O presidente interino Michel Temer é
refém de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, que ainda representa o
maior risco à continuidade do governo provisório.
Em sua coluna deste domingo, o
jornalista Lauro Jardim retrata Cunha como praticamente um sócio de
Temer, que ameaça o antigo parceiro sobre revelações a respeito de
viagens e negócios em comum.
Leia a nota:
CUNHA AMEAÇA TEMER
Eduardo Cunha não pretende morrer
sem atirar. Na semana passada, um emissário do notório deputado
conversou com Temer no Palácio do Jaburu. O recado que Temer ouviu pode
ser resumido na espécie de parábola que foi transmitida a ele pelo
emissário.
"Michel, o Eduardo me disse: 'Era
uma vez cinco amigos que faziam tudo juntos, viajavam, faziam
negócios... Então, um virou presidente, três viraram ministros e o
último foi abandonado'... E que isso não vai ficar assim."
Temer, de acordo com o relato que Cunha tem feito a pessoas muito próximas, respondeu: "Ele sabe que estou tentando ajudá-lo."
Os três ministros citados na nota são Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, já defenestrado.
Temer, de fato, está ajudando – o que
fica evidente com as manobras do Palácio do Planalto, em sintonia com
Rodrigo Maia (DEM-RJ), para adiar indefinidamente a cassação de Cunha.
(BR 247)
Nenhum comentário:
Postar um comentário