Origem
e uma das principais fontes de recursos do grupo, a Odebrecht
Engenharia e Construção tem hoje menos da metade do tamanho de quando
passou a ser investigada pela Operação Lava Jato.
A
companhia demitiu mais de 50% dos 107 mil funcionários e seu
faturamento é estimado em US$ 6 bilhões em 2016 (R$ 18,8 bilhões), queda
de 57% em relação a 2014.
Os
resultados de 2016 ainda não foram fechados, mas a projeção de receita
foi passada pela construtora a analistas e investidores. Nos 12 meses
até setembro, dado mais recente disponível, a receita bruta ficou em US$
10,5 bilhões (R$ 32,8 bilhões).
Com
menos dinheiro entrando, a Odebrecht "queimou" US$ 2,9 bilhões (R$ 9
bilhões) do caixa para manter suas operações, já que as receitas eram
insuficientes para pagar as despesas. O caixa da empresa hoje está em
US$ 1,6 bilhão (R$ 5 bilhões).
Apesar
das suas próprias dificuldades, a construtora ainda vem colaborando
para o resgate de outras empresas do grupo em pior situação e já
repassou US$ 350 milhões (R$ 1 bilhão) para a holding.
O
principal problema da construtora é a dificuldade de obter novos
contratos, após as descobertas realizadas pela Operação Lava Jato, da
Polícia Federal.
Entre
dezembro de 2014 e setembro de 2016, a carteira de obras da Odebrecht
saiu do recorde de US$ 33,9 bilhões (R$ 105,7 bilhões) para US$ 21,3
bilhões (R$ 66,4 bilhões), uma queda de 37%.
Além
disso, mais de 40% das obras vêm sendo executadas num ritmo muito
lento, por causa da recessão no Brasil e da crise na Venezuela e em
Angola -os três maiores mercados da empresa.
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