O Globo - André de Souza
O
empresário Alexandre Margotto, ex-sócio do doleiro Lúcio Bolonha
Funaro, citou vários políticos e empresários no acordo de delação
premiada fechado com o Ministério Público Federal (MPF) e homologado
pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira. Segundo os termos do
acordo, ele se comprometeu a falar de irregularidades envolvendo o
ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preso atualmente em Curitiba; o
ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima; o ex-ministro
do Turismo Henrique Alves; e os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos
da JBS e do frigorífico Friboi.
Entre
os pontos abordados estão os negócios ilícitos envolvendo os recursos
dos fundos de investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FI-FGTS).
"O
colaborador explicará como funcionava o esquema geral relacionamento à
liberação de investimento do FI-FGTS e/ou carteiras administradas do
FGTS, explicando também as ilicitudes envolvendo o investimento do
FI-FGTS no empreendimento Porto Maravilha, que envolve as empreiteiras
Carioca Engenharia, Odebrecht e OAS, bem como os investigados Eduardo
Cunha e Fábio Cleto", diz trecho do acordo. As obras do Porto Maravilha,
no Rio de Janeiro, já levaram à instauração de uma investigação contra
Cunha.
Leia mais: Delação de empresário envolve Cunha, Geddel, Henrique Alves e donos da Friboi
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