quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

PSDB: bate em Chico, mas não bate em Francisco

247 - "Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas Gerais, se confundam com a daqueles que vêm assaltando os cofres públicos no país", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em nota divulgada nesta sexta-feira.
Ele se refere à acusação, feita por um colaborador do doleiro Alberto Youssef, de que teria pago R$ 1 milhão ao ex-governador e senador eleito Antonio Anastasia (leia aqui a acusação e aqui a defesa de Anastasia).
Neste novo capítulo da Operação Lava Jato, o PSDB adota uma linha de ação diametralmente oposta à que foi tomada quando outros senadores, como Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Humberto Costa (PT-PE), foram citados no caso.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), por exemplo, incluiu o nome de ambos em seu relatório paralelo sobre a CPI da Petrobras. O líder do partido na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), também bateu duro, quando surgiu o nome de Gleisi. "É um fato grave, porque ela exerceu um cargo importante. A função era da mais íntima relação e confiança, na antessala da presidente da República. O que ela está dizendo não é suficiente para isentá-la. Estamos pensando, vamos discutir na segunda-feira com mais líderes de oposição, convocá-la para que deponha na CPI", disse ele.
Aécio também tentou utilizar a notória capa de Veja – a do "eles sabiam de tudo", que se referia à presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – na reta final da campanha presidencial. Centenas de milhares da capa chegaram a ser rodados e distribuídos como panfleto político.
No entanto, em relação a Anastasia, a delação do colaborador de Youssef, para o PSDB, não tem mais validade.
Leia, abaixo, a nota divulgada por Aécio:
NOTA À IMPRENSA
O PSDB refuta com absoluta veemência a suposta afirmação feita por um dos policiais presos na Operação Lava Jato, envolvendo o nome do senador eleito e ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia.
A falsa e covarde acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade pessoal do senador, reconhecidos até mesmo por seus adversários políticos, seja pela falta de nexo na história apresentada: Um nome de clara oposição ao governo federal sendo financiado por uma organização criminosa, formada por pessoas e diretores ligados à gestão do PT na Petrobras. 
Alguém acredita que um governador de Estado se reuniria pessoalmente numa garagem com um emissário desconhecido para receber dinheiro?
O senador Anastasia já constituiu advogado que solicitará o aprofundamento das investigações, com a certeza de que elas mostrarão o absurdo dessas supostas afirmações. Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas Gerais, se confundam com a daqueles que vêm assaltando os cofres públicos no país.
Se o objetivo dessa farsa é intimidar e constranger a oposição, informamos que o efeito será justamente o contrário: o PSDB redobrará os esforços no sentido de continuar exigindo uma profunda e isenta investigação, que tenha como compromisso único revelar à população a verdade e os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história do país, ocorrido ao longo dos últimos doze anos durante a administração do PT na Petrobras. 
Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB

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