cunha sobre a tramitação do processo em andamento no Conselho de Ética. Para evitar perder o comando de comissões, o presidente da Câmara tem ameaçado apoiar candidaturas avulsas.
A CCJ foi presidida em 2015 por Arthur Lira (PP-AL), aliado de Cunha. A confiança de Cunha no sucesso de recursos seus à comissão é tamanha que sua defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que paralise o processo no Conselho de Ética até que a CCJ decida sobre um recurso que pede o direito de apresentar uma nova defesa prévia devido à troca do relator no Conselho.
Pacheco é advogado de formação, está em seu primeiro mandato e é tido por deputados da bancada mineira como um dos mais distantes de Cunha. Souza também está no primeiro mandato, mas foi suplente de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e ocupou o mandato de senador entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. O deputado paranaense até contou com o apoio do presidente da Câmara para assumir a relatoria da CPI dos Fundos de Pensão, mas recebeu recados durante as articulações da eleição de líder do PMDB que poderia ser destituído da função por Cunha caso mantivesse apoio a Picciani. Ele ignorou a ameaça e continuou ao lado do líder reeleito.
Leia mais: Vitória de Picciani pode dificultar situação de Cunha na CCJ

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

0 Sílvio Costa vai à tribuna para defender o ex-presidente Lula


Sílvio Costa - foto divulgação
Conforme havia anunciado no final de semana, o deputado Sílvio Costa (PTdoB) foi à tribuna da Câmara Federal nesta terça-feira (16) para fazer a defesa do ex-presidente Lula, acusado de ser o “dono” oculto de um sítio em Atibaia (SP) e de um apartamento triplex em Guarujá (SP) que teriam sido doados por empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.
Segundo ele, há um “plano político” em execução no país, comandado pela Oposição, no sentido de “desconstruir” a imagem do ex-presidente que é o político “mais amado” pelo povo brasileiro.
Disse também que os adversários de Lula desejam inviabilizar a candidatura dele em 2018, temendo uma quinta derrota consecutiva na disputa pela Presidência da República.
Sílvio Costa desafiou a Oposição a provar que Lula seria o dono do sítio e do apartamento e acusou parte da “elite” e da grande imprensa de estarem tentando destruir a imagem do ex-presidente junto às camadas mais humildes da população, para os quais o seu governo foi voltado.
“Parte da elite e da imprensa vê Geraldo Alckmin e os senadores José Serra e Aécio Neves se baterem internamente e conclui que o PSDB vai perder de novo em 2018. Por isso, utiliza a lógica da desconstrução de conceitos para liquidar o projeto do PT”, disse o deputado pernambucano.
Segundo ele, “Lula fez o pobre andar de avião, fez o filho do pobre estudar Medicina, e isso incomoda o rico. Acusam a aprovação da Medida Provisória para incentivar a indústria automobilística em outra regiões, mas não destacam que o relator, que aprovou, foi o deputado José Carlos Aleluia, do DEM da Bahia”.
Disse também que há uma “indignação seletiva” com a divulgação de trechos de delações premiadas de acusados nas investigações da Lava Jato, Petrobras e eleições, destacando-se as partes referentes ao governo e ao PT e omitindo as acusações feitas ao PSDB e seus aliados.
“Um delator disse que Aécio recebia um terço da propina de Furnas; outro, que o Instituto Fernando Henrique (FHC) recebeu R$ 1 milhão da OAS; outra denúncia diz que o governo FHC recebeu R$ 100 milhões em propinas. E por que não há destaque para isso?”, perguntou.
Por fim, disse que foram os governos do PT os que mais investigaram a corrupção no País, não interferindo na autonomia das instituições e na liberdade das operações para investigar denúncias.
“As instituições – Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário -, funcionam e são respeitadas pelo povo e pelo governo. Eu quero que apresentem uma certidão comprovando que o triplex é de Lula. Que se investigue tudo e todos, mas não se pode aceitar a desconstrução intencional de um líder por uma elite que não acredita no projeto da própria oposição que lhe representa”, disse o vice-líder do governo.

Deputada cobra posicionamento do governo

A deputada e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Teresa Leitão fez um alerta ao governador Paulo Câmara hoje, para que o governo inicie o mais breve possível um diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) a respeito do reajuste do piso salarial profissional do magistério. Teresa lembrou que o mesmo deveria ser reajustado no mês de janeiro último, conforme prevê a Lei 11. 738/2008 (Lei do Piso), com um percentual de 11, 36%, retroativos a janeiro, conforme anúncio feito pelo MEC. Atualmente, o piso da categoria está fixado em R$ 2.135,64.
O Sintepe encaminhou ofício ao governo do Estado no último dia 12 de janeiro para tratar da questão, mas segundo informações repassadas à deputada, até o momento não houve qualquer resposta. “Os critérios previstos na Lei do Piso são de pleno conhecimento e deveriam ser de total controle de todos os administradores públicos, prefeitos e governadores. Em Pernambuco, a Lei é descumprida há três anos e essa prática motivou uma grande greve dos trabalhadores em educação em 2015”, lembrou Teresa.
A deputada acrescentou que os trabalhadores em educação se reúnem em assembleia amanhã e que poderá haver uma reação da categoria, já que até o momento o governador não posicionou ou autorizou seu secretariado a iniciar qualquer negociação. “Um governo que diz que implantou uma forma de gestão de perseguição de metas atualizada e eficiente, não incluir o reajuste do piso como rotina, fica difícil acreditar que a promessa de dobrar os salários dos professores e pagar um piso de 4 mil reais até o final dessa gestão,  não vai passar de promessas de campanha”, registrou.
Para finalizar, Teresa esclareceu ainda que antes do anúncio do reajuste (que leva em consideração não só o INPC, mas a perspectiva de arrecadação dos recursos que compõem a cesta do FUNDEB), os governadores fizeram um movimento junto ao MEC para tentar reduzir o percentual aplicado no piso, mas que o Ministério comprovou a viabilidade do reajuste. “O ministro Aluísio Mercadante provou que o reajuste é viável, considerando inclusive que o repasse que a União está fazendo é superior ao que o FUNDEB arrecada nos estados e municípios”, finalizou. (Do Blog de magno martins)

Cardozo rebate Moro:Dilma não recebeu doação ilícita

247 - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (16) que nenhum delator que prestou depoimento na Operação Lava Jato disse que o dinheiro doado à campanha da presidente Dilma Rousseff tinha origem ilícita.
"Pelas informações que foram divulgadas, nenhum delator disse que o dinheiro que veio para a campanha de Dilma Rousseff tinha origem ilícita. Fala-se de 'campanhas', que houve 'doações'. Da onde se tira que foi a campanha da presidente Dilma, especificamente, e não todas as outras que também receberam doações das empreiteiras? Chega a ser patético", disse.
As declarações de Cardozo são uma resposta ao ofício do juiz Sergio Moro, que informou ao Tribunal Superior Eleitoral estar "comprovado" que propinas da corrupção na Petrobras abasteceram campanhas políticas por meio de doações oficiais.
O ministro afirmou que o ofício de Moro "não faz qualquer relação" da campanha de Dilma com recursos ilegais e que "não traz nenhum fato direto contra a presidente". "É absurdo imaginar que na informação prestada pelo juiz Sergio Moro tenha qualquer situação imputável à campanha de Dilma", disse.
Segundo ele, setores da oposição usam o ofício de Moro para "construir algo que não existe". "Aliás, é muito comum falar genericamente em campanhas, e é importante lembrar que essas empreiteiras doaram inclusive para partidos de oposição", concluiu Cardozo.

Miriam Dutra detona FHC, Globo e Mario Sergio Conti

247 – Depois de 30 anos, a jornalista Miriam Dutra, que foi uma das principais profissionais da televisão brasileira, resolveu quebrar o silêncio em relação a seu caso extraconjugal com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A entrevista é reveladora. Ao mesmo tempo em que qualifica FHC como uma pessoa sorrateira e manipuladora, Miriam também aponta os bastidores da blindagem midiática em torno do caso. Enquanto a Globo decidiu exilá-la em Portugal, Veja publicou uma entrevista em que ela própria contava uma mentira para proteger FHC: a de que seu filho era fruto do relacionamento com um biólogo.
Antes da disputa presidencial de 1994, quando FHC se elegeu presidente pela primeira vez, vários veículos de comunicação investigaram a história do filho extraconjugal do então candidato tucano. Mas nada foi publicado.
Miriam só decidiu falar após ter saído oficialmente da Rede Globo, onde já não aparecia nem por meio de buscas no site, numa entrevista a uma revista internacional, focada no Brasil.
No depoimento, ela conta à repórter Fernanda Sampaio, da revista BrazilcomZ, os bastidores de seu relacionamento com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e as consequências da gravidez de Tomas Dutra Schimidt, que seria filho presumido de FHC – uma história sempre abafada pela imprensa brasileira.
Miriam conheceu Fernando Henrique quando o tucano era suplente de Franco Montoro, que assumiu o governo de São Paulo (83-87). Ela comenta o fatídico episódio em que FHC se sentou na cadeira de prefeito de São Paulo antes do resultado das eleições: "Ele se acha o máximo". Depois de anos, tentou romper o relacionamento. "Ele não deixava romper... ele me perseguia... quando eu ia sozinha nos lugares, ele ia atrás".
Miriam também disse que ficou 'assustada' quando o político começou a fazer de tudo para assumir o poder. "Ele mudou muito, me assustou". Disse que "era apaixonada por ele" e que o ex-presidente dizia que ela era o pé em sua realidade. "Ele era muito... como é que eu vou falar... da aristocracia de São Paulo... sabe? Irreal".
Sobre a gravidez de Tomas, em janeiro de 1990, afirma que quis ter o filho. "Eu tive uma relação de seis anos, fiquei grávida, decidi manter a gravidez, então é meu. Eu sou uma mulher, eu que decido isso! Se eles não querem, eles que se cuidem". Ela nega uma história relatada pelo jornalista Palmério Dória, autor do livro Privataria Tucana, de que teria sido chamada de 'rameira' pelo então senador, quando teria ido ao seu gabinete comunicar a gravidez.
"Eu nunca fui ao gabinete dele! Ele dormia na minha casa, eu não precisava disso", rebateu. "Como ele tinha histórias com secretárias, assistentes, com milhões de jornalistas, ele [Palmério] deve ter me confundido com outra pessoa", provocou a jornalista. "Até agora, tudo o que foi publicado sobre mim foi mentira", ressaltou Miriam.
Ao falar do famoso exame de DNA, que teria dado resultado negativo, ela diz que foi o próprio FHC quem divulgou: "Ele divulgou! E isso me prejudicou muito. É o estilo dele: fazer tudo sorrateiramente e posar de bom moço". Ela desmente a história de que, mesmo o filho não sendo de Fernando Henrique, o ex-presidente teria decidido assumi-lo. "O Tomas nunca teve pai, nunca foi reconhecido", afirma. "Se falarem... provem! Porque eu nunca vi nenhum documento. Essa história de que veio aqui em Madri é tudo mentira!".
Questionada sobre o episódio em que FHC teria ido até os Estados Unidos se encontrar com Tomas para um segundo teste, ela responde: "Eu acho que é mentira, porque eu só vi um documento, mas todo mundo pode enganar com um DNA". Miriam diz ainda que nunca proibiu que se fizesse o exame de DNA. "Ao contrário, eu sempre incentivei que fizesse, que tivesse contado, essa coisa toda". Outra importante revelação feita pela jornalista é a de que FHC, segundo ela, a forçou dar uma entrevista à revista Veja: "Me obrigou a dar uma entrevista pra Veja dizendo que o pai do meu filho era um biólogo. Foi Fernando Henrique com Mário Sérgio Conde (Mário Sérgio Conti, hoje na Globonews)".
"Exílio" da Globo
Ao contrário do que já foi divulgado, a jornalista assegura que foi ela quem decidiu sair do Brasil. "Eu decidi sair sozinha do Brasil, ninguém me mandou pra fora, isso é muito importante ficar bem claro, ninguém me mandou embora!". Ela descreve o cenário na Globo à época: "me colocaram abaixo de qualquer coisa". "Aquele 'Globo memória' eles não me colocaram. Eu fui a primeira mulher que fiz o Bom dia Brasil, eles não me colocaram, não colocaram sequer o meu nome. Tentaram apagar a minha imagem, porque não interessava pra eles".
"Esse exílio foi muito pesado e todo mundo achando que era um exílio dourado, que eu estava super bem. Eu passei muita dificuldade, muita solidão, focada nos meus filhos, e tentando muito sempre trabalhar e pedindo pra Globo, pelo amor de Deus pra fazer alguma coisa, e eu era sempre cortada, sempre cortada", conta.
O prejuízo na carreira é a coisa que mais lhe dói nessa história, admite à repórter. "Agora meu trabalho sempre foi tão importante pra mim, isso me dói. Ter lutado tanto e de repente, por um homem completamente manipulador e por ter trabalhado em um grupo de comunicação tão... eu queria usar um verbo, mas não me permito usar esse verbo... eu fui prejudicada".
Leia aqui a íntegra da entrevista.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

0 Temer continua sonhando com candidatura própria do PMDB


Michel Temer  -- foto Agência Brasil


De passagem por Belo Horizonte (MG) nesta segunda-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, voltou a dizer que o seu partido (PMDB) terá candidato próprio ao Palácio do Planalto nas eleições de 2018.
“O tempo agora é do PMDB”, declarou o vice-presidente, segundo quem a proposta do partido para tirar o Brasil já crise está consubstanciada no documento, intitulado “Uma ponte para o futuro”.
Segundo ele, “o que precisamos é ter a Presidência da República em 2018. Enquanto não conseguirmos isso, ficaremos apenas no verbo e o verbo hoje não tem sido suficiente”.
Para o ex-ministro Moreira Franco, que acompanhou Temer na viagem, 60% do PMDB, hoje, defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Temer certamente não lembra mais que o PMDB teve um desempenho pífio quando disputou a Presidência da República em 1989 (com Ulysses Guimarães) e em 1994 (com Orestes Quércia). Ambos obtiveram menos de 5% dos votos válidos.
Se o próprio Temer for candidato em 2018, certamente não ultrapassará este percentual. Porque a maioria dos caciques do PMDB já está no barco dos tucanos.

Lula reúne conselho político do PT para discutir saídas para a crise

lula - foto Ricardo Stuckert-PR
O ex-presidente Lula reuniu em São Paulo, nesta segunda-feira (15), o conselho político do PT para discutir saídas para a crise social, política e econômica do país. Os resultados da reunião, todavia, só vazaram para a imprensa de forma genérica.
Fazem parte do conselho, entre outros, os governadores Tião Viana (AC), Wellington Dias (PI), Fernando Pimentel (MG) e Camilo Santana (CE), os prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Luiz Marinho (São Bernardo do Campo) e os líder do PT na Câmara e no Senado, Afonso Florence (BA) e Humberto Costa (PE), respectivamente.
Também participaram da reunião, de onde se extraiu uma nota de solidariedade ao ex-presidente da República, o assessor da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, o escritor Fernando Morais, o sociólogo Emir Sader, o jornalista Breno Altman, que é ligado ao ex-ministro jornalista Eric Nepomuceno, o ex-ministro Luiz Dulci e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann.
Para Rui Falcão, as acusações que pesam contra Lula não foram objeto da reunião. Mas aproveitou a coletiva de imprensa que deu logo em seguida para dizer que o ex-presidente está sendo vítima de uma campanha caluniosa.
Segundo ele, o sítio de Atibaia (SP), do qual Lula seria o dono oculto, “tem escritura, nome do proprietário e o proprietário faculta a visita a esse sítio para quem ele quiser, principalmente ao presidente Lula, com quem praticamente foi criado, desde a infância. Então, é uma denúncia que não faz nenhum sentido”, afirmou.
Disse também que no Brasil dos dias de hoje o ônus da prova não cabe mais a quem acusa, e sim a quem é acusado.
“Embora a escritura (do sítio) esteja registrada em cartório em nome de outra pessoa, o presidente Lula é que tem que provar que (o imóvel) não é dele. É uma inversão de valores, uma inversão dos fatos e vocês (da imprensa) ficam propagando isso”, reclamou.

Presidente do PSB diz que resolução do TSE é inconstitucional

Foto: Arquivo PSB
Foto: Arquivo PSB
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que é inconstitucional a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segundo a qual apenas partidos com diretório municipal instituído podem lançar candidatura própria.
“Essa resolução é inteiramente inconstitucional, pois a Constituição assegura aos partidos autonomia para determinar o funcionamento interno”, disse.
Segundo o jornal, advogados de pelo menos dez partidos planejam entrar com uma ação para questionar um artigo da resolução. A norma recém-editada determina que as comissões provisórias podem existir por, no máximo, 120 dias.
No caso do PSB, o estatuto limita a criação de diretórios estaduais e municipais a localidades em que o partido obteve mais de 5% dos votos para deputado federal.

Incursão do Fantástico em obras abandonadas da Copa geram preocupação na Secretaria de Planejamento

Do blog de jamildo
Uma equipe do Fantástico está, nesta segunda-feira (15), filmando as obras inacabadas do BRT do corredor Leste-Oeste e o ramal V2 da Copa.
O foco são contratos feitos pela Secretaria das Cidades, na gestão do deputado federal Danilo Cabral até abril de 2014.
Danilo é atual secretário de Planejamento do Estado.
A TV Globo vai focar nas obras abandonadas da Copa em Pernambuco, que não ficaram prontas e atualmente paralisadas sem previsão de retomada.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) autorizou que técnicos do órgão falassem a equipe, que veio de São Paulo para a cobertura.
Na Secretaria de Planejamento, a notícia da chegada da equipe gerou grande apreensão, segundo fontes do Governo.
A torcida é que a questão seja diluída na edição com irregularidades em outros Estados, como no Mato Grosso, bem como que o nome do secretário não seja expressamente citado na matéria. Vamos ver.

Conselho de Comunicação debate migração de rádios AM para FM

O secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, durante o seminário Migração das Rádios AM para FM. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, durante o seminário Migração das Rádios AM para FM. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Da ABr
Mais de 940 emissoras de rádio AM (modulação em amplitude) serão notificadas nos próximos meses para pagar a taxa de migração para a frequência modulada (FM) e melhorar a qualidade de transmissão de seus conteúdos. Durante debate realizado hoje (15) no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, explicou que essas emissoras precisam agora entregar a documentação para o processo de outorga das novas frequências, pagar a taxa de migração e fazer os investimentos para modernizar a infraestrutura de transmissão.
Custos
Martins lembrou que a tabela de preços foi divulgada para que as emissoras se preparem para a nova fase. Os valores podem variar de R$ 30 mil a R$ 4,5 milhões dependendo de variáveis como o alcance das transmissões, por exemplo. “Foi uma metodologia que avalia a potência da emissora, a população de cada município, dados econômicos e sociais. Esta metodologia reflete os parâmetros que estamos usando, não me parece dizer que é um preço baixo, mas um preço justo”, avaliou.
Para o representante do ministério, a expectativa dos donos de emissoras tem se mostrado ainda maior do que a do próprio governo, ainda que os custos sejam significativos. Além da taxa, esses empresários terão que readequar todo os equipamentos hoje usados para a frequência AM. “O objetivo é dar uma sobrevida às emissoras de AM e dar maior diversidade para os ouvintes que passam a ter um contingente maior de emissoras FM”, disse.
Mais qualidade
Presidente executivo da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik calcula, por exemplo, que uma emissora pequena de 10Kw de Fortaleza, por exemplo, poderá pagar R$ 400 mil de taxa, mais cerca de R$ 150 mil em equipamentos. “O valor não é desprezível, mas vale a pena. A diferença da qualidade entre AM e FM é muito grande. O rádio é o sujeito do serviço local”, destacou.
Antonik ainda lembrou que, além dos investimentos financeiros, as emissoras devem aproveitar a migração para atualizar também a programação.
Ele disse que as fases mais complicadas do processo já foram concluídas tanto pelo Ministério das Comunicações, com a tabela de preços, quanto pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que ficou responsável por distribuir as emissoras dentro de faixas de frequência de maneira que não haja interferência nas transmissões. “Acredito que até o dia 25 de fevereiro as primeiras emissoras comecem a apresentar os documentos para iniciar o processo”, enfatizou.
Atualmente, em todo país, 1.781 emissoras estão como AM, sendo que 1.385 já pediram para mudar de faixa. Ao todo, 948 rádios poderão fazer a migração em 2016. As demais emissoras terão que aguardar a liberação do espaço, que deve acontecer com a digitalização da TV no país que abrirá mais espaço para as novas FMs.
“Nos grandes centros urbanos, o espectro do rádio elétrico está muito congestionado. Com o desligamento da TV analógica vai sobrar mais espaço para que as [rádios] AM migrem para a frequência FM”, explicou o conselheiro da Anatel, Rodrigo Zerbone Loureiro, que também participou do debate.
O conselho volta a se reunir no início da tarde de hoje para discutir a violência contra os profissionais de comunicação e os efeitos da crise econômica sobre a comunicação social.

MA: família Dino também fora de edifícios públicos

Leandro Mazzini – Coluna Esplanada
As consequências mostram que não é implicância o decreto do governador do Maranhão, Flávio Dino, que excluiu o nome do ex-presidente da República José Sarney de edificações públicas.
A nova regra exclui nomes de pessoas vivas de repartições públicas.
O pai do governador, Salvio Dino, dá nome a mais de dez instituições, e será 'desonrado'. Completa a lista o irmão do governador, o procurador federal Nicolau Dino, que dá nome a escola na zona rural de Itinga.
E até o poeta Ferreira Gullar viu o seu riscado de um colégio.

Congresso: cara nova após janela da infidelidade

Do El País - Afonso Benites
O quadro partidário do Congresso Nacional, empossado há pouco mais de um ano, está próximo de ser bastante alterado. A partir da próxima quinta-feira, os deputados federais estão liberados para a pular a cerca e mudar para a legenda que melhor satisfizer seus interesses pessoais e seus projetos de manutenção – ou expansão – do poder político em suas bases eleitorais. O período de infidelidade partidária sem nenhuma punição por meio da Justiça eleitoral estará liberado por 30 dias a partir do dia 18 de fevereiro. Com isso, entre 50 e 80 parlamentares federais deverão estar em partidos diferentes dos quais foram eleitos em 2014. A maioria, para concorrer às eleições municipais de outubro.
No caso dos deputados, a autorização para o desquite partidário ocorrerá quando o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), promulgar a emenda constitucional que trata do assunto (PEC 113/2015). Até lá, no dia 18, as negociações se intensificarão. Já os senadores não dependem desse aval da nova lei, pois seus cargos, assim como os dos chefes de Poderes Executivo, são considerados majoritários.
O cálculo feito pelo EL PAÍS, com base em declarações de 12 líderes e vice-líderes de partidos, abrange os quase 35 deputados federais e senadores que já mudaram de legenda nos últimos meses. Entre eles, os 21 que foram para o Partido da Mulher Brasileira, e os seis da Rede Sustentabilidade, ambos partidos recém-criados.
Até 2007 o troca-troca partidário era comum no Brasil, pois não havia regra que o impedisse. Naquele ano, o Tribunal Superior Eleitoral editou uma resolução que só autorizava as mudanças para partidos recém-criados ou que justificassem algum tipo de perseguição de seu próprio partido. Quem trocasse de legenda fora desse panorama poderia perder o mandato, conforme os julgamentos dos tribunais. Ocorre que poucos foram cassados porque a Justiça demorava para julgar cada caso e, quando estava próximo de fazê-lo, os mandatos já tinham acabado. Assim, as mudanças continuaram ocorrendo, ainda que em menor quantidade. Agora, com a brecha criada pelos próprios congressistas, ninguém corre risco de punição.
Leia mais: Congresso deve mudar de cara após janela da ‘infidelidade partidária’