O
ministro Geddel Vieira Lima, braço direito de Michel Temer, falou ao
jornalista Gerson Camarotti, da Globonews, num diálogo reproduzido por
Cristiana Lôbo, também da Globonews, e admitiu ter pressionado o
ex-ministro Marcelo Calero a liberar uma obra na Bahia, que segundo
arquitetos e urbanistas, agride o patrimônio histórico. Cristiana não se
convenceu dos argumentos de Geddel e postou, no Twitter, que é preciso
agir "dentro das normas". Ou seja: o governo Temer pode perder mais um
ministro neste sábado.
Segundo
Geddel, "em tempos de crise, é preciso estimular investimentos para
animar a economia"; o problema é que Geddel tem uma unidade no imóvel e
advogar em causa própria representa o crime de advocacia administrativa,
o 321 do Código Penal, com pena de três meses a um ano de prisão, além
de multa;
"Foi
logo que tomei posse, não demorou mais do que um mês. Depois desse
recurso não tomei mais conhecimento. Até que, no dia 28 de outubro, uma
sexta-feira, por volta de 20h30, recebo uma ligação do ministro Geddel
dizendo que o Iphan estava demorando muito a homologar a decisão do
Iphan da Bahia. Ele pede minha interferência para que isso acontecesse,
não só por conta da segurança jurídica, mas também porque ele tem um
apartamento naquele empreendimento. Ele disse: 'E aí, como é que eu fico
nessa história?'", contou Calero, em entrevista publicada neste sábado.(Do blog de magno martins)
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