247 - A mais recente onda de demissões que atinge a
redação do jornal Folha de S. Paulo alcançou uma de suas principais
colunistas, a jornalista Eliane Cantanhêde. Ela publicou mensagem no
Twitter, na noite desta quinta-feira (6), informando o fato. "Amigos do
Twitter, aviso geral: amanhã eu não escrevo mais a coluna na Folha. Foi
bom enquanto durou", afirmou ela no seu Twitter.
Cantanhêde era a colunista da Folha mais alinhada ao PSDB,
consequentemente sendo assim uma das jornalistas mais antipetistas da
grande mídia. Sua má vontade com a presidente Dilma Rousseff era
notória.
A Folha já demitiu cerca de 25 jornalistas nesta semana. Entre os
demitidos estão os repórteres Flávia Marreiro, ex-correspondente do
jornal em Caracas, Eduardo Ohata, de "Esportes"; Ana Krepp, de
"Cotidiano"; Lívia Scatena, de "Gastronomia"; Euclides Santos Mendes,
Editor do "Painel do Leitor"; Samy Charanek, pauteiro de "Cotidiano";
Gislaine Gutierre, "Ilustrada"; e Thiago Guimarães, coordenador adjunto
da Agência Folha.
A Folha alega motivações econômicas.
No Twitter, a saída de Cantanhêde tem gerado reações bem
contrastantes. Há aqueles que comemoram e até sugerem que ela procure
emprego na revista Veja ou "recontagem" do tempo de serviço, numa alusão
ao pedido do PSDB de auditoria da eleição deste ano. Outros lamentam
que a jornalista tenha deixado a Folha.
O jornalista Ricardo Noblat comentou a notícia: "Por economia, a
Folha de S. Paulo demitiu vários jornalistas. Eliane Cantanhede, a
colunista mais lida, foi um deles.."
Em sua última publicação no jornal, ela falou sobre as dificuldades
enfrentadas pela presidente Dilma. Curiosamente, o texto dela desta
quinta foi intitulado "O último bastião".
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