quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

População em ‘situação de rua’ cresce 60% em São Paulo em 4 anos


São Paulo SP 19 06 2018 Cena Paulistana- minha casa minha vida de moradores de rua sob o elevado João Goulart(Minhocão) Foto Alan White /Fotos Publicas
O Censo da População em Situação de Rua, realizado pela Prefeitura de São Paulo, aponta um crescimento de 60% do número de moradores de rua na capital paulista. O levantamento demonstra a relação entre o salto no número de moradores de rua e a alta na taxa de desemprego — que era de 13,2% na cidade em 2015 e agora chega a 16,6%, informa Mônica Bergamo na coluna Painel, da Folha de São Paulo.
Em 2015, os moradores em situação de rua em São Paulo eram 15,9 mil.
Os dados do Censo da População em Situação de Rua serão divulgados oficialmente na sexta-feira (31).

Aliados de Onyx defendem que ele deixe o governo

Blog do Valdo Cruz
Esvaziado na Casa Civil com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de tirar o Programa de Parcerias e Investimento (PPI) da pasta, o ministro Onyx Lorenzoni, na avaliação de seus aliados, deveria deixar o governo e voltar para a Câmara dos Deputados. O ministro está em férias e retorna a Brasília na segunda-feira (3).
Segundo interlocutores do ministro da Casa Civil, o presidente sinalizou claramente, pelas redes sociais, seu descontentamento com Onyx ao mandar demitir novamente Vicente Santini, exonerar o secretário-executivo que o havia substituído, Fernando Moura, e transferir o PPI para o Ministério da Economia.
Para seus aliados, o ministro perde praticamente qualquer poder à frente da Casa Civil e já vinha sendo bombardeado por outros ministros. Onyx Lorenzoni foi um dos primeiros a embarcar na candidatura de Jair Bolsonaro, chefiou a transição e ganhou como recompensa o comando daquele que deveria ser o principal ministério do governo.
Ao longo do ano passado, porém, ele foi perdendo poder. Primeiro, a articulação política. Depois, a Secretaria de Assuntos Jurídicos. Com isso, deixou de despachar diariamente com o presidente, como fazia. Havia ganhado, em compensação, o comando do PPI. Agora, perde o programa responsável pelas concessões e privatizações do governo.
'Terra arrasada'
A avaliação de assessores diretos do presidente é a de que Lorenzoni ficou “fragilizado”, mas Bolsonaro deve deixar com o ministro da Casa Civil a decisão de sair ou não do cargo. Segundo um interlocutor do presidente, ele vai aguardar o retorno do ministro, que pode antecipar a volta a Brasília para amanhã, para decidir seu futuro.
No Palácio do Planalto, a definição sobre a situação da Casa Civil depois de perder o comando do PPI para o Ministério da Economia é de “terra arrasada”. Nas palavras de um assessor palaciano, não sobrou praticamente nada de “relevante” na pasta, depois que ela já havia perdido a articulação política e a Secretaria de Assuntos Jurídicos.
A expectativa é a de que outros assessores de Lorenzoni também sejam demitidos nos próximos dias. Até agora, Vicente Santini e Fernando Moura foram exonerados, mas o presidente estaria irritado com outros auxiliares do ministro da Casa Civil.
No gabinete presidencial, a informação é a de que o presidente não sabia da nomeação de Vicente Santini para um cargo de assessor especial da Casa Civil, do qual Bolsonaro mandou exonerá-lo nesta quinta-feira (30). Na quarta (29), a Casa Civil havia informado que Bolsonaro sabia da nomeação do ex-secretário-executivo da pasta para um posto de assessor especial, o que irritou o presidente.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

MEC suspende início das inscrições para o Prouni

Para este semestre, o Prouni dispõe de 251.139 bolsas de estudo (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
(Foto: (Foto: Arquivo/Agência Brasil
Por Agência Brasil
Inicialmente programadas para terem início nesta terça-feira (28), as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) foram suspensas ontem pelo Ministério da Educação (MEC). O ministério ainda não estipulou nova data.
A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região suspender a divulgação do resultado das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o MEC, o cronograma do do Sisu e o do Prouni, ambos programas de acesso à educação superior, só serão divulgados após uma decisão final da justiça.
O Sisu oferta vagas em instituições públicas de ensino superior. Já o Prouni oferta bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior. Mas ambos utilizam notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como foi comprovada a falha na correção (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-01/inep-encontra-inconsistencia-em-correcao-do-enem) de algumas provas do Enem, a justiça atendeu o pedido da Defensoria Pública da União (DPU) de suspender a divulgação dos resultados do Sisu. A ideia é não comprometer a transparência e a lisura do procedimento que dá acesso às vagas, seja de um programa, seja de outro.
Segundo a DPU, em seu pedido, a revisão das notas pode provocar alteração nos resultados finais de todos os candidatos. E essa alteração, ainda que de décimos, pode ser a diferença entre conseguir ou não a vaga pretendida.
O MEC, no entanto, vai disponibilizar aos estudantes a consulta de bolsas do Prouni, uma vez que se trata apenas de uma informação. Com isso, a consulta das mais de 251 mil bolsas relativas ao processo seletivo 1/2020 já está aberta.

OMS revê para "alta" ameaça global do coronavírus

Funcionária trabalha na fabricação de trajes de proteção em 27 de janeiro de 2020 em Nantong, China - AFP
Da ISTOÉ - Por AFP
A capital chinesa registrou ontem a primeira morte pelo coronavírus que está causando um temor crescente no mundo, diante das 106 mortes e cerca de 1.300 novos casos confirmados só na China, enquanto a OMS elevou a ameaça internacional da epidemia a “alta”.
As autoridades sanitárias da província chinesa de Hubei (centro), onde começou a epidemia, afirmaram que o vírus deixou mais 24 mortos, que somados aos 82 já reportados, somam 106, e infectou outras 1.291 pessoas, o que eleva o número de pacientes confirmados a mais de 4.000 em todo o país.
Um bebê de nove meses estaria entre os infectados.
A preocupação com o vírus levou Pequim a adiar o início do semestre letivo em escolas e universidades em todo o país.
As aulas estão suspensas devido ao feriado do Ano Novo Lunar e o ministério da Educação não divulgou uma data para o retorno das atividades. De acordo com uma circular do ministério, a retomada das aulas será decidida segundo a localização dos estabelecimentos.
O embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, assegurou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que seu país “tem plena capacidade e confiança de vencer a batalha contra a epidemia”, segundo um comunicado da missão diplomática chinesa nas Nações Unidas.
Em entrevista na sede da organização, Jun admitiu que a China está em um momento crucial ao apresentar ao chefe da ONU a situação e os meios implementados por Pequim para combater a doença.
“A China está trabalhando com a comunidade internacional em um espírito de abertura, transparência e coordenação científica”, afirmou o embaixador chinês, segundo comunicado de seu gabinete.
“Com grande senso de responsabilidade, a China não poupa esforços para deter a propagação da doença e salvar vidas”, acrescentou.
Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, havia oferecido “qualquer ajuda necessária” ao gigante asiático, que isolou várias cidades para impedir a propagação da doença.
A Mongólia se tornou o primeiro país a fechar as rodovias que a ligam à China. As pessoas procedentes da província chinesa de Hubei, a mais afetada, não poderão entrar na Malásia.


Alemanha, Turquia e Estados Unidos desaconselharam seus cidadãos a viajarem à China, enquanto França, Estados Unidos, Japão e Marrocos preparam a evacuação de seus cidadãos.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

O imbróglio do Enem

Do Blog de Magno Martins

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anda meio sumido das redes sociais. Não por acaso, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vive um imbróglio há mais de dez dias. O último capítulo aconteceu na noite de ontem, quando a Justiça rejeitou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para derrubar a decisão que suspende a divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) assim que as inscrições forem encerradas – às 23h59 de ontem.
A AGU promete recorrer da decisão da presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Therezinha Cazerta. Com a decisão, o Sisu segue impedido de divulgar, amanhã, os resultados dos aprovados no Enem.
A desembargadora cobrou transparência no Enem. Segundo ela, as razões que levaram à suspensão do Sisu na primeira instância não foram sanadas. O processo que impede a divulgação das notas começou com uma ação da Defensoria Pública da União por causa dos 5.974 candidatos que receberam notas erradas.
Os problemas no Enem de 2019 começaram após uma série de reclamações por parte dos estudantes após o recebimento das notas. O ministro da Educação admitiu falhas no gabarito do Enem e falou em “inconsistências” na correção das provas.

domingo, 26 de janeiro de 2020

Consumidor ainda não tirou proveito da redução do preço da gasolina

Redução do preço da gasolina: tem alguém tirando proveito, e não é o consumidor
O Globo - Por Ancelmo Gois
A Petrobras diminuiu duas vezes o preço do combustível este mês, a primeira delas no dia 14. 
Mas nos postos a queda não é sentida pelos motoristas. Pelo contrário. A ANP divulga segunda (27), que o preço médio de revenda da gasolina apresentou, na última semana, uma variação positiva de 0,17% na comparação com a semana anterior. No caso do etanol, a elevação foi de 0,19%, e do diesel, de 0,24%.

Tempo de Moro no ministério está contado

Aguarde: Moro está de saída
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Adriano Machado/Reuters)
Por Carlos Brickmann
Moro é popular, mas está sendo triturado por Pancrácio e Cavalão. Seu tempo de Ministério está contado – a menos que aceite perder a Segurança Pública. Moro já engoliu muito sapo, mas agora disse a amigos que, se for mais uma vez passado para trás, sai do Governo. Mas qual é o problema?
Cavalão é o apelido de Bolsonaro em seus tempos de Exército, pela força física. Pancrácio, nome de um “vale-tudo” grego, que teria sido praticado por Hércules e Teseu, era o apelido de Alberto Fraga, perito na luta, hoje líder da bancada da bala. Fraga e Bolsonaro são amigos há dezenas de anos. E Fraga defende a divisão do Ministério de Moro em Justiça (que ficaria ministro) e Segurança Pública, que ele controlaria – além de controlar a Polícia Federal.
Mas desde quando Fraga manda no Ministério? Desde que o presidente Bolsonaro propôs a secretários estaduais de Segurança, fora da agenda, que o Ministério de Moro fosse subdividido. Fez a proposta, ouviu protestos e elogios, soube da decisão de Moro e já disse que não pensa numa divisão do Ministério. Mas pensa: para agradar o amigo, por achar que Moro quer ser candidato à Presidência, por não tolerar que a popularidade de Moro seja maior que a sua. Bolsonaro adora encontrar conspirações.
Que tal uma em que o ministro da Justiça não toma providências para impedir que Flávio Bolsonaro enfrente os tribunais, nem coloca na chefia da Polícia Federal um homem da confiança do presidente, nem lhe faz declarações de apoio?

Brigas no governo Bolsonaro

Crédito: Reprodução
Por Carlso Brickmann
Carluxo, filho 02 de Bolsonaro, já acusou Fábio Wajngarten de trabalhar mal – e foi ele que indicou o titular da Secom. Regina Duarte fez uma declaração de que gostaria de selar a paz entre o Governo e os artistas – é justo o que Bolsonaro não quer ouvir, ele que prefere a espada à paz. Logo surgiram ataques a Regina – de um IPTU que ela estaria devendo hoje numa casa vendida há cinco anos. Já o diretor da Secom, além de ser atacado pelo 02, não é defendido por Moro. Mas Bolsonaro disse que ele fica e mais tarde, estudando   melhor o assunto, talvez mude.
O ministro do Turismo, acusado de chefiar um laranjal, está bem, sem que ninguém o toque. Aliás, nem Moro.