O novo ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), falou na manhã desta
segunda-feira (05), em entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, sobre os
projetos da pasta neste segundo mandato de Dilma Rousseff. Cid
reconheceu haver barreiras para a implantação do novo piso nacional para
a Educação. Ele disse, no entanto, que são poucos os Estados que não
pagam o piso.
“O Ministério já vem fazendo, com um software, simulações em planos
de cargos e carreiras do magistério. Nós vamos conversar, oferecer
ajuda, assessoria (aos Estados que ainda não pagam o piso). O Ministério
Público, a sociedade brasileira devem cobrar judicialmente para que
todos os entes públicos cumpram o piso que deve ser anunciado nesta
quarta-feira”, disse.
Cid falou ainda sobre sua intenção de aumentar a frequência da
avaliação de professores, mas disse que nada será imposto pelo governo
federal. Ele ponderou que novos métodos de avaliação de professores
dependerão da aprovação da presidente Dilma. Credenciado para a pasta
após um trabalho elogiado na Educação no Ceará, o ex-governador
ressaltou seu novo papel de “auxiliar”.
“Eu sigo orientações. Em todas as missões que tive até hoje, eu era o
chefe do Executivo. Agora eu sou um auxiliar da presidente Dilma, tenho
que cumprir, em primeiro lugar, os compromissos que ela assumiu”, disse
Cid ao ser questionado sobre a possibilidade de retomar um projeto de
Fernando Haddad de avaliar os professores, uma espécie de Enem dos
professores. Segundo o ministro, é preciso encontrar formas de
incentivar a avaliação dos docentes, e o papel do governo federal, que
não é o gestor direto da educação básica e fundamental, é de regular.
O novo ministro disse concordar com a afirmação do senador Cristovam
Buarque de que a educação no Brasil não precisa somente de
financiamento, mas negou que tenha dito que professor tenha que
trabalhar por amor e não por dinheiro. “Eu não disse que professor tem
que trabalhar por amor e não por dinheiro. Eu disse que remuneração é
fundamental, mas que é pré-requisito para trabalhar em todas as áreas
públicas ter vocação”.
Outra proposta defendida pelo ministro é a de flexibilização do
currículo do Ensino Médio. “(Temos que imaginar) Algumas disciplinas que
sejam base do currículo e outras que possam ser opcionais, segundo já a
vocação e o gosto de cada estudante”.
Sobre o processo de universalização do ensino a brasileiros de 4 a 17
anos, o ministro disse que cada faixa etária tem desafios diferentes.
Para Cid, o problema do Ensino Médio é garantir a permanência do
estudante na escola. Já para as faixas etárias mais baixas, o ministro
vê um problema de “territorialidade”, com a necessidade de se levar
escolas para algumas áreas rurais que hoje estão descobertas.
(Fonte: Estadão Conteúdo)
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