Mais
de 700 pessoas participaram, na última sexta-feira (15), do seminário
“Eleições 2016 – O Olhar do Tribunal de Contas do Estado e da Justiça
Eleitoral sobre a Inelegibilidade”, que pela primeira vez reuniu
representantes de diversos órgãos pernambucanos para discutir as
diferentes visões sobre o mesmo tema. O evento, idealizado pelo
Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), contou
com o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-PE), Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-PE). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também
foi representado durante o evento.
O
seminário foi dividido em três etapas. No primeiro painel, o ministro
Henrique Neves falou sobre o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral
sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa. No mesmo bloco, o
desembargador eleitoral Manoel Erhardt abordou a condenação das contas
pelo TCE e a caracterização da inelegibilidade do candidato, trazendo a
visão do TRE-PE. O desembargador eleitoral Julio Oliveira presidiu a mesa de debate, composta pelos advogados Diana Câmara, presidente do IDEPPE, e Marcos Lira.
O
Tribunal de Contas do Estado foi representado pelo procurador geral de
contas Cristiano Pimentel, que falou sobre As decisões do TCE e seus
reflexos nas eleições municipais. Os debatedores deste painel foram os
advogados Bernardo Barbosa Filho e Leonardo Saraiva. Este painel contou com a presidência do desembargador eleitoral Henrique Coelho.
O
terceiro painel abordou assuntos relacionados o à Ação de Impugnação ao
Registro de Candidatura, e teve palestras do procurador regional
eleitoral Antônio Carlos Barreto, e de Erick Wilson Pereira, advogado e
presidente da Comissão Especial de Direito Eleitoral do Conselho
Federal. Antes deste painel, o procurador geral de Justiça de Pernambuco
Carlos Guerra ponderou o papel do Ministério Público nas eleições
municipais.
Presidente
do IDEPPE, a advogada Diana Câmara destacou a importância do seminário.
“Tivemos o objetivo de demonstrar as diferentes visões sobre o mesmo
tema. A visão do TCE, que julga as contas do gestor, a visão da Justiça
Eleitoral que irá julgar as ações de impugnação ao registro de
candidatura, e, por fim, a visão de quem vai entrar com as impugnações,
que pode ser o Ministério Público Eleitoral ou o advogado do candidato
adversário, partido político ou coligação. Foi um debate rico e de
altíssimo nível que contribuiu com a qualificação de todos os
envolvidos. Agradeço a interação e participação de todas as entidades
que se integraram a este projeto”, afirmou.
O evento, realizado no
Centro de Convenções de Caruaru, contou com a participação de juízes e
promotores eleitorais, desembargadores e advogados de todas as regiões
do Estado.
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