O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, traíra que fez delação premiada,
homologada pela Justiça, apresentou uma lista de políticos e partidos
que receberam dinheiro depositado por ele para financiamento de suas
campanhas.
Esta lista é verdadeira, ninguém contesta, porque todas essas doações
estão declaradas nas contas dos partidos e políticos, apresentadas ao
TSE, julgadas e aprovadas. Tanto isso é verdadeiro que o senador Aécio
Neves, em nome do PSDB, afirmou que o ilibado e respeitado senador
paulista Aloysio Nunes Ferreira recebeu dinheiro da UTC para sua
campanha política e declarou ao TSE.
O mesmo ocorreu com Aloisio Mercadante, o ministro Edinho e a
campanha de Dilma e todos os políticos citados pelo traíra. Se, segundo
Aécio, foi legal e transparente o recebimento de dinheiro para a
campanha de Aluísio, qual a diferença que seria criminosa e corrupção de
todos os outros citados terem recebido dinheiro da UTC e declarado ao
TSE como fez o senador tucano, sem constituir crime?
A Veja, panfleto raivoso antiLula e PT, faz uma festa na primeira
página, e um idiota líder do PSDB na Câmara diz se esporrando de
alegria, que apareceu a prova que faltava. Esse parlamentar é um idiota
que parece não saber que a prova que ele diz ter aparecido estava
pública e notória nas páginas do TSE, nas prestações de contas julgadas,
aprovadas e a disposição de qualquer pessoa na Internet.
A única coisa grave, gravíssima, que o traíra disse foi a denúncia de
suborno ao TCU, com a compra por R$ 1 milhão de uma decisão e não
sentença, pois o TCU não é tribunal. O TCU estava julgando a
licitação da construção da usina nuclear Angra 3. Com receio de que o
TCU não aprovasse a licitação, o delator traíra contratou por R$ 50 mil
por mês os serviços do jovem advogado Tiago Cedraz, filho do presidente
do TCU, Arnaldo Cedraz.
E este advogado recebeu 1 milhão de dólares para subornar o relator
Raimundo Carrero e talvez outros ministros, aspecto não esclarecido. A
licitação foi aprovada por unanimidade. O Brasil espera que o TCU
esclareça essa situação que deixa uma mancha indelével de corrupção
sobre a Corte de Contas.
Em lugar de ficar atrás de pedaladas de Dilma, o TCU tem obrigação de varrer a safadeza corrupção no seu meio.
* Ex-deputado federal
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