terça-feira, 21 de setembro de 2021

20 governadores rebatem Bolsonaro e negam aumento do ICMS sobre combustíveis



Bolsonaro - preços de gasolina (Foto: Agência Brasil)




Por Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito (Reuters) - Em uma manifestação conjunta que rebate o presidente Jair Bolsonaro, governadores de 19 Estados e do Distrito Federal divulgaram uma carta em que afirmam que nenhum dos governantes regionais aumentou o ICMS sobre combustíveis nos últimos 12 meses, apesar de o preço da gasolina ter subido mais de 40% no período.

"Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período", disse a carta.

"Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema."

Subscrevem a carta, entre outros, governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e da Bahia, Rui Costa (PT).

Há meses, mesmo sem provas, Bolsonaro tem tido embates com os Estados e procurado responsabilizar os governadores pelo alto preço dos combustíveis no país, devido ao peso do imposto na composição do preço.

O presidente enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para que o ICMS que incide sobre os combustíveis tenha um valor fixo nos Estados. A proposta, entretanto, pouco avançou no Legislativo.

No início do mês, Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o Congresso a legislar sobre o tema.

Estado recebe mais de 100 mil doses de vacinas da Astrazeneca

Na tarde desta segunda-feira (20.09), 100.500 imunizantes da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz chegaram a Pernambuco. O voo aterrissou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre às 16h50, e as vacinas foram levadas para a sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), para checagem, armazenamento e separação por município.

A remessa seguirá para as sedes das Gerências Regionais de Saúde (Geres) nesta terça-feira (21.09), onde ficarão à disposição dos gestores municipais para retirada. Os imunizantes deverão ser utilizados, exclusivamente, para aplicação de segundas doses.

Desde o início da campanha, em janeiro deste ano, Pernambuco já recebeu 12.260.000 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.316.770 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.481.720 da Coronavac/Butantan, 3.287.700 da Pfizer/BioNTech e 173.810 da Janssen.

Oposição critica Bolsonaro na ONU: 'farsante', 'delírios', 'mentiroso compulsivo



Deputado Marcelo Freixo, presidente do PT, Gleisi Hoffmann, senador Randolfe Rodrigues, e Jair Bolsonaro
 (Foto: Agência Senado | Agência Câmara | Reprodução)


247 - Parlamentares da oposição condenaram o discurso feito nesta terça-feira (21) por Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). "Bolsonaro mais uma vez falando de um país que só existe nos delírios dos grupos de whatsapp", escreveu o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) no Twitter.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), classificou o discurso como um "vexame". "Foi a fala de um farsante que está destruindo o país, os direitos do povo e a democracia", continuou.

O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que Bolsonaro é um "mentiroso compulsivo!". "Bolsonaro disse que pagou 800 dólares de Auxílio Emergencial. Com o dólar a 5,32, os beneficiários deveriam ter recebido cerca de R$ 4.256 CADA. O povo recebeu esse dinheiro?", escreveu a parlamentar na rede social.


De acordo com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), "Bolsonaro colocou o Brasil à venda na Assembleia da ONU!".

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que "essa foi, provavelmente, a maior sequência de mentiras em um discurso presidencial na ONU".

Discurso do presidente na ONU frustra aliados

 Do Blog de Magno Martins

O discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, na abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU frustrou seus aliados. Eles esperavam uma fala moderada, mas o que se viu, destacam, foi Bolsonaro sendo o Bolsonaro de sempre. Defendendo o indefensável num palco mundial, citando dados errados para defender seu governo e pregando o tratamento precoce, com remédios cuja ineficácia já foi comprovada.

O blog do Valdo Cruz conversou com três aliados do presidente e um assessor de primeiro escalão. Todos eles tinham a informação de que o presidente brasileiro faria um discurso moderado, fazendo acenos aos líderes mundiais, na busca de melhorar a imagem do Brasil no exterior. E foram surpreendidos com um discurso em tom mais “radical”, ao estilo Bolsonaro de sempre, falando para seus apoiadores e usando dados falsos para defender sua administração.

Segundo um dos aliados, Bolsonaro usou o púlpito da ONU para tentar defender seu governo, reclamando que a mídia não mostra os avanços da sua administração, mas recheou sua fala com declarações que não batem com a realidade.

“O presidente falou para seus apoiadores, um discurso que deixa o cercadinho animado e mobilizado, mas que não é bem visto pelo resto da população brasileira e por boa parte do mundo”, disse reservadamente ao blog um aliado de Bolsonaro.

Na avaliação de outro aliado, o presidente insistiu na defesa do tratamento precoce num momento em que vem a público a informação de que o plano de saúde Prevent Senior fez um estudo, sem avisar pacientes e familiares, com hidroxicloroquina e azitromicina, levando a óbitos idosos. Segundo esse aliado, Bolsonaro não precisava se expor dessa maneira mundialmente, mas o fez para agradar seu público fiel.

O presidente não fez nenhum aceno na área ambiental, reclamam seus aliados, num momento em que o Brasil sofre a ameaça de retaliações de países e investidores por causa de uma política considerada ineficaz nesse setor. Pelo contrário, Bolsonaro falou numa redução de 32% do desmatamento em agosto, quando dados do Imazon indicam que foi o maior nos últimos dez anos.

Um auxiliar presidencial disse que Bolsonaro perdeu uma oportunidade para tentar melhorar a imagem do Brasil no exterior e acabou contribuindo para piorá-la ainda mais. O assessor destacou que, no discurso, o presidente disse que a credibilidade do país lá fora foi recuperada, quando ele acabou ajudando com seu discurso a piorar o que já está ruim.

Por fim, a avaliação entre aliados é que a passagem do presidente Bolsonaro por Nova York foi um vexame. Antes e durante seu discurso na ONU.

Antes, ao comer pizza na rua e fazer uma churrascaria improvisar um puxadinho para ele comer (já que Bolsonaro diz não estar vacinado e a lei na cidade impede que se coma em estabelecimentos fechados sem ter tomado as doses). Bolsonaro também riu na frente do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao dizer que até hoje não tomou nenhuma vacina.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Datafolha: 67% dos brasileiros reduziram o consumo de carne



Homem compra carne em um açougue de Santo André, São Paulo (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - Pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro, com 3.667 brasileiros em 190 municípios, apontou que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de algum alimento desde o começo do ano. Segundo o levantamento, 67% cortaram o consumo de carne vermelha; 51% o de refrigerantes e sucos e 46% o de leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de forma e outros pães apareceram com 41% de redução. Os números foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo.

Outros itens, como arroz, feijão e macarrão, estão sendo menos consumidos por 34%, 36% e 38% da população, respectivamente. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Uma das consequências da alta no preço das carnes foi o aumento do consumo de ovos: 50% das pessoas aumentaram o consumo do produto e 20% reduziram.
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O índice de inflação ao consumidor em 12 meses está perto de 10%, mas a alta da alimentação em domicílio chega a 17%, com destaque para produtos como arroz (33%), carnes (31%), ovos (14%) e leites e derivados (12%).

Atualmente, há 19 milhões de pessoas em situação de fome no Brasil, de acordo com números de de 2020 da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). Eram 10,3 milhões em 2018.

Danilo Cabral destaca legado de Paulo Freire

 

A Câmara dos Deputados realizou, hoje, o seminário “100 anos de Paulo Freire, o Patrono da Educação Brasileira”, em homenagem ao centenário do grande educador. Na abertura, as obras e a vida de Paulo Freire foram lembradas e celebradas pelos presentes. O líder do PSB na Câmara e um dos proponentes da homenagem, deputado Danilo Cabral, afirmou que o legado de Paulo Freire permanecerá para a eternidade. “Não apenas seu inquestionável legado acadêmico, mas suas práxis como educador e sua militância para transformação da sociedade, que seguem inspirando a todos que lutam por uma sociedade justa e democrática”.

De acordo com o socialista, a proposta de associar o aprendizado da escrita e da leitura pelos mais pobres à conscientização de suas condições de submissão e passividade diante do mundo, foi marca do processo educativo preconizado por Paulo Freire, com o desenvolvimento da consciência crítica do educando, de forma que se reconheça como sujeito participando de sua história. “Freire defendia a educação como um processo dialético, em que educador e educando, a partir de suas experiências, aprendem conjuntamente e a partir disso produzem novos conhecimentos. Em um país que a educação ainda é profundamente desigual e formadora de privilégio, forjar uma educação pública democrática, que forme um pensamento crítico e sujeitos conscientes é uma necessidade premente,” acrescentou.

Para Danilo Cabral, Paulo Freire segue vivo e atual como nunca, em uma conjuntura marcada pela intolerância, por ameaças à democracia e por ataques aos direitos dos trabalhadores e o aumento da pobreza. “É necessário reafirmar sua obra. Não é à toa a obsessão da ultra direita, encarnada pelo bolsonarismo, contra Paulo Freire. Ele representa justamente a antítese da máquina desumana, ignorante e autoritária que está no poder”, disse.

O evento acontece conjuntamente entre as comissões de Educação, de Cultura, de Legislação Participativa e de Direitos Humanos e Minorias.  Após a abertura, o seminário terá três mesas de debate. A primeira, mediada pelo deputado Danilo Cabral, trata do testemunho de educador e gestor. A segunda, mediada pela deputada Lídice da Mata (PSB-NA), será sobre Paulo Freire Educador. A última mesa de debates, mediada pela deputada Marília Arraes (PT-PE) falará sobre a atualidade do pensamento de Paulo Freire.

Pernambuco recebe 1.560 doses de vacinas da Janssen

 

Na manhã de hoje, Pernambuco recebeu um lote com 1.560 doses de vacinas da Janssen. O voo trazendo esta quinta remessa desse fabricante aterrissou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre às 12h05. O imunizante, utilizado em dose única, será destinado à aplicação de doses de reforço em idosos com 70 anos ou mais que completaram o esquema vacinal há pelo menos seis meses, além de pacientes imunossuprimidos, ambos de população indígena.

A nova remessa seguirá para as sedes das Gerências Regionais de Saúde (Geres) nesta terça-feira (21.09), onde ficarão à disposição dos gestores municipais para retirada. Até lá, as vacinas ficam armazenadas na sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE).

“Com essas novas doses, podemos avançar na proteção da população contra a Covid-19. O imunizante proporciona a completude de novos esquemas vacinais em uma única etapa. Até o domingo (19.09), 172.991 pessoas já haviam recebido doses da vacina da Janssen e estão protegidas contra o vírus”, afirmou a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

Desde o início da campanha, em janeiro deste ano, Pernambuco já recebeu 12.159.500 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 4.216.270 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.481.720 da Coronavac/Butantan, 3.287.700 da Pfizer/BioNTech e 173.810 da Janssen.