247 -A presidente Dilma Rousseff chamou nesta
terça-feira (4) o ex-presidente Lula para a primeira reunião de trabalho
sobre o futuro governo da petista. A reunião, que começou no meio da
tarde na Granja do Torto, contou com a participação do ministro Aloizio
Mercadante (Casa Civil) e sinaliza que Lula terá maior participação nos
rumos do segundo mandato de Dilma.
De acordo com a Folha, Dilma e Lula analisaram ações para acalmar a
base aliada no Congresso e iniciativas para reverter o quadro negativo
da economia, inclusive a escolha do futuro ministro da Fazenda.
Interlocutores de Dilma e de Lula disseram que uma das prioridades do
início do segundo governo da petista é montar uma base aliada confiável,
já que a presidente terá de aprovar medidas importantes no Congresso
para conter o rombo das contas públicas.
O ex-presidente Lula está preocupado também com a definição do
substituto de Guido Mantega na Fazenda. Em sua avaliação, Dilma deveria
definir o nome o mais rápido possível para sinalizar ao mercado mudanças
de rota na política econômica. Um interlocutor de Lula disse à
reportagem que ele não vai indicar um nome para Dilma, mas fará
sugestões à presidente. A escolha é dela, tem dito o ex-presidente, que
não esconde sua preferência pelo ex-presidente do Banco Central Henrique
Meirelles.
Além de Meirelles, contam com a simpatia e apoio de Lula o
ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, que
trabalhou no governo Dilma, e o presidente do Bradesco, Luiz Carlos
Trabuco. Ele, porém, já disse a amigos que não pretende deixar o banco.
Na política, Dilma e Lula consideram vital unir o PMDB em torno do
governo para garantir número suficiente no Congresso para aprovar as
medidas do Palácio do Planalto. Para isso, Lula se reuniu um dia antes,
na segunda-feira (3), com o vice-presidente Michel Temer.
Uma das missões de Dilma, na avaliação de Lula, é tentar evitar a
eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara
no próximo ano. Para isso, precisa primeiro acertar o papel e o espaço
do PMDB em seu segundo mandato.
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