O
doleiro Lúcio Funaro, preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira
(30) na Operação Saqueador, garante ter gravações em vídeo com
empresários e parlamentares que visitaram seu escritório em São Paulo
para discutir os valores dos contratos e das respectivas propinas a
serem pagas. A informação é da revista Veja desta semana.
Diante
das dificuldades para negociar sua redução de pena por meio da delação
premiada e mesmo admitindo a seus advogados que não será fácil, Funaro
está empenhado em entregar outros beneficiários de propinas. De acordo
com a revista, o doleiro teria recebido R$ 100 milhões de empresas em
contratos públicos e, a mando do deputado afastado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), entregou o dinheiro a caciques do PMDB e deputados do chamado
"centrão". Atualmente afastado da Presidência da Câmara pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), Cunha conduziu na Casa o processo de impeachment
da presidente Dilma Rousseff.
Apesar
de diversos caciques do PMDB e do governo Temer estarem implicados em
denúncias de corrupção em diferentes investigações, Eduardo Cunha, que
se reuniu no último domingo com o presidente interino Michel Temer para
salvar seu mandato na Câmara, é o que está em pior situação. O deputado
ainda quer que Temer tente eleger para a Presidência da Câmara um aliado
seu. Segundo a Veja, a procura do deputado pelo presidente
interino tem explicação numa frase dita recentemente por Funaro, de quem
Eduardo Cunha é muito próximo: "O Cunha pode implodir o governo Temer".(Do blog de magno martins)
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