No Poder360, Tales Faria entrevista Aécio Neves.
E o mineiro do Leblon espalha a sua soberba, talvez porque sabe que o
sistema (ainda) trabalha para que o PSDB suceda Michel Temer no governo
que agora partilha.
“Lula não é competitivo”, pontifica ele, embora tenha sido deixado
para trás pelo petista nas pesquisas, por larga e crescente margem.
Não passa por sua cabeça transtornada pela ambição que, em matéria de falta de competitividade, ele é um exemplo incontestável.
Perdeu para Dilma, já com a economia pondo a língua de fora e a
exploração da Lava Jato na mídia à toda, inclusive com aquela capa da Veja panfletada em massa.
Mas a derrocada da presidenta, após ter adotado ingenuamente as
políticas atucanadas na economia, não tornou Aécio, nunca, um franco
favorito em eleições.
E o que ele diz de Bolsonaro é uma obviedade: seu crescimento é fruto
da rejeição à política – o que é que a mídia e a Lava Jato fazem e
continuam fazendo? – e à crise na segurança pública, que a crise e a
incapacidade de manejo da situação pelo governo Temer não fazem ter no
horizonte algum sinal de mudança.
É por isso que Bolsonaro vai passando de uma piada de mau gosto para uma ameaça de pior gosto ainda.
Veja a entrevista no Poder360.
Nela, só há uma verdade inquestionável, embora de uma grosseria com
seu aliado quase igual a que FHC fez ao chama-lo de “pinguela”: Temer
não foi posto no governo para ser popular.
Não, não foi, mesmo. Foi para fazer a política de terra arrasada e deixar o poleiro pronto para os tucanos.
Como todo plano “genial”, tem tudo para não dar certo.
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