O
ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, informou hoje (6) que
o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
encaminhou parecer ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), pedindo análise mais “cuidadosa” e profunda dos últimos dados
sobre aumento do número de brasileiros na extrema pobreza.
Conforme o ministro, os dados,
que se tornaram públicos ontem (5), indicando aumento no quantitativo
de pessoas que declararam renda zero, podem ter incluído indivíduos que
não se encaixam na pobreza extrema. “O que pode ter ocorrido é que são
pessoas que não declararam renda e não, necessariamente, tenham renda
zero. Queremos que o IBGE analise com mais profundidade a amostra. Todos
os outros itens demonstram que a pobreza caiu e que esse indicador de
renda zero pode ter algum problema metodológico”, afirmou.
Mercadante
explicou que o único dado que aumenta é o do crescimento de pessoas com
renda zero. Acrescentou que, quando ele é cruzado com outras
informações, nota-se que as mesmas pessoas têm percentual elevado de
acesso a saneamento e máquina de lavar, além de constarem do grupo que
concluiu ensino superior.
“O que o MDS está apontando hoje
é que essa variação está basicamente sustentada por um componente que
são pessoas que declararam renda zero. Só que, quando você pega o
questionário e olha o patrimônio ou, por exemplo, o nível superior, está
muito acima da faixa seguinte que declarou que recebia renda”, detalhou
o ministro, que se reuniu na manhã de hoje com a titular do MDS, Tereza
Campello.
Aloizio Mercadante reafirmou o que revelou ontem o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Marcelo Neri,
a respeito dos números do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada.
Eles não tratavam de um estudo, mas sim de uma disponibilização de dados
no portal
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