O déficit do ano
passado representou uma piora significativa nas contas públicas e há
dúvidas sobre se o governo vai cumprir a meta deste ano. A situação
fiscal é dramática. O governo Temer concedeu aumentos salariais a
servidores que vão continuar elevando as despesas nos próximos anos. Em
2017, o Orçamento conta com receitas não garantidas. O país permanece
afundado no atoleiro das contas públicas.
O governo se apresenta
como reformista e fiscalista porque aprovou o teto de gastos e quer
fazer a reforma da previdência. Isso é uma parte dos fatos. Mas ao
assumir ele concedeu aumentos a várias categorias do funcionalismo
divididos pelos anos seguintes. As parcelas vão elevar os custos até
depois do fim deste mandato. Essa é a mesma armadilha que foi construída
pelo PT no Rio Grande do Sul. Agora o estado está quebrado, mas tem que
dar aumento aos funcionários todos os anos.
Na semana passada, o
governo Temer criou um ministério e recriou outro. Um dos seus acertos
havia sido a redução do número de pastas. No ano passado, ao assumir, o
governo disse que iria explicitar o déficit que estava escondido em um
orçamento que contava com receitas não garantidas. Agora, ele também
está contando com receitas que podem não se realizar. Por isso, vários
economistas estão refazendo os cálculos sobre quanto terá que ser
cortado do Orçamento para se chegar à meta, que é um déficit de R$ 139
bilhões.
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