sábado, 20 de agosto de 2016

Tucanos 2018: Lava Jato no meio do caminho



Do blog de Magno Martins 
Não será fácil o PSDB chegar a um consenso sobre o candidato do partido à Presidência em 2018. Hoje, o partido têm três principais opções: Aécio Neves, senador e presidente da legenda, José Serra, senador e ministro das Relações Exteriores, e Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.
Na formação do governo Temer, Aécio e Alckmin não deram apoio a Serra, que queria ser ministro da Fazenda e teve de se contentar com o Itamaraty. A sugestão de Aécio para a Fazenda, Armínio Fraga, foi descartada por Temer porque o PSDB não fechou em torno do nome do ex-presidente do Banco Central. Temer, então, optou por uma escolha sua, Henrique Meirelles, que agora tira o sono do PSDB.
Além dessa tradição tucana de divisionismo, ainda há a Lava Jato. Aécio foi citado em diversas delações. Há informação de investigadores de que a Odebrecht revelará caixa 2 de R$ 23 milhões para a campanha de 2010 de Serra. Ou seja, caciques tucanos poderão ser inviabilizados por revelações da Lava Jato.
Alckmin enfrenta dificuldades no governo paulista e não é unanimidade no PSDB. Fez um aposta na candidatura de João Doria em São Paulo contrariando Serra, Aécio e FHC. Se tiver sucesso, Alckmin se fortalecerá para 2018. Se fracassar, perderá cacife para essa empreitada e poderá migrar para o PSB.
Apesar de terem capitaneado a campanha pela queda de Dilma, os candidatos tucanos perderam intenção de voto nas últimas pesquisas. Diante disso, deveriam procurar entender onde erraram para não terem sido beneficiados diretamente pela maior crise do PT, o adversário histórico do PSDB.

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