247 - "Não
permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas
Gerais, se confundam com a daqueles que vêm assaltando os cofres
públicos no país", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em nota
divulgada nesta sexta-feira.
Ele se refere à acusação, feita por
um colaborador do doleiro Alberto Youssef, de que teria pago R$ 1 milhão
ao ex-governador e senador eleito Antonio Anastasia (leia aqui a acusação e aqui a defesa de Anastasia).
Neste novo capítulo da Operação Lava
Jato, o PSDB adota uma linha de ação diametralmente oposta à que foi
tomada quando outros senadores, como Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Humberto
Costa (PT-PE), foram citados no caso.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP),
por exemplo, incluiu o nome de ambos em seu relatório paralelo sobre a
CPI da Petrobras. O líder do partido na Câmara, Antonio Imbassahy
(PSDB-BA), também bateu duro, quando surgiu o nome de Gleisi. "É um fato
grave, porque ela exerceu um cargo importante. A função era da mais
íntima relação e confiança, na antessala da presidente da República. O
que ela está dizendo não é suficiente para isentá-la. Estamos pensando,
vamos discutir na segunda-feira com mais líderes de oposição, convocá-la
para que deponha na CPI", disse ele.
Aécio também tentou utilizar a
notória capa de Veja – a do "eles sabiam de tudo", que se referia à
presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – na reta final da
campanha presidencial. Centenas de milhares da capa chegaram a ser
rodados e distribuídos como panfleto político.
No entanto, em relação a Anastasia, a delação do colaborador de Youssef, para o PSDB, não tem mais validade.
Leia, abaixo, a nota divulgada por Aécio:NOTA À IMPRENSA
O PSDB refuta com absoluta veemência a suposta afirmação feita por um dos policiais presos na Operação Lava Jato, envolvendo o nome do senador eleito e ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia.
A falsa e covarde acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade pessoal do senador, reconhecidos até mesmo por seus adversários políticos, seja pela falta de nexo na história apresentada: Um nome de clara oposição ao governo federal sendo financiado por uma organização criminosa, formada por pessoas e diretores ligados à gestão do PT na Petrobras.
Alguém acredita que um governador de Estado se reuniria pessoalmente numa garagem com um emissário desconhecido para receber dinheiro?
O senador Anastasia já constituiu advogado que solicitará o aprofundamento das investigações, com a certeza de que elas mostrarão o absurdo dessas supostas afirmações. Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas Gerais, se confundam com a daqueles que vêm assaltando os cofres públicos no país.
Se o objetivo dessa farsa é intimidar e constranger a oposição, informamos que o efeito será justamente o contrário: o PSDB redobrará os esforços no sentido de continuar exigindo uma profunda e isenta investigação, que tenha como compromisso único revelar à população a verdade e os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história do país, ocorrido ao longo dos últimos doze anos durante a administração do PT na Petrobras.
Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
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