Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou hoje (4) pedido do PSDB
para a criação de uma comissão a fim de auditar o resultado das eleições
presidenciais. O tribunal, no entanto, autorizou o partido a ter acesso
aos arquivos eletrônicos e demais documentos referentes à totalização
dos votos. O plenário seguiu o voto do presidente do TSE, Dias Toffoli.
Ele ressaltou que todos os procedimentos deferidos constam em resoluções
da corte que tratam da transparência do processo eleitoral e estavam
disponíveis antes da eleição.
Em seu voto, Toffoli disse que o partido não apresentou indícios de
fraude e limitou-se a relatar a descrença de algumas pessoas no
resultado da votação. Apesar de autorizar os procedimentos, o presidente
garantiu a transparência das eleições e ressaltou que o desenvolvimento
dos programas usados na apuração das urnas esteve a disposição, desde
abril, de todos os partidos políticos, do Ministério Público Eleitoral
(MPE) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), desde o momento em que
começaram a ser elaborados. Sobre a criação de uma comissão para auditar
os resultados, o presidente rejeitou o pedido, formulado por um
delegado do partido, pessoa sem legitimidade perante o TSE.
Apesar da unanimidade formada no plenário, o ministro Gilmar Mendes
defendeu que a Justiça Eleitoral acabe com suspeitas de fraude no
resultado nas eleições, mesmo que sejam descabidas e levantadas por meio
das redes sociais. Segundo o ministro, o pedido do PSDB contribui para a
pacificação do assunto.
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