O PT lançou um documento em quatro idiomas (português, inglês,
espanhol e francês) defendendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
das acusações contra ele na Justiça brasileira e afirmando que há uma
"caçada judicial" do político no País. O documento reproduz o conteúdo
de uma postagem divulgada pelo Instituto Lula no dia 20 de julho em seu
site.
Segundo a assessoria de imprensa do PT, o partido bancou a impressão
de 5 mil exemplares do documento, que tem oito páginas, e está enviando
para alguns veículos de imprensa e parlamentares. A assessoria não
informou os destinatários do que chamou de "cartilha". A íntegra também
está na página do PT na internet.
A publicação faz acusações às investigações do Ministério Público e
Polícia Federal e reitera que não foi encontrado "rigorosamente nada
capaz de associar Lula aos desvios na Petrobras, investigados na
Operação Lava Jato, ou a qualquer outra ilegalidade". Logo na abertura, o
texto diz que adversários promovem um julgamento pela mídia, "na mais
violenta difamação contra um homem público em toda a história do País".
Segundo o texto, foram violados os direitos à presunção da inocência,
ao sigilo das comunicações telefônicas, à preservação de dados
pessoais, ao direito de resposta, ao exercício de função pública e até
"o direito de ir e vir", em referência à condução coercitiva de Lula no
dia 4 de março.
A publicação cita o ministro Gilmar Mendes, o Procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot, e o juiz Sergio Moro nos apontamentos.
"Agentes partidarizados do Estado, no Ministério Público, na Polícia
Federal e no Poder Judiciário, mobilizaram-se com o objetivo de
encontrar um crime - qualquer um - para acusar Lula e levá-lo aos
tribunais", diz o texto.
Apresentando uma lista de inquéritos abertos na Justiça, o documento
também traz quais foram as investidas de Lula com recursos e defesas na
Justiça.
A publicação divide as principais acusações em tópicos e traz uma
versão de defesa para cada caso: o apartamento no Guarujá, o sítio em
Atibaia, as palestras do ex-presidente, as doações ao Instituto Lula e
as alegações de obstrução da Justiça. Por fim, o documento termina
trazendo um link com a íntegra do depoimento de Lula aos delegados e
procuradores da Operação Lava Jato, quando houve a condução coercitiva
do político até o aeroporto de Congonhas.(Do blog de magno martins)
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