O
impacto da Operação Lava-Jato sobre o governo foi um dos principais
temas da entrevista concedida pelo presidente Michel Temer ao programa
“Roda Viva”, da TV Cultura, e exibida na noite desta segunda-feira.
Temer disse que uma eventual prisão do ex-presidente Lula poderá causar
um clima de instabilidade no país, e pediu “naturalidade” na condução do
processo contra o petista.
Ao
responder sobre o pacote de projetos em discussão no Congresso e
criticados por integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, como a lei
sobre o abuso de autoridade, Temer assegurou que essas propostas não
irão paralisar as investigações. O presidente negou que tenha cometido
irregularidades ao receber R$ 11 milhões de duas empreiteiras, na
campanha de 2014, e disse que ninguém deve ser “morto politicamente” só
por ser investigado, numa referência a ministros e apoiadores de seu
governo que tiveram os nomes citados por delatores.
—
Não é que eu defenda a Lava-Jato. Defendo a atividade do Judiciário e
do Ministério Público — afirmou o presidente Temer, que, em relação ao
possível envolvimento de pessoas de seu governo na investigação,
comentou: — Vamos deixar o Judiciário trabalhar. E vamos trabalhar no
Executivo. Se acontecer alguma coisa, paciência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário