Os deputados Luciana Santos (PCdoB) e Pedro
Eugênio (PT), juntamente com mais quatro colegas da Câmara Federal,
protocolaram hoje (6/11) de manhã uma representação na Procuradoria
Geral da República, em Brasília, contra o jornalista Diogo Mainardi por
incitação ao ódio e à discriminação contra o povo nordestino.
Segundo o texto da representação, o jornalista fez comentários
ofensivos aos nordestinos durante um programa da Globo News no domingo
(26/10) do segundo turno da eleição presidencial.
Na ocasião, Mainardi afirmou que “o Nordeste sempre foi retrógrado,
sempre foi governista, sempre foi bovino, sempre foi subalterno em
relação ao poder durante a ditadura militar, depois com o reinado do
PFL, e agora com o PT. É uma região atrasada, pouco educada, pouco
instruída, que tem uma grande dificuldade de se modernizar, e se
modernizar na linguagem”.
Isso porque a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) venceu o
adversário Aécio Neves (PSDB) em todos os estados nordestinos, tendo
obtido na região cerca de 70% dos votos válidos.
Ao ser criticado por muitos nordestinos devido ao conteúdo de sua
fala, Mainardi valeu-se do mesmo programa (Manhattan Connections) no
último domingo para pedir desculpas aos nordestinos.
Disse ele: “Peço desculpas a todos que se sentiram ofendidos. Não era
minha intenção ofender ninguém. Minha intenção era ofender a mixórdia
petista que usou e abusou dos programas sociais do governo para rebanhar
votos nas regiões mais pobres do País, em especial o Norte e o
Nordeste”.
Além de Luciana Santos e Pedro Eugênio, subscreveram a representação
os deputados Henrique Fontana (PT-RS), Alice Portugal (PCdoB-BA), Erika
Kokay (PT-DF) e Luiz Couto (PT-PB).
Segundo a deputada pernambucana, os nordestinos não devem assistir
passivamente a esse tipo de discriminação, pois isso só contribui para a
incitação ao ódio.
Na semana passada, o também deputado pernambucano Sílvio Costa (PSC)
fez um apelo público a Diogo Mainardi para que pedisse desculpas ao povo
nordestino pelas besteiras que afirmou, esquecendo de que no Norte de
Minas Gerais, terra do candidato derrotado, Aécio Neves, Dilma também
obteve 70% dos votos válidos.
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