sábado, 18 de julho de 2020

Angelim e a Covid 19 : Angelim registrou mais 01 caso de cura clinica


O município de Angelim registra 46 casos confirmados da doença.
Registrou ontem mais 01 caso de cura clinica e agora tem um total 39 casos de cura clinica.
06 se encontram em insolamento em suas residências com sintomas leves da doença e registrou também 01 alta de caso em internamento hospitalar na unidade de Covid 19 municipal não tendo nenhum caso atualmente  internado nesta unidade e registra 01 óbito.

Com esses resultados o Governo municipal estuda novas liberações mediante assinatura de novo decreto.
Porém a Secretaria  de Saúde deixa o alerta de que precisamos manter a disciplina nas orientações sanitárias recomendadas.

O índice de Isolamento Social de Angelim, alcançado no dia 16/07 foi de 52,6% (5º) em todo o Estado.


Detran aumenta prazo para circular com CRLV 2019 em Pernambuco

Detran aumenta prazo para circular com CRLV 2019 em Pernambuco 
(Foto: Divulgação/Detran-PE)

O Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) decidiu prorrogar o prazo de validade do calendário anual de licenciamento de veículos usados/CRLV do exercício de 2019. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nessa quinta-feira (16) e aumenta o período de validade do CRLV 2019.

O prazo limite para circulação com CRLV 2019 será da seguinte forma:

Final da placa 1 e 2 - Prazo final para circular com CRVL 2019: Setembro
Final da placa 3, 4 e 5 - Prazo final para circular com CRVL 2019: Outubro
Final da placa 6, 7 e 8 - Prazo final para circular com CRVL 2019: Novembro
Final da placa 9 e 0 - Prazo final para circular com CRVL 2019: Dezembro

A medida foi adotada também levando em conta que as taxas e impostos envolvem vários órgãos estaduais que estão com serviços suspensos ou funcionamento reduzido por causa da pandemia. Além disso, a medida busca trazer mais facilidade para proprietários de veículos e evitar aglomerações.

Em nota, PT lamenta novo ataque de Ciro Gomes

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A bancada do PT na Câmara dos Deputados divulgou uma nota nesta sexta-feira (17) lamentando os novos ataques de Ciro Gomes (PDT) contra o ex-presidente Lula e ao PT.

“Os atos do pedetista evidenciam a triste trajetória política de quem precisa destilar ódio contra lideranças da esquerda para poder manter viva sua candidatura à Presidência da República!”, criticam os parlamentares na nota
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Ontem (16), em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, da revista Época, Ciro afirmou, entre outras coisas, que Lula “se corrompeu” e acusou o PT de montar um “gabinete do ódio com dinheiro roubado”.


Leia a íntegra da nota:

Ciro Gomes, uma triste trajetória marcada pelo despeito e pelo ódio
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A Bancada do PT na Câmara considera lamentáveis os ataques proferidos contra o PT e o ex-presidente Lula pelo ex-ministro Ciro Gomes, presidenciável do PDT, em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, da revista Época, na última quinta-feira (16).


Mais uma vez Ciro prefere atacar Lula e o PT em vez de fortalecer a esquerda e a oposição ao atual governo, num momento dramático da história do Brasil, quando o país alcançou a marca de 2 milhões de contaminados pela Covid-19, com mais de 76 mil mortes, em consequência da postura genocida de Jair Bolsonaro e seus ministros.

Os ataques vis de Ciro ocorrem na mesma semana em que mais de 1000 entidades entregaram ao Congresso Nacional um novo pedido de impeachment do presidente da República, num movimento que demanda união das forças democráticas e não comporta diversionismo e posições duvidosas.
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Os atos do pedetista evidenciam a triste trajetória política de quem precisa destilar ódio contra lideranças da esquerda para poder manter viva sua candidatura à Presidência da República!


Nenhum discurso de ódio, independentemente da sua origem, irá nos calar. Seguiremos na construção de uma Frente que tenha compromisso com a democracia, a retomada dos direitos do povo brasileiro e uma economia que esteja voltada ao desenvolvimento sustentável e à inclusão social com renda, empregos e salário dignos para todos.

O PT segue defendendo o Brasil, a soberania nacional, a democracia, os direitos e a vida do povo!
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Brasília, 17 de julho de 2020


Enio Verri (PT-PR)

Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados

Negócios na China

FERNANDO BRITO · no Tijolaço

O anúncio de que o Produto Interno Bruto da China cresceu 3,2% do segundo trimestre do ano, depois da queda de mais de 6% no primeiro, deveria servir de lição aos que gritaram, até se imporem, pela retomada das atividades econômicas em pleno surto do novo coronavírus.

Não se entrará em discussão se os números chineses da doença foram maiores do que se divulgou ou se morreram mais pessoas que o noticiado. O caso é que o bloqueio severo e a paralisação total das atividades deteve o vírus – ao menos neste momento – e possibilitou uma retomada vigorosa e rápida da economia.

Um contraste imenso se comparado aos países que negaram a gravidade da doença, resistiram ao “lockdown” e correram a abrir tudo pouco tempo depois.

Os Estados Unidos, depois de amargarem uma queda de 5% no PIB já no primeiro trimestre, terão uma retração que pode ficar em 30% no segundo, segundo previsões dos economistas do Wall Street Journal, para recuperarem – se as coisas pararem de piorar por lá, no terceiro trimestre, menos da metade do que perderam (15%).

Os que repetem estas baboseiras de “vírus chinês” e “plano comunista” devem se lembrar que nada obrigou os governos ocidentais a menosprezarem a doença, a dizerem – como Trump e Bolsonaro – que era “uma gripezinha” que se curaria com cloroquina, nem a repetirem, como um mantra macabro, que “a economia não pode parar”.

Os chineses pararam. Pararam tudo. E porque pararam, estão andando de novo, e rápido.

Bolsonaro aparelha máquina pública e entrega 6,1 mil cargos a militares

O poder militar no governo Bolsonaro. (Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil)

247 – Jair Bolsonaro instituiu um governo militar e aparelhou a máquina pública desde que chegou ao poder, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União. "Em 2018, havia 2.765 militares em cargos civis do governo federal. Em 2019, o número chegou a 3.515 cargos destinados a servidores oriundos da caserna. E em 2020, o total chegou a 6.157, um aumento de 122%", aponta reportagem do jornal O Globo, assinada pelo jornalista Vinícius Sassine.

"Os dados mostram que já atuam no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 1.969 militares da reserva. Eles têm contratos temporários, numa estratégia definida para tentar reduzir a fila de processos de aposentadoria e outros benefícios à espera de uma deliberação do órgão. Antes de 2020, no período levado em conta para a comparação, não havia esse tipo de contrato destinado a militares da reserva", mostra ainda a reportagem.

Transgressores, feios, sujos e malvados

Texto de Weiller Diniz publicado no Blog de Magno Martins
O encadeamento das imoralidades na comédia trágica “Feios, sujos e malvados”, evisceradas pelo diretor Ettore Scola, fez sucesso nos anos 70/80. A trama transcorre em um ambiente de extrema degradação, esgarçamento pelo desemprego, exclusão social, violência, racismo, sexismo e machismo. A animalização dos seres humanos, brutalizados pelo instinto, permeia toda a narrativa e choca nas cenas de crianças enjauladas.
O roteiro, atemporal, inclui metáforas cortantes sobre ilegalidades, abusos, ameaças como estratégia para intimidação e controle e injustiças. O enredo e a origem servem para iluminar o lado escuro da operação lava jato, que copiou os métodos e erros das “mãos limpas”, mesmo berço italiano de Scola. As mãos sujas da lava jato mancham o noticiário, a Justiça e os conselhos (CNJ e CNMP) há mais de 1 ano. Há algo de feio, sujo, malvado e transgressor a ser exumado, higienizado.
As nódoas recentes apontam para reincidência de bisbilhotices camufladas contra detentores de foro (Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre), dobradinhas clandestinas com órgãos de inteligência dos EUA e uma grampolândia. Encastelada em Curitiba, a força tarefa reagiu refratariamente à auditoria disparada pela Procuradoria Geral da República. Uma decisão do STF enquadrou a rebeldia e os dados serão compartilhados. Os vazamentos instantâneos contra Dias Toffoli não procuraram disfarçar a vindita. Elucidam, ainda, possíveis chantagens de outrora. As manchas impuras são anteriores a Augusto Aras.
Assim como investigados, integrantes da lava jato devem explicações. Não são inimputáveis. A operação não comporta suspeições. A delação de Tacla Duran, terror do ex-Juiz Sérgio Moro, foi retomada. A blindagem de alguns políticos, os documentos de escritórios de advocacia e agências internacionais carecem de explicação. A aquisição de equipamento para grampos também, bem como propinas ao procurador Januário Paulo, citadas pelo doleiro Dário Messer. A desconfiança do uso da operação para fins políticos deve ser esclarecida. Por muito menos, muita gente teve a prisão preventiva decretada.
Os êxitos da operação não dissipam as arbitrariedades. Malfeitores de toda ordem foram condenados e uma nova cultura de respeito ao dinheiro público foi ensaiada. Porém, a serpente chocava um ovo – um projeto de poder – gestado por agentes públicos com métodos ilegais e clandestinos. A lava jato sempre reivindicou uma sacralidade, além das instituições. Um poder acima dos demais, integrado pelos intocáveis dos outdoors cinematográficos. O bordão “ninguém está acima da lei” era um mantra. Os críticos eram proscritos e, inapelavelmente, desterrados no oitavo círculo do inferno dantesco.
A desinterdição só aconteceu após as avarias provocadas pelo site “The Intercept”. O conteúdo, um logo passeio pelo Código Penal, foi refutado, relativizado ou questionado. Todos os citados nos diálogos confirmaram a autenticidade sobre suas menções, menos os integrantes da lava jato, incluindo o ex-Juiz. A partir da erosão da credibilidade, a operação amargou uma série de derrotas no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal. Foram mais de 30 reveses emblemáticos.
As derrotas mais duras evitaram constrições e constrangimentos contra os poderes. A perda da gerência sobre R$ 2,5 bi de recursos públicos da Petrobrás; derrota no COAF; aprovação da lei de abuso de autoridade; várias sentenças reformadas; nomeação do atual PGR, 3 tentativas frustradas de instaurar CPI contra STF, revisão da prisão após 2 instância e a cassação da “Moro de saias”, Selma Arruda, ex-juíza e senadora, flagrada em Caixa 2 e abuso do poder econômico, são os casos mais simbólicos dos exotismos travados.
Teórico e pauteiro da Lava Jato era Sérgio Moro. Ele sugeria inversão de fases, escalava procuradores, ditava ao MP notas para desacreditar o “showzinho” da defesa, blindava políticos de sua preferência e indicava fontes para encorpar a acusação. Na toga de verdugo, vazou criminosamente o áudio da Presidente, grampeou advogados e suspendeu o sigilo da delação de Antônio Palocci em plena eleição, além agir para evitar a soltura de Lula. Moro fundiu as figuras do acusador e juiz, corrompendo ambos. Desequilibrou a balança da justiça misturando militância política e a meliância jurídica.
Absolutista como Luis XIV, operou a prevalência das pessoas sobre as leis, e não o contrário.
O que Moro escreve, faz e pensa é fascismo. No libelo em defesa das “mãos limpas”, Moro redigiu, depois aplicou, um vade-mecum da transgressão inspirado em uma delirante legitimidade obtida diretamente da opinião pública. Defendeu o uso sistemático da publicidade opressiva, os vazamentos como “peneira”, a relativização da presunção da inocência e a deslegitimação da classe política. Abusou da prisão preventiva prolongada para forçar delações e das conduções coercitivas para aterrorizar investigados. Adestramentos que o MP seguiu até ter o troféu, que tinha foro em SP. A parcialidade no caso Lula será julgada no 2 semestre. Moro subtraiu o maior ativo da Justiça, a verdade. Fraudou a história, não apenas uma eleição.
Apesar dos fracassos e violações, Moro preserva a reputação em alguns segmentos políticos e parte da mídia, onde embala o sonho presidencial. No cargo de ministro foi anão. Emudeceu perante o caso do assassinato de Marielle Franco e fez vista grossas para a corrupção que dizia combater. “Desculpou” o caixa 2 confessado pelo ministro Onyx Lorenzoni, silenciou no laranjal do PSL, nos escândalos das ‘rachadinhas’ envolvendo filhos do presidente e a promiscuidade do clã Bolsonaro com milícias. A inclemência de outrora e a leniência recente o transformou em demônio da conveniência por apego ao cargo.
O magistrado foi mastigado. Depois de repelido por Bolsonaro, pouco lisonjeiro para o currículo e a vaidade, tenta refazer a trilha do filho pródigo. Alvos congelados da lava jato foram ressuscitados e Moro busca a reconciliação com os lavajatistas, alguns críticos da opção política do ex-Juiz. Deltan Dallagnol disse que a devassa na lava jato serve para minar o projeto político de Moro em 2022. A credibilidade caiu, o pacto com mídia está parcialmente abalado e ninguém sabe o que a caixa preta de Curitiba revelará.
O percurso até 2022 é longo e acidentado. Moro, agora, renega a necrópole que ajudou a fundar e finge ser oposição a quem foi servil por 15 meses no MJ. Ao entrar na mira da PGR, pressente o desconforto de ser imolado pelo arsenal que já operou. Por isso, clama pelo Estado de Direito e paridade de armas, garantias que desprezou. Moro não é vítima. É Giacinto Mazzatella, patriarca da prole e protagonista de “Feios, sujos e malvados”. Os agravantes: Atuou deliberadamente para transgredir a lei – camuflado na toga – e se amasiou com Bolsonaro.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Tacla Duran: Moro e Rosângela criaram uma máquina para faturar às custas do atropelo ao devido processo legal

Tacla Duran, Rosângela e Sérgio Moro (Foto: Lula Marques | Reprodução)


247 - O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Taclan Durán, que acusa advogados amigos de Sergio Moro de pedirem dinheiro em troca de benefícios na operação de Curitiba, apontou em postagem em seu Twitter nesta sexta-feira (17) que o ex-juiz e sua esposa, a advogada Rosângela Moro “criaram uma máquina para faturar às custas do atropelo ao devido processo legal e pré julgamentos na imprensa”. 

"Criaram uma máquina p/ faturar: livros,palestras,fundações,ONG, empresas e até candidatura política... às custas do atropelo ao devido processo legal e pré julgamentos na imprensa - 'Saiba quanto Moro vai faturar com seu livro sobre bastidores do governo”, disse ele. 

A revista Veja informou em seu portal nesta sexta-feira (17) que, a pedido do Procurador Geral da República (PGR), Augusto Aras, a Polícia Federal estaria planejando operação de busca e apreensão no escritório da advogada Rosângela Moro, esposa do ex-juiz Sergio Moro. A revista afirma na reportagem que, “o órgão — comandado por Augusto Aras, indicado ao cargo por Bolsonaro — estaria planejando até mesmo uma busca e apreensão no escritório da advogada Rosângela Moro, esposa do ex-­ministro, a fim de desgastar o casal diante da opinião pública. Foi por isso, acrescentam os procuradores de Curitiba, que a PGR teria retomado as negociações para um acordo de delação premiada com o operador financeiro Rodrigo Tacla Duran”.

Carlos Bolsonaro compra apartamento em Brasília por R$ 470 mil à vista em nome da mãe

Carlos Bolsonaro (Foto: Renan Olaz/CMRJ)


247 - Acossado pelas investigações acerca de um esquema de “rachadinha” e pela contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete no Rio, o vereador Carlos Bolsonaro comprou um apartamento à vista em Brasília e que não está registrado em seu nome. Segundo reportagem da revista Crusoé, o imóvel, que custou R$ 470 mil, está registrado em nome da mãe, Rogéria Bolsonaro.

A compra do apartamento veio após a quebra dos sigilos bancário e fiscal de quatro ex-assessores do parlamentar no âmbito do inquérito que apura a existência de um esquema de “rachadinha” no gabinete do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando este era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. 

Recentemente, o vereador também perdeu o direito ao foro privilegiado. O privilégio estava previsto na Constituição do estado do Rio, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que a extensão do foro para os vereadores era inconstitucional. 

A decisão do STF fez com que 21 processos envolvendo vereadores fossem enviados para a primeira instância, entre eles o de Carlos Bolsonaro, que está no quinto mandato. Carlos não apresentou nenhum projeto de lei até agora neste ano, último de seu atual mandato na Câmara de Vereadores do Rio. 

Neste inquérito, Carlos é suspeito de contratar funcionários fantasmas, como Ana Cristina Valle e outros sete parentes dela. Ana Cristina é a segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro.

O gabinete paralelo

A Revista Crusoé revela que uma casa no Lago Sul, mantida por um industrial da Fiesp, é “usada por servidores do mais alto escalão do governo como uma espécie de bunker para reuniões fora de agenda e longe dos holofotes da Esplanada dos Ministérios”.
O ministro Fábio Faria “é um assíduo frequentador do local. Desde que assumiu a cadeira, há um mês, ele vem usando o endereço para reuniões que, por diferentes motivos, não aparecem no seu rol de eventos oficiais, cuja publicidade é obrigatória”.
Foi nessa casa, uma espécie de gabinete paralelo, que Faria marcou uma reunião às escondidas entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia. Leia a reportagem completa aqui.

Mulher de Flávio Bolsonaro quitou parcela de apartamento com depósito em dinheiro de Queiroz

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz


247 - Fabrício Queiroz depositou R$ 25 mil em dinheiro vivo na conta da mulher do senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro. O pagamento foi feito uma semana antes de o casal quitar a primeira parcela na compra de uma cobertura em construção na zona sul do Rio de Janeiro.

As informações foram apuradas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, a partir da quebra de sigilo bancário. O depósito, junto com outras movimentações financeiras na conta da dentista Fernanda Bolsonaro, foi feito para dar cobertura ao pagamento da entrada no imóvel.

Entre os outros valores, há também um crédito em espécie de R$ 12 mil realizado por uma pessoa cuja identidade é mantida sob sigilo, informa o jornalista Italo Nogueira na Folha de S.Paulo.

Queiroz está em prisão domiciliar por seu o operador financeiro do esquema da “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro quando este era deputado estadual, entre fevereiro de 2003 e janeiro de 2019. O ex-assessor recolhia parte do salário de funcionários para repassá-los ao filho de Jair Bolsonaro.

A Promotoria apurou que dias antes de a família de Flávio Bolsonaro pagar R$ 110,5 mil de custos pela entrada no apartamento, em agosto de 2011, houve um movimento de créditos na conta de Fernanda para cobrir a despesa futura. O primeiro foi realizado por Queiroz, no dia 15.

Dois dias depois, a conta da dentista Fernanda Bolsonaro recebeu R$ 74,7 mil de resgate de aplicações em fundos. No dia 19, há um novo depósito em espécie (feito por pessoa cujo nome não é revelado) na conta da mulher do hoje senador e filho mais velho de Jair Bolsonaro.

Toda a movimentação nesses quatro dias gerou um crédito adicional de R$ 111,7 mil na conta da dentista.

A reportagem aponta que esse não é o primeiro indício de vínculo entre Queiroz e despesas pessoais da família de Flávio. O MP-RJ obteve também imagens da agência bancária do Banco Itaú na Assembleia Legislativa do Rio mostrando Queiroz pagando em dinheiro a mensalidade escolar das filhas de Flávio Bolsonaro em outubro de 2018.

Também houve uso de dinheiro vivo na compra de mobiliário para outro apartamento do casal e na quitação de débito com uma corretora de valores. O MP-RJ afirma ainda que há indícios de lavagem de dinheiro por meio da compra de outros dois imóveis pelo casal e na loja de chocolate do senador. Nesses dois casos, o montante é de R$ 2,3 milhões, segundo os promotores.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Bolsonaro, desmoralizado, volta ao moralismo como salvação



FERNANDO BRITO ·no Tijolaço

Jair Bolsonaro, que andava mudo, voltou ao Twitter para apelar, dizendo que “a esquerda busca meios de descriminalizar a pedofilia, transformando-a em uma mera doença ou opção sexual”.

Onde, como, quando, claro, não vêm ao caso. Basta a fantasia, como a do “kit gay” ou a “mamadeira de piroca”. Basta criar a lenda.

Nem é o caso de discutir dupla ideia de pedofilia, a da doença mental e a dos atos concretos de natureza sexual praticados com ou na presença de crianças e adolescentes ou do uso de suas imagens. Que, aliás, nem precisam de um pedófilo para serem feitos.

Muito menos o que Jair Bolsonaro já propôs sobre a questão como solução para o problema: a castração química, algo que não passa pelo primeiro juiz da esquina.

Se intenção fosse sério, o interesse se voltaria para os programas de proteção, porque não é nem o tamanho da pena que inibe a prevenção e a punição da maioria dos abusadores, mas o silêncio.

Sim, porque a violência sexual se dá majoritariamente dentro de casa (perto de 70% entre as vítimas crianças e de 60% entre adolescentes) e envolvendo pessoas do círculo familiar (cerca de 40% dos casos).

A questão, porém, é usar o moralismo mais rastaquera, não o de mitigar os problemas. É apenas colocar a esquerda (e vai para a “esquerda comunista e gayzista” qualquer um que divirja do presidente) como drogada, devassa, pedófila, portadora de todos os vícios morais que as diferem dos “homens de bem” cujo único desvio mental é o de desejar portar uma pistola Glock na cinta.

Fundeb: governo só quer destruir mas Legislativo assumiu aprovação de fundo vital para a educação diz pedagogo

Participação da União no Fundeb gera divergências na Câmara (Foto: Divulgação / Reprodução)


Sputnik - Criado em 1996, o Funded, uma das principais fontes de financiamento da educação em estados e municípios do Brasil, tem vigência até 31 de dezembro de 2020. Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, que chega agora ao seu quarto ministro da Educação, as discussões sobre a renovação do fundo, que precisa ser aprovada por proposta de emenda à Constituição (PEC), está travada.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que a questão entraria em pauta em breve. E na última terça-feira (14), líderes partidários concordaram em levar a PEC, que torna o fundo permanente, para votação na segunda-feira (20) e terça-feira (21). 

Para o pedagogo Lincoln Araújo, professor da Faculdade de Educação da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o Fundeb ajuda o país a cumprir com as diretrizes da Constituição de 1988 e, de política de governo, tornou-se um instrumento de política de Estado essencial para o Brasil. 

'Não pode deixar de existir'

"O Fundeb foi criado no governo de Fernando Henrique Cardoso e aprimorado no transcorrer do governo Lula. É um fundo que recolhe um percentual de um conjunto de impostos, e esses valores são repassados para estados e municípios. É uma política de governo que se tornou de Estado, que hoje é parte do financiamento da educação nacional", explicou Araújo. 

Segundo o especialista, o Fundeb "não pode mais deixar de existir", independentemente de "coloração partidária e ideológica" do governo de ocasião. 


"O Fundeb precisa ser uma bandeira de luta de todos os educadores e educadoras e dos movimentos sociais em defesa da educação, porque hoje ele é base de sustentação de governadores e prefeitos para o financiamento da educação", disse Araújo, que também é diretor da Faculdade de Educação da UERJ na Baixada Fluminense. 

O pedagogo ressalta que, no atual momento, em que estados e municípios vivem uma crise fiscal, com "dificuldade tremenda no cumprimento da folha de pagamento do funcionalismo", o Fundeb se torna ainda mais importante. 

'Projeto do governo é destruição do Estado'


Apesar da importância do fundo, Araújo diz que a situação do Ministério da Educação é um reflexo de todo o governo Bolsonaro, que não demonstra interesse em discutir a continuidade do Fundeb, pois "questiona" até mesmo a Constituição de 1988 e seus "avanços". 

"A crise do MEC [Ministério da Educação] simboliza a crise do governo Bolsonaro. O governo Bolsonaro não tem um programa de governo para nenhuma pasta, seja educação, saúde ou ambiente. O governo não trabalha com uma perspectiva do que, por exemplo, a nação precisa para a educação e saúde. O projeto do governo Bolsonaro é a destruição do próprio Estado", disse o professor. 

Nesse contexto, Araújo avalia que o Congresso Nacional acabou tomando as rédeas da discussão do Fundeb. Para isso, segundo o especialista, contribuiu o fato de o governo viver "uma crise política institucional, moral e ética".

​Legislativo como condutor da política nacional

"Com Executivo enfraquecido, efetivamente quem conduz a política nacional, inclusive interferindo no Executivo, é o Judiciário e o Legislativo. A iniciativa de aprovação do Fundeb será efetivamente do Congresso Nacional", disse o pedagogo, ressaltando a pressão que movimentos sociais e educadores fizeram para que o tema fosse finalmente discutido. 

"De certa forma, houve um avanço da educação básica no país de 1988 para cá, principalmente numa busca permanente da sua universalização, da garantia de acesso e permanência de crianças e jovens em tempo de escolaridade no sistema educacional. O Fundeb foi elemento fundamental para que existisse uma expansão do sistema público de ensino", afirmou Lincoln Araújo.

Marília Arraes lidera em Recife

Do Blog de Magno Martins
A pré-candidata do PT, Marília Arraes, aparece na dianteira com 21% na primeira pesquisa de intenção de voto para prefeito do Recife feita pelo Instituto Potencial com exclusividade para este blog. Em segundo lugar, empatados, tecnicamente, despontam Patrícia Domingos, do Podemos, com 12%, Mendonça Filho, do DEM, também com 12%, Daniel Coelho, do Cidadania, com 10%, e João Campos, do PSB, com 9%. Abaixo, bem distantes, Marco Aurélio Meu Amigo, do PRTB, pontuou 3% e Alberto Feitosa, do PSC, 1%. Indecisos somam 15% e brancos e nulos 17%.
Na sondagem espontânea, quando o entrevistado tem que lembrar o nome do seu candidato preferencial nem o auxílio do disquete, Marília também lidera com 11%. Patrícia tem 5%, Daniel Coelho 5%, Mendonça Filho 3%, João Campos 3% e Marco Aurélio e Feitosa, cada um com 1%. Neste cenário, os indecisos sobem para 54% e brancos e nulos se situam em 14%. O levantamento foi feito por telefone entre os dias 10 a 15 últimos, com margem de erro de 3,5% para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95%.
O registro na justiça eleitoral tem o número 08257/2020.
AVALIAÇÃO DAS GESTÕES
O Instituto Potencial sondou também o grau de satisfação do eleitorado recifense com os três níveis de poder – federal, estadual e municipal. O prefeito Geraldo Júlio é desaprovado por quase metade dos entrevistados – 46%. Destes, 35% qualificam como péssima e 11% ruim. Entre os que aprovam, 20% julgam boa e apenas 3% ótima, enquanto 29% avaliam como regular. Ainda 2% disseram que não sabiam responder.
O governador Paulo Câmara tem rejeição maior ainda – 55%. Entre os que desaprovam, 41% julgam péssima e 14% ruim, enquanto 26% acham regular. Entre os que aprovam, 15% acham boa e apenas 3%, com mais 2% que não quiseram responder ou afirmaram que não sabiam responder. O Governo Bolsonaro tem 54% de desaprovação, dos quais 44% acham seu Governo péssimo e 10% ruim. Os que julgam regular são 21% e 1% não souberam responder.
Entre os que aprovam, 13% apontaram a gestão federal como ótima e 11% boa, enquanto 21% julgam regular e 1% não soube responder. Já em relação ao sentimento da população na gestão da Covid-19, a maior taxa de aprovação é do Governo Paulo Câmara, com 41%, seguido de Geraldo Júlio com 39% e Jair Bolsonaro com 33%.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Paulo Câmara avalia os quatro meses de luta contra o coronavírus em Pernambuco

Foto: Heudes Regis/SEI

Em mais um pronunciamento divulgado, nesta terça-feira (14), em vídeo nas redes sociais, o governador Paulo Câmara fez uma avaliação dos resultados alcançados pelo estado em quatro meses de ações no combate à pandemia do novo coronavírus em Pernambuco. Ele elencou a contratação de mais de 8 mil profissionais para a área de saúde e a abertura de 1.771 leitos para o atendimento dos pacientes na rede pública do estado. O crescimento da economia e a manutenção dos empregos também foram destacados pelo governador.

Paulo Câmara qualificou esses quatro meses, desde o dia 12 de março (quando foram registrados os dois primeiros casos da doença no estado) como um “período de muitas restrições, com o isolamento social” e com o Governo do Estado realizando “a maior operação logística e sanitária da história para adequar o sistema de saúde a essa nova realidade”.

“Abrimos 803 leitos de UTI e 968 leitos de enfermaria, contratamos mais de 8 mil profissionais e investimos em ações sociais para amparar a população mais vulnerável. O resultado é que estamos colocando em prática um Plano de Convivência com a Covid-19 sem registrar aumento de casos, óbitos ou demanda por leitos de terapia intensiva. No balanço da semana epidemiológica 28, que se encerrou no último sábado, todos os nossos indicadores de saúde apresentaram redução”, destacou Paulo Câmara.

O governador pontuou que a adaptação a esse novo momento tem apresentado os primeiros indicadores positivos. Na semana passada, o IBGE divulgou que Pernambuco atingiu o segundo maior crescimento na atividade industrial do país. “Nos últimos 45 dias, todos tivemos que estabelecer novas maneiras de retomar as atividades econômicas e sociais mantendo os cuidados de prevenção”, disse.

Parte significativa desse incremento se deve à planta da Fiat em Goiana. A montadora reafirmou seu interesse em continuar investindo em Pernambuco num aporte de R$ 7,5 bilhões. Esse interesse das empresas também se estende aos outros setores da economia, que continuam acreditando no potencial de crescimento do estado. “Hoje, recebi, aqui no Palácio, o empresário Daniel Costa, do Novo Atacadão. O grupo, que chegou a Pernambuco no ano passado, já tem duas unidades em funcionamento, nas cidades de Vitória e Carpina e vai abrir a terceira loja na semana que vem em Arcoverde”, observou.

O governador disse, ainda, que o grupo empresarial confirmou a inauguração de mais uma unidade, desta vez em Santa Cruz do Capibaribe e a meta é inaugurar outras cinco lojas em 2021. Cada um desses empreendimentos significam 300 novos empregos diretos.

Jornalista da Globonews cobra do Twitter posição sobre fake news de Bolsonaro

Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada 
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


247 - Bolsonaro pode estar mais uma vez prestes a ter um post excluído do Twitter. Sua publicação flagrantemente mentirosa sobre a esquerda querer legalizar a pedofilia foi muito mal recebida por internautas e jornalistas. 

Bolsonaro tuitou: “enquanto a esquerda busca meios de descriminalizar a pedofilia, transformando-a em uma mera doença ou opção sexual, apresentei um PL que aumenta em 50% a pena para esses crimes. Parabéns, ministra Damares Alves pela iniciativa do PL e defesa da família.”

O jornalista da Globonews Marcelo Lins cobrou um posicionamento da rede social: "enquanto o mundo volta a discutir e punir a disseminação de fake news (mentiras), seria importante o @twitter se pronunciar sobre a postagem do presidente do Brasil acusando, genericamente e sem provas, "a esquerda" de buscar meios de descriminalizar a pedofilia." 

terça-feira, 14 de julho de 2020

Marília: Votação do FUNDEB não pode ser mais adiada


A deputada federal Marília Arraes disse, hoje, que o novo prazo dado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para votação do FUNDEB – a próxima segunda-feira (20) – precisa ser rigorosamente cumprido, para afastar de vez a ameaça de que milhões de estudantes brasileiros sejam prejudicados.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil e perderá a validade no dia 31 de dezembro. Caso não seja votado, deixará de existir.
A proposta aguardada para entrar em votação na próxima semana torna permanente o Fundeb e aumenta gradativamente a participação do Governo Federal no financiamento da educação básica, indo dos atuais 10% para 20% em 2026.
“Em pleno apagão educacional pelo qual o País passa, o Congresso Nacional precisa mandar uma mensagem positiva à população, votando esse instrumento que é responsável pelo financiamento de 63% da educação pública do Brasil”, afirmou.
Marília lembra que o Fundeb paga professores, funcionários e despesas de manutenção, de creches até as escolas de ensino médio. “Se hoje a educação pública não tem cumprido como deveria com o seu papel de combate às desigualdades, sem o Fundeb essa situação se agravaria ainda mais. O Congresso precisa agir rápido”, reforça.
A proposta de votação do Fundeb também prevê um aumento de 60% para 70% do percentual dos recursos para a remuneração dos professores e que sejam repassados diretamente aos municípios e não aos estados. No Nordeste, apenas 7 estados irão continuar recebendo a complementação estadual.

Não querem ser genocidas? Olhem o que fazem, generais…

FERNANDO BRITO ·no Tijolaço

Os generais governistas estão incomodados com o que disse Gilmar Mendes ao falar que o Exército Brasileiro está sofrendo um desgaste de imagem com a ocupação do Ministério da Saúde durante a pandemia e que, por isso, serão associados ao genocídio, deveriam passar em revista ao que se fez desde que assumiram o comando (?) da política sanitária do país.

Qual foi a primeira providência do general Eduardo Pazuello ao assumir o Ministério da Saúde? Baixar um protocolo de uso da cloriquina que só tinha como aval “científico” a opinião de Jair Bolsonaro e de Donald Trump.

Logo a seguir, tentou-se o “apagão” de dados estatísticos, uma manobra tola e fracassada, que não resistiu três dias e se desmanchou como a tolice que era.

O que mais fez o general?

Formulou alguma política de ‘lockdown’? Formulou uma politica de reabertura das atividades sociais? Estabeleceu uma política de testes que permitisse um critério claro e transparente de avaliação da evolução da doença que desse Norte ao seu combate? O que mais além de algum trabalho de distribuição de equipamentos de proteção individual e de respiradores? Fosse assim, seria melhor termos uma transportadora e não um ministério.

Recomenda-se, então, aos militares que se queixam das opiniões de Gilmar Mendes, que revisem seus próprios atos, que não têm sido tratados como algo que o próprio comandante do Exército, general Edson Pujol, disse ser “a missão de nossa geração”.

Se é mesmo isso, general, os senhores a estão perdendo – e feio – a batalha. E sem a decência de saber recuar, reagrupar e fazer a coisa certa.

Ainda bem que o nosso inimigo , nesta guerra, é um vírus que, embora letal, não raciocina. Porque com generais assim, nem é guerra: é genocídio.

Para 46%, Brasil está pior agora do que nos governos do PT; para 28% está melhor

Dilma Roussef, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert |
 REUTERS/Adriano Machado)


247 - Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Vox Populi mostrou que, para 46% dos entrevistados, o Brasil está em uma situação pior em comparação com os governos do PT; 28% disseram que o País está melhor e 22% afirmaram que está igual. Ao todo, 3% não souberam ou não responderam. 

De acordo com o levantamento, 48% acham que os governo Lula e Dilma defenderam a democracia brasileira, percentual que é de 33% no caso de Jair Bolsonaro; 3% consideram que tanto ele quanto o PT defenderam o regime democrático no País; 6% disseram que nenhum dos dois governos defenderam e 10% não souberam ou não responderam.

Os dados mostraram que, para 64%, os governos do PT geraram mais empregos e 17% atribuem estas medidas a Bolsonaro; 4% acham que as duas gestões criaram novos postos de trabalho; 3% avaliam que nenhuma das duas aumentou o nível de ocupação e 11% não souberam ou não responderam.


Segundo os números, 74% veem o PT como um governo que apoiou os mais pobres, percentual que diminui para 15% no caso de Bolsonaro; 3% acham que ambos apoiaram as camadas mais baixas; 4%, nenhum dos dois, e outros 4% não souberam ou não responderam. 

A pesquisa foi feita entre 25 de junho e 3 de julho, com 1.500 entrevistas por telefone.

Gilmar solta nota, evita palavra "genocídio" e defende técnicos na saúde - não militares

Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes divulgou uma nota para explicar sua declaração de que o Exército se associou a um "genocídio" na gestão da pandemia do coronavírus. Na nota, Gilmar afirmou que respeita as Forças Armadas, mas que não cabe a elas formular políticas públicas de saúde, ainda mais em um momento de pandemia.

"Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros", disse.

O ministro lembrou que o Brasil já tem mais de 72 mil mortos por Covid-19 e "nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde". 

"Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela COVID-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas", acrescentou.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica emitiram uma nota repudiando "veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes, contra o Exército brasileiro (...)".

De acordo com a plataforma Worldometers, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de confirmações (1,8 milhão) e mortes (72 mil) por Covid-19, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 3,4 milhões de casos e 138 mil óbitos.

Deputado Sivaldo Albino lamenta morte do Vereador Daniel da Silva

NOTA DE PESAR



"Amigos e amigas,

Garanhuns está triste. Não achamos palavras para falar da perda do nosso amigo Daniel da Silva, vereador e presidente da Câmara Municipal.

Quero registrar o profundo respeito por este grande defensor das causas da população. Fomos contemporâneos por dois mandatos na Câmara, onde juntos trabalhamos por Garanhuns, em grandes legislaturas.

Deus haverá de recebê-lo com Suas bênçãos por sua missão cumprida e exitosa.

Nossos sentimentos à família de Daniel, em especial à esposa Rosana e seus filhos, Diego e Anita.

Estarei levando este luto municipal à Assembleia Legislativa do Estado, registrando esta perda de um grande ser humano que nos deixou nesta data.

Vai com Deus, amigo Daniel.

Garanhuns, 13 de julho de 2020.

Sivaldo Albino
Deputado estadual"

Mello Franco: militares toparam participar de um governo que nega a ciência em plena pandemia

(Foto: Reprodução | Marcos Corrêa/PR)


247 – "Os militares toparam assumir o Ministério da Saúde de um governo que nega a ciência e sabota o combate à pandemia. Agora se irritam com quem aponta as consequências da decisão", diz o jornalista Bernardo Mello Franco, em sua coluna no Globo.

"No futuro, caberá aos tribunais e aos livros de História dizer se o desgoverno do Capitão Corona ficará lembrado como um genocídio. A crônica desses dias vai registrar que a gestão de Pazuello tentou maquiar estatísticas para esconder mortes de brasileiro", recorda ainda o jornalista que diz que "se estivesse preocupado com a imagem das Forças Armadas, o ministro Azevedo [Fernando Azevedo, da Defesa] aconselharia o presidente a trocar o general por um médico."

Ministério da Saúde orienta comprar medicamento com sobrepreço

Sede do Ministério da Saúde (Foto: Divulgação)

247 - O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, coronel Luiz Otavio Franco Duarte, orientou nesta segunda-feira (13) que gestores de hospitais e secretários estaduais de Saúde comprem medicamentos contra a Covid-19, mesmo com sobrepreço, e depois levem o caso ao Ministério Público (MP).

O coronel diz que ele próprio mandou o governo do Rio Grande do Norte comprar com sobrepreço de 600%, informa o Estadão.

O preço de medicamentos no Brasil é tabelado pelo governo federal. Os valores para venda ao governo são mais baixos.


Secretários de Estados e municípios reclamam de omissão do Ministério da Saúde no abastecimento de medicamentos, principalmente para produtos usados para sedar e intubar pacientes. O preço também disparou. Levantamento feito no fim de maio, pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), mostra aumento de até 287% no valor de sedativos durante a pandemia. O ministério, após mais de um mês de cobranças de gestores do SUS, tenta agora mediar uma aquisição em larga escala destes produtos, que será bancada em parte pela União.

Os secretários locais também dizem temer que compras compras feitas emergencialmente na pandemia sejam contestadas por órgãos de controle.

Morre presidente da Câmara Municipal de Garanhuns


Morreu, ontem no Hospital da Unimed de Caruaru, no Agreste, o vereador Daniel da Silva, presidente da Câmara Municipal de Garanhuns, aos 53 anos. Ele estava internado desde o dia 26 de junho, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico enquanto participava de uma sessão da Casa Raimundo de Moraes.




Danilo defende mobilização em defesa do Fundeb


Com a possibilidade de o novo Fundeb entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados nesta semana, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) destaca a necessidade de mobilizar a sociedade não só para garantir a votação da PEC 15/15, mas também a aprovação do relatório da deputada Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO). A proposta prevê, além da constitucionalização do Fundeb, dobrar a participação da União de 10% para 20% na composição do fundo até 2026.

“Essa é a pauta mais importante para o futuro da educação no Brasil nesta década. A educação é um instrumento de equiparação de oportunidades e de gerar cidadania para nossas crianças e jovens, por isso, precisamos lutar para assegurar esses recursos para a área”, afirma Danilo Cabral, vice-presidente da comissão especial que analisa a PEC do Fundeb. O parlamentar lembra que, de cada R$ 100 investidos na educação básica brasileira, R$ 63 são do Fundeb.
Outro ponto importante do relatório é o aumento do valor vinculado para o pagamento de salários dos profissionais da educação para 70%. Atualmente, o Fundeb estabelece o uso de, no mínimo, 60% para este fim. “Essa ampliação é uma forma de proteger a remuneração desses profissionais e de permitir a continuidade da política do piso salarial do magistério”, disse Danilo Cabral.
Segundo o deputado, o aumento dessa vinculação é um dos pontos que estão sendo questionados pelo governo federal. “Nós não podemos ceder, porque já fizemos várias concessões com o novo relatório, como a redução da participação da União na composição do fundo e a flexibilização dos recursos do pré-sal”, ressaltou Danilo Cabral.
Sobre a questão salarial dos profissionais da educação, o parlamentar acrescenta a necessidade de analisar os vetos presidenciais ao projeto de lei de ajuda aos estados e municípios. Um dos vetos foi à possibilidade de reajuste salarial dos servidores até 31 de dezembro de 2021. Danilo Cabral foi autor da emenda que isentou a área da educação desse congelamento. “A educação é o caminho para a construção de um novo Brasil. Nesse sentido, precisamos valorizar os profissionais da educação”, comentou.
Na tarde de hoje, os líderes partidários se reúnem com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar da pauta da semana. A expectativa é de que a PEC 15/15 seja analisada amanhã.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Pernambuco se mantém no topo de ranking de transparência de dados sobre a Covid-19



Em nova rodada do Índice de Transparência da Covid-19 versão 2.0, elaborada pela Open Knowledge Brasil (OKBR) com a colaboração da comunidade técnica e acadêmica, que dobrou os indicadores de abertura de dados analisados, Pernambuco continua em destaque em transparência na divulgação de informações sobre o enfrentamento à Covid-19.

A décima edição do levantamento, a primeira com a nova metodologia, reitera a eficiência do Estado na divulgação dos números, e o coloca no segundo lugar da lista, com 92 pontos, no patamar de “alto nível”. Apenas 5 entes, entre eles Pernambuco, divulgam base de dados com as notificações completas. De acordo com a OKBR, a informação é essencial para compreender a dimensão da pandemia no país. A organização ainda ressalta que metade do país ainda está no escuro com relação ao total de casos suspeitos de Covid-19 que foram notificados no sistema de saúde.

“A transparência é uma marca da qual nos orgulhamos e que nos balizou ao longo de toda esta jornada. Só com a transparência e com o compromisso com a informação de qualidade sobre a doença é possível traçar as estratégias com capacidade de trazer impacto real para as decisões e o planejamento desse enfrentamento à Covid-19. Informação em saúde é fundamental e é um compromisso do Governo de Pernambuco”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo.

A nova versão do Índice de Transparência da Covid-19, divulgado na noite desta sexta-feira (10.07), conta com 26 indicadores de abertura de dados, o dobro da versão anterior. Nesta segunda fase, o projeto conta com o apoio do Instituto Hivos, além da parceria técnica com o Instituto de Governo Aberto (IGA). Dentre os novos critérios, estão a exigência da disponibilização de dados sobre todas as notificações de Covid-19, incluindo casos suspeitos. Também avança no detalhamento de dados demográficos, como raça/cor, pessoas privadas de liberdade e profissionais da saúde – informações que já vinham sendo disponibilizadas pelo Governo de Pernambuco, seja pelos boletins epidemiológicos produzidos pela Secretaria Estadual de Saúde, seja pelo hotsite www.pecontracoronavirus.pe.gov.br.

A posição conquistada por Pernambuco se deve à absoluta transparência, que é questão central no trabalho desenvolvido pelo Governo Estado. Desde o dia 25 de fevereiro, coletivas de imprensa são realizadas, sistematicamente, para detalhar os dados da doença e informar a real situação para a sociedade.

AVALIAÇÃO – O Índice de Transparência da Covid-19 da OKBR foi lançado em 3 de abril de 2020 e, desde então, vem sendo atualizado semanalmente, todas as quintas-feiras. Na nova versão, as publicações intercalam os resultados de União e estados e os das capitais.

OKBR – A Open Knowledge Brasil, também conhecida como Rede pelo Conhecimento Livre, é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos e apartidária que atua no país desde 2013. Desenvolve e incentiva o uso de tecnologias cívicas e de dados abertos, realiza análises de políticas públicas e promove o conhecimento livre para tornar a relação entre governo e sociedade mais transparente e participativa.

Wassef agora diz que não é homem-bomba e que ama Bolsonaro


Frederick Wassef, Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro 
(Foto: Reprodução | Valter Campanato/Agência Brasil)

247 - Frederick Wassef não aceita o rótulo de “homem-bomba”, e diz que que tudo o que fez foi permitir que uma pessoa averiguada usasse uma de suas casas para escapar de um suposto plano de assassinato e que tivesse paz no tratamento de um câncer. No caso, trata-se de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, acusado de participar com o filho do presidente do esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, 

Em entrevista à jornalista Catia Seabra da Folha de S.Paulo, Wassef afirma que, em dezembro de 2018, quando estourou o escândalo da "rachadinha", a decisão da família Bolsonaro foi imediatamente cortar todo e qualquer tipo de relação com Queiroz.

Questionado se atualmente estaria em melhor situação caso repetisse o exemplo dos Bolsonaro, Wassef concorda, aponta suas diferenças com a família e se compara a Queiroz na luta contra o câncer.

“Sim. A diferença entre eu [sic] e a família Bolsonaro é que sou uma pessoa que passou os últimos dez anos sofrendo em hospital, tive quatro cânceres, duas quimioterapias horrorosas. Passei dez anos de muita dor e sofrimento. Sou um ser humano diferente. Tenho uma sensibilidade especial à pauta câncer, saúde, ajuda ao próximo.”

Três minutos depois, instado a explicar qual seria essa diferença com os Bolsonaro, ele se corrige.

“Não falei que sou diferente da família. Sou diferente de todas as pessoas. Quem passou dez anos sofrendo em hospital com quatro tipo de cânceres, viu a morte de perto… Uma pessoa dessa se torna diferente de qualquer pessoa.”

Ele critica o comportamento de Queiroz. Diz que o amigo de Bolsonaro foi no mínimo descuidado ao participar de festas, almoços e levar estranhos para a casa de Atibaia sem o seu conhecimento.

Wassef considera que Queiroz foi descuidado ao enviar imagens da casa pelo WhatsApp. Mas afirma não se arrepender de ter oferecido abrigo ao ex-assessor do clã Bolsonaro.

Wassef monitorou e controlou a movimentação do ex-assessor, como indicam mensagens apreendidas pelo Ministério Público.

Os promotores que pediram a prisão de Queiroz afirmam que ele buscava omitir de Wassef as saídas que fazia do sítio. O MP-RJ diz ainda que o ex-assessor e seus familiares desligavam seus telefones quando se aproximavam da casa, a fim de evitar eventual monitoramento das autoridades policiais.

Mas como Jair e Flávio não sabiam do paradeiro de Queiroz, já que este era amigo de pescaria do presidente e assessorou Flávio por anos na Assembleia do Rio? Queiroz e Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no gabinete de Flávio.

O advogado nega que Jair Bolsonaro e seu filho Flávio soubessem do paradeiro de Queiroz. “Nunca comuniquei ao presidente nem ao Flávio e tenho meus motivos. Acreditava que, se eu comunicasse ao presidente ou ao seu filho, em algum momento alguém mais poderia saber. Que contaria a alguém mais e colocaria em risco a vida do Queiroz. Se essa informação circulasse, matariam o Queiroz dentro da minha casa e ainda colocariam a culpa em mim.”

Wassef refuta o rumores de que seja capaz de implodir o governo Bolsonaro. “Não sou bomba coisa nenhuma. Sou leal, amo o presidente". E acrescenta que conhece os segredos de Jair Bolsonaro.

Artigo do Globo foi escrito para a direita, não para petistas, diz Luis Felipe Miguel

Luis Felipe Miguel (Foto: Reprodução)


Por Luis Felipe Miguel, em seu Facebook - O infame artigo n'O Globo sobre "perdoar o PT" é um dos acontecimentos mais significativos da conjuntura política.

O sentido do golpe de 2016 foi silenciar de vez o campo popular na política brasileira, a fim de que o desmonte do Estado e dos direitos pudesse avançar com rapidez e sem contratempos.

Mesmo uma política de moderação extrema, ciosa dos estreitos limites da transformação social no Brasil, como a do lulismo, era considerada algo a ser extirpado.

Para alcançar esse objetivo, a Constituição foi rasgada várias vezes. Uma presidente legítima foi derrubada. Os abusos da Lava Jato foram aplaudidos. Lula foi condenado e preso em julgamentos farsescos e ao arrepio da lei. A violência política se agigantou. Os militares foram trazidos de novo para o proscênio da política nacional.

Quando chegaram as eleições de 2018, os mesmos que articularam o golpe preferiram apoiar um criminoso intelectualmente incapaz a abrir diálogo com um liberal cauteloso como Fernando Haddad.

Uma aposta de risco. Se entregou muito do que prometera, com as medidas antipovo e antinação de Guedes, Bolsonaro por outro lado mostrou-se danoso, seja por sua incompetência administrativa e intemperança verbal, seja por privilegiar os interesses paroquiais (ou devo dizer "miliciais"?) aos quais está associado.


Prisioneiro do discurso superficialmente anti-sistêmico que o projetou, de uma dinâmica de conflito e também de sua própria masculinidade frágil, que o faz ver qualquer compromisso como humilhação, em muitas áreas Bolsonaro mostrou-se disfuncional para grupos que o apoiavam.

A Globo é um deles. A rede exige ser chamada a participar da partilha do poder - e, portanto, zela pela manutenção de seus próprios recursos de pressão diante dos governantes. Já Bolsonaro se sente mais confortável com parceiros menos demandantes.

Estranhou-se com a Globo não apenas criticando sua programação, destratando seus jornalistas ou repetindo bravatas sobre não renovar a concessão. Ele diminuiu sua participação na verba publicitária do governo; agiu no sentido de beneficiar suas concorrentes, recriando sorteios na TV; atingiu uma fonte de receita importantíssima, no caso da transmissão dos jogos de futebol.


E a Globo sente que não é mais - se é que um dia de fato foi - aquele poder supremo que faz e desfaz presidentes no Brasil. Já havia sido derrotada por Temer. E agora não consegue enquadrar Bolsonaro.

Daí o aceno ao PT. O autor é um porta-voz autorizado do império dos Marinho; não é insensato ler o texto como sendo uma posição oficiosa da empresa.

Não vou me estender sobre os absurdos do artigo. Todas as arbitrariedades cometidas nos últimos anos (o golpe contra Dilma, o lawfare contra Lula) são apresentadas como justas punições aos "malfeitos" petistas. O perdão do PT é condicionado ao abandono, pelo partido, de bandeiras abominadas, como democratização da mídia e participação popular.

As respostas dos petistas ao artigo foram, como era de se esperar, de indignação. Mas tendo a crer que não foi para eles que o artigo foi escrito - foi para os outros setores da direita interessada em parar Bolsonaro.

Eles sabem - como Ascânio Seleme escreveu - que não é possível alcançar esse objetivo sem o apoio militante daqueles que estão à esquerda do centro.

Tentaram, em primeiro lugar, obter esse apoio sem abrir qualquer brecha para que o campo popular tivesse voz. Era a estratégia das "frentes amplas", em que cabia à esquerda nada mais do que abraçar FHC, Temer e Huck e assinar manifestos em defesa de valores inefáveis.

Seduziu muita gente, dentro do próprio PT e também do PSOL. Mas a oposição enérgica de Lula freou o entusiasmo. Essa oposição, aliada ao fato de que muitos à direita deixaram transparecer que seu objetivo na "frente ampla" era negociar em melhores condições uma acomodação com Bolsonaro, desinflou estas iniciativas, que no momento parecem ter caído numa desmoralização sem volta.

Por isso, O Globo propõe dar um passo à frente. Ele propõe que se aceite, hoje, aquilo com que Lula acenou tantas vezes depois do golpe, quando se lançou candidato, e que reiterou ao colocar Haddad como substituto: uma repactuação que readmita a centro-esquerda como participante do jogo político, pagando o preço da aceitação da maior parte dos retrocessos dos últimos anos.

Não acho que seja uma boa saída. Mas o fato é que o principal conglomerado da imprensa burguesa está propondo, para seu campo, essa alternativa que, até há pouco, era alvo de anátema. Essa é uma mudança importante na conjuntura.

domingo, 12 de julho de 2020

Você não vai acreditar no que Sérgio Moro disse a apoiadores em Curitiba







Do Blog de Esmael
O ex-ministro Sérgio Moro, em vídeo gravado a apoiadores de Curitiba, discorreu sobre o fim do discurso de ódio. Sim, logo ele, ex-juiz da Lava Jato, que estimulou a perseguição política, a prisão ilegal de Lula, o ódio ao PT e é responsável pela eleição de Jair Bolsonaro (sem partido).

Moro está em plena campanha para 2022. Ele pensa desbancar o ex-chefe que o demitiu do Ministério da Justiça no final de abril, após desavenças com a indicação do diretor da Polícia Federal.

Sérgio Moro recebeu neste sábado (11), na capital paranaense, um grupo de apoiadores ligados aos movimentos Patriotas, Curitiba contra a Corrupção e Cidadão Democrático de Direito. São grupos fundamentalistas, de extrema direita, sonham com um Brasil atrás das grades.

O Brasil tem cerca de 820 mil presos e possui a terceira maior população carcerária do mundo. Só fica atrás dos Estados Unidos e Rússia.

Moro não tem proposta de desenvolvimento econômico, haja vista que a Lava Jato, sob o comando dele, quebrou as mais importantes companhias multinacionais brasileiros. A força-tarefa é apontada como responsável pelos milhões de desempregados antes mesmo da pandemia do novo coronavírus.

O fetiche de Moro é uma tremenda furada. Há mais de 15 anos esses órgãos de persecução têm afundado a sociedade na miséria, na ignorância, e no ódio absolutos, qual seja, na deliberada e absoluta cegueira.

Em um vídeo gravado sob o pretexto de combater a corrupção e construir um País melhor, Sergio Moro repetiu o bordão de que é preciso “fazer a coisa certa sempre”, embora, como atesta a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Vaza Jato, o ex-juiz não tenha feito a coisa certa quase nunca durante sua atuação na Lava Jato.

“Só uma coisa quero pedir aqueles que me apoiam nestas causas, de não cometer os mesmos erros que algumas fazem de ingressar em discurso de ódio”, afirmou o ex-juiz, como se ele não fosse o maior disseminador de ódio contra adversários políticos e ideológicos.

“Discurso de ódio não é algo que eu apoio, não é algo que ninguém deve apoiar, é algo que apenas nos divide e nós temos que nos unir. Nós não devemos destruir, e sim construir”, completou Moro.